Angola e Sport TV fazem disparar lucros da Nos
A operadora Nos lucrou 71,8 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, uma subida de 41% face ao ano passado. A empresa reforçou ainda o investimento.
Os lucros da operadora Nos NOS 0,00% no primeiro semestre de 2017 fixaram-se nos 71,8 milhões de euros, aumentando 41% em relação ao mesmo período do ano passado. O segundo trimestre do ano foi positivo para a empresa de Miguel Almeida, que bateu as estimativas dos analistas e que justifica os resultados satisfatórios com “o contributo positivo das empresas participadas”, nomeadamente a Zap em Angola.
Entre janeiro e junho, a Nos registou um crescimento homólogo das receitas de exploração de 3,5% para 769,4 milhões de euros. Os lucros antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) registaram ainda um aumento de 4,78% para 300,3 milhões de euros.
Ao nível do segundo trimestre, os lucros cifraram-se nos 40,4 milhões de euros, superando largamente as estimativas da Bloomberg. As receitas no trimestre subiram para 388,4 milhões de euros, enquanto o investimento (capex total) atingiu os 71,1 milhões de euros. O EBITDA foi de 156,7 milhões de euros, um crescimento homólogo de 5,4%, em linha com o previsto pelos analistas do Haitong.
A Nos atribui o crescimento dos resultados a uma combinação entre “um melhor ambiente cambial no caso da Zap” em Angola, assim como “um aumento dos preços e poupanças de custos” com a “alteração do modelo de distribuição da Sport TV” no segundo semestre do ano passado. Tudo isto impulsionou “resultados financeiros mais positivos”.
Para Miguel Almeida, presidente executivo da Nos, os resultados da operadora representam também uma “muito positiva evolução dos indicadores financeiros, apesar da continuada queda da receita por serviço”. Por outras palavras, o líder da operadora garante assim que os preços estão a cair, embora a Nos tenha adicionado 99.100 novos serviços ao portefólio, totalizando 9,25 milhões de serviços.
"O forte investimento que temos vindo a fazer (…) continua a contribuir para um significativo crescimento da base de clientes. Este sucesso comercial traduz-se, mais uma vez neste trimestre, numa muito positiva evolução dos indicadores financeiros, apesar da continuada queda da receita por serviço.”
A operadora conseguiu também fazer crescer o número de subscritores móveis, o número de clientes de TV por subscrição e no número de clientes de banda larga fixa e banda larga móvel. Em relação a outros negócios, a Nos vendeu no trimestre 2,45 milhões de bilhetes de cinema, uma subida de 42,6% em relação a 2016. A receita média mensal por utilizador está já acima dos 44 euros, quer a nível trimestral (44,3 euros), quer a nível semestral (44,4 euros), subidas acima dos dois pontos percentuais em ambos os períodos.
No final do trimestre, a Nos acumulava ainda uma dívida líquida de 1,11 milhões de euros, num rácio de dívida face ao EBITDA de duas vezes (mantendo tudo constante, a Nos levaria dois anos a pagar a totalidade da dívida). É um valor inferior à media do mercado, que se situa acima das quatro vezes.
(Notícia atualizada às 17h21 com mais informações)
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