Salário médio líquido dispara 10% para 1.151 euros. Veja as profissões com maiores aumentos

Trabalhadores dependentes ganham mais 104 euros face há um ano, mas a valorização real, descontando o efeito da inflação, foi menor: 82 euros ou 7,8%. Militares e agricultores com os maiores aumentos.

O salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem disparou 9,9% para 1.151 euros, no terceiro trimestre de 2024, o que significa mais 104 euros na conta bancária, em comparação com o ordenado de há um ano, que estava nos 1.047 euros, segundo os cálculos do ECO com base nos novos dados publicados, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), juntamente com as estatísticas do emprego relativas ao período entre julho e setembro.

Em termos reais, já descontando o impacto da inflação, registada em setembro, de 2,1%, o crescimento foi menor, mas ainda significativo, de 7,8% ou de 82 euros. Isto significa que 22 euros do aumento nominal de 104 euros foi “comido” pela subida, ainda que mais branda, dos preços.

O rendimento médio mensal líquido da população empregada por conta de outrem, já depois da retenção na fonte em sede de IRS e das contribuições sociais, tem estado a crescer consecutivamente desde o início do ano, em termos homólogos. No primeiro trimestre, o ordenado médio líquido cresceu 6,3% e, no segundo, registou-se uma evolução positiva de 8,9%.

Na variação em cadeia, isto é, do segundo para o terceiro trimestre, o aumento do salário médio líquido foi mais modesto, de 1,23% ou de 14 euros em comparação com o ordenado de 1.137 euros que o INE calculou para o segundo trimestre.

Maiores aumentos para Forças Armadas, agricultores e administrativos

Analisando a variação das remunerações médias líquidas por grupos de profissões, o INE mostra que, no terceiro trimestre do ano, a classe das Forças Armadas continua a beneficiar do maior incremento salarial. A folha de vencimento destes profissionais subiu de 1.322 euros para 1.589 euros, um aumento de 267 euros, o que corresponde a um crescimento homólogo de 20,20%.

No ranking dos maiores aumentos, surge, em segundo lugar, o grupo dos agricultores e pescadores. Estes trabalhadores auferiam, em média, 825 euros, no terceiro trimestre, o que traduz um crescimento de 11,79% ou de 87 euros face ao salário de 738 euros que ganhavam no mesmo período do ano passado.

A completar o pódio das maiores subidas no salário médio líquido está o pessoal administrativo, que teve um incremento salarial de 10,16% ou de 91 euros, o que elevou o ordenado de 896 para 987 euros.

Em sentido oposto, entre os grupos profissionais com aumentos salariais menos significativos, em termos homólogos, e que ficaram abaixo do aumento médio (9,9%), estão os representantes do poder legislativo e gestores de topo, os trabalhadores da montagem e os funcionários não qualificados.

Entre julho e setembro, o vencimento dos representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos atingiu os 1.871 euros, uma subida de 4,23% ou de 76 euros face ao ordenado do ano passado, de 1.795 euros.

Na lista dos menores aumentos, seguem-se os trabalhadores da montagem, cujo ordenado médio líquido deu um salto de 6,10% ou de 57 euros, evoluindo de 935 para 992 euros. Os trabalhadores não qualificados beneficiaram de um aumento de 6,97% ou de 46 euros, o que elevou o ordenado médio líquido de 660 para 706 euros.

Gestores de topo e agricultores com perda salarial na variação em cadeia

Na variação em cadeia, os agricultores e os gestores de topo sofreram uma redução no rendimento mensal líquido, o que pode ser explicado eventualmente por efeitos sazonais, uma vez que o terceiro trimestre engloba os meses de férias do verão, designadamente agosto.

No caso dos agricultores, pescadores e trabalhadores da floresta, verificou-se uma redução na remuneração média mensal líquida de 3,28% ou de 28 euros, o que fez o ordenado cair de 853 para 825 euros, entre o segundo e o terceiro trimestres do ano. De salientar que o trabalho deste grupo profissional é muito sazonal. Em relação à agricultura, especificamente, as vindimas costumam decorrer normalmente entre a segunda quinzena de setembro e as primeiras duas semanas de outubro, ou seja, já fora da análise do INE para o terceiro trimestre (de agosto a setembro), o que pode ser uma justificação.

Em relação aos gestores de topo, registou-se uma perda salarial de 0,95% ou de 18 euros: o rendimento mensal líquido regrediu de 1.889 euros para 1.871 euros, do segundo para o terceiro trimestres de 2024. Neste grupo, estão os representantes do poder legislativo, onde se incluem os deputados que vão de férias parlamentares entre o final de julho e início de setembro.

Ainda que aufiram uma compensação equivalente ao subsídio de férias, deixam de receber as ajudas de custo diárias, porque não participam nos trabalhos da Assembleia da República, já que esta se encontra encerrada naquele período, o que poderá explica esta variação negativa em cadeia. Só no ano passado, o Parlamento pagou, em média, 2.420 euros mensais, isentos de IRS, em ajudas de custo, as quais acrescem ao salário bruto de 3.892,14 euros, tal como o ECO noticiou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Audições sobre o OE2025 continuam, CGD e EDP divulgam resultados financeiros e será anunciada decisão da Reserva Federal relativa às taxas de juro.

