Cápsulas de café já chegam a casa num veículo elétrico. São menos 15 toneladas de CO2 por ano

A Nespresso lançou um projeto-piloto em Lisboa que tem como missão que todas as encomendas cheguem ao destino num veiculo elétrico dos CTT. As "entregas verdes" vão chegar a mais cidades em breve.

A partir deste mês de julho, todas as entregas ao domicílio de cápsulas de café Nespresso passarão a ser 100% verdes e descarbonizadas. Em causa está o projeto-piloto lançado recentemente pela marca e que abrange para já apenas as encomendas feitas online e entregues na capital, agora integralmente garantidas por um veículo elétrico dos CTT. Este programa de “entregas verdes” vai permitir reduzir mais de 15 toneladas de CO2, por comparação com o serviço de entregas com veículos a diesel, que era usado antes.

Lisboa foi a cidade escolhida para dar início a estas novas entregas mais sustentáveis e neutras em carbono, mas o projeto pode chegar a outras cidades, adiantou ao ECO/Capital Verde o diretor de marketing da Nespresso, João Pedro Silva. “É o primeiro teste, mas acreditamos que seja o primeiro passo para alargar a outras localizações geográficas, sendo o objetivo cobrir todo o território nacional com entregas verdes”, explica.

A par deste projeto, a Nespresso desafia os portugueses a entregar de volta aos estafetas das “entregas verdes” todas as cápsulas de café já usadas, para que estas possam integrar o processo de reciclagem da marca, em que serão reutilizadas e encaminhadas depois para a produção de carros, caixilharia de janelas, bicicletas ou embalagens de alimentos.

Presencialmente, os clientes da Nespresso podem também entregar as suas cápsulas de café em cerca de 250 postos de recolha por todo o país. “As cápsulas são entregues a um outro parceiro de negócio que faz a separação do alumínio e da borra de café. O alumínio é integrado no processo de reciclagem e entra novamente no mercado, enquanto a borra de café é aproveita como fertilizante para um campo de produção de arroz na Herdade Monte das Figueiras, em Santa Margarida do Sado. Esse arroz é comprado pela marca Nespresso e posteriormente entregue todos os anos ao Banco Alimentar contra a Fome”, conta o diretor de marketing da Nespresso.

Através desta iniciativa, nos últimos 10 anos a Nespresso já entregou 600 toneladas de arroz ao Banco Alimentar, o que corresponde a 12 milhões de refeições. Segundo o diretor de marketing, o grupo é um dos principais fornecedores de arroz da instituição. “Este é um projeto que nasceu em Portugal, mas já foi exportado para outros países como Franca e Itália”, explica ao ECO/Capital Verde João Pedro Silva.

Novas metas de reciclagem

Neste momento, a Nespresso tem já uma taxa global de reciclagem de cápsulas da Nespresso na ordem dos 30%, atingindo assim um ano antes as metas que a empresa definidas para o final 2020. Em Portugal, a taxa foi de 23% no último ano e o objetivo é que chegue aos 25% em 2020.

Para tornar todo o processo ainda mais sustentável, a marca acaba agora de substituir o saco de separação de cápsulas por um feito de material 70% reciclado. O desafio é aumentar ainda mais a taxa de reciclagem.

O investimento da Nespresso em reciclagem cresce e, desde 2014, atingiu cerca de 175 milhões de euros, com mais de cem mil pontos de recolha em 53 países.

Nespresso lança cápsulas com 80% de alumínio reciclado

Também no mês de julho, a Nespresso lançou a nível global a primeira cápsula de café que incorpora alumínio 80% reciclado. Trata-se de uma nova liga ajustada que combina alumínio virgem com reciclado e contribui para dar vida às novas cápsulas da marca.

Esta novidade chega ao mercado português através das cápsulas do Master Origin Colombia, o primeiro café a usar a nova liga de alumínio. O objetivo da Nespresso é que até ao final de 2021, todas as cápsulas da Linha Original sejam fabricadas com alumínio reciclado.

“Isto é um processo que vai decorrer no próximo ano, pois estão associadas alterações profundas a nível de produção e rede logística. É um marco para nós que nossa cápsula consiga incorporar já uma percentagem tão elevada de alumínio reciclado”, conta João Pedro Silva.

A utilização de alumínio reciclado vai também permitir uma redução do consumo de energia de 95% face ao da produção de cápsulas com alumínio virgem. João Pedro Silva explica que a escolha deste material obedece a dois critérios: o facto de ser infinitamente e 100% reciclável, e de ser um dos materiais mais reciclados no mundo.

“Estas duas novidades, a cápsulas com 80% de alumínio reciclado e as entregadas verdes estão inerentes a uma série de projetos que dão consistência a esta dimensão de sustentabilidade da nossa marca”, conclui o diretor de marketing na Nespresso.

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