Governo vai aceitar financiar no PT2020 despesas de projetos até agosto deste ano

Governo pretende diminuir de 300 para 60 dias o tempo de análise das candidaturas a fundos europeus. Ministro da Coesão reconhece que a meta é "ambiciosa".

O Governo quer “salvar” 60 milhões de euros do anterior quadro comunitário de apoio, por isso vai aprovar um diploma que permitirá financiar despesas de projetos até agosto deste ano. Além disso, quer reduzir de 300 para 60 dias o tempo de análise das candidaturas a fundos europeus.

“Muito pensarão que o Portugal 2020 está encerrado. Não é exatamente assim”, disse o ministro Adjunto e da Coesão na sua intervenção no Parlamento no debate do programa de Governo. “Há cerca de 500 milhões de despesa para pagar dos fundos de Coesão e mais 600 milhões destinados à Agricultura a executar até ao final de 2025”, precisou.

Iremos também salvar cerca de 60 milhões de euros que não estão ainda validados. Para isso o Governo aprovará brevemente um diploma legal fixando o prazo de elegibilidade das despesas até 31 de agosto do corrente ano”, anunciou Manuel Castro Almeida.

As regras em vigor até ao momento ditavam que, para financiamento do Portugal 2020, apenas eram elegíveis faturas de projetos até dezembro de 2023, ainda que as autoridades de gestão disponham de sete meses até solicitarem o último pedido de pagamento a Bruxelas.

Ou seja, até 31 de julho deste ano, os beneficiários do PT2020 ainda podem apresentar pedidos de reembolso às autoridades de gestão. Estas, por sua vez, ainda podem fazer verificações de gestão, validar despesas e pagá-las e, finalmente, endereçar o último pedido de pagamento à Comissão Europeia. É por isso que, no final do ano passado, a Comissão ainda não tinha transferido a totalidade das verbas para Portugal, mas apenas 90%, e Manuel Castro Almeida sublinha que o PT2020 ainda não está encerrado.

De acordo com as regras europeias, o encerramento final do PT2020 só acontecerá a 31 de maio de 2025 já depois da realização de auditorias e relatórios finais e aí sim será definida a taxa final de execução do Portugal 2020.

Manuel Castro Almeida anunciou ainda o objetivo de reduzir de 300 para 60 dias o tempo de análise das candidaturas a fundos europeus, como manda a lei. “É exigente, mas ambicioso“, reconhece o responsável. “Dez meses para analisar candidaturas! Não podemos viver com esta demora”, disse o também ministro Adjunto, não aceitando que esta demora se deva a “incompetência ou desleixo dos serviços”, mas antes a “incompetência ou falta de planeamento”.

O mais preocupante é o atraso do PT2030 e a pesada carga burocrática que o envolve“, disse ainda o ministro da Coesão, que agora concentra a totalidade dos fundos europeus. “Mais de um ano depois do seu início, falta executar 99,5% do PT2030”, denunciou. “Um resultado absolutamente lastimável”, frisou.

“Pior ainda, é difícil compreender que 20 meses após a assinatura do Acordo de Parceria não tenham sido ainda aprovados todos os regulamentos. Sem regulamentos não é possível lançar concursos e sem concursos não há dinheiro a chegar à economia”, explicou.

Para garantir a previsibilidade dos investimentos, o responsável sublinhou que “é fundamental que o calendário dos concursos seja cumprido”. Apesar de o Executivo anterior ter avançado com a publicação do calendário com os concursos que serão lançados no espaço de um ano, “as datas não têm sido respeitadas, lamentou, “e nisso não pode continuar”.

Quando ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Castro Almeida defende que necessita de uma “atenção mais cuidada e rigorosa”. O foco e prioridade deve ser, na sua opinião, na execução. “Não creio que o país deva gastar tempo e energias a tentar alterar o PRR. Está feito. Vamos é tratar de o executar.”

“Se por ventura se abrir, a nível internacional, uma possibilidade de mexer no PRR, se o Governo pudesse mexer no PRR era, com certeza, para reforçar o investimento produtivo. Mas não vamos entrar numa polémica estéril, mas antes fazer o que está ao nosso alcance: executar este PRR”, atirou em resposta às questões dos deputados.

