Vírus atira Nos para prejuízos de 10,4 milhões. Telecom reforça provisões para dívidas de clientes
A empresa justifica a queda com "os efeitos da pandemia Covid-19, pelo aumento de custos não recorrentes, nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis".
A Nos registou prejuízos de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, valor que compara com lucros de 42,5 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior. A empresa justifica a queda com “os efeitos da pandemia Covid-19, pelo aumento de custos não recorrentes, nomeadamente o aumento de provisões para fazer face ao aumento de dívidas incobráveis”.
Além disso, a Nos refere que o “contributo das empresas associadas deteriorou-se de forma significativa, registando perdas de 8,8 milhões de euros, com uma contribuição negativa da Sport TV e da ZAP, devido ao registo de imparidades e provisões”, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Já a atividade operacional da Nos registou um aumento, ainda que pouco expressivo, refletindo as restrições decorrentes da pandemia. Se, por um lado, o consumo das famílias foi estável, sentiu-se “pressão” do lado das empresas, devido à redução ou encerramento completo de atividade. Desta forma, o número de serviços prestados cresceu 2,1% para 9,708 milhões.
A atividade de cinemas e audiovisuais da empresa foi das mais afetadas pela pandemia, tendo sido determinado o seu encerramento em meados de março. A empresa salienta, apesar de tudo, que o investimento foi reforçado neste período, nomeadamente na área de telecomunicações, para 88,2 milhões de euros, excluindo contratos de leasing.
Tendo em conta o panorama, as receitas apresentaram uma quebra homóloga de 3% para 345,4 milhões de euros, “assistindo-se a uma quebra, de diferente intensidade, em todas as linhas de negócio”, nota a empresa. No primeiro trimestre, o EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] atingiu 152,7 milhões de euros.
A empresa sinaliza que está, nesta altura, a preparar a próxima “vaga de crescimento”. Para tal, vai contribuir a alienação da empresa que detinha as torres de telecomunicações à Cellnex Telecom. “Esta venda, cujo processo já estava a decorrer antes da chegada da pandemia, permite libertar capital empregue em ativos não diferenciadores, reinvestindo nos projetos de melhoria da experiência dos nossos clientes e de crescimento futuro”, sublinha Miguel Almeida, CEO da Nos, citado em comunicado.
(Notícia atualizada às 18h45)
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