ISCTE Executive Education lança primeiro mestrado de um ano
O mestrado em Gestão Aplicada foi criado para profissionais com experiência no mercado de trabalho que não tenham tanto tempo para investir em formação. Arranca em janeiro de 2021 e tem 150 vagas.
O ISCTE Executive Education lança esta segunda-feira o mestrado em Gestão Aplicada, que será o primeiro de gestão em Portugal com a duração de um ano. De “empresas para empresas”, neste curso o único critério de elegibilidade é que os candidatos já estejam integrados no mercado de trabalho e tenham, no mínimo, cinco anos de experiência profissional. Vai arrancar em janeiro de 2021, com 150 vagas para a primeira edição.
O mestrado é “aplicado”, isto é, orientado a casos práticos em cenários verdadeiros de empresas reais e será lecionado em regime pós-laboral. Por ser um mestrado que se conclui no espaço de um ano, pretende ser uma opção para pessoas tenham tanto tempo para conciliar a vida profissional com um mestrado convencional, que dura dois anos.
Um mestrado de profissionais para profissionais
“Há inúmeras pessoas no mercado com formações diversificadas, que não necessariamente de gestão, que querem saber mais ou ambicionam progredir nas suas carreiras e ter um horizonte de oportunidades mais vasto, e para quem os conhecimentos em gestão e a titulação com grau de mestre serão essenciais”, conta à Pessoas José Crespo Carvalho, coordenador do mestrado e diretor do ISCTE Executive Education, que destaca o facto de o novo mestrado “ser aplicado, realizado num ano e em formato pós-laboral, sendo especialmente adequado para um público mais profissional e/ou executivo“.
Numa primeira fase do mestrado em Gestão Aplicada, são apresentados conteúdos curriculares transversais onde se explorarão as principais ferramentas de cada uma das áreas das empresas ou organizações — financeira, contabilística, operações, marketing, liderança e estratégia — e, numa segunda fase, cada aluno escolhe uma área de especialização. O coordenador refere-se ainda ao novo mestrado como “um processo muito empresarial e capaz de qualificar pessoas de e para empresas e organizações“, sublinha.
“Na sequência disto passa-se a um trabalho de grupo feito para responder a uma questão empresarial colocada por uma empresa. Um field-work. A partir daqui, haverá um pitch desse grupo para apresentação da sua solução. Finalmente, os alunos pegarão na resposta a esta questão empresarial e irão continuar a desenvolver, individualmente, o seu projeto (a sua tese) que será depois defendida perante júri regulamentar“, conclui.
O conselho consultivo do mestrado será constituído por profissionais do mundo empresarial, tais como Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, Luís Filipe Gaspar, managing partner da Mazars, Graça Pires de Oliveira, diretora de marketing B2B dos CTT), José Furtado, presidente das Águas de Portugal, Miguel Pina Martins, CEO da Science4you, Margarida Ramos Pereira, partner da Deloitte, Sónia Marçal, empresária na Portela Cafés, Catarina Morgado, head of PwC Academy em Portugal e Angola, e André Leonardo, empreendedor, viajante, autor e palestrante.
Ter mais tempo para tirar partido das experiências
José Carvalho Crespo aponta ainda duas grandes vantagens na estrutura deste mestrado: permite aos participantes conciliar a vida pessoal e profissional, e promove ainda a partilha de experiências e conhecimentos, por ser dirigido a pessoas com experiência profissional.
Sobre o novo mestrado, o coordenador espera um “grande impacto”, no sentido de “criar âncoras para a qualificação de pessoas que já estejam no mercado de trabalho e que não tenham dois anos para investir e, mais do que isso, queiram encontrar outros candidatos já com experiência profissional”, sublinha.
Penso que estamos a criar uma revolução no ensino superior em Portugal. E dentro de pouco tempo teremos vários seguidores de outras escolas. Sabemos isso.
Tal como os mestrados que se estendem ao longo de dois anos letivos, aos estudantes do mestrado do ISCTE é atribuída a certificação de mestre, tratando-se, destaca, de “uma prática que não é inédita e que existe por essa Europa fora”. “Mas atenção, os alunos de mestrados de um ano são tão mestres quantos os de dois anos com a vantagem, neste caso particular, de poderem aceder a um ensino aplicado”, sublinha.
O mestrado estará disponível em português e inglês e o objetivo é alargar este tipo de mestrado ao mercado internacional, revela o responsável. “Penso que estamos a criar uma revolução no ensino superior em Portugal. E dentro de pouco tempo teremos vários seguidores de outras escolas. Sabemos isso”, remata.
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