BNP Paribas prossegue aposta no recrutamento. Vai contratar 1.200 pessoas até ao final do ano
Portugal atraiu centenas de projetos do banco, desenvolvidos no país. Este ano, o BNP Paribas já contratou 800 pessoas para os escritórios nacionais e não vai parar de recrutar.
A pandemia de Covid-19 condicionou processos de recrutamento e onboarding mas, no BNP Paribas, os planos de expansão e crescimento do banco para 2020 mantêm-se. A empresa, que conta com mais de 6.000 trabalhadores em Portugal, defende o mesmo posicionamento: desde o início do ano e, até ao momento, começaram a trabalhar na instituição cerca de 800 pessoas e os planos de recrutamento devem chegar às 2.000 novas contratações até ao final do ano, explica à Pessoas do ECO Carla Jorge da Costa, head of recruitment & talent sourcing do BNP Paribas.
“Neste contexto muito particular, a partir de 16 de março continuámos a acolher e a contratar, não interrompemos a nossa atividade e praticamente não abrandámos”, assegura a responsável. O banco segue, por isso, à procura de candidatos com formação superior e que sejam fluentes em inglês, a língua oficial do banco, para preencher as cerca de 1.200 posições disponíveis para este ano.
Portugal tem, nos últimos anos, atraído “várias centenas de projetos” do BNPParibas para serem desenvolvidos no nosso país. “Portugal é uma plataforma de crescimento e, por isso, o BNP Paribas acaba por não ser apenas um banco para ser, também, uma consultora, uma fintech, um polo de ciência de dados”, explica a especialista. A isso também se deve a diversidade de perfis procurados, que vão desde os mais habituais na banca, como finanças ou gestão, a perfis de direito, engenharia, matemática ou machine learning. Estes perfis menos tradicionais na banca já representam cerca de 10% da força de trabalho do BNP Paribas em Portugal.
Segundo Carla da Costa, a capacidade de atração de Portugal deve-se à qualidade do talento disponível, mas também a fatores externos como a qualidade de vida. Nos escritórios de Lisboa, trabalham pessoas de mais de 40 nacionalidades que, rapidamente, por força das medidas de confinamento, começaram a trabalhar a partir de casa em poucos dias, sítio onde continuam atualmente. “Começámos a trabalhar remotamente em poucos dias, inclusivamente a equipa de recrutamento”, assinala a responsável.
Desde 16 de março, o BNP Paribas participou em vários eventos de recrutamento, organizados pelo banco ou, em parceria com universidades. Desses eventos resultaram cerca de 1.400 candidaturas a lugares disponíveis no banco. “Os planos de crescimento do banco não abrandaram neste contexto, e Portugal continua a ser uma localização estratégica”, explica Carla da Costa, assinalando que, além das competências técnicas, o banco procura “espíritos preparados para integrar um contexto muito global” e que tenham características como “flexibilidade, forte resiliência e capacidade de trabalhar em equipa”.
Pandemia ajuda a aprender
Se a pandemia trouxe muitos desafios, também trará enormes aprendizagens. Mas não para já. “Ainda requer a nossa reflexão e esforço conjunto de aprendizagem das lições. Ajudou-nos, por agora, a discutir a forma como se vê o trabalho no dia-a-dia. E para percebermos que é possível ter a grande maioria das pessoas num regime que incorpore mais o teletrabalho”, assinala Carla da Costa.
Por isso, se antes do Covid-19 o BNP Paribas permitia o teletrabalho a apenas algumas áreas do banco — e estas funcionavam como uma espécie de projetos-piloto na empresa –, a pandemia veio provar que estender essa dinâmica a todas as áreas não seria sinónimo de paragem ou atraso. “Por força das circunstâncias, fomos forçados a isso e o banco não parou. Houve desafios, claro, essencialmente numa fase inicial, de definição dos processos, mas essencialmente desafios tecnológicos como a largura de banda e a criação de infraestruturas informáticas. Fizemos um trabalho extraordinário e em tempo recorde”, assinala.
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