No mesmo dia em que o ministro Adjunto e da Coesão Territorial e o ministro das Infraestruturas e Habitação vão ao Parlamento defender a proposta orçamental, o Eurostat divulga dados estatísticos. Nos mercados, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a EDP – Energias de Portugal vão divulgar resultados financeiros. Lá fora, termina a reunião da Reserva Federal dos EUA e será anunciada decisão de corte (ou não) das taxas de juro.

Caixa apresenta resultados financeiros

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresenta os resultados dos primeiros nove meses do ano após o fecho de mercado. A informação será disponibilizada no sítio da internet da CGD e também no da CMVM e pelas 10h00 do dia seguinte terá lugar uma conference call destinada a analistas e investidores. No mesmo período no ano passado, o banco público registou lucros recorde de quase 987 milhões de euros, um aumento de 42,6% em relação ao mesmo período de 2022.

… e à EDP, como correu o terceiro trimestre?

A EDP – Energias de Portugal vai presentar os resultados do terceiro trimestre do ano. A empresa registou lucros de 509 milhões de euros no terceiro trimestre do ano passado, uma subida de 141% face ao mesmo período em 2022. No mesmo dia, a Euronext apresenta o novo plano estratégico para os próximos três anos e o seu CEO e presidente do Conselho de Administração, Stéphane Boujnah, assinala os principais destaques dos resultados do terceiro trimestre desde ano.

Audições sobre OE2025 continuam

As audições no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) continuam. Nesta quinta-feira chegou a vez de serem ouvidos o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, e o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

Termina reunião da Reserva Federal

A Reserva Federal (Fed) norte-americana, liderada ainda por Jerome Powell, vai anunciar a sua decisão relativa às taxas de juro que deverá terminar com um corte de 25 pontos base, apontam as previsões dos economistas inquiridos pela FactSet. Assim, a taxa de juro que os bancos cobram uns aos outros deve descer de um intervalo de 4,5% a 4,75%, a partir do seu nível atual de 4,75% a 5%.

Eurostat divulga dados estatísticos

O Eurostat vai divulgar dados de setembro do comércio de retalho e dos preços das importações industriais. O órgão estatístico europeu divulga dados sobre o salário médio ajustado a tempo inteiro por trabalho relativo a 2023. O Banco de Portugal (BPStat) também publica dados sobre os índices cambiais relativos a outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Homming reforça a sua presença no setor com a apresentação dos seus novos produtos na SIMED e na FAI Conecta

  • Servimedia
  • 7 Novembro 2024

Participa pelo terceiro ano consecutivo no Salão Imobiliário do Mediterrâneo, que se realiza em Málaga de 7 a 9 de novembro, e na FAI Conecta, que terá lugar nos dias 8 e 9 de novembro em Pamplona.

A homming informou que, no último ano, concentrou os seus esforços no reforço da sua proposta de valor para o setor imobiliário, oferecendo atualmente otimizações nos tempos de gestão das rendas até 80%. A empresa integrou também soluções que aceleram a profissionalização da gestão dos modelos “Flex Living” em crescimento, tais como quartos, coliving, rent to rent, residências de estudantes, coworking ou alugueres temporários, entre outros.

A empresa também aumentou a sua carteira de ativos geridos através da sua plataforma em 90% durante os primeiros seis meses de 2024, para 30 100 imóveis, ultrapassando os 580 milhões de euros em rendas geridas através da sua tecnologia. Este crescimento é sustentado pelo avanço tecnológico da empresa e pelo crescimento da gestão de alugueres de médio e longo prazo, e por quartos.

Nesta edição do SIMED, em que a startup participa pelo terceiro ano consecutivo, a homming afirma que está a aumentar o seu protagonismo através de um stand e da participação em diferentes momentos chave do certame. “A presença da homming na SIMED confirma o compromisso da nossa empresa com o mercado imobiliário da Andaluzia e de Málaga, uma zona que está a viver um forte desenvolvimento de tendências como a flex living”, afirma Jorge Montero, Co-Founder & CEO da homming.

Esta feira imobiliária de referência nacional terá lugar em Málaga de hoje a 9 de novembro e espera a visita de mais de 8.000 pessoas, bem como a participação dos principais agentes do setor imobiliário – empresas, startups e instituições -, que se reunirão no Palácio de Feiras e Congressos da cidade (FYCMA) para estabelecer sinergias, fazer networking, investir em negócios e antecipar as próximas tendências imobiliárias a médio e longo prazo.

Além disso, este ano, a homming afirma ter um papel especialmente ativo na agenda da Conferência Imobiliária “Join Málaga”, que analisará a atualidade e as tendências do setor. A conferência, que terá lugar na sexta-feira 8 de novembro no Palácio de Feiras e Congressos de Málaga a partir das 16 horas, contará com a participação do cofundador e CMO da homming, José María Rincón, na conferência “Flex Living redefine o mercado imobiliário”. Rincón abordará temas como os modelos Flex Living existentes, as tendências e os processos chave na gestão deste tipo de alugueres.

