Lay-off vai custar mil milhões de euros por mês, diz António Costa
"Pedidos de autorização para despedimentos coletivos é ainda um número muito limitado", revelou António Costa. "A pior coisa que pode acontecer é um aumento massivo do desemprego", disse.
António Costa revelou que, por mês o lay-off vai custar mil milhões de euros aos cofres do Estado, nomeadamente à Segurança Social. Neste novo regime, a que também podem aceder as empresas que foram obrigadas a fechar, aos trabalhadores é garantido o pagamento de, pelo menos, dois terços da sua remuneração, sendo tal valor pago em 70% pela Segurança Social e 30% pelo próprio empregador.
Em entrevista à TVI, o primeiro-ministro explicou que é “essencial recorrer a esta medida”, apesar do seu custo, porque o objetivo é salvar o maior número de postos de trabalho possível. “A pior coisa que pode acontecer é um aumento massivo do desemprego“, frisou.
António Costa admitiu que “há várias empresas que já estão a sinalizar o recurso a despedimentos”. “Pedidos de autorização para despedimentos coletivos é ainda um número muito limitado”, revelou o chefe do Executivo, lembrando contudo que “é fundamental que os empresário tenham a confiança necessária para perceberem que este não é o momento para fazerem despedimentos, mas antes pelo contrário, de se baterem pelas suas empresas e pelos seus trabalhadores”.
“Os trabalhadores também estão a fazer um esforço muito grande e um sacrifício grande porque para muitas pessoas, perder um terço do vencimento, significa um corte brutal na sua capacidade de solvabilidade. É por isso que os bancos têm de responder também com moratórias relativamente aos créditos e por isso é que o Estado decidiu tornar automáticas as renovações de todas as prestações sociais“, afirmou António Costa.
São já vários os bancos que já se mostraram disponíveis para avançar com uma moratória aos créditos para famílias e empresas. O pontapé de saída foi dado pela Caixa Geral de Depósitos ao anunciar uma moratória de seis meses para os créditos pessoais, da casa e também nos financiamentos concedidos às empresas. Depois foi o BPI e o Santander a anunciaram que também estão disponíveis, mas aguardam ainda as diretrizes das autoridades europeias, porque não querem que esta solução lhes seja penalizadora em termos de rácios de capital.
“Nestes três meses temos todos em conjunto fazer um esforço para sustentar empresas, emprego e rendimento de forma a que o país não afunde. O país não pode parar”, conclui.
(Notícia atualizada)
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