Ações dos CTT abaixo do preço da OPV pela primeira vez
As ações da empresa de correio e banco postal atingiram um mínimo abaixo dos 5,52 euros com que foram para a bolsa em dezembro de 2013.
As ações dos CTT valorizavam ligeiros 0,25% até aos 5,576 euros ao início da tarde desta segunda-feira, depois de terem tocado um mínimo histórico, nos 5,511 euros, durante a manhã, uma cotação abaixo dos 5,52 com que a empresa de correio e banco postal foi para a bolsa, a 5 de dezembro de 2013.
Esta evolução reflete um pouco a incerteza do mercado em relação ao desempenho da empresa liderada por Francisco Lacerda, depois de ter apresentado resultados aquém do esperado no segundo trimestre do ano. Foi esta a razão que motivou, de resto, uma descida em 7,3% do preço-alvo atribuído pelo Caixa BI, numa nota de análise divulgada no início do mês passado.
Na primeira metade do ano, os CTT registaram um lucro de 31,7 milhões de euros, uma quebra de cerca de 19% face ao resultado alcançado no mesmo período do ano anterior, situando-se aquém do esperado pelos analistas.
“Na sequência dos resultados do segundo trimestre de 2016, apresentados a 4 de agosto, que trouxeram algumas mudanças por parte da gestão em termos de ‘guidance’ em relação às receitas e EBITDA em 2016, decidimos afinar as nossas projeções e prolongar a nossa avaliação pelo ano de 2017”, refere a nota de análise.
"Na sequência dos resultados do segundo trimestre de 2016, apresentados a 4 de agosto, que trouxeram algumas mudanças por parte da gestão em termos de ‘guidance’ em relação às receitas e EBITDA em 2016, decidimos afinar as nossas projeções e prolongar a nossa avaliação pelo ano de 2017.”
Desde o início do ano, os títulos dos CTT afundam 37%, uma das piores performances que o PSI-20, o principal índice português, regista em 2016. Pior que os CTT só o BCP, que perde quase 70% do seu valor. Por outro lado, desde que atingiu o valor mais alto, nos 10,49 euros, a 4 de novembro de 2015, a empresa perde quase metade do seu valor (-47%).
Para os analistas do BPI, o facto de as taxas de juro da dívida nacional negociarem nos máximos do ano tem condicionado bastante o desempenho de cotadas como utilities ou que apresentam um elevado dividend yield. “Na semana passada, ações como a EDP, a EDP Renováveis, os CTT e a REN figuraram como os piores performers da bolsa portuguesa, refletindo o facto de as yields nacionais negociarem nos máximos deste ano”, explicaram os analistas.
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