“A curto prazo (5 anos), Espanha poderia necessitar de 150.000 a 200.000 casas dedicadas ao flex living. Isto implicaria tanto a chegada de profissionais estrangeiros como uma mudança de mentalidade da população local para estilos de vida mais flexíveis. A longo prazo (10 anos), estimamos que o mercado poderia exigir até 400.000 casas flexíveis, especialmente se o crescimento do trabalho remoto, a mobilidade laboral e a atratividade de Espanha como destino para os nómadas digitais continuarem”, diz Rincón. O facto é que a ‘Flex Living’ é uma tendência em expansão com retornos mais elevados do que outros modelos tradicionais, e Málaga é uma das cidades onde esta tendência está a ganhar mais notoriedade.

O mercado de arrendamento em Málaga tem registado uma tendência ascendente, mantendo níveis elevados de procura e de preços em 2024. “A elevada procura é impulsionada pela atratividade de Málaga como cidade turística e pela escassez de oferta no mercado de arrendamento. Além disso, a pressão do aluguer de férias e do investimento imobiliário contribuiu para o aumento dos preços. Muitos residentes enfrentam dificuldades no acesso a habitação a preços acessíveis, gastando, em média, mais de metade do seu rendimento mensal em rendas”, afirmou Jorge Montero.

FAI CONNECTA

A Homming participa também numa nova edição do FAI Conecta, o fórum de encontro, de debate, de negócios e de inovação imobiliária organizado pela Federação Nacional das Associações Imobiliárias (FAI), que terá lugar entre 8 e 9 de novembro em Pamplona (Navarra).

Nesta edição, a Homming apresentará o seu novo plano de mediação, que será lançado oficialmente na Black Friday, durante a semana de 25 de novembro. Este plano destina-se a todas as agências imobiliárias que realizam intermediação de arrendamento e tudo o que o processo implica: gestão da procura de inquilinos, verificação, gestão de visitas, geração e assinatura de contratos, gestão de check-in e check-out, atualizações de rendas e, em muitas ocasiões, também a gestão de incidentes de forma altruísta.

“Com este novo plano, pretendemos simplificar a intermediação do arrendamento para aumentar o controlo das rendas, a fidelização dos clientes proprietários e a rentabilidade dos imóveis, poupando tempo, maximizando os lucros e prestando um serviço excecional aos seus clientes. Queremos otimizar o processo de intermediação, facilitando desde a seleção de inquilinos até à assinatura de contratos ou à faturação automática, permitindo inclusivamente que os proprietários ofereçam um portal onde possam rever a sua informação e adicionar despesas e receitas para controlar a rentabilidade dos seus ativos”, explica Jorge Montero, CEO da homming.

A Homming mantém uma relação próxima com a FAI, especialmente desde 2023, quando chegaram a um acordo para que os seus mais de 4.000 profissionais associados possam beneficiar do acesso à plataforma e ao know-how da homming, focados na gestão integral dos alugueres de forma ágil e simples e com acesso a benefícios exclusivos.

Um acordo estratégico que, segundo a empresa, permite que os profissionais do setor imobiliário membros da FAI beneficiem de uma série de vantagens, como um desconto exclusivo no preço de acesso ao site e à aplicação homming, assim como a possibilidade de utilizar o conhecimento dos responsáveis da plataforma para organizar webinars de assessoria para as agências que queiram aumentar a sua linha de gestão integral ou para aquelas que não gerem arrendamentos e queiram começar a fazê-lo; a realização de sessões sobre boas práticas, melhorias e casos de sucesso, bem como sessões de formação personalizadas, com acesso direto e personalizado ao pessoal especializado da homming.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coverflex lança assistente que ajuda empresas a comparar seguros para trabalhadores

Nova ferramenta da Coverflex quer ser "aliado na eficiência" das empresas. Por exemplo, comparar planos de segurou ou criar planos de benefícios personalizados passam a exigir apenas alguns cliques.

A portuguesa Coverflex acaba de lançar um novo assistente baseado em inteligência artificial, que promete ajudar empregadores e trabalhadores a perceberem melhor como funcionam os benefícios extra salário. Segundo foi avançado ao ECO em primeira mão, uma das funcionalidades que passam a estar disponíveis é a comparação de planos de seguros em poucos cliques, poupando horas de trabalho aos responsáveis de recursos humanos.

“O Coverflex AI inaugura uma nova era na compensação, simplificando um dos temas mais complexos no ambiente de trabalho. Criámos esta solução para que empresas e colaboradores tenham total autonomia no acesso à informação que realmente precisam — de forma rápida, simples e personalizada para cada pedido, através de perguntas em linguagem natural“, explica ao ECO a country manager para Portugal, Inês Odila.

Em concreto, este novo assistente permite às empresas, por exemplo, personalizarem as políticas de benefícios de acordo com o setor que se inserem e com a sua dimensão, “acedendo a informações reais e atualizadas sobre as práticas de mercado”.

Permite também comparar planos de seguros em poucos cliques, garantindo que “as empresas encontram rapidamente o que precisem, personalizando às suas necessidades do momento”.

Além disso, o assistente é capaz de dar orientações especializadas às empresas “em termos de vencimentos e contabilidade, em conformidade com as regulamentações nacionais”, para facilitar a gestão financeira dos empregadores.

“Para as empresas, o Coverflex AI é um verdadeiro aliado na eficiência. Basta imaginar um departamento de recursos humanos que já não precisa de perder horas a filtrar dados, a comparar seguros ou a criar planos de benefícios. Agora, tudo isto é feito em poucos cliques, de forma autónoma“, salienta Inês Odila.

