Bruxelas prepara nova extensão do prazo para Portugal devolver empréstimo
A Comissão Europeia foi autorizada a emitir obrigações para facilitar a extensão da maturidade do empréstimo a Portugal. Com isso, Governo português poupa juros e tem mais tempo para devolver dívida.
Portugal está mais perto de beneficiar de um novo prolongamento dos prazos para devolver o empréstimo oficial europeu, isto depois de a Comissão Europeia ter sido autorizada a emitir obrigações que vão facilitar uma extensão das maturidades da dívida contraída em 2011 junto do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (MEEF).
“Foram adotadas decisões para autorizar a Comissão Europeia a emitir obrigações em nome da União Europeia no sentido de facilitar as extensões das maturidades dos empréstimos concedidos à Irlanda e a Portugal no âmbito do MEEF, tal como ficou acordado em 2013”, informou esta terça-feira aquele organismo.
Atualmente, Portugal deve um total de 50 mil milhões de euros a estas duas entidades, cerca de 24 mil milhões dos quais são devidos ao MEEF com um custo médio de 2,7%.
Não foram revelados pormenores sobre a decisão conhecida esta terça-feira, nomeadamente o número de anos de extensão da maturidade do empréstimo. Porém, a Comissão Europeia considera que tanto a Irlanda como Portugal têm mantido um “bom acesso aos mercados financeiros”, pelo que a decisão de “prolongar a maturidade dos empréstimos do MEEF vai aliviar e alongar os perfis das maturidades das dívidas dos países”.
“Isto vai resultar em poupanças nos encargos com o serviço da dívida para Irlanda e Portugal, vai contribuir para uma gestão prudente da dívida e envia um sinal positivo aos mercados financeiros“, adianta ainda.
Não é a primeira vez que Portugal goza de um prolongamento das maturidades. Em 2013, o Governo português acordou com Bruxelas uma extensão do prazo para devolver os empréstimos concedidos ao MEEF e ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) por mais sete anos, com a maturidade média da dívida a passar dos 12,5 anos para os 19,5 anos.
Segundo ficou acordado entre os Estados-membros em 2013, o prolongamento dos empréstimos pode ir até 30 anos.
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