Pharol afunda 20% após máximos de ano e meio
Apesar do tombo, Pharol continua a deter a melhor marca no PSI-20 em 2017. Ações estão a corrigir esta segunda-feira de máximos de ano e meio, provocando uma inversão negativa em Lisboa.
Uma das histórias mais entusiasmantes no PSI-20 em 2017, a Pharol PHR 0,00% conhece esta segunda-feira um capítulo mais negativo. As ações estão em forte queda depois de na sexta-feira terem disparado mais de 10%, dia em que se ficou a saber que a Oi tinha um novo interessado na compra da problemática operadora brasileira onde a empresa portuguesa é maior acionista.
Os títulos da Pharol afundam neste momento 5,73% para 0,411 euros. Mas já estiveram a cair mais de 20%, para os 0,347 euros, corrigindo dos máximos de ano e meio que atingiram na última semana. Apesar do tombo, a cotada liderada por Palha da Silva mantém ganhos de 90% em 2017, o melhor desempenho em Lisboa. Entretanto, o PSI-20 seguia em baixa de 0,4% para 4.586,33 pontos, invertendo dos ganhos iniciais, pressionada ainda pela desvalorização de mais de 3% do BCP para 14,22 cêntimos.
“A Pharol tem sido um título afetado por uma elevada volatilidade, tendo valorizado 97% desde janeiro”, refere Henrique Romão Dias, gestor da corretora XTB. “Dado o baixo preço da ação, e a onda de otimismo de que está a ser alvo, torna-se um ativo interessante para os especuladores que procuram um trading intra-diário”, justifica.
Os títulos valorizaram de forma expressiva na última sessão, depois de a Reuters ter noticiado que um novo fundo de investimento entrou na corrida pela Oi, a operadora brasileira que se encontra num plano de proteção de falência desde junho do ano passado, o maior processo deste género alguma vez desencadeado no Brasil. Trata-se de um grupo de investidores liderados pelo fundo Cerberus Capital Management, que está a planear avançar com uma proposta alternativa de recuperação judicial em março, logo após a finalização do processo de due dilligence, revelou uma fonte à agência Reuters.
Além da participação na Oi, a Pharol detém ainda cerca de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, braço não financeiro do Grupo Espírito Santo, embora a empresa já só espere recuperar 85,8 milhões de euros.
Pharol apaga a luz
A administração da Oi está neste momento a analisar várias alternativas quanto ao futuro da operadora. Entre as opções em cima da mesa está a possibilidade de converter parte dessa dívida em ações. A ideia de conversão dívida em capital foi proposta por credores e apresentada aos administradores pela LaPlace, a assessora financeira da empresa. Neste sentido, “o conselho [de administração] autorizou a diretoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto dos credores, aprofundando alguns itens críticos”, segundo comunicou ao mercado na semana passada.
Adicionalmente, a gestão da Oi tem em cima da mesa mais duas propostas para a compra da operadora. Existe uma proposta da Elliot Management, do multimilionário Paul Singer, que envolve uma injeção de capital no valor de nove mil milhões de reais (2,9 mil milhões de dólares) que daria uma participação maioritária àquele fundo norte-americano na operadora brasileira, segundo a Reuters. Este negócio tem a oposição da Pharol, que revelou à agência que apenas aceitará um plano de reorganização alternativo se tiver o aval da administração da Oi.
E há outra oferta da Orascom, detida pelo multimilionário Naguiv Sawiris, que recentemente decidiu estender o prazo de validade das sugestões para um plano alternativo de recuperação judicial da operadora brasileira Oi. A proposta da Orascom expira no final do mês.
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