Cristas: “Vemos um Governo sem rumo, liderança e autoridade”
Assunção Cristas acusa António Costa de apenas "surfar a onda boa" que "vem de trás". E lembra que os "bons resultados" surgiram graças a um "modelo económico que o PS sempre rejeitou".
Assunção Cristas considera que Portugal tem “um Governo sem rumo, sem liderança e sem autoridade” e garante que o primeiro-ministro “não tem estatuto para ser primeiro-ministro quando as coisas são mais difíceis”. Em entrevista ao Jornal Económico (ligação indisponível), a líder do CDS-PP diz continuar convicta de que António Costa irá completar os quatro anos da legislatura.
“Sempre entendi que quem chega ao poder desta forma, tendo claramente sido rejeitado pelo povo como primeiro-ministro, tendo claramente perdido as eleições legislativas por seis pontos percentuais e, no entanto, consegue encontrar uma fórmula constitucionalmente conforme para poder governar, é alguém que não vai desistir de exercer o poder à primeira dificuldade”, disse Cristas.
"Para mim sempre foi claro que quem, passando por cima disto tudo, se propõe a desempenhar as funções de primeiro-ministro, vai trabalhar para estar lá durante quatro anos.”
A antiga ministra do Governo de Pedro Passos Coelho critica ainda a “ironia das políticas” de António Costa, que diz limitar-se “a surfar a onda boa que muitas vezes não tem nada a ver com ele, que vem de trás, que tem a ver com a iniciativa das empresas, com a resiliência e o esforço do setor privado que fez investimento e aposta nas exportações”.
Para Cristas, o país apresentou bons resultados económicos, sim, mas “curiosamente” recorrendo a “um modelo económico que o PS sempre rejeitou”. “Esta é a ironia das políticas. Os bons resultados têm a ver com um modelo que nunca foi defendido pelos socialistas, pelo contrário foi sempre rejeitado”, acrescentou a centrista.
"Os bons resultados têm a ver com um modelo que nunca foi defendido pelos socialistas, pelo contrário foi sempre rejeitado.”
A também candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa considera ainda que, não tendo demitido os ministros Azeredo Lopes e Constança Urbano de Sousa, respetivamente com as pastas da Defesa e da Administração Interna, o próprio primeiro-ministro será doravante diretamente responsável por novos problemas que eventualmente se verifiquem nessas áreas.
Cristas confirmou por fim que, para já, estará afastada a hipótese e o CDS-PP apresentar uma moção de censura ao Governo no Parlamento.
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