Universidade IE, Universidade Alfonso X el Sabio e Universidade CUNEF, os mais modernos campus urbanos de Madrid

  • Servimedia
  • 5 Novembro 2024

De acordo com a análise efetuada pelo grupo de peritos do Instituto Coordenadas de Governação e Economia Aplicada (ICGEA), que analisou o panorama das universidades em Espanha.

Esta entidade indica que “a Região de Madrid consolidou nos últimos anos a sua posição como epicentro universitário graças aos 17 centros de ensino superior e à grande variedade de centros de colaboração público-privada próprios e associados. Esta diversidade educativa reflecte-se também nas infra-estruturas, com campus universitários que evoluíram para se tornarem ambientes inspiradores de inovação e desenvolvimento, onde os estudantes desenvolvem todo o seu potencial.

Salienta que a Comunidade de Madrid oferece uma combinação de campus tradicionais e urbanos, “cada um com caraterísticas únicas que se adaptam às necessidades de uma comunidade estudantil cada vez mais diversificada e cosmopolita. Enquanto os campus tradicionais tendem a estar localizados em grandes áreas, proporcionando um ambiente tranquilo e espaçoso para o estudo e a investigação, os campus urbanos estão estrategicamente localizados no centro da cidade e foram concebidos para oferecer uma experiência educativa moderna, integrando-se perfeitamente no ambiente urbano e tirando partido dos benefícios oferecidos por uma cidade dinâmica como Madrid”.

“Madrid tornou-se um centro de ensino superior, não só pela quantidade e qualidade das suas universidades, mas também pela inovação e modernidade dos seus campus. Estas instalações estão a transformar a cidade, criando ambientes sustentáveis e inspiradores onde os estudantes adquirem uma educação global, em contacto direto com o mundo científico e profissional”, afirmou Jesús Sánchez Lambás, vice-presidente executivo do Instituto Coordenadas.

CAMPUS URBANOS

No caso da Universidade IE, o Instituto Coordenadas observa que a Torre IE é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Madrid, um arranha-céus de última geração “concebido para promover a colaboração e a inovação, com salas de aula modernas equipadas com a mais recente tecnologia, laboratórios de investigação e múltiplos espaços de coworking”. Localizado no coração financeiro da cidade, “este ambiente urbano vibrante e cosmopolita oferece aos estudantes acesso a uma variedade de recursos culturais, comerciais e de entretenimento, bem como uma excelente conetividade com o resto da cidade. O campus tem um centro de empreendedorismo dedicado, onde os estudantes podem receber apoio para desenvolver as suas próprias empresas e projetos”.

A Universidade CUNEF, que foi fundada como um centro ligado à Universidade Complutense de Madrid, abriu recentemente um novo campus universitário no Parque Empresarial Churruca após o seu reconhecimento como universidade em 2019. Composto por quatro edifícios, com capacidade para 3.000 pessoas, este campus tem “espaços amplos e confortáveis, bem como salas de aula equipadas com as mais recentes tecnologias. Este espaço, bem comunicado e acessível, alia tecnologia e sustentabilidade para promover o desenvolvimento dos alunos”.

O campus urbano da Universidade Camilo José Cela está localizado no Edifício KOI, junto à Plaza de Cuzco, e ocupa uma área de 11.319 metros quadrados, distribuídos por quatro pisos e zonas verdes. Este edifício foi concebido para promover um ambiente de aprendizagem dinâmico e colaborativo e está equipado com salas de aula modernas, espaços de coworking para incentivar a colaboração entre estudantes, áreas de trabalho ao ar livre e uma zona de bem-estar, entre outros. Um edifício inteligente de última geração “que reflete o compromisso da universidade com a excelência académica, a inovação e a integração no ambiente urbano de Madrid”, afirma o Instituto Coordenadas.

Por último, em relação à Universidade Europeia de Madrid, detalha que, já operacional no ano letivo 2024/2025, este novo campus está localizado na Calle María de Molina e ocupa uma superfície de mais de 5.000 metros quadrados. “Nas suas instalações, a universidade oferecerá formação em áreas ligadas ao pensamento criativo, ao design e à inovação tecnológica. Os estudantes terão à sua disposição laboratórios, salas de exposição e áreas de simulação, bem como espaços de coworking, relaxamento e convívio que favorecem a interação entre estudantes de diferentes disciplinas”.

 

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Prolongamento da concessão da Fertagus “poupa” 5,5 milhões ao Estado

A concessão da Fertagus foi prolongada até março de 2031, como resultado do REF pedido pela concessionária do comboio da Ponte 25 de Abril, para compensar a quebra de receita nos anos da pandemia.

A prorrogação do contrato de concessão da Fertagus em seis anos e seis meses permitiu ao Estado evitar o pagamento de 5,5 milhões de euros à concessionária do comboio da Ponte 25 de abril. Este foi o valor de compensação acordado no âmbito da negociação do pedido de reposição do equilíbrio financeiro (REF) realizado pela empresa do grupo Barraqueiro pela perda de receitas nos anos da pandemia, que compara com os 6,76 milhões de euros do pedido inicial feito pela concessionária.

Segundo adiantou ao ECO fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação (MIH), “o pedido inicial de REF da concessionária apontava para 6.763.629 euros”. No entanto, “no quadro do processo negocial foi possível reduzir o valor de REF aceite pelas partes para 5.550.709 euros, o que, face às projeções financeiras estimadas, acabou por determinar uma redução para 6 anos e 6 meses, ou seja, até 31 de março de 2031.”