Reiterando o anúncio feito logo de manhã pelo primeiro-ministro de que Portugal vai solicitar em Bruxelas o quinto cheque do PRR nos próximos 90 dias. Antes disso, pretende, no espaço de dois meses, “criar as condições” para apresentar o pedido de libertação dos 713 milhões de euros que Bruxelas reteve do terceiro cheque da bazuca. Castro Almeida reconheceu o esforço dos seus antecessores para que a solicitação dos 2,88 mil milhões de euros líquidos do quinto cheque do PRR, mas “não foi suficiente, foi pena”, atirou.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Impresa diz que há incentivos que podem ser dados aos media nas vertentes cultural e económica

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

"Pretendemos é que os media sejam tratados num dupla vertente: cultural e económica", diz Francisco Pedro Balsemão.

O presidente executivo (CEO) da Impresa considera, em declarações à Lusa, que há “medidas que podem ser implementadas” como incentivos aos media, nas vertentes cultural e económica, mas rejeita incentivos diretos que ponham em causa a sua independência. Francisco Pedro falava à Lusa à margem do anúncio da realização do festival Tribeca em Lisboa.

Questionado sobre medidas que ajudem o setor dos media, o CEO da dona da SIC recordou que enquanto membro da PMP – Plataforma de Media Privado já apresentaram ao anterior Governo e a este “uma série de medidas que podem ser implementadas para darem uma série de incentivos aos media“.

No entanto, em primeiro lugar, “enquanto grupo Impresa, SIC, Opto, Expresso, não somos a favor, naturalmente, de incentivos diretos aos media que obviamente possam pôr em causa a sua independência”, acrescentou.

Em segundo, “pretendemos é que os media sejam tratados num dupla vertente: cultural e económica“.

Na parte cultural, “não somos nem mais, nem menos que outras áreas, não podemos ser menosprezados porque fazemos telenovelas”, até porque este formato emprega e dá um “grande ‘boost'” à economia, afirmou.

Isto passa pelo ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual no que respeita haver mais espaço para iniciativas no audiovisual ou pelo Portugal Film Comission, em que não deve ser só o cinema a beneficiar disso.

Por outro lado, “enquanto setor relevante também para a economia portuguesa — que não é só o calçado, o têxtil, indústrias que têm incentivos que nós não temos” – também “deveríamos ter“, disse.

Estamos a falar de exportação de produtos e de conteúdos audiovisuais“, salientou, referindo o impacto disso na economia. “Não estamos aqui a pedir o peixe, estamos a pedir a rede do peixe”, rematou.

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Marca chinesa BYD atinge fasquia de 1.000 veículos vendidos em Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 11 Abril 2024

A fabricante chinesa de veículos elétricos alcançou, no início de abril, a marca das 1.000 viaturas vendidas em Portugal. Marca está presente no mercado nacional há menos de um ano.

A fabricante automóvel chinesa BYD atingiu a marca de mil veículos novos vendidos em Portugal, quando ainda não completou um ano de presença no mercado nacional, possuindo 14 pontos de venda no país.

Em comunicado, a BYD Portugal descreve esta meta como uma “importante conquista” que “demonstra a confiança de empresas e consumidores”, dando como exemplo a entrega de uma frota de 53 BYD ATTO3 ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) no final do ano passado.

O bom desempenho da marca em Portugal tem tido também relevo a nível europeu, com o importador nacional a atingir o ‘top 3’ em termos de marketshare (entre todos os importadores BYD na Europa). Por este facto, foi distinguida pela própria marca “por este feito notável como contributo para a performance da BYD na Europa”, lê-se no comunicado.

Para o COO da BYD Portugal, Pedro Cordeiro, este é um “marco que demonstra a mais-valia e qualidade da completa gama (DOLPHIN, ATTO3, SEAL, TANG, HAN e ETP3)”, o que permite antever um “sólido crescimento” neste ano.

Recentemente, o modelo BYD Seal foi distinguido com o prémio de Carro do Ano 2024 em Portugal, bem como com os prémios de Elétrico do Ano e de melhor Design.

A nível mundial, a fabricante chinesa de veículos elétricos atingiu as 7 milhões de unidades produzidas e tornou-se, este ano, parceiro oficial do Campeonato Europeu de Futebol da UEFA.

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Igreja cria fundo para indemnizar vítimas de abuso sexual

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

Os pedidos de compensação financeira devem ser apresentados ao Grupo Vita ou às Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis entre junho e dezembro de 2024.

