Sindicato do INEM recua na adesão à greve geral após reunião com ministra
O presidente do sindicato adiantou, após reunião com ministra da Saúde, que está "sanado o motivo extraordinário" que tinha levado a anunciar a adesão à greve geral.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) recuou na adesão à greve geral de quinta-feira, na sequência da garantia da ministra da Saúde de que o acordo assinado com o Governo e o INEM será cumprido.
Após ter-se reunido com Ana Paula Martins, o presidente do sindicato adiantou à Lusa que está “sanado o motivo extraordinário” que tinha levado recentemente o STEPH a anunciar a adesão à greve, mas os técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) do INEM “são livres” de aderir à paralisação geral de quinta-feira em protesto contra o pacote laboral.
Na semana passada, o STEPH decidiu aderir à greve geral, uma decisão tomada “por unanimidade” e que decorria, sobretudo, do rompimento do acordo assinado em agosto com o Governo e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). Este acordo previa a aplicação de protocolos de atuação clínica que, segundo a estrutura sindical, “se traduziria em melhores cuidados para os cidadãos”.
“Nesta reunião, a senhora ministra reforçou o compromisso de cumprir este memorando de entendimento, inclusive mantendo os mesmos prazos. Mantém a intenção de ser até ao fim do ano, até porque o trabalho está praticamente todo feito”, adiantou Rui Lázaro.
“Perante isso, nós recuamos na nossa adesão à greve, tendo em conta que agora deixam os técnicos de emergência pré-hospitalar de ter este motivo extraordinário” para participarem na paralisação, referiu o dirigente sindical. Os protocolos de atuação clínica, previstos desde 2016 e que tiveram parecer favorável da Ordem dos Médicos, incluem a aplicação de alguns fármacos em situações de risco de vida para os cidadãos.
Desde agosto foram concretizados os protocolos nas áreas da anafilaxia, convulsão, sepsis, ficando por aplicar os de resposta à dor e convulsões. Sem que os TEPH possam aplicar estes protocolos, estas ações teriam de ser desenvolvidas apenas pelos médicos ou enfermeiros que estão nos meios de resposta (veículos) mais diferenciados.
Na sexta-feira, INEM anunciou que estavam definidos os serviços mínimos para a greve geral e manifestou-se convicto de que os técnicos de emergência pré-hospitalar iriam garantir que nenhuma situação emergente ficará sem resposta.
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