Obras do metro de Lisboa com desvio de 500 milhões e atraso entre 18 e 30 meses, admite Governo

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

A secretária de Estado começou por reconhecer, na audição no Parlamento, que as notícias que tinha para dar aos deputados “não são boas, mas não são novidades”.

As obras do Metropolitano de Lisboa estão com atrasos entre 18 e 30 meses e um desvio financeiro de cerca de 500 milhões de euros, admitiu esta terça-feira a secretária de Estado da Mobilidade, garantindo, porém, a sua execução. Cristina Pinto Dias falava numa audição na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República, em Lisboa, a requerimento do PS, sobre “atrasos nas obras do metro de Lisboa”.

Na audição, a secretária de Estado começou por reconhecer que as notícias que tinha para dar aos deputados “não são boas, mas não são novidades”, garantindo, no entanto, que “não há reversões”, nem tão pouco haveria “utilização política dos dossiês”. “Todos os projetos que recebemos nesta pasta de transição são para executar […] e não tencionamos fazer política com o assunto. Mas, à data da tomada de posse deste Governo, os atrasos verificados nas obras são um desafio para o cumprimento do calendário de financiamento comunitário. Esta é a realidade”, afirmou.

De acordo com a responsável, os atrasos nos prazos de concretização das três linhas em questão, Amarela/Verde, Vermelha e Violeta, variam entre os 18 e os 30 meses e os desvios orçamentais estão próximos dos 500 milhões de euros, com risco de comprometer fontes de financiamento comunitário, “se nada fosse feito”.

A obra de expansão da linha Vermelha do Metropolitano de Lisboa abrange uma extensão de cerca de quatro quilómetros e quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara – e o prazo de execução da obra, com uma extensão de cerca de quatro quilómetros, que está definido em contrato é o final de 2026.

A estação de Alcântara fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao concelho de Oeiras (LIOS Ocidental). Em julho, o ministro das Infraestruturas disse, no parlamento, que o metro de Lisboa podia vir a falhar nos prazos para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas que mesmo assim seria mantida a prioridade na expansão da linha vermelha.

Em audição na comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, Miguel Pinto Luz disse que “o metro de Lisboa tem sido um desafio enorme” e que assumia “a possibilidade de falhar no PRR”, no recebimento de fundos europeus. Já anteriormente, o governante tinha dito que a litigância pode levar a que o metro de Lisboa falhe os prazos do PRR.

No início de agosto, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, adiantou que o Governo iria reapreciar projetos em risco de não serem concluídos no prazo estimado de forma a não serem perdidas as verbas do PRR. O financiamento do PRR prevê um investimento no metro de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a nova Linha Violeta (metro ligeiro de superfície), que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

Já a linha Circular, prevista inaugurar no segundo semestre de 2025, vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede e duas novas estações (Estrela e Santos), unindo as linhas Amarela e Verde num novo anel circular no centro de Lisboa. Além da construção de duas novas estações será remodelada a estação existente no Cais do Sodré. O investimento previsto na construção desta linha é de 331 milhões de euros.

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A melhor publicidade de Cannes começa a ‘rodar’ nos ecrãs da MOP

  • + M
  • 22 Outubro 2024

“O objetivo é levar para as ruas o melhor da publicidade mundial, mostrando que a criatividade pode transformar marcas e inspirar pessoas”, adianta Ana Paula Costa, representante Lions Festivals.

As campanhas premiadas na categoria Outdoor do Festival Cannes Lions vão começar, a partir desta semana, a ‘rodar’ em todos os ecrãs digitais da MOP, representante em Portugal dos festivais do Lions Festivals (Cannes Lions e Eurobest).

Sinceramente é uma ideia que já deveríamos ter realizado há mais tempo mas a verdade é que, com o surgimento dos formatos digitais, tudo se torna mais fácil”, refere Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado.

A MOP vai começar por divulgar os trabalhos da edição do Cannes Lions deste ano, mas o objetivo é criar um ciclo contínuo de exibição, dando destaque às melhores criações logo após ocorrerem os festivais Cannes Lions e Eurobest, explica a empresa.

As campanhas serão integradas numa moldura especial, que terá informações sobre o festival correspondente, destacando as peças e o contexto do prémio conquistado.