Já para os trabalhadores, a vantagem desta nova ferramenta é, sobretudo, o acesso simplificado à informação. “O Coverflex AI representa uma verdadeira porta aberta à autonomia e à personalização. Na prática, significa que cada pessoa pode consultar, a qualquer momento, os seus benefícios e seguros, esclarecer dúvidas e aceder facilmente a informações que ajudam a entender, de forma independente, o valor real da sua compensação”, avança a country manager.

Com acesso imediato a insights, os colaboradores conseguem gerir e adaptar melhor a sua compensação ao longo do tempo, levando a que se sintam mais valorizados e apoiados.

Inês Odila

Country manager da Coverflex em Portugal

“Com acesso imediato a insights, os colaboradores conseguem gerir e adaptar melhor a sua compensação ao longo do tempo, levando a que se sintam mais valorizados e apoiados, sabendo que têm à disposição uma solução feita para responder às suas necessidades únicas”, acrescenta a mesma.

Inês Odila indica ainda que a Coverflex quer também vir a lançar novas ferramentas “que acompanhem os colaboradores nesta jornada de conhecimento, como uma ferramenta para esclarecer qualquer dúvida sobre o seu recibo de vencimento ou outra que ajuda a interpretar a sua apólice de seguros e entender, de forma clara e rápida, o que está ou não incluído”.

“O Coverflex AI é um movimento com um propósito claro: democratizar a compensação. Queremos que todos, independentemente da sua experiência ou conhecimento financeiro, tenham acesso fácil e direto às informações que moldam o seu bem-estar financeiro”, argumenta a responsável.

A partir desta quinta-feira, este novo assistente está oficialmente disponível para as 8.500 empresas que são clientes da Coverflex. A partir de agora, o compromisso desta empresa portuguesa é lançar, todos os meses, um novo use case desta ferramenta, “ouvindo ativamente as empresas e colaboradores para entender o que o mercado realmente precisa”.

Ao ECO, Inês Odila adianta, a propósito, que a Coverflex criou já uma equipa dedicada especificamente à inteligência artificial, uma vez que reconhece que esta tecnologia é essencial para o futuro. “Esta equipa está totalmente focada em desenvolver e aprimorar continuamente esta solução, sempre com o objetivo de alinhá-la às necessidades reais de empresas e colaboradores“, remata a responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

26 projetos de hidrogénio e biometano de 245 milhões de euros candidatam-se a apoios

As candidaturas ao último aviso de 70 milhões de euros correspondem a uma capacidade instalada de produção de 203,39 megawatts, num investimento total de 245,3 milhões de euros.

O Governo recebeu 26 candidaturas para o apoio à produção de gases renováveis lançado em junho, com uma dotação de 70 milhões de euros, indica o Ministério do Ambiente e Energia, em resposta ao ECO/Capital Verde.

As candidaturas correspondem a uma capacidade instalada de produção de 203,39 megawatts, num investimento total de 245,3 milhões de euros. De acordo com o aviso, cada um dos candidatos vai ter direito a um apoio máximo de 15 milhões de euros, que não deverá ultrapassar 60% do total de investimento previsto.

Agora, as candidaturas que reúnam as condições de elegibilidade serão apreciadas pela Direção-Geral da Energia e Geologia (DGEG) e pela entidade gestora do Fundo Ambiental. O prazo máximo para que a instalação se encontre operacional decorre até 30 de junho de 2026. Os projetos têm obrigatoriamente de ter início até 180 dias de calendário após a data da assinatura do contrato de financiamento entre o Fundo Ambiental e o beneficiário.

Para os projetos serem elegíveis, a produção de “gases de origem renovável” — que vão do hidrogénio verde ao biometano — tem de ser efetuada a partir da energia produzida por instalações que utilizem unicamente “fontes de energia renováveis”. Os 70 milhões de euros concedidos são integralmente provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência.

As candidaturas para este aviso são conhecidas depois de, no início de outubro, terem sido selecionados os 22 projetos que terão direito a verbas do aviso anterior, no valor de 83 milhões de euros. Tal como o ECO/Capital Verde avançou na altura, 13 milhões de euros deste total foram atribuídos à Voltalia, divididos por dois projetos, um no Carregado e outro na Covilhã.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euronext expande operações no Porto com 200 contratações e mudança de escritório

Agora a partir do centro da cidade, a gestora de bolsas vai reforçar competências e colaboradores no Porto, onde tem um centro tecnológico e uma unidade de liquidação e custódia de títulos.

A Euronext, a gestora de bolsas que controla a praça portuguesa, vai continuar a expandir a sua atividade em operações e em número de pessoas no Porto, onde detém o centro tecnológico e a antiga Interbolsa. A companhia emprega atualmente 350 pessoas na Invicta e vai mudar de instalações para o centro da cidade para acomodar o alargamento previsto, projetando contratar mais duas centenas de colaboradores nos próximos três anos.

Com duas empresas atualmente localizadas na avenida da Boavista — a Euronext Securities (liquidação e custódia de títulos) e a Euronext Technologies (centro tecnológico) –, o grupo que gere a bolsa de Lisboa vai mudar de instalações para um novo edifício em Cedofeita. Uma nova localização que oferece espaço e condições para acolher o reforço da equipa projetado para os próximos anos.