O pedido de reposição do equilíbrio financeiro feito pela Fertagus foi realizado ao abrigo do Decreto-Lei n.º 19-A/2020, um “regime excecional e temporário de reequilíbrio financeiro de contratos de execução duradoura” por conta da primeira vaga da pandemia que, devido às medidas de confinamento, impediu a circulação de pessoas.

O diploma aprovado por altura da Covid-19 previa que, “nos contratos em que se preveja expressamente o direito do contraente ou parceiro privado a ser compensado por quebras de utilização ou em que a ocorrência de uma pandemia constitua fundamento passível de originar uma pretensão de reposição do equilíbrio financeiro, tal compensação ou reposição só pode ser realizada através da prorrogação do prazo de execução das prestações ou de vigência do contrato”.

O ministério das Infraestruturas e Habitação é liderado por Miguel Pinto Luz.FILIPE AMORIM/LUSA

O Ministério das Infraestruturas e da Habitação adiantou ainda que o processo de negociação para estabelecer as condições da compensação à Fertagus foi liderado por uma comissão de negociação constituída para este efeito, cuja “prioridade foi reduzir essa prorrogação ao período mínimo indispensável“.

“Verificou-se que, num cenário de expansão da oferta, com reforço do programa de exploração, nomeadamente levando um maior número de comboios até Setúbal (…), seria possível obter um prazo de prorrogação menor para o mesmo montante de reposição do equilíbrio financeiro, tendo sido essa a opção da Comissão de Negociação”, descreve o ministério liderado por Miguel Pinto Luz.

O ministro Leitão Amaro adiantou em setembro, após o Conselho de Ministros que aprovou o prolongamento da concessão, que o prazo definido desta decisão foi decidido por uma comissão que apontou para uma prorrogação da concessão de seis anos e cerca de seis meses, apesar de “a concessionária ter pedido 11 anos de prolongamento”. Um período que, segundo os números partilhados pelo ministério, correspondia a uma compensação avaliada em 6,76 milhões de euros.

Segundo o relatório e contas de 2020, a Fertagus fechou esse ano com um resultado líquido de 393,6 mil euros, um montante que compara com lucros de 3,3 milhões de euros, em 2019. No ano seguinte, 2021, a empresa conseguiu melhorar os resultados, fechando o ano com lucros de 631,6 mil euros, números, ainda assim, bastante inferiores aos registados nos anos anteriores à pandemia.

Apesar da acentuada quebra dos resultados, a Fertagus não registou prejuízos em nenhum dos anos da pandemia, o que já levou o PCP a pedir uma audição parlamentar ao ministro das Infraestruturas para que “esclareça quais os fundamentos em que foi aceite a exigência de reequilíbrio financeiro da Fertagus que deu origem” à prorrogação do contrato em seis anos e seis meses.

“Se tivermos em conta que a Fertagus não teve prejuízos durante a pandemia, registando-se um aumento substancial dos financiamentos públicos na operação, questiona-se a legitimidade de tal decisão agora confirmada pelo Conselho de Ministros“, refere ainda.

O ministério das Infraestruturas e Habitação acrescenta ao ECO que “o REF em causa, ainda que realizado ao abrigo do Decreto-Lei n.º19-A/2020, de 30 de abril, não visa compensar pela pandemia de Covid, mas sim pela falta de pagamento pelo Estado de montantes devidos à concessionária ao abrigo de cláusulas contratuais de acerto, decorrentes da matriz de risco da concessão.”

A mesma fonte não especifica se o ministério irá encaminhar a extensão do contrato ao Tribunal de Contas. Em declarações ao ECO, feitas após a aprovação da prorrogação do contrato, fonte oficial do Tribunal de Contas limitou-se a adiantar que a entidade não podia responder a qualquer questão sem ter “conhecimento oficial da extensão do contrato, que foi operado por decreto-lei, conforme comunicado do Conselho de Ministros”, não especificando se tinha conhecimento do contrato ou existia necessidade de fiscalização prévia por parte do TdC.

Sobre a possibilidade de prolongar outras concessões devido à Covid-19, o ministério das Infraestruturas e Habitação referem que “o Estado não aceitou a pandemia de Covid como sendo um evento que origina REF dos contratos de concessão“.

Terceiro prolongamento da concessão

No que diz respeito à Fertagus, esta é a terceira renegociação do contrato da empresa, que começou a operar o comboio da Ponte 25 de Abril em julho de 1999, com uma concessão por 30 anos. A primeira alteração surgiu em 2005, por conta da utilização abaixo do previsto: após dois anos de conversações, o contrato foi encurtado para durar até 2010, mantendo a empresa o direito a receber compensação do Estado.

A partir de 2005, o Estado passou a ser o proprietário dos 18 comboios da Fertagus (iguais aos comboios de dois pisos dos suburbanos da CP), que tem de pagar uma renda anual para utilizar o material circulante. Também nesse ano ficou estabelecido que a Fertagus poderia comandar a operação até ao final de 2019, mas sem receber pagamento público.

A opção de prolongamento foi acionada, mas não muito tempo depois Fertagus e o Estado voltaram a negociar, a partir de 2012: a concessionária sentiu-se penalizada pelo aumento do valor da tarifa de utilização das linhas de comboio, que foi determinado pela então Refer (e atual IP) em dezembro de 2011 e que não estava previsto no contrato. Os anos passaram e o valor em dívida da taxa de utilização atingiu os 7,6 milhões de euros.