O objetivo é levar para as ruas o melhor da publicidade mundial, mostrando que a criatividade pode transformar marcas e inspirar pessoas”, adianta Ana Paula Costa, representante Lions Festivals.

 

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EDP aposta em tecnologia para reduzir tempo de instalação de parques solares em 50%

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

O projeto-piloto AutoPV pretende reduzir em metade o tempo de montagem de parques solares. Depois do teste em Espanha, o objetivo é alargar a tecnologia a outras fronteiras.

A EDP apresentou esta terça-feira uma tecnologia de automação de painéis solares no parque fotovoltaico de Peñaflor, em Valladolid. Esta tecnologia insere-se no projeto-piloto AutoPV e reduz em 50% o tempo de instalação dos painéis fotovoltaicos.

O investimento feito na operação robotizada é de 350 mil euros, como explicou a EDP ao ECO/Capital Verde. A tecnologia ficará encarregue de instalar 3 megawatts de capacidade dos totais 122 MW que estão previstos para o parque fotovoltaico, que entrará em operação no segundo semestre de 2025.

“Tratando-se de um piloto, o investimento nesta fase não é significativo. Significativo será o que esta tecnologia poderá representar para o desenvolvimento de renováveis”, indica a energética, que ambiciona “escalar” esta tecnologia para a “construção de parques solares a nível global”.

O projeto-piloto, desenvolvido pela EDP, utiliza a tecnologia de automação da empresa italiana Comau que se concretiza em duas fases. A primeira fase, denominada de hyperflex, composta por uma estação de pré-montagem dos painéis solares. A segunda fase consiste no transporte dos painéis por um veículo automatizado rover que posiciona as estruturas pré-montadas nos locais finais.

Segundo a energética portuguesa, esta tecnologia permite construir em metade do tempo as estruturas fotovoltaicas, diminui o risco de fraturas nas estruturas e nos painéis solares, o que evita custos elevados de reparação, substituição e manutenção. Além disso, esta tecnologia realiza as tarefas pesadas, como a elevação de tubos de torque com cerca de 90 quilos ou a elevação de painéis solares com cerca de 27 quilos cada.

A EDP explica que decidiu apostar nesta tecnologia uma vez que a montagem manual dos painéis tende a ser mais demorada e, assim, os operadores passam a realizar tarefas qualificadas e de precisão que exigem menos esforço físico, nomeadamente “programação, ajuste fino da estação” de montagem e operações manuais como o “aperto de parafusos [e] ajustes finais”, realizados por mecânicos.

Para além da Comau, em Espanha, a EDP investiu também na americana Terabase, uma tecnológica sediada em Berkley, na Califórnia, que permite da mesma forma automatizar a montagem de painéis solares. Desta forma, “a EDP tem acesso a várias soluções tanto na Europa quanto nos EUA”, explica a empresa.

Nos Estados Unidos, a aplicação desta tecnologia materializou-se através de um projeto-piloto realizado no Arizona, o único desta natureza “até à data”, explica a EDP. No total, foram instalados 17 MW de montagem de estruturas solares fotovoltaicas.

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Centro aprova mais 41,8 milhões de euros para reabilitar escolas

CCDR Centro diz que "já foram pagos 13 milhões de euros aos beneficiários municipais, o que significa que quase 10% do valor aprovado foi pago". 

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) aprovou mais seis candidaturas no valor de 41,8 milhões de euros para a reabilitação ou modernização de escolas dos 2.º e 3.º ciclos e secundário, no âmbito do processo de descentralização de competências. Ao todo, 36 escolas da região já têm luz verde para intervenções ao abrigo do aviso de concurso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), perfazendo um investimento total de 191 milhões de euros.

Segundo a CCDRC, “já foram pagos 13 milhões de euros aos beneficiários municipais, o que significa que quase 10% do valor aprovado já foi pago”.

Isabel Damasceno, na liderança desta comissão, considera que “a aprovação destas escolas vem reforçar a prioridade que a região atribui aos investimentos em educação”. Aliás, sustenta, “estas candidaturas respondem ao desafio lançado pelo nosso Governo de aprovar projetos com maior estado de maturidade”.

O Programa Escolas visa promover a construção, recuperação e reabilitação de 451 escolas dos 2.º e 3.º ciclos de todo o país até 2033, no âmbito do acordo setorial assinado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para a descentralização de competências da Administração Central para as autarquias.

A aprovação destas escolas vem reforçar a prioridade que a região atribui aos investimentos em educação.

