Incerteza nos EUA é “oportunidade única” para mercados de capitais na Europa

  • Rita Atalaia
  • 6 Maio 2025

A guerra comercial iniciada pelas tarifas impostas por Donald Trump veio agitar os mercados, mas Miguel Azevedo, do Citigroup, garante que o otimismo está de regresso.

As tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, levaram os mercados financeiros a reagirem de forma expressiva. Apesar de ainda haver “muita volatilidade”, Miguel Azevedo, Vice Chair Investment Banking Middle East & Africa, no Citigroup Inc, acredita que o otimismo está a regressar ao mercado, abrindo-se agora uma oportunidade para a Europa ganhar peso ao ser uma alternativa para o investimento.

“Foi um choque brutal, com os mercados a sobre-reagirem de imediato” à guerra comercial, afirmou Miguel Azevedo durante a conferência Banking on Change, organizada em Lisboa pelo ECO com a KPMG e a PLMJ.

“O que aconteceu foi um rombo muito grande na confiança que havia no modus operandi do mercado americano” e isso “viu-se no mercado de obrigações” e na queda do dólar.

Ainda assim, realça, a reação do mercado foi igualmente significativa quando Donald Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas. “Foi o maior salto no mercado americano desde a crise financeira”, referiu o responsável, realçando que “estamos num momento de ainda elevada volatilidade, mas já com o eterno otimismo dos mercados a começar a entrar”.

Esta incerteza vinda dos EUA acaba por ser “positiva”, nomeadamente para a Europa, uma vez que há um “realinhamento do investimento”, que leva os EUA a perderem peso.

“É uma oportunidade única para a Europa em termos de mercados de capitais” ao “voltar a ser uma alternativa”. Neste cenário, “há mais liquidez e confiança na Europa”.

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Madeira inicia debate do programa do Governo de Miguel Albuquerque

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Construção de 805 novas casas e conclusão do novo Hospital Central e Universitário da Madeira em 2028 são duas das promessas do Governo do PSD e do CDS.

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, tem assegurada a aprovação do seu programa de Governo, após o acordo firmado com o CDS, cujo deputado único é suficiente para dar a maioria absoluta no ParlamentoHOMEM DE GOUVEIA/LUSA

O debate do Programa do XVI Governo da Madeira (PSD/CDS-PP), para o período 2025-2029, inicia-se nesta terça-feira na Assembleia Legislativa e termina na quinta-feira, com aprovação garantida devido à maioria absoluta formada por social-democratas e centristas.

O programa do executivo liderado por Miguel Albuquerque (PSD), que decorre das eleições antecipadas de 23 de março, foi entregue à presidente do parlamento regional, a social-democrata Rubina Leal, em 30 de abril.

Na altura, o chefe do governo realçou que o documento consubstancia uma “síntese” dos programas do PSD e do CDS-PP consensualizados no acordo de governo e de incidência parlamentar para assegurar a maioria absoluta, visando “cumprir o percurso de crescimento económico” verificado na Madeira nos últimos anos.

O Programa do XVI Governo da Madeira é composto por 188 páginas e apresenta os objetivos em nove capítulos.

Autonomia, desenvolvimento e migrações; educação, formação, ciência e tecnologia; turismo, ambiente e cultura; economia; saúde e proteção civil; finanças; agricultura e pescas; inclusão, trabalho e juventude; e equipamentos e infraestruturas são as áreas em destaque no programa do Governo de Miguel Albuquerque, que é constituído por oito secretarias regionais, além da presidência.

O executivo de coligação PSD/CDS-PP, que tem maioria absoluta no parlamento regional (23 deputados sociais-democratas e um democrata cristão, no total de 47 que formam o hemiciclo), coloca um dos focos na habitação, indicando que vai avançar com 805 novas habitações até ao final do mandato.

A saúde é outro dos setores em destaque, nomeadamente a obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira, que deverá ficar concluída em 2028.

O Governo da Madeira sublinha, por outro lado, que vai continuar a fazer a devolução dos rendimentos aos cidadãos, às famílias e às empresas pela via da redução fiscal, bem como a aprofundar as políticas ambientais e energéticas e concretizar novos investimentos para a coesão social e territorial.

O encerramento do debate está agendado para quinta-feira às 15 horas, sendo que o Programa do Governo Regional da Madeira é votado sob a forma de moção de confiança, conforme disposto no Estatuto Político-Administrativo e do Regimento da Assembleia Legislativa da Madeira.

Além do PSD e do CDS-PP, o parlamento da Madeira conta com representantes do JPP (11 deputados), PS (oito), Chega (três) e IL (um).

O último programa do governo madeirense, que era minoritário e contava com o apoio dos dois deputados do CDS-PP, foi aprovado em 4 de julho para o quadriénio 2024-2028, com 22 votos a favor de PSD, CDS e PAN, 21 votos contra de PS, JPP e da deputada do Chega Magna Costa e com as abstenções dos restantes deputados do Chega e da Iniciativa Liberal.

