Petróleo subiu 9% esta semana. É o maior avanço do ano

A quebra dos inventários nos EUA e os sinais de um forte aumento da procura de petróleo levam a antecipar um alívio do excesso de matéria-prima no mercado. Isto está a ajudar a puxar pelas cotações.

As cotações do petróleo seguem em forte alta nos mercados dos dois lados do Atlântico. Ganhos que elevam para mais de 9% a valorização acumulada na semana, a maior do ano. O preço da matéria-prima está a ser puxado pela expectativa no mercado de que finalmente o excesso de petróleo a nível global está a aliviar.

O barril de brent valoriza 1,77% no mercado londrino, para os 52,40 dólares, até máximos de final de maio. Já o crude transaciona nos 49,63 dólares, em Nova Iorque, o que corresponde a uma subida de 1,2% face à sessão anterior. Os ganhos acumulados na sessão desta sexta-feira pelas duas principais referências do mercado petrolífero elevam para mais de 9% o ganho acumulado ao longo da semana. Ou seja, o mais extenso do ano. No caso o brent, trata-se da maior subida desde a primeira semana de dezembro de 2016, enquanto para o crude corresponde à maior valorização desde o mesmo período.

A recente escalada dos preços acontece num período em que o mercado começa a apostar no cenário de um alívio do excedente do “ouro negro” no mercado global. O compromisso assumido pela Arábia Saudita no início da semana no sentido de encurtar o volume de petróleo a exportar a partir do início de agosto tem ajudado a puxar pelos preços da matéria-prima. Mas não é o único.

As reservas de crude caíram nos EUA para o patamar mais baixo desde janeiro, enquanto os inventários de gasolina caíram para mínimos do ano, segundo dados governamentais divulgados na passada quarta-feira pela Administração de Informação de Energia. Já o American Petroleum Institute anunciou nesta quinta-feira que a utilização de combustível na maior economia do mundo subiu em junho para a fasquia mais elevada da década.

Também o Kuwait juntou-se aos Emirados Árabes Unidos na promessa de reverem em baixa a produção de petróleo, depois de a Arábia Saudita ter apelado aos países produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para se empenharem no esforço de implementação dos cortes de produção.

“O mercado ficou com uma margem muito limitada”, afirmou Francisco Blanch, responsável pela estratégia de matérias-primas do Bank of America, em entrevista à Bloomberg TV. “Abaixo dos 45 dólares no WTI [crude] perdemos oferta. Acima dos 55 dólares, ganhamos demasiada oferta”, acrescentou.

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