Depois de sete anos de conversações, em vez de o Estado pagar à empresa que gere as linhas de comboio, chegou-se a acordo, em dezembro de 2019, para prolongar a concessão por mais quatro anos e nove meses, até 30 de setembro de 2024. Um contrato que volta agora a ser prolongado até março de 2031, com vista ao reequilíbrio financeiro da empresa.

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Dona do Intermarché vende 49% da sociedade que detém os supermercados por 120 milhões

Grupo Mosqueteiros prepara-se para vender à Leadcrest Capital Partners uma posição minoritária na sociedade imobiliária que tem 245 lojas em todo o país, num negócio avaliado em 120 milhões de euros.

O grupo francês que detém a cadeia de supermercados Intermarché prepara-se para vender uma participação minoritária na sociedade imobiliária que tem as lojas em Portugal, de acordo com informações recolhidas pelo ECO.

O Grupo Mosqueteiros (Les Mousquetaires Group) selecionou a Leadcrest Capital Partners para uma joint-venture na Imobiliária Portuguesa dos Mosqueteiros – SIC Imobiliária Fechada, que detém 245 lojas e supermercados do Intermarché, Bricomarché e Roady, e algumas lojas arrendadas a uma terceira parte que estão localizadas em todo o país.

No âmbito desta transação, a Leadcrest Capital Partners, um fundo francês especializado em transações de sale and leaseback, pagará cerca de 120 milhões de euros por uma participação de 49% na sociedade imobiliária que gera rendimentos operacionais de cerca de 27 milhões por ano e é gerida pela Lynx Asset Manager.

O ECO sabe que a operação prevê ainda um financiamento entre 170 milhões e 180 milhões de euros da parte da Imobiliária Portuguesa dos Mosqueteiros, correspondendo a 40%-45% da avaliação da sociedade (mais de 420 milhões em 2023).

Oficialmente, nenhuma das partes quis comentar as informações. As negociações estão em curso e os valores da transação ainda não estão fechados e podem mudar até à conclusão do contrato.

DR

Projeto Athos financia aquisição em França

O negócio vai permitir ao Grupo Mosqueteiros obter fundos para financiar a recente aquisição de parte das operações de retalho da Casino, em França, juntamente com o grupo Auchan (que em Portugal acabou de comprar as lojas do Minipreço), num negócio avaliado em 1,35 mil milhões de euros.

Do lado do Grupo Mosqueteiros, o designado “Project Athos” — que consiste no maior portefólio de imóveis de retalho em Portugal — está a ser trabalhado pela equipa de M&A do Santander.

O grupo retalhista francês entrou em Portugal em 1991 com a primeira loja em Cantanhede e é hoje uma das maiores retalhistas do país: tem perto de 300 lojas e mais de 14 mil trabalhadores. O Intermarché detinha uma quota de mercado de 7,7% em 2023, segundo a consultora Nielsen.

Por seu turno, a CBRE está a assessorar a Leadcrest, que no passado já adquirido alguns supermercados da Casino e que passaram este ano a ser Intermarché e que neste investimento em Portugal poderá tirar uma rentabilidade a rondar os 7% ao ano.

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KGSA, em parceria com uma fundação e um venture studio, lança o Game Changer da Economia Social

Parceria entre sociedade de advogados, uma Fundação de Solidariedade Social e um Venture Studio disponibiliza CHATBOT inédito e gratuito via whatsapp, para ajudar instituições de solidariedade.

A KGSA aliando as suas áreas de foco de tecnologia e da economia social, lança o primeiro chatbot criado por uma sociedade de advogados. Esta ferramenta, criada pela KGSA em parceria com a Fundação Unitate, Fundação de Solidariedade Social dedicada à inovação social e à capacitação de outras organizações sociais, e da Laika Ventures, um recém-criado Venture Studio focado no segmento inteligência artificial, é dirigida a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), encontrando-se disponível gratuitamente via WhatsApp, para facilitar acesso a informação essencial à sua gestão diária. Tudo isto numa conversa de whatsapp com o número de telemóvel do Guia.

Com esta parceria, as Instituições obtêm agora respostas a questões sobre requisitos da Segurança Social para estabelecimentos de apoio social, através de inteligência artificial, com base no livro “Guia das Exigências em Estabelecimentos de Apoio Social e IPSS”, da autoria de Gonçalo Simões de Almeida, sócio da KGSA. Este livro, criado em parceria entre a KGSA e a Fundação Unitate, simplifica e resume os requisitos regulamentares de diversos estabelecimentos de apoio social, e era considerado uma ferramenta essencial, que se encontra em cerca de duas mil instituições.

Minsait acelera a expansão da Inteligência Artificial nos seus processos de serviço interno e de clientes

“Agora com a inteligência artificial e respostas em segundos, oferece um acesso rápido e prático à informação essencial para o cumprimento destas normas de funcionamento, permitindo que estas Instituições se concentrem no trabalho solidário diário de inclusão e intervenção social”, segundo comunicado do escritório.

O serviço gratuito via WhatsApp inclui, nesta fase inicial, respostas para as seguintes respostas sociais: Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão; Centro de Atividades de Tempos Livres; Centro de Dia; Centro de Atendimento; Acompanhamento e Reabilitação Social para Pessoas com Deficiência ou Incapacidade; Creche; Estrutura Residencial para Pessoas Idosas; Lar Residencial; Residência Autónoma para Idosos; e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).

Ainda em fase de testes, este lançamento procura recolher métricas de utilização e opinião das Instituições sobre a utilidade deste método, quando comparado com o livro. São esperadas centenas de instituições a utilizar a ferramenta já nos próximos dias.

