Michael Kors compra Jimmy Choo por mil milhões

A icónica marca de sapatos de luxo chegou a acordo esta terça-feira com a empresa Michael Kors que vai comprar a Jimmy Choo por mil milhões de euros.

Ver Carrie Bradshaw desfilar pelas ruas de Nova Iorque em stilettos da Jimmy Choo era um dos pontos altos da série Sexo e a Cidade e que fazia muitas das telespetadoras sonhar.

A icónica marca de sapatos de luxo chegou a acordo esta terça-feira com a empresa Michael Kors que vai comprar a Jimmy Choo por mil milhões de euros. Num comunicado enviado à bolsa de Londres, a Michael Kors Holdings informa que a Jimmy Choo, que também fabrica outros produtos de luxo, será subsidiária da empresa norte-americana e espera que o acordo permita aumentar as vendas.

A britânica Jimmy Choo, famosa por ser uma das escolhas preferidas das estrelas de cinema e celebridades, foi posta à venda em abril depois de uma quebra das vendas ao longo dos últimos anos. A oferta de 230 libras por ação representa um prémio de 36,5% face ao preço das ações quando o anúncio da compra foi feito? Michael Kors garante que a sua oferta “é final” e “não será revista em alta”, a não ser que surja uma oferta de uma terceira entidade. As ações da Jimmy Choo subiram 16,8% na bolsa de Londres esta manhã chegando a cotar nas 228 libras.

Michael Kors, o presidente honorário e diretor criativo da empresa que tem o seu nome, já disse que gosta do estilo de Jimmy Choo e que espera a incorporação desta casa de luxo no seu grupo.

A icónica marca de sapatos de luxo foi chegou a acordo esta terça-feira com a empresa Michael Kors que vai comprar a Jimmy Choo por mil milhões de euros. Andrey Rudakov/Bloomberg

O plano de venta contou com o apoio do principal acionista da Jimmy Choo, a JAB Holdings, propriedade da família alemã multimilionária Reimann.

A Jimmy Choo foi fundada pelo fabricante de sapatos malaio, Jimmy Choo, e pela ex-jornalista da Vogue, Tamara Mellon. Rapidamente a marca de converteu no calçado favorito dos ricos, incluindo a Princesa Diana ou a cantara Beyoncé. A marca chegou às mãos da JAB em 2011 por 587 milhões de euros. Em 2014, uma parcela de 30% foi vendida nos mercados, mas a JAB continua soberana. A mais recente decisão foi a venda, pois a JAB quer focar-se nos bens de consumo em que tem investido milhares de milhões nos últimos anos, com a aquisição da Caribou, Krispy Kreme Doughnuts e Panera Bread.

A venda surge numa altura de grande valorização da marca, depois das perdas de anos anteriores. As vendas aumentaram 15% no último ano, para os 427 milhões de euros, considerando o efeito do Brexit na libra esterlina, que permite beneficiar das conversões nas vendas no estrangeiro. Mesmo sem este efeito, as vendas aumentaram 1,6% em 2016. As ações valorizaram 25% só no último ano. Para mais, a procura por estes artigos na China está a crescer a olhos vistos. Segundo Jonathan Buxton, chefe de consumo na Cavendish Corporate Finance, este aumento da procura na Ásia e Médio Oriente pode promover “ofertas de compradores estrangeiros”.

Este anúncio surge também num momento em que a cadeia Michael Kors está a prever encerrar até 125 lojas nos próximos dois anos. A poupança prevista com este plano é de 54 milhões de euros por ano. A cadeia de luxo registou um prejuízo de 24 milhões de euros no primeiro trimestre do ano.

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