Ramalho antecipa lucro para o Novo Banco “bom” em 2019
António Ramalho revelou no Parlamento que o banco recorrente deverá ter um lucro antes de impostos acima de 100 milhões de euros em 2019. Resultado também será positivo mesmo após imposto.
António Ramalho, presidente do Novo Banco, revelou esta quinta-feira no Parlamento que o banco “recorrente” — que exclui o legado do BES — deverá apresentar um lucro antes de imposto no valor de 100 milhões de euros em 2019. Já descontando o efeito fiscal, a parte “boa” do banco também apresentará resultado positivo.
“Neste momento, a perspetiva de resultados do banco recorrente já nos permite dizer que, seguramente, antes de impostos serão superiores a 100 milhões e depois de impostos também serão positivos“, referiu António Ramalho, que foi esta quinta-feira à comissão do Orçamento e Finanças explicar a injeção de capital de 1.149 milhões de euros do Fundo de Resolução no banco.
O Novo Banco “recorrente” fechou 2018 com um lucro antes de imposto de 2,2 milhões de euros. Com o efeito fiscal, foi negativo.
Já o resultado consolidado de 2018, que inclui a parte recorrente do banco e o legado do BES, ascendeu a 1.445 milhões de euros negativos em 2018.
Questionado pelos deputados sobre a expectativa de utilização do mecanismo de capital contingente, uma espécie de “garantia pública” no valor de 3,9 mil milhões de euros, António Ramalho não se comprometeu com números. Disse apenas que “há sintomas positivos de que não teremos esforços adicionais de imparizações, mas também haverá imposições do Banco Central Europeu para reduzir os nossos NPLs (créditos não produtivos). Não consigo ser mais claro do que isso”, disse.
Esta quarta-feira, Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, disse que ficaria espantado se o Novo Banco “alcançasse o teto máximo” da garantia. Há uma semana, José Bracinha Vieira, membro da comissão de acompanhamento da venda do Novo Banco, revelou que poderá ascender aos 3.000 milhões de euros, cerca de 900 milhões abaixo do que está previsto no mecanismo.
Durante a audição de António Ramalho, o PSD anunciou que vai propor à Assembleia da República a realização de uma auditoria independente “à venda, à gestão e política de gestão de ativos e de imparidades” do Novo Banco.
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