Autoridade, legitimidade e poder de “mobilizar”. Os conselhos de Magno ao chefe de Estado

Entre críticas a Marcelo, Carlos Magno aponta que um Presidente da República "não pode ser alguém que ameaça antes de as leis estarem feitas e que diz aos jornalistas o que não diz aos partidos”.

O professor universitário Carlos Magno disse esta sexta-feira esperar que Portugal “não volte a ter um presidente” como Marcelo Rebelo de Sousa”, pedindo “autoridade” e “legitimidade” ao futuro chefe de Estado, que venha a ser eleito a 18 de janeiro.

Espero e desejo que Portugal não volte a ter um Presidente como este que tivemos até agora”, disse Carlos Magno numa intervenção durante a 10.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Fundação de Serralves, no Porto.

Carlos Magno, professor universitário

Carlos Magno defendeu que “poder e autoridade são coisas completamente diferentes” e prefere que “este novo Presidente tenha autoridade”, realçando também que “deve ser alguém com legitimidade”.

“O Presidente não pode ser alguém que ameaça antes de as leis estarem feitas e que diz aos jornalistas aquilo que não diz aos partidos”, apontou ainda, deixando claro que o chefe de Estado “tem de ter uma palavra e falar claro aos partidos e aos cidadãos”.

O Presidente da República não serve só para vetar e dissolver. Serve para mobilizar.

Carlos Magno

Professor universitário

O ex-presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) disse ainda que “a estabilidade passa por dar garantias à sociedade que vão existir regras e políticas que vão ser concretizadas”. “O Presidente está lá para isso”, completou, destacando que um Presidente da República não serve só para vetar e dissolver; serve para mobilizar”.

Carlos Magno considerou, por outro lado, que “o país não está a mudar, o país já mudou, mas a mudança ainda não foi sentida pelos partidos políticos”. Deixando a nota de que “não haverá futuro diferente se não mudarmos a agenda mediática e o comportamento dos jornalistas”.

O professor universitário aconselha os candidatos presidenciais a “pensarem mais no país do que numa possível segunda volta”, aproveitando uma frase do economista britânico John M. Keynes: “No longo prazo, estaremos todos mortos, mas o importante é sobreviver amanhã”.

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