“A decisão de mudarmos para um novo edifício deve-se ao crescimento significativo das equipas no Porto, que atualmente ultrapassam os 350 colaboradores, com previsão de expansão nos próximos anos”, esclarece ao ECO fonte oficial da Euronext. É que “as instalações atuais já não comportam este crescimento e o layout em nove pisos torna-se inadequado para as necessidades operacionais, dificultando a proximidade física necessária entre as equipas para maximizar produtividade e eficiência.”

Com o novo edifício ainda em obras de remodelação para vir a acolher as equipas da Euronext na cidade, a empresa prevê que tenha condições para se transferir para as novas instalações na segunda metade de 2025, possivelmente mais próximo de final do ano.

A Euronext refere que “está previsto o crescimento da equipa para responder às necessidades da estratégia da empresa e à natural evolução na área da tecnologia”, apontando para um aumento de cerca de 200 colaboradores nos próximos três anos. O grosso destas contratações será para o centro tecnológico, avança ao ECO a mesma fonte do grupo liderado por Stéphane Boujnah, que irá apresentar esta quinta-feira o novo plano estratégico do grupo, assim como os resultados do terceiro trimestre do ano.

Apesar de a bolsa portuguesa ter vindo a perder dinamismo — só este ano já se despediu da Inapa e da Reditus e, recentemente, disse adeus à Greenvolt na sequência da aquisição pelos americanos da KKR, Portugal –, Portugal é estratégico para o grupo, com o centro tecnológico do Porto a assumir-se como uma das grandes apostas. Desde que foi transferido para Portugal, o centro tecnológico foi agregando mais serviços, como a cibersegurança, a gestão de infraestruturas ou os serviços aos colaboradores.

Stéphane Boujnah é CEO e Chairman da Euronext desde novembro de 2015

Inaugurado em 2017, o Euronext Technologies viu o número de colaboradores crescer de 70 para mais de 280, “refletindo a importância crescente desta unidade no Grupo Euronext, que presta serviços para diversas geografias dentro e fora da Europa“.

“O centro tecnológico permanece essencial para o bom funcionamento da Euronext, contribuindo com atividade centrada no desenvolvimento de tecnologia e ainda nas áreas de suporte e proteção da atividade, com impacto em todas as bolsas e outros negócios do grupo“, destaca fonte oficial, em resposta às perguntas do ECO.

Ainda que o principal foco da Euronext em Portugal seja o centro tecnológico, a Euronext Securities, a antiga Interbolsa, “também tem reforçado a sua equipa para responder a desafios tanto nacionais como internacionais”.

Hub no Porto é essencial para o bom funcionamento da Euronext, contribuindo no desenvolvimento de tecnologia e nas áreas de suporte e proteção, com impacto em todas as bolsas e outros negócios do grupo.

Fonte oficial da Euronext

De acordo com a gestora de bolsas, “as operações [no Porto] têm aumentado tanto pela ampliação das áreas em que as equipas operam, em colaboração com outras localizações, quanto pela evolução natural do grupo”. Atualmente, a Euronext cobre toda a cadeia de valor – desde a negociação e compensação até à liquidação e custódia. Esta diversificação dos negócios, acrescenta, tem sido “determinante para ajustar as equipas e alocar competências não só em Portugal, mas em todas as geografias onde o grupo está presente.”

A Euronext está atualmente presente em 18 países. Em Portugal tem equipas em Lisboa, onde está a Euronext Lisbon, e no Porto, sendo que Portugal é um dos países onde o grupo mais tem vindo a contratar. Portugal é atualmente a terceira maior localização em número de colaboradores, representando mais de 12% do total.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa a caminho de lucro recorde e novo ciclo

Banco público apresentará resultados que o colocam a caminho de lucros de 1,7 mil milhões em 2024, mas próximos anos serão "mais difíceis", avisou Paulo Macedo. Vem aí um novo ciclo na Caixa.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) apresenta esta quinta-feira os resultados dos primeiros nove meses do ano com o caminho apontado a um lucro recorde em 2024. Mas Paulo Macedo já avisou que, depois do resultado “significativo” deste ano, “não vai ser fácil” compensar a descida das taxas de juro em 2025. Que trará um novo ciclo no banco público, com possíveis mudanças na gestão. Após alcançar lucros de quase 900 milhões de euros na primeira metade do ano, o desempenho até setembro encaminhará a CGD para lucros históricos na casa dos 1,7 mil milhões de euros no conjunto do ano.

Pelo menos é esta a conta que o Governo (com base nas indicações do banco) está a fazer com base no dividendo de 670 milhões de euros que espera receber da Caixa no próximo ano (e que foi inscrito no Orçamento do Estado) e tendo em conta a habitual política de distribuição de 40% dos resultados ao acionista (que nos últimos dois anos foi mais generosa até).

Porém, apesar do resultado inédito que se prevê para este ano, o presidente da Caixa já deixou o aviso de que não se vai repetir devido ao ciclo de normalização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

A descida das taxas de mercado que se verifica no último ano já está a pressionar a margem financeira dos bancos (como se viu nos resultados dos outros bancos privados), mas espera-se que o embate seja particularmente sentido nas contas do próximo ano, admitiu Paulo Macedo recentemente.