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) aprovou a criação de um fundo, “com contributo solidário de todas as dioceses”, para compensar financeiramente as vítimas de abusos sexual no seio da Igreja Católica em Portugal. A decisão foi comunicada esta quinta-feira, em Fátima, no final da Assembleia Plenária da CEP, a qual determinou que estas compensações financeiras serão atribuídas com “caráter supletivo”.

“Para dar seguimento a este processo, a Assembleia definiu que os pedidos de compensação financeira deverão ser apresentados ao Grupo Vita ou às Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis entre junho e dezembro de 2024″, acrescenta o comunicado da CEP distribuído no final da Assembleia Plenária, que decorreu desde segunda-feira. Segundo o episcopado, “posteriormente, uma comissão de avaliação determinará os montantes das compensações a atribuir”.

“Estas decisões inserem-se no caminho percorrido na Igreja em Portugal. Em comunhão com o sofrimento das vítimas, os bispos portugueses reafirmam o total compromisso de tudo fazer para a sua reparação e manifestam o desejo de que este processo de acolhimento, acompanhamento e prevenção seja um contributo para a atuação da sociedade em geral neste tema”, acrescenta o documento.

Nos últimos dias, Rute Agulhas, coordenadora do Grupo Vita, disse que 20 vítimas de abuso sexual no seio da Igreja Católica em Portugal já manifestaram a vontade de serem indemnizadas financeiramente pelos danos sofridos.

Este organismo, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica – que ao longo de quase um ano validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas –, adiantou ter “realizado um total de 56 atendimentos” e que estão “mais atendimentos agendados ainda para o presente mês de abril”.

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Liga quer que bombeiros voluntários passem a ganhar 4,73 euros à hora

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

Os bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais vão receber este ano 67,30 euros por dia, mais 3,3 euros do que em 2023.

A Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu esta quinta-feira uma alteração à diretiva financeira definida pelo anterior Governo, propondo que os bombeiros voluntários integrados no combate aos incêndios passem a receber 4,73 euros à hora, em vez dos atuais 2,8.

Em declarações à Lusa, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) avançou que vão pedir à nova ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, e ao secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, que a diretiva financeira seja já alterada na época de combate aos fogos que se aproxima.

“Não houve possibilidade de fazer uma diretiva financeira ajustada com o anterior Governo. Vamos propor ao novo Governo para revisitar a diretiva financeira de 2024 e fazer os ajustamentos possíveis dentro do princípio de que o valor hora do ordenado mínimo nacional deve valer para todos e não um valor que não acompanha a subida do ordenado mínimo nacional”, disse António Nunes.

A diretiva financeira 2024, que estabelece a comparticipação do Estado às despesas resultantes das intervenções dos corpos de bombeiros nos diferentes dispositivos operacionais da proteção civil, nomeadamente no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), entrou em vigor a 01 de março e teve este ano um aumento de cerca de 5% face a 2023.

De acordo com o documento, os bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais vão receber este ano 67,30 euros por dia, mais 3,3 euros do que em 2023. O presidente da Liga considerou “uma falácia” o pagamento ser feito ao dia, sustentando que os bombeiros voluntários têm que ser pagos à hora, uma vez que “os corpos de bombeiros têm que utilizar diferentes grupos de bombeiros para ocupar as 24 horas”.

“Os corpos de bombeiros têm que utilizar diferentes grupos de bombeiros para ocupar as 24 horas, por isso o razoável é o pagamento à hora”, precisou. A LBP propõe que os bombeiros voluntários passem dos atuais 2,86 euros à hora para os 4,73 euros à hora. António Nunes sublinhou que o objetivo é que aquele valor seja alcançado em 2026, mas este ano deve existir um aumento para “aproximar mais o diferencial”.

“Compreendemos que o Governo não pode fazer de um momento para outro um aumento de quase 100%”, disse, defendendo, por isso, que os bombeiros que integram o DECIR passem a receber este ano 3,20 euros à hora, em vez dos atuais 2,86. António Nunes disse ainda que a LBP pediu uma reunião à nova ministra, na qual vai apresentar “um conjunto vasto de proposta”, sendo as alterações à diretiva financeira a mais urgente.

Na diretiva financeira estão ainda incluídas as despesas dos bombeiros voluntários com alimentação, combustíveis e equipamentos de proteção individual, bem como os valores a pagar por avaria ou dano de equipamentos e veículos operacionais.

