“Até onde vai a eficácia da vacina”, questiona Rio
Líder do PSD não compreende o motivo do primeiro-ministro estar em isolamento profilático, quando está vacinado. Questiona a eficácia da vacina e pede explicações ao Governo.
O primeiro-ministro está em “confinamento profilático após contacto com infetado, não obstante já ter as duas doses da vacina há mais de mês e meio. O líder do PSD, Rui Rui, questiona “até onde vai a eficácia da vacina contra a Covid-19″ e afirma que o “Governo tem vindo a comunicar de forma desastrosa e neste momento as pessoas já não entendem nada”.
“Todos nós ouvimos, por parte do Governo, que é absolutamente vital que os portugueses se vacinem e assim sendo recebem um certificado digital que lhes permitem circular livremente (…) No entanto, temos o primeiro-ministro fechado em casa 14 dias por ter estado em contacto com alguém infetado, embora já esteja vacinado com as duas doses. Esta situação do primeiro-ministro fechado em São Bento não se entende”, destaca Rui Rio em declarações após a reunião de Conselho de Ministros.
Face a esta incompreensão, o presidente do PSD destaca que esta situação tem que ser “clarificada para que os portugueses perceberem bem aquilo que deve ser o seu comportamento e o que podem fazer com o certificado digital”, afirma com indignação.
O Presidente da República já tinha levantado a mesma dúvida na quarta-feira e pediu às autoridades sanitárias para explicar publicamente o motivo para ser imposto isolamento ao primeiro-ministro, apesar de vacinado e com certificado digital Covid-19, por ter tido contacto com um infetado. “Isto tem que ser explicado para que não haja a ideia errada de que a vacina não serve para nada”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa, numa alusão à situação atual do primeiro-ministro, que está em isolamento profilático, após ter contactado com uma pessoa infetada.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que é importante explicar aos portugueses “a razão pela qual quem tem um certificado de vacina”, isto é, a vacinação completa há mais de 14 dias, tem que “cumprir as mesmas regras” se tiverem estado “perto” ou contactado “com alguém contaminado”, “de quem não se vacinou nenhuma vez ou só teve a primeira dose da vacina”.
Entretanto, após o pedido de esclarecimento do Presidente da República, à TSF (acesso livre), a Direção-Geral da Saúde (DGS) veio justificar a imposição de quarentena de António Costa com o “princípio da precaução em Saúde Pública, no atual momento epidemiológico”. Além disso, a entidade liderada por Graça Freitas explica que “as pessoas vacinadas são abordadas, no que diz respeito ao isolamento e testagem, respetivamente, da mesma forma que as pessoas não vacinadas”.
Rio critica decisão do Governo de marcar autárquicas para 26 setembro
Em relação às eleições autárquicas marcadas para 26 de setembro, Rui Rio diz não compreender esta decisão. “Não posso admitir é a razão pela qual o Governo e o PS não aceite adiar as eleições autárquicas por um mês, um mês e meio, numa altura que a pandemia se está a agravar e todos os candidatos que andam no terreno têm dificuldades acrescidas para fazer campanha”, afirma o líder do PSD.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente social-democrata considerou compreensível o argumento do Governo para não marcar as autárquicas para 10 de outubro, “na exata medida em que a lei mudou e o Orçamento do Estado 2022 tem de ser entregue” até esse dia, e “compreende-se que é mau sinal estar a elaborar um orçamento e a debater um orçamento em período de campanha eleitoral”.
Para Rio, o adiamento tem de ser feito “dentro do limite do razoável, ainda para mais agora que as coisas se agravaram”, ou seja, entre “um mês, um mês e meio”, mas “sempre no ano de 2021 e não em cima do Natal”.
Para o social-democrata é impossível “garantir eleições democráticas com todos os candidatos a terem o mínimo de liberdade na sua campanha eleitoral com este enquadramento definido pelo Governo”.
(Notícia atualizada às 19h40 com mais informações).
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