Em 17 de dezembro de 2024, foi aprovada uma moção de censura apresentada pelo Chega ao executivo madeirense, o que derrubou um Governo Regional pela primeira vez na história do parlamentarismo e autonomia da Madeira.

A crise política levou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a convocar eleições regionais antecipadas para 23 de março, que o PSD venceu, ficando a um deputado da maioria absoluta.

Os sociais-democratas governam a região autónoma ininterruptamente desde 1976.

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Bancos já alocaram 15% da linha de garantia pública, revela ministro das Finanças

Na conferência Banking on Change, organizada em Lisboa pelo ECO com a KPMG e a PLMJ, ministro das Finanças adianta que cerca de 180 milhões de euros da garantia pública já foi alocada pela banca.

Os bancos já alocaram 15% da linha de garantia pública no crédito à habitação para jovens, o correspondente a cerca de 180 milhões de euros, revelou esta terça-feira o ministro das Finanças.

Ao fim do primeiro trimestre, 15% do valor que foi atribuído da garantia de 1,2 mil milhões já foi alocado pelos bancos”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento durante a conferência Banking on Change, organizada em Lisboa pelo ECO com a KPMG e a PLMJ.

O governante considerou que os bancos têm sido “absolutamente essenciais” na execução da medida que está a registar uma “forte adesão” e que está a ter “muito sucesso”. Na mesma linha, salientou o impacto de medidas como a isenção do IMT e do Imposto de Selo na compra da primeira habitação pelos jovens.

Miranda Sarmento recordou que o Executivo alargou, inclusivamente, o âmbito das entidades que podem conceder empréstimos ao abrigo da garantia pública, de forma a abranger também as sociedades financeiras autorizadas a conceder crédito à habitação em Portugal.

Desde o final do ano passado que os bancos estão a aceitar pedidos de crédito para a compra de casa no âmbito da linha de garantia de Estado. O regime aplica-se a contratos assinados até final de 2026 e permite ao Estado garantir, enquanto fiador, até 15% do valor da transação, estando abrangidas compras de até 450 mil euros e jovens que não obtenham rendimentos superiores ao do oitavo escalão do IRS.

Miranda Sarmento defendeu ainda a importância de “ter bancos rentáveis, pois só assim será possível que desempenhem aquela que é uma das suas funções primordiais: o financiamento da economia”. Neste sentido, recordou que, em 2024, a banca portuguesa registou um rácio de solvabilidade de 18% e níveis de rentabilidade em média acima dos 15%.

O ministro destacou também, entre as medidas implementadas pelo Executivo, a aprovação do anteprojeto relativo aos gestores e aos adquirentes de créditos, que se encontrava atrasado, e as questões relativas ao mercado de capitais, com destaque para medidas de dinamização. Sinalizou ainda o compromisso com a preparação e aprovação do projeto de lei que irá executar o Regulamento MiCA, que aborda a temática dos criptoativos.

“Considerando a complexidade técnica e dimensão do trabalho associado à transposição de Diretivas e execução de regulamentos europeus, estamos a investir no reforço da capacidade do Ministério das Finanças para responder atempadamente a todas as solicitações que decorrem da legislação europeia e este trabalho permitirá obter ainda melhores resultados num futuro próximo”, disse.

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Exportar para crescer: prémio da COTEC impulsiona a inovação global das empresas

  • ECO
  • 6 Maio 2025

As candidaturas para a 2ª edição do Prémio Inovação na Internacionalização, uma iniciativa conjunta da COTEC, Santander e WTC Lisboa, estão abertas até 15 de maio.

O Estúdio ECO foi palco de um debate sobre o Prémio Inovação na Internacionalização 2025, uma iniciativa conjunta da COTEC, Santander e WTC Lisboa, com o objetivo de reconhecer e impulsionar empresas nacionais que se destacam pela inovação nos seus processos de internacionalização.

“Numa economia pequena, aberta ao mundo, as empresas não têm outro caminho senão exportarem, expandirem-se internacionalmente e procurarem o crescimento do seu negócio da forma mais eficiente e rentável possível”. A frase, de Jorge Portugal, deu o mote para a conversa que juntou à mesma mesa o diretor-geral da COTEC Portugal, a administradora executiva do Banco Santander Portugal, Isabel Guerreiro, e o CEO da Somengil, Tony Ventura.

O Estúdio ECO foi palco de um debate sobre o Prémio Inovação na Internacionalização 2025. Da esquerda para a direita: Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal, Tony Ventura, CEO da Somengil, Isabel Guerreiro, administradora executiva do Banco Santander Portugal, e Tiago Freire, subdiretor do ECO a moderar

Para o responsável daquela associação empresarial para a inovação, a internacionalização é cada vez mais um passo fundamental para o tecido empresarial português, e uma ferramenta de crescimento muito importante. No entanto, para que as empresas o façam de forma diferenciadora, sublinha Jorge Portugal, “a inovação e a sustentabilidade são vetores cruciais neste processo”.

