BPI retira ações da Corticeira Amorim das suas preferidas
Corticeira sai da lista de preferidas do BPI, entrando a espanhola Cellnex. Esgotou-se o potencial para a produtora de cortiça. EDP Renováveis assume protagonismo nacional.
A equipa de research do BPI retirou as ações da Corticeira Amorim COR 0,00% do lote das suas preferidas, deixando a EDP Renováveis como a única cotada portuguesa entre as eleitas para aquele banco de investimento.
A justificar a saída da Corticeira está a valorização que a produtora de cortiça apresentou desde que foi incluída na lista do BPI, a 7 de setembro do ano passado, uma evolução que deixa pouca margem para mais subidas. “Removemos a Corticeira Amorim depois de o desempenho da ação desde o início do ano (+16%) ter deixou pouco espaço para que continue a superar o mercado. A Corticeira foi incluída a 7 de setembro de 2016 e contribuiu com um desempenho de 18% para a nossa lista ‘core'”, explicam os analistas do BPI numa nota divulgada esta segunda-feira.
"Removemos a Corticeira Amorim depois de o desempenho da ação desde o início do ano (+16%) ter deixou pouco espaço para que continue a superar o mercado. A Corticeira foi incluída a 7 de setembro de 2016 e contribuiu com um desempenho de 18% para a nossa lista ‘core’.”
As ações da cotada liderada por António Rios de Amorim estão a cair cerca de 1% para os 9,77 euros. Apresenta uma capitalização bolsista de 1,3 mil milhões de euros.
Corticeira em queda
Com esta retirada, sobre para a EDP Renováveis o protagonismo nacional na lista do BPI. A cotação da elétrica liderada por Manso Neto segue nos 6,186 euros, o que deixa um potencial de valorização de mais de 30% face ao preço-alvo de 8,15 euros atribuído pelos analistas do BPI Research.
Destacam os analistas o outlook de crescimento dos resultados operacionais da EDP Renováveis. O EBITDA — lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações — deverá crescer 7% em termos médios anuais até 2020. Enquanto isso, são menores os receios de uma mudança significativa na política norte-americana para o setor das energias limpas. “Os riscos parecem ser exagerados…”, assume o BPI.
Cellnex “poder de fogo de 1,1 mil milhões”
Para o lugar da Corticeira Amorim entrou a espanhola Cellnex. E não faltam motivos para os analistas do banco de investimento estarem entusiasmados com o título.
“O guidance da empresa à frente dos nossos números, as opções de crescimento com uma parceria potencial com a Iliad, um poder de fogo de 1,1 mil milhões de euros para os próximos anos e a vontade de continuar a perseguir oportunidades de aquisições na Europa dão à Cellnex um perfil de crescimento apelativo”, justifica o BPI Research.
As ações da Cellnex apresentam um potencial altista de 16%, com o BPI a atribuir um preço-alvo de 17,8 euros.
Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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