Gonçalo Simões de Almeida, sócio da KGSA e autor do livro, afirma: “Temos exemplos de importantes avanços na saúde acelerados pela inteligência artificial, faltava-nos um exemplo na solidariedade, agora estas instituições podem perder menos tempo a tentar perceber quantos metros quadrados tem de ter a sua receção e mais tempo a concretizar sonhos. E fica o exemplo, deste caminho que é sempre o melhor para tudo o que criamos, que é a solidariedade.”

Tiago Abalroado, Presidente da Fundação Unitate, defende: “Esta nova parceria está focada em criar ferramentas que tornem o trabalho das IPSS mais simples, permitindo que se concentrem no que realmente importa: seres humanos.”

Ricardo Macedo, Founder e CEO da Laika Ventures, acrescenta: “A inovação tecnológica é fundamental para resolver desafios práticos. Com este projeto, estamos a criar um impacto real no setor social e com isso a mostrar que a inteligência artificial não significa alterar o que fazemos, significa fazer melhor e, neste caso, com mais humanidade.”

Este serviço muda assim a forma como as instituições de apoio social acedem à informação regulamentar, numa das suas principais preocupações, com a qual se debatem diariamente com dúvidas ou apreensões, é por isso o game changer do sector da economia social, estando sempre disponível, na ponta dos dedos, para responder às suas necessidades.

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Falhas na emergência médica motivam queixa contra Portugal em tribunais internacionais

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica defende que o sistema de emergência médica de Portugal "não serve os interesses do país".

A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica vai apresentar queixa ao Tribunal de Justiça da UE e Tribunal Europeu dos Direitos Humanos por considerar que a emergência médica em Portugal não garante o direito à saúde previsto na Constituição.

Em comunicado, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) acusa de inércia os governos dos últimos anos e considera que o sistema que Portugal detém “contraria profundamente as mais basilares práticas e modos de gestão de qualquer Serviço Médico de Emergência, eficaz e focado no paciente”. Estas queixas surgem depois de, no fim de semana, o Governo ter anunciado uma auditoria interna ao INEM para avaliar as condições em que ocorreram duas mortes nos últimos dias por alegado atraso no atendimento na linha 112.

A auditoria interna, que deve estar concluída no prazo de um mês, irá também avaliar “os atrasos que estão a ser sentidos no atendimento de outras chamadas de emergência, numa altura em que os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar se encontram a realizar uma greve de zelo”.

O INEM já veio confirmar que a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH) está a afetar o normal funcionamento da linha 112, recomendando que as pessoas não desliguem as suas chamadas até serem atendidas. Na nota, emitida esta segunda-feira, a ANTEM salienta que a prestação de cuidados médicos de emergência carece de “educação apropriada, com profissionais altamente educados e treinados em Medicina Pré-Hospitalar” e que é “uma arte” bem diferente da prestação de socorro.

Recorda que a prestação de socorro é “reconhecida desde a década de 70 como insuficiente no que diz respeito a um sistema que se deseja organizado, funcional e eficaz” e lamenta que os sucessivos governos não tenham promovido “medidas reestruturantes ou quaisquer outras” para “minimizar os efeitos nefastos de um sistema desvirtuado, assente em interesses corporativistas e não no supremo interesse dos pacientes”.

Diz que o sistema de emergência médica de Portugal “não serve os interesses do país” por não garantir a obrigação constitucional de “direito à vida, direito à saúde com base da dignidade da pessoa humana”.

“Em alguns casos submetendo os cidadãos ao sofrimento por atraso e falta de cuidados médicos de emergência, culminando muitas vezes em internamentos de longa duração, mobilidade e morte”, afirma a ANTEM, acrescentando: “Em face da inércia para esta matéria por parte dos sucessivos governos, estão a ser elaboradas duas queixas, dirigidas ao Tribunal Europeu e ao Tribunal dos Direitos Humanos”.

A polémica com os serviços de emergência médica surgiu no fim de semana, quando o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) denunciou que duas pessoas tinham morrido nos últimos três dias por atrasos no atendimento na linha 112, considerando que as condições continuam a agravar-se “por escassez” de profissionais.

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Governo aumenta ainda mais o salário mínimo no Estado para 878 euros

A nova proposta também vai refletir o aumento mínimo de 56,58 euros na base remuneratória, o que faz elevar em três euros os 875 euros apresentados antes. Fesap disponível para assinar acordo.

O Governo da AD, liderado por Luís Montenegro, vai aumentar ainda mais o salário mínimo no Estado, em 2025, para refletir o incremento mínimo de 56,58 euros para ordenados até cerca de 2.620 euros mensais brutos, que foi proposto esta segunda-feira aos sindicatos representativos dos funcionários públicos. Assim, a nova versão do acordo prevê que a base remuneratória da Administração Pública (BRAP) suba para 878,41 euros: são mais 3,41 euros face ao valor de 875 euros apresentado anteriormente. Neste momento, a BRAP está nos 821,83 euros.

“Como o Governo atualizou o valor mínimo de aumento de 56,58 euros para todos os níveis remuneratórios até à posição 39”, que corresponde a um vencimento de 2.620,23 euros, “então também terá de atualizar a BRAP”, afirmou ao ECO o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap), José Abraão. O ECO confirmou junto de fontes ligadas ao processo que a BRAP vai mesmo subir para 878,41 euros mensais brutos.