Em jeito de explicação sobre a lógica deste prémio, promovido pela COTEC Portugal, com o apoio do Santander e da WTC Lisboa, o diretor-geral revela que a sua denominação ‘inovação na internacionalização’ materializa, desde logo, o foco distinto com que se apresenta. “Este foco permite analisar como as empresas expandem as suas operações a nível global e quais os padrões que seguem”, disse Jorge Portugal que descreveu também o padrão típico de expansão internacional, desde a exportação inicial até à criação de operações de apoio local e, eventualmente, produção local.

Validar processos

Apesar do sucesso da primeira edição, em 2024, este é um processo em constante adaptação. Jorge Portugal sublinhou a importância das lições aprendidas com a edição anterior do prémio e explicou de que forma estas foram aplicadas na edição deste ano. O prémio é aberto a empresas de diferentes dimensões, desde PME até mid-caps, e avalia critérios como o processo de internacionalização, ativos intangíveis, vantagem competitiva, ecossistema e visão para o futuro. O modelo de seleção dos 15 finalistas combina análise quantitativa e entrevistas aprofundadas com os CEO das empresas candidatas.

“Ninguém consegue resolver os problemas do mercado interno indo lá para fora”, alertou Jorge Portugal, diretor-geral da COTEC Portugal

O responsável revela ainda que a primeira edição do prémio surpreendeu pela qualidade das candidaturas, com empresas como a Somengil a participar para testar e validar os seus processos de internacionalização. “É sempre bom a crítica positiva, e a crítica feita por alguém que tem muito mais conhecimento dos mercados e dos setores”, afirmou o CEO desta empresa de engenharia com 20 anos de experiência. Tony Ventura salientou que a Somengil decidiu concorrer ao prémio para validar os seus processos de internacionalização e para aprender com o feedback. Ao longo do seu percurso, a empresa desenvolveu máquinas de lavagem inovadoras, mas enfrentou o desafio de introduzir um produto desconhecido no mercado. “Tivemos que inovar um bocadinho na internacionalização e procurar formas de colocar este produto novo no mercado”, afirmou. A criação da marca ‘Multi-Washer’ foi uma das estratégias para dar identidade ao produto e para facilitar a sua entrada no mercado.

Tony Ventura descreveu a entrevista prévia aos candidatos como um ‘exame’ detalhado, com um guião pré-preparado, que permite à COTEC construir casos de estudo aprofundados, e elogiou a precisão e o rigor da análise da associação para a inovação empresarial.

Jorge Portugal destacou ainda a importância de um balanço robusto e da aprendizagem contínua no processo de internacionalização. “Primeiro é preciso aprender, porque a internacionalização é um processo de aprendizagem, e também perceber que ninguém consegue resolver os problemas do mercado interno indo lá para fora”, alertou.

Uma plataforma de recursos para as empresas

Na perspetiva de Jorge Portugal, este prémio funciona como uma plataforma de recursos para as empresas, com o apoio de um banco global como o Santander e a rede de contactos do WTC Lisboa. A disseminação de casos de estudo em escolas de gestão é outro aspeto importante destacado pelo diretor-geral da COTEC Portugal, e que permite que as boas práticas sejam multiplicadas.

“O Santander, como grupo, tem como missão apoiar as pessoas e as empresas a prosperar”, acrescentou Isabel Guerreiro sobre a motivação do banco em associar-se ao prémio, sublinhando ainda que, num mercado como o português, a internacionalização é fundamental para contrariar a exiguidade do país. A administradora destacou também a importância de apoiar as PME no seu crescimento e a expectativa de encontrar empresas inovadoras e diferenciadas.

“O Santander tem uma posição privilegiada no nosso contexto. Temos uma posição com uma quota de mercado relevante em mais de nove mercados, uma presença fortíssima na América Latina, na Europa e também um bocadinho nos Estados Unidos”, explicou Isabel Guerreiro, administradora executiva do Banco Santander Portugal

Isabel Guerreiro abordou igualmente o tema da antiglobalização e de como o Santander apoia as empresas a enfrentar este cenário. “O Santander tem uma posição privilegiada no nosso contexto. Temos uma posição com uma quota de mercado relevante em mais de nove mercados, uma presença fortíssima na América Latina, na Europa e também um bocadinho nos Estados Unidos”, explicou. O banco oferece apoio que vai além do financiamento, promovendo o encontro entre parceiros, fornecedores e clientes, e disponibilizando formação através da plataforma Santander X.

Já Tony Ventura destacou o impacto positivo do prémio na Somengil, tanto a nível interno como externo. “O estímulo que dá um prémio deste género dentro de uma equipa competitiva como é o caso da Somengil é fundamental”, afirmou. O CEO da valorizou ainda a partilha de conhecimentos e de experiências com outras empresas, que o prémio facilita. Para um futuro próximo, a empresa está a desenvolver máquinas ligadas digitalmente para otimizar a utilização e manutenção, e prepara-se para entrar no mercado farmacêutico com novas soluções de lavagem. Com a ajuda desta distinção planeia também abrir uma delegação nos Estados Unidos e continuar a expandir a sua presença global.