Isabel Damasceno

Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional Centro (CCDRC)

As obras nas 451 escolas transferidas para os municípios do país deverão ser executadas até 2033, com fundos europeus e sem qualquer tipo de encargo para as autarquias. Segundo a CCDRC, “todos os investimentos a realizar deverão implementar medidas de eficiência energética, assegurando uma redução do consumo de energia primária em, pelo menos, 30%, cumprindo assim os compromissos assumidos de descarbonização e sustentabilidade”.

Este programa, que conta com um investimento global de 1.730 milhões de euros, tem previstas diferentes formas de financiamento: PRR, Programas Regionais do Portugal 2030, um empréstimo-quadro do Banco Europeu de Investimento (BEI) e através do Orçamento do Estado, detalha esta comissão.

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Portugal tem intenções de investimento “muito interessantes”, diz ministro da Economia

A fiscalidade e o licenciamento são os dois "grandes temas necessários para desbloquear o investimento em Portugal", identifica o ministro da Economia.

Portugal tem um pipeline de intenções de investimento “muito interessante”, com algumas operações em estado “muito avançado”, revelou esta terça-feira o ministro da Economia, Pedro Reis, que sublinhou que a diplomacia económica está a trabalhar muito com a Alemanha, França e Reino Unido.

“Este é um momento interessante para captar investimento em Portugal”, disse Pedro Reis, na abertura do congresso dos gestores portugueses, na Gulbenkian. “Temos um mundo volátil e o investimento em busca de amarração”, acrescentou.

A estratégia seguida por Portugal é “escolher duas ou três cadeias de valor e depois é rolo compressor”. “É essa a minha estratégia nos conselhos de competitividade” da União Europeia, acrescentou. Mas para que esta estratégia tenha sucesso é fundamental que a própria União Europeia defina um mapa e, independentemente da concorrência interna, seja definida uma leitura transversal”. Pedro Reis defende que a Península Ibérica tem “condições seletivas” e “cadeias de valor mais densificadas”, nas quais a UE deveria apostar, nomeadamente a energia, deixando para a Alemanha outro tipo de investimentos.

“Há um pipeline de investimento muito interessante com operações identificadas muitas avançadas, algumas com sinalização e cartas de conforto do Estado português”, revelou o ministro da Economia, justificando com o facto de haver uma genuína intenção de investir em Portugal”. Os “argumentos que chamam a atenção para Portugal foram reforçados e a isso se juntou a segurança da decisão de investimento”, precisou. “A matriz de decisão dos investidores tem a ver com safe harbours e, em todas, vejo Portugal”, acrescentou.

Pedro Reis avança que vê “um interesse muito focado” no alinhamento e pipeline existente de intenções de investimentos, nos “clusters verde e azul”. “Se soubermos ser competitivos e ágeis, nomeadamente na área do shipping e retrofitting, gestão dos pavilhões, materialização dos formulários, comunicação entre navios, portos e autoridades marítimas”, exemplifica, “isso depois conta para ver se somos ou não atrativos para o investimento.

Pedro Reis sublinhou que um outro cluster, que está a atrair as atenções dos investidores, “tem a ver com centros de serviços partilhados, que vão muito além dos data centers”. “É através dos centros de competência que estamos a ir buscar a indústria novamente”, disse.

Já nos setores do imobiliário e real estate os “países do Golfo têm demonstrado interesse em projetos de dimensão”. “É importante dar escala aos projetos e escala ao licenciamento em grandes áreas de reabilitação e desenvolvimento da cidade e do país”, sublinhou, recordando que foi precisamente esse o objetivo do primeiro-ministro quando em Braga anunciou a criação da Sociedade de Gestão Reabilitação e Promoção Urbana, a que o Governo dará o nome de Parque Humberto Delgado, e que “será o instrumento para pensar, projetar e ordenar o Arco Ribeirinho Sul nos municípios de Almada, Barreiro e Seixal”.

Um segundo pólo, o Ocean Campus, será entre o vale do Jamor e Algés, nos municípios de Lisboa e Oeiras, e o terceiro irá aproveitar os terrenos que serão libertados com o fim do atual aeroporto Humberto Delgado, nos municípios de Lisboa e Loures.