“Para o ano, a perspetiva é que os resultados sejam inferiores aos deste ano. Não será fácil compensar o cenário central que é de um corte 150 pontos base até 31 de dezembro do ano que vem”, avisou na conferência dos 40 anos da Associação Portuguesa de Bancos. “Da mesma maneira que estamos com um resultado que será outra vez bastante positivo, para o ano temos de nos preparar, e para os anos seguintes”, alertou na mesma ocasião.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Novo ciclo na Caixa após pagar recapitalização

O novo ciclo da política monetária na Zona Euro coincidirá de certa maneira com um novo capítulo na vida da Caixa. Depois da dura reestruturação que executou nos últimos anos e de ter reembolsado a totalidade dos 2,5 mil milhões de euros da injeção de dinheiro que recebeu em 2016 para tapar o buraco aberto por empréstimos ruinosos (que valeu uma penosa comissão de inquérito), o banco público olha agora para a próxima fase.

Nos tempos mais imediatos, isso passará pela nova equipa de gestão. A atual administração está em fim de mandato. Paulo Macedo, que assumiu o leme em 2017, já manifestou a intenção de continuar a liderar o maior banco em Portugal. Mas deverá haver administradores na porta da saída, por vários motivos, incluindo a chegada à idade da reforma.

“Já manifestei essa disponibilidade” ao Ministério das Finanças, assumiu Paulo Macedo em entrevista ao Jornal de Negócios em junho. “Ainda há muita coisa a fazer no banco”, acrescentou.

Segundo explicou, uma grandes prioridades será a digitalização do banco público — algo que vai ao encontro do que destacou esta semana a vice-governadora do Banco de Portugal, Clara Raposo, quando disse que o setor devia aproveitar os bons resultados para investir no futuro.

“O nível de serviço da Caixa é adequado, mas estamos conscientes que temos de fazer muito melhor e de que há toda esta parte hoje tecnológica que é um imperativo“, disse Paulo Macedo na entrevista apontando à forma como o banco quer tirar partido das novas tecnologias, incluindo Inteligência Artificial e big data.

Paulo Macedo, presidente da Caixa.Carlos M. Almeida/Lusa

Polémica com redução de serviços, nova sede e Novobanco

O trabalho de Paulo Macedo continuará ainda marcado pelo esforço de eficiência que os bancos têm imprimido nos últimos anos através do fecho de balcões e redução de quadros, perante uma procura cada vez maior nos canais digitais. Em algumas situações este esforço tem levado a polémicas como aconteceu com o episódio de fecho do balcão da Caixa em Almeida em 2017 e volta agora a repetir-se com a redução de serviços bancários em agências localizadas interior do país e nas ilhas. Por conta desta polémica, o presidente da CGD foi novamente chamado ao Parlamento. Déjà vu.

Na Caixa, o cost to income está abaixo dos 30%, um dos melhores do setor em Portugal, mas o banco quererá manter os custos controlados face ao ciclo de juros mais baixos.

Com o novo mandato a estender-se até 2028, a nova equipa de Paulo Macedo terá ainda outros dois grandes marcos pela frente: a potencial consolidação do setor com a venda do Novobanco a arrancar no próximo ano e ainda a mudança para a nova sede.

A Caixa está de saída do seu quartel-general dos últimos 40 anos, na Avenida João XXI, e onde mora agora o Governo, e prepara a mudança para o Parque das Nações previsivelmente daqui a dois anos. A nova morada será o Edifício WellBe.

Em relação ao Novobanco, o discurso de Paulo Macedo tem sobretudo abordado a questão da importância de manter um banco público com força para atuar no mercado, algo que poderá estar em causa se o banco da Lone Star for vendido a algum dos grandes concorrentes: BCP ou os espanhóis BPI ou Santander. “Interessa ser relevante. Não faz sentido ser um banco público com quota de 6% ou 7%. A Caixa claramente influencia as comissões ao ter das mais baratas, os spreads ao ter dos mais baratos, e as operações de médio e longo prazo onde é líder”, disse no ano passado. E não falta capital à Caixa (rácio acima de 20%), ao contrário do que aconteceu no passado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Kamala quer “transição pacífica” de poder. “Temos de aceitar os resultados das eleições”, diz

  • ECO
  • 6 Novembro 2024

"Sei que muitos pensam que estamos a entrar numa época escura, mas espero que, para bem de todos, não seja assim", disse Harris num discurso de derrota horas depois de declarada a vitória de Trump.

“Os resultados não são os que queríamos”, mas há que os “aceitar”, disse Kamala Harris, no discurso de derrota na universidade de Howard, em Washington, várias horas depois da contagem dos votos ter apontado para uma vitória clara de Donald Trump na corrida à Casa Branca. Até ao momento, Kamala conseguiu 47,5% ou 67,2 milhões de votos, contra os 51% ou 72 milhões de votos de Donald Trump. Os republicanos também estão à frente na eleição para a Câmara dos Representantes e no Senado.

A candidata democrata adiantou que já tinha telefonado a Trump para o felicitar pela vitória nas eleições e sublinhar que “ajudará na transição democrática para que seja uma transição pacífica” do poder. “Sei que muitos pensam que estamos a entrar numa época escura, mas espero que, para bem de todos, não seja assim”, disse Harris, num breve discurso, onde pediu aos seus apoiantes que encham o “céu de luz com mil milhões de estrelas, a luz do otimismo, da fé, da verdade”.