“O estímulo que dá um prémio deste género dentro de uma equipa competitiva como é o caso da Somengil é fundamental”, afirmou Tony Ventura, CEO da Somengil

Jorge Portugal recordou os procedimentos para a participação neste prémio, lembrando que as candidaturas estão abertas até 15 de maio, e que as entrevistas aos CEO decorrem de 2 a 20 de junho. Já a entrega dos prémios está marcada para 10 de julho no auditório do Banco Santander. O júri é composto por académicos, gestores e líderes de entidades públicas, “garantindo a relevância e o rigor dos casos de estudo”, afirmou o diretor-geral.

O Prémio Inovação na Internacionalização 2025 afirma-se como uma plataforma essencial para reconhecer, apoiar e inspirar empresas portuguesas no seu caminho para o sucesso internacional.

Assista à conversa aqui:

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Prazos para comunicar faturas de abril prorrogado até sexta-feira

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Executivo decidiu ainda alargar até 26 de maio os prazos relativos à entrega das declarações do IVA, referentes ao mês de março, devido aos problemas no site após o apagão da semana passada.

O Governo prorrogou o prazo para a comunicação de faturas de abril até à próxima sexta-feira, depois da denúncia da Ordem dos Contabilistas relativamente a falhas persistentes no Portal das Finanças.

Numa resposta enviada à Lusa, o Ministério das Finanças reconhece as falhas. “Não obstante a reposição da operacionalidade do Portal ‘e-fatura’ (…), considerando que durante a manhã de segunda-feira ainda se verificaram algumas perturbações no funcionamento daquele Portal (…), entretanto solucionadas, o Governo decidiu prorrogar o prazo para a comunicação de faturas referentes ao mês de abril do corrente ano até à próxima sexta-feira (09 de maio)”, indica.

Adicionalmente, o Governo decidiu também “alargar até 26 de maio os prazos relativos à entrega das declarações do IVA, referentes ao mês de março, pelos sujeitos passivos integrados no regime mensal, e ao 1.º trimestre, pelos contribuintes do regime trimestral, e permitir que o pagamento do respetivo IVA possa ser efetuado até 30 de maio, sem quaisquer acréscimos ou penalidades”, refere a resposta do Ministério das Finanças.

A Ordem dos Contabilistas Certificados tinha denunciado na segunda-feira falhas no Portal das Finanças, uma semana após o apagão do sistema elétrico, alertando para os impactos no cumprimento fiscal e exigindo compensação de prazos.

Em declarações à Lusa, a bastonária Paula Franco alertou que, durante a última semana, “o sistema esteve constantemente a ir abaixo”, com especial incidência no ‘e-fatura’ e nas entregas do SAF-T de faturação, cujo prazo terminou esta quarta-feira.

Paula Franco sublinhou que os contabilistas dependem fortemente da operacionalidade destes serviços para o cumprimento de diversas obrigações fiscais e que a instabilidade sentida tem tido um impacto direto na atividade dos profissionais, apelando à Autoridade Tributária e Aduaneira para que compense os dias em que não foi possível aceder aos serviços, prorrogando os prazos em conformidade.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou no dia 28 de abril, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou na semana passada a criação de um comité para investigar as causas do ‘apagão’ “excecional e grave” na Península Ibérica.

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Inquérito revela falha das autarquias nos cuidados de saúde oral dos munícipes

  • Lusa
  • 6 Maio 2025

Apenas quatro autarquias investiram entre 20 e 50 mil euros e três gastaram mais de 50 mil euros em projetos de saúde oral, revela inquérito da Ordem dos Médicos Dentistas.

Mais de metade das autarquias não fizeram qualquer investimento na saúde oral dos seus munícipes, sendo que três quartos não têm ou não sabem se está incluída nos Planos Municipais de Saúde, revela um inquérito divulgado nesta terça-feira.

O inquérito “Autarquias e Saúde Oral”, promovido pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), com o apoio da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), foi enviado aos 308 municípios do país, tendo respondido 94 ao questionário em abril.

Os resultados apontam que 54,3% das autarquias inquiridas não desenvolveram em 2024 qualquer projeto relacionado com saúde oral.

Apenas 43 municípios dizem ter em curso projetos, enquanto 39 referiram que nunca desenvolveram nada nesta área e 12 afirmaram que não têm iniciativas em curso, mas que já tiveram.

Dos 43 municípios que disseram ter em curso projetos em saúde oral (45,8%), mais de metade referiram que se trata de iniciativas desenvolvidas com o setor público, seguindo-se projetos com o setor privado e com o setor social, segundo o inquérito, a que a agência Lusa teve acesso.

Quanto à avaliação desses projetos, mais de metade respondeu que não existem indicadores sobre o impacto destas iniciativas.

Foi questionado às 12 autarquias que já desenvolveram iniciativas, os motivos porque não lhes deram continuidade, tendo um município indicado falta de verba, enquanto os restantes 11 apontaram razões variadas, como serem ações temporárias, falta de recursos humanos especializados ou equipamentos, e ausência de articulação entre instituições.

Relativamente ao investimento municipal em saúde oral, 51% admitiram não ter realizado qualquer investimento nesta área em 2024.

