Receitas do Facebook superam estimativas graças aos smartphones
Dispositivos móveis garantiram mais de 80% das receitas do Facebook. Vendas dispararam 50% para mais de oito mil milhões de euros no último trimestre do ano passado.
As receitas do Facebook subiram mais do que o esperado no quarto trimestre do ano passado, impulsionadas pela publicidade nos dispositivos móveis. Em 2016, a rede social conseguiu triplicar os lucros para 10,2 mil milhões de dólares.
A maior rede social do mundo informou esta quarta-feira que o volume de negócios disparou 51% para os 8,81 mil milhões de dólares (8,16 mil milhões de euros) no último trimestre de 2016, superando as projeções dos analistas que apontam para vendas na ordem dos 8,51 mil milhões de dólares. O número de utilizadores ativos no Facebook aumentou 17% face ao ano anterior para 1,86 mil milhões de pessoas, com 1,23 mil milhões sendo frequentadores diários e 1,74 mil milhões acedendo através dos seus smartphones.
O desempenho no final do ano passado permitiu à tecnológica liderada por Mark Zuckerberg cimentar o segundo ligar no mercado de publicidade mobile, atrás do Google da Alphabet, depois de ter anunciado em 2016 que começou a explorar espaços publicitários no e a acrescentar ferramentas de e-commerce no Instagram, uma plataforma de partilha de fotografias que conta com mais de 600 milhões de utilizadores.
A publicidade mobile representou, de resto, 84% do total de receitas no trimestre, indicou o Facebook.
“O Facebook e o Google são dois elementos fundacionais para a publicidade digital”, referiu Brian Wieser, analista da Pivotal Research Group. “O Facebook é tão grande em termos de capacidade para manter os utilizadores ativos na plataforma que não falhará qualquer objetivo que coloque em relação à publicidade se mantiver os utilizadores”, acrescentou.
O lucro entre outubro de dezembro ficou nos 1,41 dólares por ação, um resultado que bateu a estimativa de 1,31 dólares dos analistas sondados pela Bloomberg. No total do ano, os lucros situaram-se nos 10,2 mil milhões de dólares (9,47 mil milhões de euros), três vezes mais do que em 2015.
Nem tudo foram boas notícias para o Facebook no final do ano passado. Além da necessidade de combater as notícias falsas que cada vez mais vão ocupando os feeds dos utilizadores, a rede social reconheceu que durante dois anos calculou mal uma das principais métricas para os anunciantes: a quantidade média de tempo gasto a ver um vídeo. Uma situação que deixou os anunciantes mais desconfiados em relação ao verdadeiro impacto das suas campanhas no Facebook e obrigou Mark Zuckerberg a corrigir metodologias de algumas métricas de alcance social.
As ações do Facebook subiram esta quarta-feira 3,6% para os 133,23 dólares.
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