“Clara recuperação” no 2.º trimestre pode levar Fórum para a Competitividade a rever em alta PIB de 2021
O Fórum para a Competitividade já viu o PIB a cair em 2021, melhorou a previsão para um crescimento de até 3% e agora admite rever em alta novamente. O segundo trimestre exibe "clara recuperação".
O Fórum para a Competitividade considera que existem “indicadores promissores” no segundo trimestre, principalmente os de confiança de consumidores e empresários e as vendas a retalho. Na nota de conjuntura de maio, o Fórum diz que é visível uma “clara recuperação” da economia portuguesa que poderá levar a uma revisão em alta do PIB anual.
O ano começou com um segundo confinamento e as expectativas do Fórum deterioraram-se de tal forma passou a prever uma nova contração do PIB em 2021, após a queda histórica de 7,6% em 2020. Meses depois, com o processo de vacinação a acelerar, a previsão melhorou para terreno positivo, mas manteve-se abaixo da estimativa do Governo e de outras instituições. Agora o Fórum admite rever em alta a previsão de crescimento em 2021 para lá dos 3%.
“Para o 2º trimestre, em particular, há indicadores promissores (confiança e vendas a retalho)”, lê-se na nota de conjuntura de maio divulgada esta terça-feira, concretizando que, “a confirmarem-se, faremos uma revisão em alta das nossas estimativas para o conjunto do ano“. A atual previsão passa por um intervalo entre 1% a 3% para a subida do PIB este ano.
Esse valor contrasta com o do Governo que espera um crescimento de 4%, semelhante às previsões do Banco de Portugal, Comissão Europeia, OCDE e FMI. Recentemente, o ministro das Finanças tem subido a parada, sinalizando que a economia portuguesa poderá crescer 5% este ano.
Apesar dos dados já divulgados relativos ao segundo trimestre mostrarem uma “forte recuperação”, o Fórum considera que é necessário ter “alguma prudência na interpretação nestes dados”, desde logo por causa da escassez de mais dados e a “excecional estrutura da recuperação, com alguns setores ainda muito limitados, como o turismo”.
Nos próximos trimestres “há condições de recuperação”, mas continuará a “elevada incerteza” à volta do turismo, a que se somam duas “condicionantes principais: “O atraso na ‘bazuca’ europeia e na distribuição dos restantes fundos europeus; e a incógnita das falências e desemprego adiados, que se poderá manifestar no final das moratórias e apoios públicos“, sintetiza o Fórum.
“Uma coisa é certa: o 2º trimestre deverá ser já de clara recuperação, quer devido ao forte alívio do confinamento e restrições que vigoraram durante quase todo o 1º trimestre; quer porque o trimestre homólogo foi o de maior quebra da pandemia, com queda do PIB trimestral de 13,9%”, conclui o Fórum, sem adiantar uma previsão para o crescimento do PIB entre abril e junho.
A expectativa dos economistas do ISEG é que a economia possa crescer entre 10% a 15% em termos homólogos no segundo trimestre. No caso da Comissão Europeia, a previsão é de 13,5% também em termos homólogos.
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