De recordar que o Executivo reviu ligeiramente em alta a proposta de aumentos salariais para a Função Pública em 2025 e 2026: ordenados até 2.620,23 euros terão um aumento nominal de 56,58 euros, o que significa mais 1,32 euros face ao texto inicial; vencimentos superiores àquele patamar vão beneficiar de um incremento de 2,15% em vez dos 2,1% apresentados na primeira versão.

Tomada de posse dos Secretários de Estado do XXIV Governo Constitucional - 05ABR24
Marisa Garrido, secretária de Estado da Administração PúblicaHugo Amaral/ECO

Assim, a maioria dos funcionários públicos, cerca de 87% dos 750 mil que o Estado emprega, vai ter aumentos salariais acima da inflação prevista para 2025, de 2,3%. Ou seja, ordenados entre 869,84 euros e 2.457,57 euros terão um incremento, no próximo ano, entre 6,4% e 2,3%, resultante da valorização nominal de 56,58 euros que o Governo apresentou agora na contraproposta para 2025 e 2026.

Para além disso, “em 2027, o aumento salarial também avança para um mínimo de 60,52 euros” para ordenados até 2.620,23 euros “ou de 2,3%” acima daquele patamar, “tal como já estava previsto para 2028”, indicou o líder Fesap. De lembrar que, para 2027, a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, tinha proposto um incremento de 57,89 euros ou de 2,2%.

Depois de reunir o seu secretariado nacional, durante a tarde desta segunda-feira, a Fesap está “disponível para assinar o novo compromisso plurianual até 2028, uma vez que melhora o acordo atual”, revelou José Abraão. O pacto assinado com o Governo anterior, de António Costa, prevê aumentos mínimos acumulados de 208 euros, enquanto a nova proposta do Executivo da Aliança Democrática (AD) estabelece uma valorização de 234,20 euros, no conjunto dos quatro anos da legislatura, isto é, até 2028. De lembrar que, na versão inicial, o incremento proposta era de 226,31 euros.

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) ainda não tomou uma posição, mas também deverá subscrever o acordo. Já a Frente Comum, afeta à CGTP, já anunciou que irá ficar de fora à semelhança da decisão tomada relativamente ao acordo apresentado pelo anterior Governo socialista de António Costa.

Há ainda outras matérias que estão a ser negociadas nos bastidores com os sindicatos no que diz respeito ao calendário para a atualização das carreiras não revistas, ao alargamento do acelerador de progressões e a uma nova valorização das carreiras gerais de assistente operacional, assistente técnico e técnico superior, tal como o ECO já noticiou.

Ajudas de custo sobem entre 2 e 7 euros por dia

O texto que está a ser trabalhado pelo Executivo prevê ainda uma atualização das ajudas de custo, “que estão congeladas desde 2010”, segundo José Abraão. O Governo propõe, para o próximo ano, subir em 5% aqueles abonos diários, o que irá corresponder a aumentos entre cerca de dois e sete euros.

Trabalhadores em funções públicas a ganhar até 961,40 euros, o que corresponde ao nível oito da atual tabela remuneratória única (TRU), vão receber 49,20 euros por cada dia em que se encontram deslocados dentro do território nacional. Isto significa um aumento de 5% ou de 2,34 euros face aos 46,86 euros em vigor. Se o funcionários tiver que viajar para o estrangeiro, o subsídio diário passa de 111,88 euros para 117,47 euros, o que corresponde a uma atualização de 5% ou de 5,59 euros.

Funcionários a auferir entre 1.017,56 euros (posição nove) e 1.491,25 euros (posição 18) vão ter direito a uma ajuda de custo de 53,60 euros por cada dia de deslocação dentro de Portugal. Trata-se de um incremento de 5% ou de 2,55 euros face ao valor atual, de 51,05 euros. Se a deslocação for internacional, o abono sobe 5% ou 6,64 euros para 138,18 euros relativamente ao montante em vigor, de 131,54 euros.

Para ordenados superiores, isto é, a partir do nível remuneratório 19 (1.543,88), o subsídio diário sobe 5% ou 3,14 euros, passando de 62,75 euros para 65,89 euros, no caso de viagens em território português. Se a deslocação for para o estrangeiro, o abono diário aumenta para 156,36 euros, o que significa um aumento de 7,45 euros ou de 5% face ao montante atual, de 148,91 euros.

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Pedro Nuno Santos acusa Governo de se esconder atrás do Presidente da República

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

"Um Governo não se pode desculpar de não vir ao terreno com uma conversa, um acordo ou uma articulação com o senhor Presidente da República", sustentou o líder do PS.

O líder do PS acusou esta segunda-feira o Governo de se “esconder atrás do Presidente da República” para justificar a ausência de visitas aos bairros onde houve desacatos.

No final do dia que dedicou inteiramente a visitar bairros na Grande Lisboa, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre a notícia da TSF segundo a qual o Presidente da República e o Governo decidiram conjuntamente que seria Marcelo Rebelo Sousa a visitar os bairros do Zambujal e da Cova da Moura, na Amadora, na sequência da morte de Odair Moniz.

A cooperação entre o Governo, o primeiro-ministro e o senhor Presidente da República tem que existir e, obviamente, faz sentido conversarem, mas um Governo não se pode desculpar de não vir ao terreno com uma conversa, um acordo ou uma articulação com o senhor Presidente da República”, sustentou.

Para o secretário-geral do PS, “o Governo não se pode esconder atrás de um Presidente da República”. Apesar de valorizar a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Nuno defendeu que é “importante também que o Governo assuma as suas responsabilidades”.

