É assim o novo centro de dados da Nos em Carnaxide
Operadora investiu 1,5 milhões de euros num novo data center mais moderno no Parque Holanda. Vai ainda abandonar três espaços em Lisboa e um no Porto. E há um novo centro em Riba d'Ave a caminho.
A operadora Nos NOS 0,00% investiu cerca de 1,5 milhões de euros num novo centro de dados em Carnaxide, a que a empresa chamou de Imopolis II. Este novo espaço encontra-se situado no Parque Holanda, onde a companhia já tem outro centro há já 18 anos, o Imopolis I. O investimento está enquadrado na necessidade de expansão do centro anterior, que atingiu o “limite energético” no final de 2016.
O projeto também faz parte de um plano de modernização. O Imopolis II é um data center com tecnologia mais moderna que, segundo a empresa, permite reduzir custos e ter mais capacidade num espaço menor. Seguindo a mesma lógica, a Nos vai deixar de utilizar os espaços América, Picoas e Sibs, passando a contar com apenas dois centros em Lisboa. A empresa vai fazer o mesmo no Porto, desocupando o espaço em Campanhã. O ECO sabe que estará para breve a abertura de um novo centro em Riba d’Ave, em Vila Nova de Famalicão, no norte do país. Contas feitas, manterá dois centros em Lisboa e dois no Porto.
Concretamente, o objetivo da Nos é “aumentar a capacidade atual em 50%”. Numa visita ao Imopolis II com jornalistas esta quinta-feira, o administrador executivo da empresa, Jorge Graça, explicou que, com este novo data center em Carnaxide, a empresa passa a cumprir metade desse objetivo. Os restantes 25% deverão ser conseguidos com o centro de dados em Riba de Ave, sabe o ECO.
Na mesma linha de modernização, o gestor, que também é responsável tecnológico da operadora, garantiu que a tecnologia agora implementada acaba com o paradigma de “data centers grandes e antigos”. Em parte, porque este novo centro permite ter uma aplicação a correr ao mesmo tempo nos dois edifícios da Nos no Parque Holanda, numa redundância praticamente instantânea. O novo espaço da Nos conta com 500 m2 de “área útil” com capacidade para quase duas centenas de racks. No total, são 1.000 m2 divididos em duas salas de sistemas. Reservado está também um espaço vazio para futura expansão, uma sala de reuniões e casa das máquinas, com um gerador para garantir fornecimento de energia em caso de falha.
Os centros de dados da Nos nas regiões de Lisboa e do Porto representam um investimento contínuo de cerca de dez milhões de euros cada ano. Questionado sobre se esta capacidade acrescida não se vai esgotar muito rapidamente, Jorge Graça foi perentório: “Se vier essa procura, construiremos mais”. No caso do Imopolis II, a empresa optou pelo Parque Holanda por já lá ter um espaço alugado, o que “facilitou as negociações com o promotor”, disse Maria João Campos, responsável estratégica da operadora nesta área. A proximidade destes centros à Lisboa permite ainda reduzir a latência das comunicações, que serão mais rápidas.
Neste novo centro em Carnaxide, a Nos aproveitou ainda a oportunidade para testar um sistema inovador de refrigeração. Os centros de dados precisam de ser constantemente refrigerados por razões de desempenho das máquinas e do calor que estas produzem. Por isso, a empresa, ao invés de climatizar toda a sala onde estão os servidores, refrigera apenas as próprias máquinas com um sistema capaz de, em dias de frio, sugar o ar exterior, poupando energia.
Por fim, as máquinas instaladas são totalmente modulares. “É como se fosse um Lego”, comentou Jorge Graça. A construção do Imopolis II demorou seis meses e a ideia é “crescer faseadamente”. Questionado sobre quanto vai a Nos poupar com estes novos centros e o encerramento dos restantes espaços, que eram alugados, o administrador disse ainda não ter números.
Gráfico: Cotação das ações da Nos na bolsa de Lisboa
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