De entre as 46 autarquias com orçamento para saúde oral, mais de metade (55%) ficou-se por um investimento inferior a cinco mil euros e 26% canalizaram entre cinco mil e 20 mil euros.

Apenas quatro autarquias investiram entre 20 e 50 mil euros e três gastaram mais de 50 mil euros em projetos de saúde oral.

Segundo o estudo, 46,8% das autarquias não tem a saúde oral incluída nos planos municipais, mas 31,9% referiram que têm planos para incluí-la no futuro.

Apenas 8,5% revelaram que existe esta integração nos planos e que está claramente delineada

Para o bastonário da OMD, Miguel Pavão, estes resultados confirmam que “Portugal necessita de um pacto nacional para a saúde oral, sem ideologias partidárias, seja qual for o Governo a sair das eleições”.

Para o bastonário, “é lamentável” a falta de atenção dada pelas autarquias a esta área, sublinhando que “qualquer festa custa mais do que os 5.000 euros gastos na saúde oral”.

Segundo o inquérito, apenas 12 autarquias apoiaram a instalação de gabinetes de saúde oral nos centros de saúde, o que demonstra o que “ainda há a fazer na prestação de cuidados de saúde oral aos portugueses”.

A par do inquérito, a OMD realizou o Roteiro de Saúde Oral nas autarquias, com Miguel Pavão a reunir-se com autarcas de 12 municípios do país, para conhecer as boas práticas e os principais desafios locais.

“Uma das principais conclusões é que a descentralização de competências em matéria de saúde não foi acompanhada dos recursos financeiros necessários, persistindo a ausência de programas que permitam às autarquias candidatar-se a apoios específicos para projetos de Saúde Oral”, referiu a OMD em comunicado.

A OMD e a ANMP propõem-se a apresentar medidas concretas que permitam integrar a saúde oral nos orçamentos municipais e no próximo Orçamento do Estado.

Entre as diferentes iniciativas que podem ser concretizadas ao nível local, Miguel Pavão recupera o manifesto entregue aos autarcas durante o roteiro, em que são propostos desafios aos candidatos às autárquicas, como a distribuição de ‘kits’ de higiene oral e rastreios periódicos às populações, a inclusão da Saúde Oral nos Planos Municipais de Saúde, a integração da medicina dentária nos cuidados de saúde primários.

“O papel do poder local na promoção de uma boa saúde oral é ímpar, seja pelo facto de o governo central lhe delegar competências, seja pela autonomia de criar projetos em área vitais. As autarquias são um parceiro fundamental para cumprirmos o desígnio da OMS para a Saúde Oral”, defendeu Miguel Pavão.

O bastonário da OMD recordou ainda os objetivos que Portugal se comprometeu a cumprir até 2030, nomeadamente garantir o acesso a cuidados de saúde oral a 80% da população, reduzir em 10% a prevalência das principais doenças orais e diminuir em 50% o consumo de açúcares livres.

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Telles lança novo serviço CheckUp Laboral

A equipa de Trabalho e Segurança Social da TELLES, liderada pelo sócio Gonçalo Pinto Ferreira, acaba de lançar o novo serviço jurídico CheckUp Laboral para Empresas.

A equipa de Trabalho e Segurança Social da TELLES, liderada pelo sócio Gonçalo Pinto Ferreira, acaba de lançar o novo serviço jurídico CheckUp Laboral para Empresas.

“Um serviço que visa proporcionar às empresas uma avaliação detalhada do grau de conformidade com as principais exigências legais em matéria de direito do trabalho. Num cenário de constante evolução da legislação laboral em Portugal, o CheckUp Laboral surge como uma solução prática e célere, essencial para garantir que as empresas cumpram integralmente as suas obrigações legais“, segundo comunicado do escritório.

Com “um processo simplificado de recolha de informações e documentação, este novo serviço da TELLES inclui a entrega de um relatório, permitindo às empresas identificar eventuais contingências jurídico-laborais e tomar as medidas corretivas necessárias para mitigar riscos e assegurar o cumprimento das normas aplicáveis. A TELLES está ao lado dos seus Clientes, contribuindo para a otimização da gestão de Recursos Humanos, essencial para promover a sustentabilidade organizacional e fortalecer a reputação das empresas no mercado”, diz ainda o comunicado.

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Merz falha eleição para chanceler no Parlamento alemão

  • ECO
  • 6 Maio 2025

O bloco conservador CDU-CSU de Merz, em coligação com o SPD, ficou a seis votos no Bundestag de alcançar a maioria necessária para a eleição. DAX está a cair mais de 1%.

O líder dos conservadores alemães, Friedrich Merz, não conseguiu reunir a maioria parlamentar necessária para ser eleito chanceler esta terça-feira, numa reviravolta inesperada para a sua coligação com o Partido Social-Democrata (SPD, centro-esquerda). A segunda volta para a eleição de Merz vai decorrer esta tarde às 15:15 (hora local, 14:15 em Lisboa), depois do líder dos conservadores ter falhado a primeira votação no parlamento.