O discurso soou menos a uma derrota e mais a uma pausa na “batalha” que demorará tempo. “Isso não significa que não ganhemos. A chave é não nos rendermos, não deixar de tentar que o mundo seja um lugar melhor”, disse Kamala para os mais jovens, para quem é normal estarem a sentir-se “tristes”.

A ainda vice-presidente dos EUA disse ainda que a “luz da promessa norte-americana vai sempre brilhar”, desde que os americanos “não se rendam” e sigam “lutando”. Kamala afirmou que, embora concedesse a vitória da eleição, não abriria mão da “luta que motivou a sua campanha”, destacando a defesa dos direitos no aborto, democracia, Estado de Direito, justiça igualitária e prevenção da violência com armas.

Para Harris essa batalha continuará em diversos espaços, incluindo nas “urnas, tribunais e esferas públicas”. Comentou também que “por vezes, essa luta demora, mas isso não significa que não possa ser vitoriosa”, indicando à audiência que “é hora de arregaçar as mangas: mantenha-se organizado, envolvido, em defesa da liberdade.”

No seu discurso, reiterou que aceitar a derrota distingue a democracia da tirania e que a sua lealdade, mais do que para um partido político, é para com a Constituição do país.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há museus privados interessados em aderir ao modelo de gratuitidade do Estado

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

"Serão muito bem-vindas essas adesões", adiantou a ministra da Cultura, que admite existir uma "dificuldade instrumental, operativa" para a entrada dos privados no modelo de gratuitidade.

A ministra da Cultura revelou esta quarta-feira, no parlamento, que “alguns museus privados” já manifestaram ao Governo interesse em aderir ao modelo de entradas gratuitas aplicado desde agosto nos museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado.

“Serão muito bem-vindas essas adesões”, respondeu Dalila Rodrigues ao deputado do PCP António Filipe, quando questionada sobre a possibilidade de estender a outros museus “na órbita da Administração Central”, como o Museu de Marinha, ou a museus “onde o Estado tem uma forte intervenção financeira, designadamente a Fundação de Serralves”, o modelo de gratuitidade que entrou em vigor em 1 de agosto.

De acordo com Dalila Rodrigues, o Ministério da Cultura já recebeu “manifestação de interesse de alguns museus privados” em aderir ao atual regime.

“Só temos aqui uma dificuldade instrumental, operativa”, disse Dalila Rodrigues, referindo estar criada “uma base central de dados, porque a bilheteira dos 37 museus, monumentos e palácios tutelados pelo MC está em rede e isso permite fazer a contabilidade do número de entradas, a que tem direito, de forma muito simplificada, sendo apenas necessário uma única vez indicar o número de contribuinte e o cartão de cidadão”.

A entrada gratuita nos 37 museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado deixou de estar restringida aos domingos e feriados e passou a ser possível escolher-se 52 dias por ano de acesso grátis, desde 1 de agosto deste ano. De acordo com Dalila Rodrigues, desde 01 de agosto, já foram mais de 300 mil os visitantes que usufruíram da medida.

A ministra da Cultura esteve a ser ouvida esta quarta no Parlamento no âmbito da discussão na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2025. A audição conjunta reúne deputados das comissões parlamentares da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, e do Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crise na coligação governamental alemã. Scholz deixa cair ministro das Finanças

  • ECO e Lusa
  • 6 Novembro 2024

Coligação governamental alemã colapsa com a saída do ministro das Finanças liberal. Christian Lindner defendia reformas económicas difíceis de aceitar pelos parceiros social-democratas e verdes.

O chanceler Olaf Scholz afastou esta quarta-feira o ministro das Finanças, confirmou o porta-voz do líder alemão. O líder liberal Christian Lindner está de saída do governo alemão, uma decisão que faz colapsar a coligação governamental entre os social-democratas de Scholz (SPD), os Verdes e os liberais (FDP).

Lindner defendia reformas económicas difíceis de aceitar pelos parceiros da coligação semáforo durante o debate do orçamento para o próximo ano. Redução de impostos e mudanças no sistema de pensões faziam parte dos planos do liberal, que agudizaram a divisão no executivo de Berlim. A maior economia da União Europeia parte assim para 2025 sem um orçamento aprovado – a reunião da comissão orçamental estava marcada para 14 de novembro – e submersa numa crise política que fragiliza a posição europeia no dia em que Donald Trump venceu as eleições nos EUA.

Em conferência de imprensa, após a reunião na chancelaria com os três partidos, Scholz acusou Lindner de ter como único interesse a política de clientelismo e a sobrevivência a curto prazo do seu próprio partido. “Um tal egoísmo é incompreensível. Já não há confiança em trabalhar com Lidner (…) Não quero que o nosso país passe por este tipo de comportamento”, sublinhando que “gostaria de ter poupado” o país a esta “decisão difícil”, especialmente em tempos difíceis.

Com a saída de Lindner, a coligação governamental deixa de ser suportada por uma maioria parlamentar no Bundestag. E, por isso, o chanceler anunciou que irá apresentar uma moção de confiança a 15 de janeiro, que provavelmente perderá, e precipitar as eleições para março. Em 2005, foi assim que Gerhard Schröder, também chanceler do SPD, antecipou as eleições que acabou por perder para Angela Merkel.

