Bancos a favor da intervenção do Estado brasileiro na Oi

Nos últimos dias alguns credores e investidores começaram a defender que a intervenção do governo brasileiro é preferível ao plano de recuperação aprovado pela a telefónica.

Os bancos credores da Oi, assim como os detentores de títulos de dívida externa, não concordam com o plano de recuperação aprovado pelo conselho de administração da operadora Oi, participada da Pharol. A informação é avançada na edição de hoje do Valor Econômico (acesso pago) que falou com uma fonte do setor financeiro.

Se a Oi não se reposicionar, todos nós, credores – ‘bondholders‘ e bancos brasileiros -, seremos a favor da intervenção“, disse um alto executivo da banca ao jornal brasileiro. Esta posição surge numa altura em que vários credores da Oi e alguns investidores passaram a acreditar que o melhor caminho para salvar a Oi seja uma intervenção que afaste os atuais controladores da empresa e coloque o Governo no comando do processo de recuperação judicial.

Nesta quarta-feira, é aguardada a publicação no Brasil de uma medida provisória com regras para a intervenção nas concessões que permita uma resposta direta à difícil situação financeira da operadora Oi, que está em recuperação judicial. Ou seja, uma alteração que permita precisamente uma eventual uma intervenção por parte do Estado brasileiro na empresa onde a Pharol detém uma participação de 27%.

A medida provisória que está sendo finalizada pelo Governo federal deverá dar segurança jurídica a uma eventual intervenção na Oi mesmo durante a recuperação judicial do grupo de telecomunicações e poderá também incluir dispositivos que permitam a conversão de multas em investimentos, disseram à Reuters duas fontes governamentais que acompanham o assunto.

A banca mostra assim a sua oposição ao plano de recuperação aprovado pelo conselho de administração da telefónica brasileira, onde para além da Pharol também tem assento o empresário Nelson Tanure.

Enquanto se mantém o impasse relativamente ao futuro da Oi, houve entretanto uma mexida na liderança desse processo. A consultora BDO comunicou esta terça-feira ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial da Oi, Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que aceitou o cargo de administradora judicial da operadora em substituição da PwC, de acordo com uma fonte próxima do processo também citada pelo Valor Econômico.

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