“No final do dia quem tem mais recursos, mais meios para ajudar a promover a integração, a coesão é o Governo”, enfatizou. De manhã, no final da visita ao Bairro do Zambujal, Pedro Nuno Santos já tinha criticado aquilo que identificou como um padrão que representa a ausência de Luís Montenegro do terreno.

“Há diferentes formas de estar na vida política. Uma delas é chamarmos aos nossos gabinetes representantes das associações que estão no terreno. Outra forma é ir ao terreno, não só reunir com as associações, mas ter contacto com as populações”, apontou. Para o líder do PS, “são duas formas diferentes de estar na política e fazem toda a diferença” porque o trabalho enquanto políticos será mais bem feito quanto maior for “a capacidade de ouvir o outro”.

Aparentemente, o Governo concertou com o senhor Presidente da República a vinda exclusivamente do senhor Presidente da República que, no quadro das suas competências, vai aonde entende e a sua presença é muito importante, mas isso não exclui a importância de quem tem o poder executivo também estar no terreno”, afirmou.

Pedro Nuno Santos defendeu que se ganhava mais se Luís Montenegro e os seus ministros fossem para o terreno e visitassem estes bairros porque “este não é um fenómeno lateral, não é um tema menor”. “É um tema da máxima importância para a vida nas nossas áreas metropolitanas, era muito importante que os membros do Governo viessem ao terreno, conhecessem os bons exemplos, conhecessem aquilo que não corre bem para depois terem as políticas certas”, apontou.

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Digi promete preços mais baixos, mas serviço (ainda) é limitado

A empresa apresentou ofertas que podem ser combinadas em pacotes, ao gosto do consumidor, mas admitiu que ainda enfrenta algumas limitações. Não há rede no metro de Lisboa e só há 5G em zonas urbanas.

Serviços mais baratos, mas também mais limitados, são a proposta da Digi para os consumidores portugueses, pelo menos nesta primeira fase de lançamento. A empresa apresentou-se esta segunda-feira ao mercado português, metendo um ponto final em muitas das dúvidas que existiam sobre a sua oferta no país, nomeadamente os preços que vai praticar, mas suscitando outras (por exemplo, se há ou não canais da SIC na sua grelha de televisão).

Numa apresentação toda em inglês, três responsáveis da Digi vindos da Roménia e de Espanha revelaram que a empresa já investiu 400 milhões de euros em Portugal, incluindo os mais de 67 milhões de euros que aplicou na compra das licenças 5G, e que já tem 800 trabalhadores no país. Mas queixou-se de estar a enfrentar “barreiras” à sua entrada no mercado, incluindo estar há mais de um ano à espera de autorização para instalar antenas nos túneis do metro de Lisboa, onde, por ora, os seus clientes estarão impossibilitados de comunicar.

Ciente de que terá uma difícil tarefa pela frente na angariação de novos clientes, a Digi vai oferecer, até ao final deste ano e “sem compromisso”, um teste móvel gratuito com 75 GB de dados, com chamadas ilimitadas nacionais.

Quem ficar convencido, pode contratar o serviço móvel da Digi a começar nos 4 euros mensais por um cartão com 50 GB de dados, que acumulam e podem ser gastos até ao final do mês seguinte. De acordo com dados da Digi, 93% da população já está coberta com 2G e 4G, enquanto o 5G, que será disponibilizado a todos os clientes móveis gratuitamente, só chega a 40% da população, e exclusivamente em áreas urbanas.

Na fibra ótica, é possível contratar internet fixa com até 1 Gbps (gigabit por segundo) de velocidade por 10 euros por mês. A empresa promete disponibilizar velocidades até 10 Gbps em toda a rede ainda este ano, por 15 euros por mês. A contratação desta oferta pressupõe a permanência pelo prazo mínimo de três meses.

Valentin Popovicius, administrador da Digi na Roménia, e Marius Varzaru, CEO da Digi em EspanhaHugo Amaral/ECO

A Digi também vai ter uma grelha de televisão paga, disponível através de uma box, que, para já, terá funcionalidades básicas. A mensalidade é de 12 euros.

Estão disponíveis, para já, 60 canais, mas a empresa admitiu que, apesar de já ter acordo para distribuir os canais da TVI e da RTP, ainda não fechou contrato com a SIC. Ainda assim, não ficou claro se a Digi terá a SIC na grelha através da compra da Nowo. Futuramente será disponibilizada uma aplicação para ver televisão em dispositivos móveis.

Quem quiser ter telefone fixo poderá incluir esse serviço no pacote. Fica a mais um euro por mês, caso em que as chamadas são cobradas ao minuto. Chamadas ilimitadas ficam por dois euros mensais.

Em relação à Nowo, operadora que a Digi comprou em agosto por 150 milhões de euros, os responsáveis da operadora revelaram que a marca será totalmente integrada na Digi, não estando previstos despedimentos de trabalhadores. Os clientes da Nowo manterão a mesma oferta que têm atualmente.

