Altice consegue 2,5 mil milhões para refinanciar dívida
Dona da Meo obteve um empréstimo de 2,5 mil milhões de euros que vai ajudar o grupo a refinanciar parte da sua dívida que ia vencer em pouco tempo.
A Altice conseguiu obter um empréstimo de 2,5 mil milhões de euros, numa operação que vai ajudar o grupo de telecomunicações de Patrick Drahi a refinanciar uma parte da sua elevada dívida.
Os investidores exigiram à Altice um juro de 400 pontos base mais a taxa Libor (a taxa interbancária de Londres) para ficarem com este empréstimo realizado através de títulos de dívida maturidade a oito anos e que vai permitir à dona da Meo reembolsar uma parte da linha de obrigações da Altice France a vencer em 2020 e que paga um juro de 6%.
“Estas operação de refinanciamento vem outra vez demonstrar o compromisso da Altice de gerir ativamente as suas responsabilidades decorrentes da sua estrutura de capital, melhorando significativamente o calendário de maturidades”, sublinhou o CEO da Altice Europe, Dennis Okhuijsen.
"Estas operação de refinanciamento vem outra vez demonstrar o compromisso da Altice de gerir ativamente as suas responsabilidades decorrentes da sua estrutura de capital, melhorando significativamente o calendário de maturidades.”
Segundo a Altice France, esta operação vai permitir uma extensão dos prazos de vencimento da dívida da 6,4 anos para 6,8 anos.
Este refinanciamento “reforça novamente o perfil de liquidez da Altice”, assegura ainda o mesmo responsável no comunicado divulgado esta segunda-feira.
A Altice tem vindo a implementar um plano de reestruturação da sua dívida, isto depois de em 2017 esta ter atingido os 50 mil milhões de euros. Além das operações de refinanciamento como esta, este plano de desalavancagem inclui ainda a venda de alguns ativos que o grupo entende não fazer parte do seu negócio core, um compromisso assumido por Drahi junto dos investidores.
Um dos últimos negócios da Altice passou pela venda das 3.000 torres de telecomunicações em Portugal, vendidas por 660 milhões de euros a um consórcio que junta o fundo de investimento de Pires de Lima e Sérgio Monteiro e o banco Morgan Stanley.
Em cima da mesa também poderia estar a venda da PT Portugal, conforme noticiaram em França no início do mês, mas a Altice veio desmentir essa intenção prontamente. “É uma peça fulcral”, disse fonte do grupo.
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