ActivoBank reforça capital para 101 milhões após nova injeção do BCP

Em pouco mais de um ano, o BCP aumentou o capital do ActivoBank em 80 milhões de euros. Reforços surgem numa altura em que Maya tem planos ambiciosos para o banco eletrónico.

O BCP voltou a injetar dinheiro no ActivoBank. O banco digital realizou, no início desta semana, um novo aumento de capital, no valor de 36,5 milhões de euros, que foi totalmente subscrito pelo seu acionista único: o banco liderado por Miguel Maya. Após a operação, o ActivoBank passou a apresentar um capital superior a 100 milhões de euros.

Esta injeção surge depois de o BCP ter procedido a um outro aumento de capital no banco eletrónico no valor de 47 milhões de euros em dezembro de 2018. Ou seja, em pouco mais de um ano, o ActivoBank recebeu do seu acionista mais de 80 milhões de euros, passando de um capital de 17,5 milhões de euros para um capital de 101 milhões de euros

Estas injeções visam dotar o ActivoBank de capacidade financeira para crescer, depois de um período marcado por alguma indefinição. Em 2014, o banco digital esteve perto de ser vendido, mas as negociações com o fundo Cabot Square acabaram por não chegar a um bom porto.

Questionado pelo ECO sobre esta operação, o BCP indicou que o aumento de capital “tem por objetivo apenas um reforço de capitais próprios ActivoBank”. Há um ano, aquando do anterior reforço, o banco explicava ao Jornal de Negócios que a operação visava “acompanhar o forte crescimento da atividade do ActivoBank, cumprindo com os rácios regulamentares”.

O BCP tem planos ambiciosos para o ActivoBank, nomeadamente em termos de aquisição de clientes do segmento mais jovem e abastado através do canal digital. O banco tinha mais de 230 mil clientes no final de 2018 e o objetivo é duplicar a base de clientes até 2021.

Por outro lado, Miguel Maya já abriu a porta à internacionalização do banco online, embora na última conferência de resultados tenha adiantado que não havia qualquer desenvolvimento relevante em relação ao tema. Ainda assim, o plano estratégico para 2021 prevê a hipótese de levar a plataforma digital para outros países “através de um modelo eficiente e de reduzido consumo de capital”.

Evolução do capital do ActivoBank

Fonte: ActivoBank

O ActivoBank é liderado por Ricardo Campos desde o ano passado, que assumiu o cargo após a saída de Dulce Mota para o Banco Montepio. Registou lucros de 6,3 milhões nos primeiros nove meses de 2019. O BCP apresenta contas anuais no próximo dia 20 de fevereiro.

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