No caso de uma rejeição num voto de confiança em Scholz, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier tem 21 dias para decidir se dissolve o parlamento – e convocar eleições num prazo de 60 dias – ou convidar os partidos para uma outra solução política.

Até ao Natal, e com o fim da coligação “semáforo”, o chanceler alemão quer levar a votação todas as leis que não podem ser adiadas. Scholz adianta ainda que vai tentar “dialogar” com o líder da oposição, Friedrich Merz, da União Democrata-cristã (CDU), “muito rapidamente”.

A crise na coligação surge num momento de flirt da Alemanha com a recessão, o que trouxe ainda mais tensão no debate entre os membros do governo sobre um buraco de nove mil milhões de euros na despesa do país para 2025. Segundo Financial Times, os Verdes, através do ministro da Economia Robert Habeck, tentaram negociar com os subsídios prometidos à norte-americana Intel – agora congelados – para construir uma fábrica no este alemão. Mas sem sucesso.

As sondagens mostram que 82% dos inquiridos alemães não acreditam que a atual coligação consiga soluções para a crise económica.

(atualizada pela última vez às 22h21)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa aprova início da elaboração do regulamento dos tuk tuk

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

O vereador da Mobilidade reforçou que o documento aprovado “marca o início do processo administrativo para a regulamentação das atividades dos veículos de animação turística”.

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou esta quarta-feira o início da elaboração do projeto de regulamento dos veículos afetos à animação turística não pesados, inclusive tuk tuk, com a participação de eventuais interessados, num período de 20 dias úteis.

Apresentada pelo vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que é responsável pelo pelouro da Mobilidade, a proposta foi discutida em reunião privada do executivo municipal e viabilizada por unanimidade, com os votos a favor de “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) – os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, PS, PCP, Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), Livre e BE.

A proposta determina o início da elaboração do projeto de “Regulamento dos Veículos Afetos à Animação Turística Não Pesados no Município de Lisboa”, para efeitos de participação procedimental de eventuais interessados, “a decorrer pelo período de 20 dias úteis, após a publicação no sítio institucional e, por meio de aviso, no Boletim Municipal de Lisboa, devendo as respetivas sugestões ser apresentadas por escrito, até ao final do mencionado prazo, a enviar por meio eletrónico para ([email protected])”.

Em resposta à Lusa, o gabinete do vereador da Mobilidade reforçou que o documento aprovado “marca o início do processo administrativo para a regulamentação das atividades dos veículos de animação turística”, referindo que se trata de uma proposta “inovadora” para “regular a presença dos tuk tuk no espaço público da cidade”.

“É inovadora na medida em que queremos limitar a utilização do espaço público por parte dos veículos que só poderão estar estacionados ou parar num número limitado de veículos e exclusivamente em locais predefinidos. Só terão licença para estacionar os veículos que forem licenciados pela CML”, referiu o gabinete de Anacoreta Correia.

Com a aprovação do processo de auscultação pública, a câmara prevê que o regulamento seja discutido em reunião do executivo municipal “até ao final deste ano”. Em 31 de julho, a CML anunciou a intenção de limitar os locais de estacionamento dos tuk tuk e o número de licenças a atribuir a este tipo de veículos, de forma a regular a atividade na cidade.

De acordo com os considerandos da proposta hoje aprovada, a atividade turística na capital tem vindo a registar um crescimento significativo, incluindo a utilização de veículos alternativos para circuitos e roteiros turísticos, como motociclos, triciclos, quadriciclos, carros elétricos, jipes e veículos ligeiros, sendo que “tal dinâmica contribui para a diversificação da oferta turística e reforça o papel de Lisboa enquanto destino turístico de excelência”.

“A necessidade de criação de regras concretas e objetivas atinentes à circulação e estacionamento deste tipo de veículos é evidenciada pela sobrecarga que estes veículos causam na malha urbana da cidade, implicando potenciais impactos no tráfego, no ambiente sonoro e na qualidade de vida dos residentes”, lê-se no documento.

Referindo que os municípios têm a competência legal para condicionar o trânsito de diferentes tipos de veículos em vias públicas e que os transportes públicos rodoviários de passageiros destinados a viagens turísticas podem ser objeto de regulamentação especial, a CML defende que a criação de um regulamento específico para esta matéria é “imprescindível para garantir um quadro regulatório que assegure a conciliação entre a atividade turística e a preservação da qualidade ambiental e do espaço público de Lisboa, designadamente através da criação de Zonas de Emissões Reduzidas e da regulação do estacionamento e paragem de veículos turísticos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisgráfica deixa de negociar em bolsa a 12 de novembro

  • Lusa
  • 6 Novembro 2024

O dia 12 de novembro será o último dia de negociação em bolsa da empresa insolvente.

A Lisgráfica anunciou que vai ser excluída do Euronext Lisbon a partir de 13 de novembro, na sequência de ter sido considerada insolvente, sendo o dia 12 o último dia de negociação.

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobilíários (CMVM), a Lisgráfica – Impressão e Artes Gráficas “vem informar que por decisão da Euronext (…) as ações ordinárias emitidas” pela empresa “serão excluídas do Euronext Lisbon a partir de 13 de novembro, devido ao facto da empresa ter sido declarada insolvente”.

O último dia de negociação é 12 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.