Fitch apoia a estratégia da Telefónica para reduzir a dívida e ganhar flexibilidade financeira
A agência considera que o corte nos dividendos e a otimização dos custos melhorarão a capacidade de desalavancagem orgânica e poderão impulsionar a classificação de crédito a médio prazo.
A Fitch Ratings avaliou positivamente o plano estratégico anunciado pela Telefónica, que inclui uma revisão da sua política de dividendos e um enfoque na eficiência operacional. De acordo com a agência, estas medidas reforçarão a capacidade de desalavancagem orgânica da empresa e ampliarão a margem para manter a sua atual classificação de crédito de BBB com perspetiva estável.
A estratégia, apresentada no passado dia 4 de novembro, abrange o período 2026-2030 e contempla uma política de dividendos reajustada que permitirá reduzir a alavancagem abaixo do limiar positivo do Ebitda líquido nos próximos dois ou três anos. Isto, segundo a Fitch, aumentará a flexibilidade financeira e o espaço para uma eventual melhoria da notação a longo prazo.
O novo plano da Telefónica prioriza a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a melhoria da flexibilidade financeira, com o objetivo de estar melhor posicionada diante de possíveis oportunidades de consolidação na Europa e em mercados-chave. A empresa reduzirá os dividendos em 50% a partir de 2026 e vinculará a sua evolução futura à geração de caixa, pois dedicará aos dividendos 40-60% do FCF em 2027 e 2028.
No âmbito operacional, a Telefónica prevê simplificar o seu modelo e ampliar as suas capacidades tecnológicas. As medidas de eficiência permitirão reduzir as despesas operacionais brutas em 1,510 mil milhões de euros até 2028 e em 2,000 mil milhões até 2030. Além disso, continuará com a desinvestimento em ativos da Hispam para se concentrar na Europa e no Brasil.
A empresa também manifestou a sua disponibilidade para utilizar capital próprio para operações corporativas transformadoras na Europa, o que a Fitch considera positivo para o seu perfil de crédito. A agência sublinha que qualquer consolidação nos mercados existentes poderia reforçar a posição competitiva e financeira do grupo.
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