Com a greve confirmada, Governo pede aos portugueses “gestão criteriosa” na utilização de combustível
Dístico emitido pela Casa da Moeda vai permitir acesso à rede de emergência. Já foram emitidos 20 mil. Mas Executivo espera mais 30 mil. Eduardo Cabrita garante que não são falsificáveis.
O Governo pediu este sábado aos portugueses para fazerem uma gestão criteriosa do uso dos combustíveis. Com a confirmação de que a greve vai avançar, o ministro da Administração Interna garantiu que a segurança do abastecimento e da vida em sociedade estão asseguradas.
“Apelamos a todos os portugueses para uma gestão criteriosa na utilização de combustível em função de deslocações absolutamente indispensáveis, quer por razões pessoais ou de atividade económica”, disse Eduardo Cabrita, no final da reunião de emergência da Comissão Nacional de Proteção Civil, em declarações transmitidas pela TVI24. O problema não é de falta de combustível, mas sim de distribuição do mesmo, acrescentou. Se os serviços mínimos forem cumpridos, tal como garantem os sindicatos, não haverá problemas porque estes serviços foram concebidos de acordo com as necessidades identificadas, frisou o responsável.
Apelamos a todos os portugueses para uma gestão criteriosa na utilização de combustível em função de deslocações absolutamente indispensáveis, quer por razões pessoais ou de atividade económica.
Cabrita sublinha que os portugueses fizeram bem em, ao longo da semana, irem abastecendo para prevenir. Uma cautela que até o Presidente da República garante ter tido.
O Governo e as autoridades responsáveis fizeram “uma análise dos mecanismo que vão garantir o funcionamento da rede de emergência e que permitirão responder às necessidades de funcionamento ou de funções prioritárias do Estado”, explicou o ministro da Administração Interna. No âmbito da reunião foram discutidos os mecanismos criados para, “assim que se iniciar a greve, avaliar qual a necessidade de resposta contemplando o acesso a essas rede de postos prioritários o acesso a um conjunto de outras instituições públicas e privadas, em função da urgência de que se revista o abastecimento publico”, avançou ainda o ministro. Passará a haver reuniões diárias, precisou, sem querer avançar com qualquer previsão dos custos da greve.
Assim, veículos como ambulâncias, carros de bombeiros e carros de polícia, não carecem de qualquer identificação para aceder à REPA, mas as entidades equiparadas tiveram de fazer um levantamento das necessidades — em áreas como a Segurança Social, Agricultura, Saúde — e indicaram as necessidades por distritos e por veículos.
As viaturas identificadas nesse levantamento vão receber um dístico para garantir o acesso à Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), que entra em funcionamento a partir das 0h00 de segunda-feira, e que tem 52 postos de abastecimento exclusivo e mais 320 que não são exclusivos.
Os dísticos estão a ser produzidos pela Casa da Moeda, com um holograma que não permite a falsificação, garantiu Cabrita, avançando que já há 20 mil produzidos. “Nos próximos dias teremos mais 30 mil dísticos que permitirão que viaturas quer de entidades públicas quer de empresas de setores em que se revele urgência que se justifica o acesso à rede de emergência que possam identificar-se e ser abastecidos nesta rede exclusiva”. Existe depois uma plataforma eletrónica para ser solicitado o acesso a essa rede sempre que se justificar. Isto porque a greve dos motoristas está convocada por tempo indeterminado.
Na terça-feira, na reunião que houve no Centro de Coordenação Operacional na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, o Governo foi alertado para o facto de a rede de emergência estar apenas preparada para abastecer no limite seis mil viaturas prioritárias.
Só a Segurança Social tem identificadas cerca de 1.300 viaturas por causa das Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) que fazem apoio domiciliário a idosos. Estas viaturas receberão, a nível distrital, os dísticos no domingo.
(Notícia atualizada)
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