Reconhecendo que a fiscalidade e o licenciamento são os dois “grandes temas necessários para desbloquear o investimento em Portugal” – “nas reuniões intergovernamentais analisamos como resolver os custos de contexto”, conta –, Pedro Reis defende que se fosse possível “aprovar um pré-financiamento, com a definição das condições de investimento, o país poderia “ir muito para além dos parâmetros normais”.

Pedro Reis considera que a linha de mil milhões de euros, que recebeu recentemente luz verde de Bruxelas, é fundamental para apoiar grandes projetos de descarbonização. “É o nosso IRA, à nossa escala”, brincou numa analogia com o pacote de investimentos aprovado pelo Governo norte-americano principalmente para a descarbonização da sua economia.

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Área Metropolitana de Lisboa lança Centro de Competências em Cibersegurança

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

A Área Metropolitana de Lisboa lançou esta segunda-feira o Centro de Competência em Cibersegurança, inserido no PRR. O projeto pretende reforçar a segurança cibernética de mais de 450 empresas.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) lançou, na segunda-feira, o Centro de Competências em Cibersegurança, no Templo da Poesia, em Oeiras. O evento faz parte da primeira fase do projeto Ciber4ALL que pretende reforçar a segurança cibernética de mais de 450 entidades públicas e privadas.

O projeto pretende capacitar entidades públicas e as pequenas e médias empresas no domínio da cibersegurança, na utilização segura dos dados através da criação de condições físicas e tecnológicas para um modelo de coordenação da cibersegurança e da segurança da informação, segundo comunicado divulgado aos jornalistas.

O Centro de Competências em Cibersegurança (CCC) está inserido no projeto Ciber4ALL que tem como responsáveis a Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), a Câmara Municipal de Oeiras, a Universidade Autónoma de Lisboa e o Instituto Politécnico de Setúbal.

A iniciativa Ciber4ALL insere-se no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, de acordo com o mesmo comunicado, está prevista a sua finalização até ao final do primeiro trimestre de 2026.

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Universidade do Minho faz avanços na luta contra a malária e a leishmaniose

  • ECO
  • 22 Outubro 2024

Investigadores da Universidade do Minho identificaram 28 compostos ativos contra a malária e 15 contra a leishmaniose. O próximo passo do projeto PuryMal é testar os compostos em animais.

Uma equipa de cientistas da Universidade do Minho procura desenvolver um fármaco eficaz na luta contra a malária e a leishmaniose. No laboratório, os especialistas já contam com 28 compostos ativos eficazes contra a malária e 15 contra a leishmaniose.

Estes avanços científicos “são importantíssimos, pois uma das maiores ameaças de saúde pública é o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos fármacos”, explica Maria Alice Carvalho, professora e membro da equipa do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) em comunicado divulgado pela universidade.

A instituição indica que a resistência dos parasitas destas doenças aos fármacos diminui a sua eficácia. Acrescenta ainda que a leishmaniose e a malária colocam em risco cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nas zonas tropicais, e provocam milhares de mortes por ano, afetando principalmente as crianças com menos de cinco anos, que representam cerca de 80% das vítimas por malária.

O projeto PuryMal teve início há três anos e os cientistas do Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) estimam que ainda pode demorar mais dez anos.

O próximo passo do projeto são os estudos em animais para comprovar a eficácia e avaliar a segurança dos compostos para os humanos. Os compostos, no caso da malária, são de estirpes resistentes e não resistentes, com baixa toxicidade para testes em animais, assegura o comunicado.

Este projeto é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e tem como parceiros o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

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Caso BES/GES. “Estouraram com mais de 20 mil milhões! Isto é uma coisa extraordinária”, diz Fernando Ulrich

  • ADVOCATUS
  • 22 Outubro 2024

O chairman do BPI, Fernando Ulrich, foi ouvido esta terça no julgamento do BES. Chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES.

Fernando Ulrich chegou perante o coletivo de juízes e a magistrada do Ministério Público – no âmbito do processo BES – e começou a criticar o julgamento. “Eu pedia-lhe que respondesse às perguntas. A relevância ou não há-de ser aferida pelo tribunal”, respondeu desde logo a juíza Helena Susano.

Da parte da tarde foi a vez de ser ouvido o presidente do conselho de administração do BPI (chairman), Fernando Ulrich. O banqueiro, então presidente executivo do BPI, chegou a defender publicamente que as autoridades deviam ter atuado mais cedo face aos problemas no GES. Ulrich visou, nomeadamente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Banco de Portugal (BdP) e o Governo, acrescentando que essa ação deveria ter chegado ainda em 2012, a fim de tentar evitar o que viria a ser a ruína do grupo.

