Atividade económica da Zona Euro volta a crescer em julho. É o melhor desempenho em dois anos
A atividade económica na Zona Euro está a demonstrar sinais de recuperação, tendo voltado a registar um crescimento em julho, segundo os dados da IHS Markit.
Pela primeira vez desde janeiro, a atividade económica na Zona Euro voltou a crescer, impulsionada pelo facto de a maioria das economias terem reaberto após o confinamento imposto pela pandemia. É o ritmo mais alto em cerca de dois anos, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela IHS Markit.
O índice que mede a atividade da indústria e dos serviços (o Purchasing Managers’ Index ou PMI) na área da moeda única fixou-se nos 54,8 pontos em julho, acima do valor registado no mês anterior, quando atingiu os 48,5 pontos.
Este é o registo mais elevado desde meados de 2018 e muito acima do mínimo de 13,6 pontos registados em abril. Leituras acima dos 50 significam que a atividade económica está em expansão e abaixo dos 50, em contração.
“As empresas da Zona Euro caminham para um início de terceiro trimestre encorajador, com a produção a crescer, em julho, à taxa mais rápida em pouco mais de dois anos, em consequência de os bloqueios continuarem a diminuir e as economias a reabrir”, disse Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit, citado pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).
Assim, esta procura foi reanimada pelo chamado “Grande Desconfinamento”, bem como pelas novas encomendas que aumentaram pela primeira vez desde fevereiro. Nesse sentido, segundo as estimativas da consultora, o índice de negócios (new business index, em inglês) cresceu para 57,2 pontos, comparativamente com os 47 pontos registados em junho. Este é também o registo mais elevado desde outubro de 2018.
Para o futuro, Williamson avisa que muitas empresas continuam “a reduzir a força de trabalho a um ritmo alarmante”, preocupadas com o facto de a procura subjacente poder não ser suficiente para sustentar a recente melhoria na atividade.
O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na Zona Euro, menos 2,7 pontos do que as previsões de abril. Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos em todo o mundo e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 198 países e territórios. Em Portugal, o novo coronavírus já infetou mais de 49 mil pessoas, das quais 1.705 acabaram por morrer. Até ao momento registam-se 34.369 casos recuperados.
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