5 perguntas e respostas sobre o software espião do WhatsApp
O que aconteceu ao WhatsApp? Também foi vítima do ataque? E o que deve fazer agora? O ECO reuniu cinco perguntas e respostas sobre a falha de segurança na maior plataforma de mensagens do mundo.
Foi encontrada uma falha de segurança na popular aplicação de mensagens WhatsApp que permite espiar o telemóvel dos utilizadores com recurso a um programa malicioso. O ECO reuniu as principais dúvidas. Eis as respostas.
O que aconteceu?
O seu smartphone pode estar a ser espiado por um programa malicioso que usa o WhatsApp como porta de entrada. Esta falha afeta todos os dispositivos com WhatsApp, independentemente da marca ou do sistema operativo — ou seja, pode ser explorada para infetar telemóveis Android ou iPhones.
O programa permite aos “espiões” acederem às suas chamadas, mensagens e outras informações e também permite ver as câmaras e ligar os microfones do aparelho. Basta que os hackers liguem para o aparelho da vítima através do WhatsApp. A chamada não precisa de ser atendida e caso a invasão tenha sucesso, o registo dessa chamada é apagado do dispositivo.
Também sou vítima?
Ainda é cedo para se saber quantos aparelhos terão sido infetados com vírus através do WhatsApp, que é usado por 1,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo. Se não se recorda de ter recebido qualquer chamada suspeita através do WhatsApp, possivelmente não está entre as vítimas, mas nem por isso deve deixar de tomar as devidas medidas para garantir que o seu smartphone está seguro. Aliás, se costuma lidar com informação confidencial privada ou da sua empresa, todo o cuidado é pouco.
O que devo fazer?
A recomendação é atualizar imediatamente o WhatsApp. A empresa já terá corrigido a vulnerabilidade do lado do servidor, mas recomenda igualmente aos utilizadores que atualizem a aplicação para a última versão. Por isso, a melhor coisa é aceder à App Store (iOS) ou à Play Store (Android), verificar se existe alguma atualização ao WhatsApp por instalar, e executar de imediato a instalação.
Mas é aqui que o caso se complica. Se tem um dispositivo Android, a última versão disponível na Play Store pode não ser a mais recente. Por exemplo, o ECO confirmou que, pelo menos num dispositivo, a última versão fornecida pela Play Store era a 2.19.134 quando, no site do WhatsApp, já estava disponível a versão 2.19.137 — ou seja, ainda mais recente. O melhor mesmo é entrar aqui, descarregar o pacote, executá-lo e instalar manualmente a atualização no seu smartphone.
Para quem tem iPhone, o melhor é ligar as atualizações automáticas e aguardar pela última versão, que deverá ser instalada automaticamente, uma vez que o iPhone está predefinido para não permitir instalações manuais. Em caso de dúvida ou receio, num cenário mais extremo, o melhor é desinstalar temporariamente o WhatsApp.
Quem é o responsável pelo ataque?
O Financial Times revelou primeiro a existência deste problema e garante que o programa malicioso em causa foi desenvolvido pelo grupo israelita NSO. Alegadamente, o programa teria como finalidade ser usado pelas autoridades no combate ao contraterrorismo.
Já se conhecem vítimas?
Conhece-se, por alto, dois dos indivíduos que terão sido vítimas desta falha de segurança. Sabe-se que a falha no WhatsApp terá sido usada para espiar um advogado britânico de direitos humanos e um investigador da Amnistia Internacional. No entanto, os nomes não foram revelados.
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