Dos pneus de Ovar à pedra da Benedita. Conheça as seis finalistas do Prémio PME Inovação
Quem vai suceder aos powerbanks para camiões de frio da Addvolt? COTEC e BPI acabam de anunciar as seis empresas que vão disputar a 19ª edição deste prémio de inovação, que recebeu 198 candidaturas.
Já são conhecidas as seis empresas finalistas da 19ª edição do Prémio PME Inovação COTEC – BPI, escolhidas entre um total de 198 candidaturas. Avaliadas por “critérios exigentes” de robustez financeira, investimento em conhecimento e inovação, e desempenho económico a nível internacional, a Controlar, Genan, Mecalbi, Mtex NS, Solancis e Siscog vão disputar o prémio que, desde que foi lançado, em 2005, já distinguiu 23 empresas de diversos setores, como tecnologias de informação, serviços de engenharia, agroalimentar, mobilidade sustentável, têxteis técnicos, robótica, automação e farmacêutica.
A sucessora da matosinhense Addvolt, que no ano passado se apresentou a concurso com um projeto de powerbanks para camiões de frio, será anunciada a 22 de novembro, numa cerimónia agendada para o Espaço do BPI All in One, em Lisboa. O júri desta edição é presidido por Pedro Barreto (BPI) e composto por Ana Teresa Lehman (Universidade do Porto), António Portela (BIAL), Carlos Oliveira (Fundação José Neves), António Grilo (ANI), João Bigote (Universidade de Coimbra), José Carlos Caldeira (INESC TEC), Lua Queiroz Pereira (Semapa), Manuel Mira Godinho (ISEG) e Manuela Tavares de Sousa (Imperial).
“O prémio é uma montra, com quase duas décadas, do sucesso das empresas que adotam a inovação tecnológica e a internacionalização como estratégias complementares de crescimento rentável e sustentado. O crescente reconhecimento da iniciativa é um sinal muito positivo tendo em conta o peso crucial deste segmento na competitividade da economia portuguesa”, aponta Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC, em comunicado enviado às redações por esta associação empresarial para a inovação.
Conheça as seis finalistas do Prémio PME Inovação COTEC – BPI 2023
Controlar. Empresa do Porto que fabrica sistemas que testam diariamente o funcionamento de milhares de componentes nas linhas de montagem dos principais fabricantes da indústria automóvel. Fundada em 1995, tem como clientes os fornecedores Tier 1 das principais marcas mundiais e tem introduzido novas soluções que permitem integrar operações na mesma estação de trabalho e, assim, reduzir custos, diminuir o tempo de ciclo na linha de produção e melhorar a eficiência da utilização de recursos. Tem filiais na Europa, Ásia e América do Sul.
Genan. Sediada em Ovar, transforma pneus em fim de vida em novas matérias-primas de “elevada qualidade”, tendo iniciado atividade em 1990 com a abertura da primeira fábrica de reciclagem na Dinamarca. O granulado, aço e têxtil que resultam da separação do pneu é transformado em matérias-primas aplicadas em pavimentos de campos desportivos e recreativos, calçado, fibras têxteis e novos pneus. Integrada numa rede de seis unidades na Europa e EUA, a fábrica de Ovar (antiga Biosafe, fundada em 1997) tem capacidade de reciclar 40.000 toneladas de pneus por ano, o equivalente a cinco milhões de pneus usados.
Mecalbi. Tem sede em Castelo Branco e é apresentada como uma referência mundial no desenvolvimento de máquinas para montagem de cablagem automóvel, exportando 99% da produção anual. “Desde 2006 tem sido protagonista de sucessivas inovações em máquinas industriais para o processo de retração de cablagem automóvel. O foco no desenvolvimento tecnológico deste nicho, cujos clientes e concorrentes são multinacionais, torna-a numa das empresas mais especializadas a nível mundial neste tipo de processo”, descreve a organização.
Mtex NS. A partir de Vila Nova de Famalicão, concebe, desenvolve e fabrica impressoras digitais para aplicações em linhas de produção industriais. Desde que foi fundada em 2011, a empresa tem marcas multinacionais na lista de clientes, tendo vindo a “crescer através de um posicionamento constante na vanguarda tecnológica e desenvolvimento de novos produtos” para várias aplicações, como embalagens flexíveis, rótulos, etiquetas comerciais, têxtil, vestuário e calçado.
Solancis. É na arte e técnica de transformar a pedra natural em obras de “grande efeito estético e arquitetónico” que esta empresa da Benedita se tem destacado a nível mundial. Fundada em 1969, extrai e transforma pedra calcária que aplica em projetos de construção à medida em 70 países, exportando 95% da produção. Estes “artesãos da pedra modelada”, descreve a COTEC, inserem-se num ecossistema de mercado que inclui promotores, aplicadores, arquitetos e designers de interiores e construtores.
Siscog. Pioneira na aplicação combinada de técnicas de inteligência artificial e algoritmos de investigação operacional ao planeamento e gestão de recursos em operações de transporte ferroviário, esta spin-off fundada por dois professores do Instituto Superior Técnico (IST), com 37 anos no mercado, tem alargado os campos de aplicação das suas soluções a outros setores de transportes. Recentemente, iniciou uma nova linha de crescimento com o desenvolvimento de soluções de aprendizagem automática para o setor agrícola.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Dos pneus de Ovar à pedra da Benedita. Conheça as seis finalistas do Prémio PME Inovação
{{ noCommentsLabel }}