Adeus, Vine. Descansa em paz
O Twitter decidiu acabar com o Vine, a rede social dos vídeos de seis segundos. Falta de capacidade de investimento e despedimentos estarão na base da decisão.
O Vine vai acabar. Sim, ouviu bem: a rede social dos vídeos de seis segundos é detida pelo Twitter e vai ser descontinuada. O Twitter comprou a aplicação em 2012, antes mesmo de esta ser lançada. Contudo, segundo o site The Verge, o projeto não terá correspondido às expectativas e os fundadores foram abandonando o barco ao longo dos anos.
A decisão surge numa altura crítica para o Twitter. A empresa liderada por Jack Dorsey esteve prestes a ser comprada, mas o processo não chegou a bom porto. Esta quinta-feira apresentou receitas acima do esperado, assim como mais utilizadores mensais ativos do que as previsões dos analistas. Ainda assim, desde o último a ano, o número tem estagnado nos 300 milhões de utilizadores — o dado mais recente aponta para 317 milhões no terceiro trimestre fiscal.
O Vine é uma rede social autónoma, mas interligada com o Twitter. Tem uma grande comunidade de criadores independentes, mas a plataforma vai ser descontinuada “nos próximos meses”, anunciou em comunicado. O conteúdo já produzido continuará disponível por tempo indeterminado, mas será possível aceder ao site do Vine e descarregar todos os vídeos já carregados.
Segundo o The Verge, entre os principais temas dos vídeos estão a comédia e os efeitos visuais. Além disso, a plataforma criou algumas estrelas, das quais o cantor Shawn Mendes é o exemplo mais notável.
Na base desta decisão estará, entre outras coisas, a incapacidade de investimento do Twitter na continuidade do Vine, assim como as centenas de despedimentos anunciados esta semana, muitos dos quais serão de trabalhadores afetos a este serviço. O Twitter procura, assim, reestruturar a empresa, encontrando uma forma sustentável de continuar a rede social dos 140 carateres, o verdadeiro core business da companhia norte-americana.
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