Já há mais de cem mil portugueses com contas “low cost”
Existiam 103.628 mil contas de serviços mínimos bancários no final de 2019. Trata-se de um aumento de 75,1% face ao final do ano anterior.
Há cada vez mais adeptos das contas “low cost” em Portugal. No final do ano passado já eram mais de cem mil os clientes bancários que detinham contas de serviços mínimos bancários (SMB). Face ao ano anterior houve um crescimento de 75,1%, com os portugueses a apostaram em força neste tipo de contas que têm associados custos baixos.
Dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta quinta-feira, no final do ano passado existiam 103.628 contas de SMB, número que corresponde a um crescimento de 75,1% em relação ao fim de 2018, e de 31,6% comparativamente com o primeiro semestre de 2019.
No espaço de um ano, o saldo de contas “low cost” cresceu assim em 44.453, resultado do surgimento de 47.587 novas contas e do encerramento de outras 3.132.
Evolução do número de contas de SMB
Segundo a entidade liderada por Carlos Costa, o grosso das novas contas — 80% — resultou de conversões de contas à ordem. Trata-se de uma aceleração da adesão a este serviço que todos os bancos são obrigados a disponibilizar aos seus clientes e que visam a promoção da inclusão financeira em Portugal. Em 2018, das novas contas de SMB a proporção que teve origem em conversões de contas foi de 59,6%.
A crescente adesão dos portugueses às contas “low cost” insere-se num contexto de maior promoção da disponibilidade deste serviço que é obrigatória pelos bancos, mas também da maior flexibilização do seu acesso que veio “abrir a porta” a mais clientes.
O Banco de Portugal dá nota que, no final do ano passado, do total de contas de SMB, 4.493 contas tinham titulares com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60% e eram co-tituladas por detentores de outras contas de depósito à ordem. Existiam também 1.006 cujos titulares eram contitulares de outras contas SMB (detidas por pessoas com mais de 65 anos ou um grau de invalidez igual ou superior a 60%). A abertura destas contas apenas foi possível em resultado da flexibilização do acesso aos SMB.
Tal insere-se ainda num contexto em que os bancos agravam cada vez mais os custos associados à detenção de contas bancárias, com os portugueses a apostarem cada vez mais em soluções que ficam mais em conta como é o caso dos SMB.
Este serviço tem um custo anual que no limite pode chegar a 4,38 euros por ano, valor correspondente a 1% do Indexante de Apoios Sociais (IAS). Este custo inclui os encargos para a manutenção de uma conta de depósito à ordem – a conta de serviços mínimos bancários –, a disponibilização do respetivo cartão de débito e o acesso ao homebanking, bem como a possibilidade de realizar levantamentos ao balcão, débitos diretos, transferências intrabancárias nacionais e 24 transferências para outros bancos, através do homebanking.
(Notícia atualizada às 13h53 com mais informação)
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