A União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã (CDU/CSU, centro-direita) venceram as eleições federais de fevereiro com 28,5% dos votos. Apesar da vitória, o resultado deixou o bloco conservador liderado por Merz, de 69 anos, longe da maioria necessária para formar Governo sozinho, o que o levou a assinar um acordo de coligação com os social-democratas (que nas eleições tiveram 16,4% dos votos) na segunda-feira.

Porém, na manhã desta terça-feira, a coligação entre a CDU/CSU e o SPD obteve apenas 310 votos no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, quando eram precisos pelo menos 316 votos. Note-se que estes partidos, juntos, ocupam 328 lugares.

O Bundestag tem agora 14 dias para garantir a eleição de Friedrich Merz ou outro candidato a chanceler com uma maioria absoluta, sendo que vai tentar uma nova ronda de votação ainda esta terça-feira, avança a Reuters.

Com a sessão parlamentar interrompida, o principal índice da Bolsa de Frankfurt, o DAX, está a cair 1,37%, para 23.023,77 pontos, a yield das obrigações alemãs a dez anos, não sofreu praticamente alterações.

Em 2024, a economia alemã registou uma contração pelo segundo ano consecutivo, de 0,2%, segundo o Gabinete Federal de Estatísticas. A fraca procura global e a concorrência dos produtos chineses comprometeram o desempenho das exportações da maior economia da Zona Euro, que registaram uma queda de 0,8%.

Para este ano, o Governo alemão reduziu em três décimas de ponto percentual as suas previsões de crescimento e prevê agora uma estagnação económica. “Tivemos de rever em baixa as nossas previsões para este ano em 0,3 pontos percentuais e esperamos agora um crescimento zero. A principal razão é a política tarifária da Administração de Donald Trump nos EUA”, afirmou o ministro interino das Finanças, Robert Habeck, em meados de abril.

A Alemanha é o segundo maior mercado das exportações portuguesas de bens, apenas atrás de Espanha. Em 2024, atingiram 9,76 mil milhões de euros, mais 18% em termos nominais, sendo o valor mais elevado desde, pelo menos, 2000, quando arrancou a série de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

(Notícia atualizada às 14h31)

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Choques serão mais regionais. “No caso da banca portuguesa, pode levar a maior concentração”, defende Ricardo Reis

Adaptar, inovar e liderar na banca são alguns dos temas da conferência Banking on Change, organizada pelo ECO com a KPMG e a PLMJ esta manhã em Lisboa com a presença do ministro das Finanças.

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Hoje nas notícias: Jorge Mendes, sondagem e investidores chineses

  • ECO
  • 6 Maio 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O empresário Jorge Mendes e a mulher foram acusados pelo Ministério Público por um crime de fraude fiscal, no âmbito da “Operação Fora de Jogo”. As intenções de voto na Aliança Democrática (35,8%) e na Iniciativa Liberal (7,5%), que, juntas, atingem os 43,3%, apontam para a possibilidade da maioria desejada por Luís Montenegro. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Jorge Mendes acusado de fraude fiscal

O empresário Jorge Mendes e a mulher foram acusados pelo Ministério Público por um crime de fraude fiscal, no âmbito da “Operação Fora de Jogo”. Em causa está uma doação a Sandra Mendes de quase metade do capital de uma empresa que, posteriormente, viria a ser comprada por outra sociedade ligada a Jorge Mendes. O Ministério Público alega que a doação foi fictícia, provocando um prejuízo ao Estado de 18 milhões em impostos. Apesar de discordar da acusação, dizendo que a doação foi real e não fictícia, por um preço justo e que, desde 2014, o Fisco tinha conhecimento do negócio, não tendo instaurado qualquer processo, Jorge Mendes vai pagar os impostos reclamados pelo Ministério Público.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

AD e IL à beira da maioria mas indecisos sobem para 20%

As intenções de voto na Aliança Democrática (35,8%) e na Iniciativa Liberal (7,5%), que, juntas, atingem os 43,3%, apontam para a possibilidade da maioria desejada por Luís Montenegro para as eleições legislativas de dia 18 de maio. É o melhor resultado dos quatro dias da sondagem da Pitagórica para o Jornal de Notícias, a TSF e a TVI/CNN, muito impulsionado pelos liberais, que são quem mais cresce. No entanto, o número de indecisos disparou e já está muito perto dos 20%. O PS (27,1%) mantém a distância de 8,7 pontos percentuais para a coligação formada pelo PSD e o CDS, enquanto o Chega (16,5%) está a recuperar terreno. À esquerda, o Livre (3,4%) regista uma queda de cinco décimas face ao dia anterior, o BE (1,8%) perde 0,3 pontos e a CDU (3,2%) sobe ligeiramente. O PAN está cada vez mais irrelevante, fixando-se nos 0,6%.

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China encaixa 300 milhões em dividendos de Lisboa

Os investidores chineses vão receber 300 milhões de euros em dividendos das cotadas do principal índice da bolsa de Lisboa referentes aos resultados do ano passado, nomeadamente do BCP, da EDP, da Mota-Engil e da REN. Também fora da Europa, as posições da Sonangol — na Galp, através da Amorim Energia, e diretamente no BCP — colocam Angola como a terceira geografia para onde vão mais dividendos, cerca de 219 milhões de euros. No total, para fora do país, irão mais de mil milhões de euros em dividendos, ou 39%, uma subida de sete pontos percentuais face aos 32% registados em 2024.