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Miranda Sarmento recebeu com “surpresa” prejuízo do Banco de Portugal

O ministro da Finanças revelou que soube com "espanto e preocupação" que o banco central, liderado por Mário Centeno, registou um prejuízo operacional superior a mil milhões de euros.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse esta quinta-feira, no Parlamento, ter recebido com “surpresa, espanto e preocupação” a notícia de que o Banco de Portugal (BdP) registou um prejuízo operacional superior a mil milhões de euros, como avançou esta quinta-feira o Negócios, sublinhando que essa informação “não estava na pasta de transição” que recebeu de Fernando Medina.

Miranda Sarmento diz ainda que Governo vai “avaliar os impactos ao nível das contas deste ano desse prejuízo”. No entanto, no Orçamento do Estado para 2024, que o novo Executivo está a executar, já não estava previsto qualquer dividendo da instituição liderada por Mário Centeno. E, em fevereiro deste ano, o Banco Central Europeu anunciou prejuízos de 1,3 mil milhões de euros, o pior resultado em quase duas décadas.

Miranda Sarmento disse ainda que o Governo vai avançar com uma reforma fiscal e a diminuição de impostos, mas alertou que as contas certas deixadas pelo Executivo de António Costa podem ser ilusórias. “A forma como chegámos ao excedente de 2023 não é saudável”, porque é o resultado de “elevada inflação, carga fiscal máxima, serviços públicos e investimento público no mínimo e de juros, desde 2015, a beneficiarem da política monetária do BCE até 2022 que deu quase três mil milhões de euros”, explicou.

Por isso, “o excedente de 2023 não deve criar falsas ilusões de prosperidade nem alimentar a ideia de que todos os problemas podem ser imediatamente solucionados”. Miranda Sarmento avisou ainda que “o excedente reduziu a dívida pública, mas não é uma garantia para os anos seguintes”.

O ministro diz mesmo que o Governo de António Costa “fez uma ação de marketing para colocar ligeiramente abaixo dos 100% dívida pública”.

Reconhecendo que “as contas públicas equilibradas” “não são um fim em si mesmo, mas condição imprescindível da governação”, Sarmento garante que o Executivo irá manter o “equilíbrio orçamental e uma trajetória robusta da redução da dívida pública”.

Mas, ao mesmo tempo, irá avançar com medidas que são prioritárias como a redução das taxas de imposto do IRS, “dentro da margem orçamental, em reduzir”. “Iremos reduzir face às taxas de 2023, em linha com o que o PSD tinha apresentado no Orçamento do Estado para 2024 e a maioria socialista chumbou”, anunciou.

De salientar que proposta do PSD entregou para o Orçamento de 2024 previa “uma redução especialmente significativa para a classe média do 2º ao 6º escalões”. Ver aqui o articulado da iniciativa legislativa.

Em relação ao IRS Jovem, a taxa máxima será de 15% para jovens até aos 35 anos, com exceção do último e oitava escalão. Com esta medida, “os nossos jovens vão pagar menos dois terços do que pagam hoje de imposto”, garantiu.

Quanto ao IRC, Miranda Sarmento reiterou a medida inscrita no programa do Governo e no programa eleitoral da AD: “Baixar o IRC de 21% para 15% em três anos, transponde a diretiva internacional que assegura a tributação dos lucros a uma taxa mínima de 15%“.

“O programa vai muito para lá da questão dos impostos”, reconheceu. Contudo, defendeu que “a reforma fiscal é um vetor fundamental”.

Outro dos compromissos do Governo passa por aumentar “o salário mínimo para os 1.000 euros em 2028 e colocar todos os salários a subir para fazer crescer o salário médio”, indicou, salientando que “apenas com o crescimento económico será possível gerar instrumentos para aumentar os salários”.

E para dar um novo impulso ao crescimento económico é necessário “reduzir ou eliminar os estrangulamentos da competitividade, melhorar a justiça económica, apostar cada mais nas qualificações, aumentar a concorrência em diversos setores”, defendeu.

Para além disso, o programa do Governo “tem um conjunto de reformas de funcionamento da máquina do Estado, nas finanças públicas e na gestão do Estado”, sinalizou, acrescentando que o Executivo vai apostar “num aprofundamento da descentralização”.