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Conheça os próximos cursos da APS para profissionais dos seguros

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

Estas formações visam desenvolver competências técnicas e práticas, bem como atualizar os conhecimentos dos participantes. Confira aqui os detalhes de cada curso.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou um conjunto de cursos para novembro e dezembro voltados a temas como segurança no trabalho, seguros de engenharia e automóvel e estatística aplicada. Estas formações visam desenvolver competências técnicas e práticas, bem como atualizar os conhecimentos dos participantes. Confira os detalhes de cada curso:

  • Avaliação do dano na pessoa em acidentes de trabalho será online e arranca já esta terça-feira e termina a 7 de novembro. Decorre entre as 9h00 e 12h00 e será lecionado a avaliação médica do dano na pessoa no âmbito de acidentes de trabalho, visto que envolve “um conjunto de responsabilidades, requisitos e metodologias que não podem ser descurados pelos profissionais que com ela lidam”. Para mais informações e inscrição, aqui.
  • Seguros de Engenharia decorre nos dias 7, 8, 11 e 12 de novembro das 9h15 às 12h45 na sede da APS, Lisboa. O programa oferece “uma abordagem prática” sobre estes seguros, “integrando a teoria com casos reais e exemplos concretos”. “O curso foca-se nas especificidades dos seguros de Avaria de Máquinas, Construção e Montagem, permitindo que os participantes adquiram conhecimentos básicos sobre o do clausulado dos vários sub-ramos de Engenharia.“, refere a associação. Para mais informações e inscrição, aqui.
  • O Seguro Automóvel e a Regularização de Sinistros também decorre na sede da APS, nos dias 20 e 21 de novembro entre as 9h15 e 17h15. Este curso oferece uma visão completa sobre os aspetos teóricos e práticos da regularização de sinistros no setor de seguros automóveis. Os participantes irão aprofundar competências relativas aos protocolos que regulam a convenção de regularização de sinistros, com o objetivo de melhorar a eficácia e a agilidade na resolução de sinistros de automóveis. Para mais informações, aqui.
  • Power Query aplicada à criação de modelos de dados para relatórios dinâmicos no setor segurador será na sede da APS nos dias 21, 26 e 28 de novembro e 3 de dezembro entre as 17h30 e 20h30. Como indica o nome irá formar os participantes nas ferramentas de Power Query através de exemplos com ligação à área dos seguros, abordar formas de melhorar trabalhos já existentes, utilizá-la para obter dados de várias fontes, “trabalhá-los e gerar bases padronizadas de dados que permitam gerar informação útil num só clique” e promover a resolução de casos práticos na realidade dos seguros. Para mais informações, aqui.
  • Estatística e Atuariado para Não Atuários – Ramos Não Vida será lecionado com formador online nos dias 5, 6, 9 e 10 de dezembro das 9h15 às 13h00. Este curso introdutório a métodos estatísticos e atuariais aborda conceitos básicos aplicáveis ao setor segurador para os ramos não vida. Com ele, os participantes poderão compreender melhor as ferramentas atuariais essenciais para análise de dados. Para mais informações aqui.

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Presença de Guterres na Rússia não foi “uma fórmula feliz”, diz Rangel

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

O secretário-geral da ONU "tem de manter relações com qualquer parte, mesmo com as mais problemáticas, mas há muitas fórmulas de o fazer e de dar sinais", disse ainda o ministro no Parlamento.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, considerou esta segunda-feira que a presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na Rússia, para a cimeira dos BRICS, “não foi uma fórmula feliz”.

Durante a audição parlamentar conjunta nas comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública, dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus, no âmbito do Orçamento do Estado 2025 (OE2025), o deputado do PSD Bruno Ventura questionou o ministro sobre a deslocação de Guterres a Kazan, na Rússia, durante a cimeira dos BRICS (bloco das principais economias emergentes), em finais de outubro, quando este esteve ausente da cimeira da paz, organizada pela Ucrânia, na Suíça, em junho passado.

“Tenho sido um grande defensor do secretário-geral das Nações Unidas”, comentou Paulo Rangel, que considerou que o facto de Guterres “não ter ido à conferência de Zurique e depois ir ao encontro dos BRICS é algo que cria problemas”.

“Não foi uma fórmula feliz. Estou e estarei ao lado dele, como estive no passado”, sustentou o governante, ressalvando que a sua posição “não é uma crítica”. O secretário-geral da ONU, acrescentou, “tem de manter relações com qualquer parte, mesmo com as mais problemáticas, mas há muitas fórmulas de o fazer e de dar sinais”.

“Ou se vai a tudo ou então tem de se ter algum critério”, destacou. Ainda durante o debate no parlamento, já em resposta ao deputado socialista João Paulo Rebelo, que denunciou “campanhas de desacreditação das Nações Unidas e do seu secretário-geral”, Rangel mencionou ainda: “Acho que [António Guterres] deveria ter ido à cimeira de Zurique? Acho que devia. Preferia que tivesse ido”.

“Estou muito à vontade, porque tenho sempre defendido o secretário-geral. [Isto] não é criticá-lo, não é enfraquecê-lo”, continuou. “Não associo nenhuma crítica ao facto de ele ter ido aos BRICS. Era bom que tivesse havido também esse gesto com a Ucrânia”, reforçou. A deslocação de Guterres à Rússia, durante a qual se encontrou com o Presidente russo, Vladimir Putin, motivou críticas de Kiev, que recusou uma visita do líder das Nações Unidas à Ucrânia.

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Operadora espanhola MasOrange procura fornecedor exclusivo de seguros

  • ECO Seguros
  • 4 Novembro 2024

A companhia tem acordos com várias seguradoras. A sua intenção é simplificar esta estrutura para tornar o seu negócio mais eficiente ao gerir todas as apólices através de um único produtor. 

A operadora espanhola MasOrange está à procura de um parceiro para unificar o seu negócio de seguros e, por isso, autorizou a consultora PwC a iniciar um processo de seleção aberto a qualquer seguradora interessada em ser seu fornecedor exclusivo de apólices de seguro. Esta notícia foi avançada pelo jornal espanhol El Confidencial (acesso pago), numa altura em que a empresa aposta na introdução de novos produtos e otimização dos serviços (como os seguros) em resposta às dificuldades de crescer no mercado já saturado dos tarifários de telemóvel e internet cujo pouco crescimento vem da troca de operadora – batalha a ser ganha pela Digi – lançada esta segunda-feira em Portugal – pela sua estratégia de produtos low-cost.

