Portugal já pagou mais 1.000 milhões ao FMI

Novo reembolso de 1.000 milhões do empréstimo do FMI já foi efetuado, anunciou o Ministério das Finanças. Centeno conta devolver mais 2,6 mil milhões de euros até agosto.

Portugal voltou a abater parte da dívida que contraiu junto do Fundo Monetário Internacional (FMI) em 2011. O Ministério das Finanças confirmou que fez novo reembolso de 1.000 milhões de euros esta sexta-feira, depois de ter tido luz verde dos parceiros europeus para começar a acelerar os pagamentos ao Fundo. Até agosto, o ministério de liderado por Mário Centeno conta devolver mais 2.600 milhões.

“Portugal reembolsou hoje, antecipadamente, mais uma parcela do empréstimo ao FMI, equivalente a 1.000 milhões de euros, que se vencia entre junho e outubro de 2019. Até agosto, Portugal pretende pagar mais 2.600 milhões, antecipando as amortizações do empréstimo que ocorreriam até abril de 2020“, informou o Ministério das Finanças. “Estes pagamentos não terão impacto nas emissões de dívida no mercado internacional a realizar em 2017”, acrescenta o comunicado distribuído pelas redações.

Portugal tem vindo a reembolsar mais rapidamente do que o previsto os empréstimos obtidos juntos do FMI na altura do resgate, numa estratégia que visa trocar os juros elevados cobrados pelo fundo liderado por Christine Lagarde pelas melhores condições de financiamento que tem encontrado nos mercados financeiros.

"Portugal reembolsou hoje, antecipadamente, mais uma parcela do empréstimo ao FMI, equivalente a 1.000 milhões de euros, que se vencia entre junho e outubro de 2019. Até agosto, Portugal pretende pagar mais 2.600 milhões, antecipando as amortizações do empréstimo que ocorreriam até abril de 2020.”

Ministério das Finanças

Comunicado

A 23 de maio passado, em Bruxelas, o Governo português pediu autorização aos seus parceiros europeus para pagar antecipadamente ao FMI cerca de dez mil milhões de euros dos empréstimos concedidos durante o programa de assistência financeira. Obteve o “ok” dos Estados-membros esta semana e já fez novo pagamento, tal como Mário Centeno, ministro das Finanças, já tinha pre-anunciado em meados deste mês.

O pagamento antecipado de empréstimos do FMI necessita do aval dos Estados-membros (em sede do Mecanismo Europeu de Estabilidade), pois têm de aceitar renunciar a uma cláusula nos contratos de empréstimos concedidos no quadro do programa de assistência financeira, que prevê que reembolsos antecipados tenham de ser proporcionais entre todos os credores (e Portugal só tenciona, mais uma vez, pagar mais cedo os empréstimos do FMI).

De acordo com o ministério tutelado por Centeno, “o plano de amortizações antecipadas do FMI continuará a ser implementado em 2018, fazendo parte do programa de financiamento da República. Neste momento estão também garantidas cerca de 40% das necessidades de financiamento de 2018, incluindo 4.000 milhões de pagamentos ao FMI”.

(Notícia atualizada às 15h21)

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