(Artigo atualizado às 18h17)

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Câmara de Aveiro tomou posse dos terrenos da antiga lota

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

A autarquia adverte que “tomará as medidas que considerar pertinentes e necessárias, nomeadamente com demolição de edifícios ou estruturas em risco, e de desocupação ilegal da área”.

A Câmara Municipal de Aveiro (CMA) informou que tomou posse, a partir desta quinta-feira, dos terrenos da antiga lota, uma área de 11 hectares junto ao centro da cidade e à Ria. A posse, considerada “um dia histórico” pelo executivo liderado por Ribau Esteves, ocorre após o Tribunal de Contas ter concedido visto ao acordo de mutação dominial, entre a administração central e a autarquia.

O acordo de mutação dominial dos terrenos da antiga Lota, do domínio público do Estado para o domínio público do Município, havia já sido aprovado pelo Conselho de Ministros e pelas instâncias municipais. “Hoje é o primeiro dia da posse e da respetiva gestão dos terrenos da antiga Lota de Aveiro, pela CMA, sendo um importante dia histórico”, salienta uma nota de imprensa municipal.

A Câmara adianta que nos próximos dias “levará a cabo um trabalho de levantamento das condições morfológicas do terreno, das infraestruturas e dos problemas sociais e de ocupação ilegal existentes”. Após esse levantamento, anuncia, “vai avançar de imediato uma ação de limpeza e manutenção provisória dos caminhos e vias de acesso, que se verifiquem necessárias”.

Na nota, a Câmara adverte que “tomará as medidas que considerar pertinentes e necessárias, nomeadamente com demolição de edifícios ou estruturas em risco, e de desocupação ilegal da área”. A autarquia prepara agora a contratação de uma empresa projetista para a elaboração do estudo urbanístico que servirá de base à urbanização daquela área.

A figura será a de loteamento municipal que o executivo municipal deverá aprovar, “de forma a iniciarem-se os processos de projetos e obras de qualificação urbana e ambiental”. Por Resolução do Conselho de Ministros de 4 de março, o Governo autorizou a Câmara de Aveiro a ficar com a antiga lota, para urbanizar, mediante uma contrapartida de 6,7 milhões de euros.

A título de contrapartida o Município de Aveiro comprometeu-se a pagar 6,7 milhões de euros de forma faseada, no máximo até 2033, correspondente a 30 % da venda dos lotes, em hasta pública, até perfazer a totalidade do valor.

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Cinemas portugueses com o melhor mês de março dos últimos seis anos

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

No acumulado dos primeiros três meses do ano foram aos cinemas portugueses 2,7 milhões de espectadores, o que se traduziu em 16,6 milhões de euros de receitas de bilheteira.

Os cinemas portugueses atingiram 6,2 milhões de euros em receitas em março, uma subida de 46,3% face ao homólogo de 2023 e o melhor valor desde março de 2018, anunciou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) esta quinta-feira.

No entanto, o número de espectadores necessário para chegar ao valor alcançado em março deste ano é menor do que o registado em março de 2018. Se em março de 2018 os cinemas nacionais registaram 6,3 milhões de euros em receitas com 1,2 milhões de entradas, em março deste ano os 6,2 milhões de euros foram conseguidos com 946 mil espectadores.

No acumulado de 2024, as salas de cinemas registaram 16,6 milhões de euros em receitas, 17,4% acima do valor arrecadado no primeiro trimestre de 2023, com 2,7 milhões de espectadores, mais 14,6% do que no ano passado.

A lista de mais vistos do mês de março é encabeçada pelo segundo capítulo da saga “Duna”, de Denis Villeneuve, com mais de 258 mil bilhetes vendidos desde a estreia, em 29 de fevereiro. Segue-se “O Panda do Kung Fu 4”, de Mike Mitchell e Stephanie Stine, “Bob Marley: One Love”, de Reinaldo Marcus Green, o novo Godzilla contra King Kong, de Adam Wingard, e “Caça Fantasmas: O Império do Gelo”, de Gil Kenan.

O filme português mais visto do ano até março é “A Semente do Mal”, de Gabriel Abrantes, que foi visto por 16.827 pessoas e somou 102 mil euros de receita.