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Portugal está sem reserva estratégica de medicamentos

O setor farmacêutico esteve sempre a monitorizar o seu funcionamento durante o apagão, que durou mais de 11 horas em Portugal, no passado dia 28 de abril. Segundo o bastonário dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, “foi todo o circuito farmacêutico que esteve a ser monitorizado, da produção à distribuição, porque se não chegarem medicamentos às farmácias, mesmo que estas estejam a funcionar, não se consegue responder às necessidades dos utentes”. Mas, uma semana depois do apagão, há problemas que permanecem e que “devem ser levados muito a sério”, destaca o bastonário, que se queixa de o setor continuar isolado de qualquer plano de contingência nacional ou da área da Saúde para situações de emergência e da falta de “uma reserva estratégica nacional de medicamentos”.

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Cartões sociais eletrónicos para ajuda alimentar já chegam a 39 mil pessoas

Foi em janeiro que os cartões sociais eletrónicos começaram finalmente a ser distribuídos, inicialmente nos concelhos de Setúbal, Alcácer do Sal, Grândola, Sines e Santiago do Cacém. Mas, de momento, já estão a ser entregues em todo o território nacional, abrangendo cerca de 39 mil pessoas. Os cartões substituem os cabazes de apoio alimentar e destinam-se a pessoas carenciadas, beneficiárias do Programa Pessoas (de apoio à distribuição direta às pessoas mais carenciadas), e podem ser utilizados em centenas de espaços aderentes. A medida permite aos portadores do cartão escolherem os produtos que querem adquirir (sujeitos a algumas restrições) em vez de ficarem cingidos ao que consta de um cabaz alimentar predefinido.

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Lucro do Novobanco cai 1,9% para 177,2 milhões no primeiro trimestre

Novobanco registou um lucro de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 3,4 milhões do que nos três primeiros meses de 2024. Margem financeira caiu 6,7% e comissões dispararam 12,3%.

O Novobanco registou um lucro de 177,2 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 1,9% em termos homólogos. A instituição liderada por Mark Bourke teve menos 3,4 milhões de euros de lucros, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, um dia depois da aprovação da redução de capital, uma das medidas previstas para entrar em bolsa, que devera ser decidida em assembleia-geral a 4 de junho, tal como avança o ECO.

O banco considera que este resultado líquido está “em linha com as expectativas”, tendo sido “impulsionado por um modelo de negócio resiliente e diversificado, apoiado por uma forte franquia corporativa, carteira de hipotecas de baixo risco e elevada adoção digital”.

A margem financeira caiu 6,7% face ao mesmo período do ano passado, ascendendo a 279,1 milhões de euros, refletindo a descida da média da Euribor a seis meses, que passou de 3,9% no arranque de 2024 para 2,49%. Recorde-se que no conjunto de 2024, o banco conseguiu registar uma melhoria da margem financeira, em 3,2%, apesar da descida dos juros.

As comissões continuam em rota ascendente, registando um salto de 12,3% face ao primeiro trimestre de 2024. Os 75 milhões do ano passado subiram para 84,3 milhões no arranque deste ano, com o Novobanco a sublinhar que o crescimento se deu em todos os subsegmentos, incluindo serviços de pagamento, taxas relacionadas com empréstimos, garantias, gestão de ativos e banca-seguros”.

Por outro lado, o produto bancário comercial caiu 2,8%, fixando-se nos 363,4 milhões de euros (uma descida de 10,6 milhões). Já o produto bancário total, que inclui os resultados de operações financeiras e outros resultados de exploração, cresceu 0,4%, para 373,2 milhões.

O banco detido em 75% pelo fundo de investimento norte-americano Lone Star, sendo os restantes 25% detidos (direta e indiretamente) pelo Estado português, na vertente operacional viu os depósitos a crescerem 1,4%, com uma quota de mercado de 10%, e os depósitos também aumentaram com o crédito a empresas a subir 5%, para 16,4 mil milhões líquidos, o crédito a particulares a somar 24,6%, para 1,9 mil milhões e os empréstimos para a compra de habitação a aumentarem 3,1% e superando dez mil milhões.

O crédito malparado (NPL) teve uma redução de 1,5% nos primeiros três meses do ano para 851 milhões de euros, “com a entrada de novos NPL consistentemente baixa”, sublinha o banco. O rácio líquido NPL situou-se em 0,2% (contra os 0,1% do trimestre anterior e de 0,5% um ano antes) e o rácio de NPL bruto em 3,2% (menos 0,1 pontos percentuais face a dezembro de 2024 e menos um ponto face a março de 2024), com um nível de cobertura de 94,2% (dez/24: 96,6%).

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A caça gera anualmente 10.190 milhões de euros de PIB em Espanha e mantém 199.000 postos de trabalho

  • Servimedia
  • 6 Maio 2025

De acordo com o estudo sobre o impacto económico, social e ambiental da atividade cinegética em Espanha, realizado pela consultora Deloitte para a Fundação Artemisan, com a colaboração do MAPA.

