Inflação já não está negativa. Agora é de 0%

Em terreno negativo desde julho, a taxa de inflação em outubro é agora nula, de acordo com o INE. Economistas sublinhavam que fenómeno era passageiro.

A inflação em Portugal interrompeu, em outubro, o ciclo de quedas que vinha a registar desde julho. Este mês foi nula, revela o Instituto Nacional de Estatística. Os economistas ouvidos pelo ECO já davam conta de que este seria um fenómeno passageiro.

Em julho, a taxa caiu 0,3%, face ao período homólogo, enquanto em agosto e setembro a descida foi de 0,1%. Mas agora a variação foi zero. As decidas anteriores sentiram-se, em grande parte, devido a “decisões administrativas” que influenciam os preços, nomeadamente a revisão tarifária e da descida parcial da taxa de IVA; a descida parcial da taxa de IVA do gás; as alterações implementadas nos preços dos passes, e o alargamento da gratuidade dos manuais escolares a todos os alunos do ensino público obrigatório.

O número hoje divulgado pelo INE ainda é provisório, mas Portugal continua entre os países com taxas de inflação mais baixas entre os países da área do euro.

De acordo com a estimativa rápida do Eurostat, para os países que já têm dados disponíveis, há três que ainda têm a inflação em terreno negativo — Chipre (-0,6%), Grécia (-0,2%) e Portugal (-0,1%). Para o conjunto da zona euro a estimativa rápida da inflação para outubro, é de 0,7%, uma desaceleração face aos 0,8% de setembro. A diferença dos valores prende-se com o facto de o Eurostat usar o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) para comprar os diversos países.

Num olhar para os principais componentes da inflação da zona euro, os serviços deverão registar a taxa de inflação anual mais elevada (1,6%, face aos 1,5% registados em setembro), seguida pela alimentação, álcool e tabaco (1,6%, estável face ao mês anterior). Já a energia registou uma quebra de -3,2% um agravamento face aos -1,8% de setembro.

Em Portugal a tendência foi idêntica. “A taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos terá diminuído para -4,5% (em setembro, esta taxa foi -3,8%)”, revela o INE. Por outro lado, o indicador de inflação subjacente — o índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos — situou-se em 0,3%, o que representa uma aceleração de 0,1 pontos percentuais face ao mês anterior.

(Notícia atualizada)

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