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AIG processou três ex-chefes executivos por concorrência desleal

  • ECO Seguros
  • 11 Abril 2024

A seguradora alega ter sofrido danos como "perda de receitas, negócios valiosos, lucros, lucros futuros".

A americana AIG processou três dos seus antigos chefes executivos e a empresa que criaram recentemente – Dellwood – no tribunal federal de Nova Jérsia, Estados Unidos da América, alegando concorrência desleal e que a rival Dellwood está a beneficiar de apropriação ilegal de informações confidenciais para a condução do negócio, avançou a Reuters.

Na ação judicial, a AIG acusa a equipa de gestão da Dellwood de utilizar as informações da AIG para se aproximar os seus atuais e potenciais clientes. Os antigos executivos da seguradora agora arguidos são Michael Price, antigo diretor executivo da atividade de seguros gerais da AIG na América do norte, co-fundador e atual CEO da Dellwood, Kean Driscoll, atual presidente e diretor de subscrição e também co-fundador da Dellwood que ocupara o cargo de Global Chief Underwritting Officer da AIG, e Thomas Connolly, diretor financeiro da DellWood e antigo chief financial officer para a América do Norte da AIG.

O Grupo Dellwood é uma holding de seguros criada em março deste ano que captou 250 milhões de dólares em capital inicial de investidores. A holding concentra-se em seguros “excess and surplus” que cobrem negócios com elevados riscos. Negócio que a AIG refere na ação judicial tratar-se de um setor que tem vindo a ser “explosivo” desde 2018.

A AIG “acolhe com agrado a concorrência leal, mas não tolera que outros utilizem os ativos da AIG para competir injustamente”, refere num comunicado. Acrescenta que pretende “pôr termo ao que considera ser a apropriação indevida ilegal dos segredos comerciais e das informações confidenciais da AIG por parte dos arguidos, a violação de contratos, a violação de deveres fiduciários e a concorrência desleal”

A seguradora também refere que os fundadores da Dellwood eram “partes em acordos com a AIG que lhes impunham obrigações contratuais pós-emprego”. Alegando ter sofrido danos como “perda de receitas, negócios valiosos, lucros, lucros futuros e moral e boa vontade dos empregados”.

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Marcelo defende avanços no papel da mulher e critica “nostálgicos saudosistas”

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

O Presidente da República sustentou que "aquilo que foi conquistado em termos de papel da mulher tendencialmente está para durar e, portanto, para ter futuro".

O Presidente da República defendeu esta quinta-feira os avanços no papel da mulher em Portugal desde o 25 de Abril, manifestando-se convicto de que estão para durar porque são objeto de forte consenso, e criticou os “nostálgicos saudosistas”.

Marcelo Rebelo de Sousa assumiu estas posições durante uma palestra sobre o 25 de Abril, na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, em que não quis comentar diretamente o livro “Identidade e Família – Entre a Consciência da Tradição e As Exigências da Modernidade”, apresentado pelo antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na segunda-feira.

Na sua intervenção inicial, perante os cerca de 800 alunos que enchiam o pavilhão desportivo desta escola secundária, o chefe de Estado considerou que é importante recordar o passado, “para não haver o risco de voltarem a querer impor uma ditadura”, e exortou os jovens portugueses a mobilizarem-se pela renovação da democracia, advertindo que “as ditaduras começam com pezinhos de lã”.

“É fundamental, cada vez que aparecer alguém com ideias que sejam não aceitar – não aceitar a orientação de género ou a orientação política ou a orientação religiosa ou a orientação filosófica diferente –, cada vez que aparecer alguém a querer estabelecer censuras abertas ou escondidas, aí, dizer: atenção, isso pode ser uma moda, na Europa e no mundo, pode ser uma moda em Portugal, mas é uma moda que não pode pôr em causa a liberdade e a democracia”, apelou.

Depois, em resposta a um aluno que o questionou sobre o livro “Identidade e Família” e se declarou assustado com possíveis reversões de direitos pela aproximação de alguma direita moderada à direita mais radical, Marcelo Rebelo de Sousa sustentou que “aquilo que foi conquistado em termos de papel da mulher tendencialmente está para durar e, portanto, para ter futuro”, por representar “um consenso tão forte, tão forte, tão forte em termos maioritários”.

No seu entender, “um dos setores em que tem havido de uma maneira geral sistematicamente avanços” desde o 25 de Abril em Portugal “é o do papel da mulher” e ainda assim com direitos por concretizar, como a igualdade salarial em relação aos homens.