A caça gera anualmente um total de 10.190 milhões de euros de Produto Interno Bruto (PIB) em Espanha e contribui para a manutenção de 199.000 postos de trabalho, gerando 45.642 empregos diretos. Além disso, graças à atividade, são arrecadados anualmente 1.200 milhões de euros em impostos, segundo o “Estudo do impacto económico, social e ambiental da caça em Espanha”, realizado pela empresa de consultoria Deloitte para a Fundação Artemisan, com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação (MAPA), que foi apresentado terça-feira no Colégio de Engenheiros Civis de Madrid.

O estudo indica que a caça contribui diretamente para a luta contra o despovoamento, uma vez que 80% dos empregos diretos que gera se situam nas zonas rurais. Além disso, 32,6% dos caçadores vivem em municípios com menos de 5.000 habitantes e, para a grande maioria deles, a caça é um fator fundamental para viver nessas localidades, ao mesmo nível que as razões familiares.

Para a realização do estudo, foram efetuados mais de 6.500 inquéritos a caçadores, criadores, proprietários de zonas de caça, organizadores de caçadas, administrações públicas competentes, federações de caçadores, associações de caçadores e empresas de carnes.

CAÇADORES

Em Espanha, o número de licenças em vigor em 2023 ascendia a 891.889. O estudo salienta que, graças aos dados fornecidos pelas administrações públicas competentes, foi estimado “de forma conservadora” que o número mínimo de caçadores residentes no nosso país em 2023 era de 577.742.

A despesa média anual de um caçador ascende a 12.069 euros, principalmente para caça grossa, alojamento, combustível e caça miúda; enquanto a despesa média anual de um criador ascende a 14.539 euros, principalmente para a compra e manutenção de cães, veículos e infra-estruturas para o cuidado dos animais. A despesa média de um proprietário de uma reserva de caça ascende a 73 704 euros por ano e a de um organizador de caçadas a 139 384 euros.

Em Espanha, existem 43 milhões de hectares declarados como reservas de caça, o que equivale a 85% do território espanhol, e os caçadores investem anualmente 320 milhões de euros na conservação. Deste montante, 289 milhões de euros são gastos em medidas de gestão, como o fornecimento de água e alimentos, sementeiras e mondas, e 31 milhões de euros em programas de conservação de espécies por parte de federações e associações de caçadores. Depois da Administração, os caçadores, gestores, proprietários de terras, federações e associações de caçadores são o grupo que mais investe na gestão e conservação do ambiente em Espanha.

Acrescenta que os caçadores desempenham um papel essencial na proteção e recuperação de espécies ameaçadas ou de elevado valor faunístico, com 58% dos proprietários de caça e 67% dos organizadores de caçadas a indicarem que têm espécies emblemáticas protegidas nas suas zonas de caça. De igual modo, 19% dos proprietários e 36% dos organizadores participam em programas de conservação de espécies.

AGRICULTURA

O relatório salienta ainda que a caça contribui para o equilíbrio dos meios naturais, controlando as populações, reduzindo os problemas associados à sobreabundância de várias espécies cinegéticas, diminuindo os acidentes de viação e os prejuízos para a agricultura, contribuindo assim para a melhoria da saúde e do bem-estar das populações.

Do total de 35.047 acidentes de viação causados por animais em Espanha em 2023, 83,7% foram causados por caça. Só o javali e o corço foram responsáveis por 73% do número total de acidentes com animais registados nesse ano. Além disso, 36 das 43 províncias analisadas mostram um aumento na taxa de acidentes causados por javalis no período 2016-2023.

Por outro lado, para além do trabalho dos próprios caçadores no controlo das populações, os proprietários e organizadores de caçadas pagaram mais de 11 milhões de euros em 2023 em reparações por danos na agricultura causados por espécies cinegéticas, segundo o documento.

A apresentação do estudo contou com a presença, na abertura, do presidente da Fundação Artemisan, José Luis López-Schümmer; da secretária geral de Recursos Agrícolas e Segurança Alimentar do MAPA, Ana Rodríguez; e da diretora da Deloitte, Amaia Quintana.

Posteriormente, o coordenador adjunto de investigação da Fundação Artemisan, Carlos Sánchez, e a diretora da Deloitte, Amaia Quintana, apresentaram os resultados do estudo. Seguiu-se uma mesa redonda em que participaram o presidente da Real Federação Espanhola de Caça, Josep Escandell; o secretário-geral da Confederação Espanhola de Hotéis e Alojamentos Turísticos (CEHAT), Ramón Estalella; o subdiretor-geral adjunto de Produção Pecuária e Caça do MAPA, Pablo Bernardos; o presidente da Associação Interprofissional de Carne de Caça (Asiccaza), José María Gallardo, e o diretor da Fundação Artemisan, Luis Fernando Villanueva.

A apresentação contou ainda com a presença de cerca de uma centena de representantes de administrações públicas e de numerosas entidades e associações do setor cinegético e do mundo rural.

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