A empresa de telecomunicações resultante da fusão da Orange e MásMóvil tem atualmente acordos com várias seguradoras. Do lado da Orange colabora com a Zurich e do lado da MásMóvel com a Caser. Ambas estão ainda associadas à Mapfre. A intenção do grupo é simplificar esta estrutura para tornar o seu negócio mais eficiente ao gerir todas as apólices através de um único produtor.

Estas seguradoras parceiras podem candidatar-se, mas o acordo pode ser assinado com outra companhia que ofereça condições mais vantajosas. Segundo o jornal espanhol, há várias empresas de peso interessadas em apresentar a sua candidatura.

Contactadas pelo jornal, fontes do mercado indicam que operadora pediu informações sobre o modelo de negócios e credenciais às interessadas para fazer uma lista de candidatos e, após selecionar a seguradora parceira, os parceiros pensarão em conjunto em que estrutura se realizará a operação. Entre as opções está a possibilidade de criar uma joint venture entre a operadora e a seguradora escolhida.

À frente da expansão do negócio além das telecomunicações, procurando precisamente a incorporação de novos produtos e otimização dos já existentes está o ex-diretor-geral do El Corte Inglés, Víctor del Pozo, contratado para o cargo de diretor-geral de Invocação, Alianças e Novos Serviços.

Importa notar que Orange e a MásMóvil ainda operam como marcas separadas mesmo após a fusão. Em conjunto, oferecem apólices de seguro para habitação, saúde, comércio, roubo de telemóveis ou quebra de ecrãs, entre outras. Após a seleção da seguradora, o objetivo é manter a atividade em todos estes segmentos.

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Governo britânico anuncia primeiro aumento de propinas universitárias em oito anos

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

As propinas universitárias atuais têm um teto de até 9.250 (11 mil euros), valor congelado desde 2017. Pedidos de vistos de estudo em agosto, o mês com maior procura, caíram 17%.

O custo das propinas universitárias no Reino Unido vai aumentar 2,7% no próximo ano letivo para 9.535 libras (11.336 euros) anuais, o primeiro aumento em oito anos, anunciou esta segunda-feira a ministra da Educação, Bridget Phillipson, no parlamento. As propinas universitárias atuais têm um teto de até 9.250 (11 mil euros), valor congelado desde 2017.

A comunicação social britânica noticiou que o valor deverá continuar a aumentar com a inflação, chegando às 10.500 libras (12.500 euros) anuais em 2029. O aumento das propinas foi anunciado dias depois de a ministra das Finanças, Rachel Reeves, apresentar um orçamento do Estado que prevê subida de impostos num valor estimado em 40 mil milhões de libras (47,6 mil milhões de euros).

A ministra da Educação sublinhou que a decisão visa “restabelecer a estabilidade do ensino superior, consolidar os seus alicerces e promover a mudança”, referindo que o valor foi recomendado pelo órgão regulador Gabinete do Estudante. A crise de financiamento das universidades britânicas causada pelo congelamento do valor das propinas foi agravada pela grande queda no número de estudantes estrangeiros, que pagam propinas mais elevadas do que os britânicos.

Esta quebra é o resultado de regras introduzidas pelo Governo anterior liderado pelo conservador Rishi Sunak que tornaram mais difícil para os estudantes internacionais trazerem as respetivas famílias para o Reino Unido com o objetivo de reduzir a imigração. Dados da Agência de Estatísticas do Ensino Superior indicam que os pedidos de vistos de estudo em agosto, normalmente o mês com maior procura, foram 17% mais baixos em 2024 do que em 2023.

Os estudantes internacionais de licenciaturas pagam propinas anuais de entre 11.400 e 38.000 libras (13.600 e 45.300 euros). Bridget Phillipson prometeu também publicar novas medidas neste setor nos próximos meses porque “o investimento só pode vir acompanhado da promessa de uma grande reforma”.

A contribuição do ensino superior para a nossa economia, para as nossas comunidades e para o nosso país deve crescer e reforçar-se. Para isso, é necessário que as universidades se esforcem mais por alargar as oportunidades aos estudantes desfavorecidos, tanto no que se refere à expansão do acesso como à melhoria dos resultados”, vincou. Em 2010, o aumento das propinas universitárias originou protestos violentos de estudantes.

Favorável à abolição das propinas universitárias quando se candidatou a líder do Partido Trabalhista, em 2020, o atual primeiro-ministro, Keir Starmer, recuou nessa promessa no ano passado devido à situação precária das finanças públicas, optando por dar prioridade ao sistema de saúde público. Desde 1998 que o sistema de propinas universitárias funciona como um empréstimo, o qual os estudantes ficam comprometidos a reembolsar de acordo com o rendimento após a conclusão do diploma.

Os licenciados começam a liquidar a dívida quando o rendimento anual bruto ultrapassar 25.000 libras (30.000 euros), pagando 9% da diferença entre o valor limite e o salário real, o que equivale normalmente a algumas dezenas de libras por mês. A dívida pendente no final de 40 anos é anulada pelo governo.

Segundo um relatório produzido pela Câmara dos Comuns (câmara baixa do parlamento), no final de março, o valor dos empréstimos pendentes era de 236 mil milhões de libras (281 mil milhões de libras).

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