“A minha convicção é a de que, apesar de em democracia ser teoricamente possível haver maiorias parlamentares que podem ser mudar a lei num sentido ou noutro, que o consenso existente na sociedade portuguesa — que é uma sociedade, além do mais, muito sensata — é um consenso favorável à valorização constante e duradoura do papel da mulher”, reforçou.

Durante esta palestra, o Presidente da República declarou-se “contra as xenofobias, complemente, os racismos, as discriminações e os fechamentos” e a favor de que Portugal continue “um país aberto”.

Mais à frente, interrogado por uma aluna sobre as diferenças entre a xenofobia atual e a anterior ao 25 de Abril, recordou que “havia um estatuto de indígenas” nas antigas colónias e perguntou: “Quando às vezes aparecem uns nostálgicos saudosistas a dizer que regressar ao passado é que é uma maravilha, mas qual passado? Qual passado? Um passado baseado na exploração da mão de obra colonial? No não reconhecimento de direitos mínimos a pessoas iguais a todas as demais?”.

“Hoje o problema da xenofobia é haver pessoas ou setores que não aceitam a diferença dos outros: ‘Eu penso isto, tu pensas aquilo, eu sou bom português, tu és mau português, eu tenho esta religião, tu não tens religião ou tens outra, és má portuguesa, eu acho que se tem sobre esta matéria de sexo ou de género uma posição, tu tens outra, tu não és uma pessoa que corresponde ao ideal do português'”, sustentou.

O chefe de Estado rejeitou a ideia de que “há os bons portugueses, fieis às raízes, à História, à tradição do império, àquilo que veio dos séculos, e há depois os não bons portugueses”, afirmando: “Isso não há, isso não há nem volta a haver nunca mais. Não sei se estão a perceber. Mas é uma moda que, na Europa, nos Estados Unidos e no mundo, está a dar, o hipernacionalismo”.

“Mas ‘sempre vivemos aqui’, quem? Algum português é puro? Quando a humanidade veio de África — está provado. Há algum europeu puro? Portugueses que são uma mistura, de tudo, de gregos, de romanos, de cartagineses, de fenícios, de nórdicos, de africanos, latino-americanos, disto, daquilo”, prosseguiu. “É bom que se não venha querer ressuscitar o que nunca existiu, não devia existido, hoje não há e não vai haver no futuro”, concluiu.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos jovens que lutem contra estas ideias, para que não pareçam ser vencedoras na opinião pública. “As pessoas às tantas perdem a noção da relatividade das coisas”, observou. Outro aluno insistiu para que comentasse concretamente o livro apresentado por Passos Coelho e as palavras do antigo presidente do PSD, mas o chefe de Estado argumentou que não se deve “colocar no plano das lutas partidárias, dos protagonismos pessoais, dos projetos pessoais ou político-partidários de presente ou de futuro”.

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Todos os anos saem 300 mil milhões da UE para os EUA, avisa ex-líder italiano

  • Lusa
  • 11 Abril 2024

"Todos os anos, 300 mil milhões de euros – não estou a brincar – das nossas poupanças, poupanças de cidadãos europeus, estão a voar pelo Atlântico para alimentar o mercado financeiro americano", diz.

O antigo primeiro-ministro italiano Enrico Letta, relator de Alto Nível sobre o Futuro do Mercado Único, alertou esta quinta-feira que saem anualmente 300 mil milhões de euros da UE para os Estados Unidos, dinheiro usado para comprar empresas europeias.

“Todos os anos, 300 mil milhões de euros – não estou a brincar – das nossas poupanças, poupanças de cidadãos europeus, estão a voar pelo Atlântico para alimentar o mercado financeiro americano”, disse Enrico Letta na abertura no nono Fórum da Coesão, que decorre hoje e sexta-feira em Bruxelas. O antigo primeiro-ministro italiano, presidente do instituto Jacques Delors e relator do Relatório de Alto Nível Sobre o Futuro do Mercado Único, que será apresentado na próxima semana, falou à audiência por videoconferência.

“Através do mercado financeiro americano, [os 300 mil ME] alimentam, através de participações privadas, a economia americana e as empresas americanas que, mais fortes, atravessam de volta o Atlântico para comprar empresas europeias, com o nosso dinheiro europeu”, vincou. Segundo Enrico Letta, este fenómeno acontece porque o mercado financeiro europeu “não está suficientemente integrado”.

“Nós temos 27 mercados financeiros, não um. E por causa desta fraqueza, as nossas poupanças são atraídas pelo grande mercado financeiro no mundo, o dos Estados Unidos”, acrescentou.

Para Enrico Letta, se a integração do mercado único não se completar e “não se criar uma forte, atrativa e integrada União de Investimento”, capaz de se financiar e financiar investimentos, “por toda a Europa as pessoas vão começar a achar que o futuro das necessidades da Europa – transições, alargamento – será pago pelos Fundos de Coesão”, que servem para estimular a economia das regiões europeias menos desenvolvidas.

“Sei muito bem que não é um tema muito ‘sexy’, quando se fala de capital, mercados e finanças não é muito atraente”, reconheceu, mas para Enrico Letta “este ponto é crucial”. Para o relator sobre o Mercado Único, é necessário parar a “narrativa” sobre o fim dos Fundos de Coesão aquando de um alargamento. “Não está escrita, não é falada, não a encontramos em nenhuma discussão ou em nenhum documento, mas sabemos muito bem que o sentimento que há pela Europa é que o próximo alargamento será pago pelos atuais beneficiários” dos Fundos de Coesão, apontou.

Segundo o antigo primeiro-ministro italiano, “os Fundos de Coesão são necessários para a União Europeia do futuro, são necessários para os atuais Estados-membros, e são necessários para futuros Estados-membros”. “É necessário trabalhar para não tornar o alargamento [da UE] impopular”, vincou.

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Custo dos danos segurados em Taiwan podem chegar a 8 mil milhões de dólares

  • ECO Seguros
  • 11 Abril 2024

A Globaldata prevê que as seguradoras vão resistir financeiramente, também porque o fundo sísmico retém a maioria do risco e transfere o restante para resseguradoras nacionais e internacionais.

Os danos provocados pelo terramoto de magnitude 7.4 que teve epicentro na zona sísmica de Huelien, na costa leste de Taiwan que estão segurados situam-se entre os 5 mil e 8 mil milhões de dólares, segundo a empresa de análises CoreLogic, avança o Asian Insurance Review.

O diretor de resposta a catástrofes da CoreLogic, Jon Schneyer, disse que as perdas seguradas incluem danos causados por incêndios e pelos tremores de terra apenas em propriedades residenciais, comerciais, industriais e agrícolas. Dessa maneira, não incluem dados sobre danos a edifícios governamentais e infraestruturas de transporte, como pontes ou estradas. Além disso, estes dados não consideram franquias ou limites de apólice aplicadas nem excluíam perdas cedidas à Taiwan Residential Earthquake Insurance Fund (TREIF), fundo sísmico estabelecido em Taiwan em 1999.

A GlobalData prevê que as seguradoras vão resistir ao impacto financeiro do terramoto. As respostas governamentais, como o fundo sísmico, deverão a atenuar maioria das perdas. Aliás, o “seguro contra terramotos subscritos pelas seguradoras é cedido ao TREIF que detém a maioria do risco e o transfere o restante para resseguradoras nacionais e internacionais. Desde 1 de abril, o limite de assunção de responsabilidade sobre os riscos de seguros contra sismos residenciais foi aumentado para 3,7 mil milhões de dólares.

“Por estar situado numa das três principais regiões sísmicas do mundo, Taiwan é propenso a calamidades naturais, especialmente terramotos. Consequentemente, a penetração dos seguros contra terramotos é moderadamente elevada em Taiwan e espera-se que o atual terramoto resulte em elevados sinistros para as seguradoras e resseguradoras locais”, explica Aarti Sharma, analista de seguros da GlobalData. As seguradoras poderão reavaliar a sua exposição ao risco e ajustar os prémios para manter rentabilidade, refere a analista.

Consequentemente, prevê-se que os seguros de danos patrimoniais cresçam de 1,7 mil milhões de dólares em 2024 para 2,2 mil milhões de dólares em 2028 em volume de negócios. Assim como o crescimento da procura por apólices contra incêndios e riscos naturais que cubram o seguro contra terramotos entre 2024 e 2025. Nessa altura as apólices contra incêndio e desastres naturais deverão representar 80.4% de todos os seguros de bens.

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