Fernando Ulrich, Presidente do BPI .Paula Nunes

Ulrich falou agora sobre os sucessivos aumentos de capital do BES, com a magistrada do MP a querer saber se, na perspetiva de Fernando Ulrich, os sucessivos aumentos de capital que o BES fez eram “sinal de vitalidade”. “Se considerarmos o início de 2013 e olharmos para o período entre 2000 e 2012 — esta era uma análise que costumávamos fazer. A questão da reputação dos bancos era uma grande prioridade e eu, na apresentação de resultados, apresentava sempre um slide em que o título era ‘os bancos não são todos iguais’ e um dos quadros era o montante dos aumentos de capital dos principais bancos e o montante dos dividendos distribuídos. E o que se vê é que a CGD, BCP e BES fizeram mais aumentos de capital do que pagaram dividendos”, respondeu.

“O que é que interessa o que me está a perguntar quando estouraram 18 mil milhões de euros?”, perguntou ainda o chairman do BPI. A magistrada continua a perguntar pelas relações de empréstimo do BPI à ESI, que é também arguida neste processo. Mas Fernando Ulrich volta a criticar Ministério Público: “Assim nunca vamos chegar a lado nenhum. Isto é de tal maneira monstruoso. O que é que interessa o que me está a perguntar [empréstimo de 100 milhões de euros] quando estouraram 18 mil milhões de euros? A resposta é sim, mas de que é que isso adianta?”, questionou. Dizendo ainda que “não sou eu que estou a ser julgado, nem o BPI. Essa pergunta serve para quê?”

O Ministério Público quis saber mais pormenores sobre as ligações entre o BPI e as empresas do GES mas Fernando Ulrich avisou logo que não ia responder a algumas questões: “Amanhã levo com um processo por violação do segredo bancário”.

A conversa que teve com o governador do Banco de Portugal em 2013 também foi falada pelo chairman, sublinhando que o que o “preocupava era as consequências que esta situação do GES pudessem vir a ter no BES e que isso gerasse um problema sistémico” e que pusesse todos “em perigo como veio a acontecer”. “Estouraram com mais de 20 mil milhões! Isto é uma coisa extraordinária”, defende.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Ninguém arrisca prever quando termina este julgamento, pois envolve 18 arguidos, sete empresas, 733 testemunhas, 135 assistentes e mais de 300 crimes. Um megaprocesso que já vai nos 215 volumes após uma acusação com mais de quatro mil páginas. Este que já é o maior processo judicial da história da justiça portuguesa juntou no processo principal 242 inquéritos, (que foram sendo apensados) e reuniu queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Devido à vastidão de crimes, arguidos, assistentes, testemunhas, factos e documentos que integram este caso, o processo informático do BES tem oito terabytes de informação, correspondente a muitos milhares de ficheiros.

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BES: Defesa de Salgado nega que ex-banqueiro tenha tentado comprar Marcelo

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

O advogado de Salgado negou que o ex-presidente do BES tenha tentado comprar Marcelo Rebelo de Sousa, conforme declarou o falecido empresário Pedro Queiroz Pereira.

O advogado de Ricardo Salgado negou esta terça-feira que o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) tenha tentado comprar Marcelo Rebelo de Sousa, conforme declarou o falecido empresário Pedro Queiroz Pereira, cujo testemunho de 2018 foi esta terça-feira reproduzido em tribunal.

Em declarações aos jornalistas na interrupção para almoço do julgamento do processo BES/GES, Francisco Proença de Carvalho não quis fazer muitos comentários às palavras do antigo líder da Semapa, por este já ter morrido (em agosto de 2018), mas rejeitou a ideia expressa por Pedro Queiroz Pereira e considerou a tese “uma fantasia”, descartando também qualquer ameaça do ex-banqueiro ao então governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Segundo o advogado, Ricardo Salgado “não ameaçou ninguém, e não comprou ninguém, muito menos o Professor Marcelo Rebelo de Sousa. O que está ali dito é puramente uma novela, não tem nada de factual”, considerou.

Francisco Proença de Carvalho criticou ainda o Ministério Público por gostar de “depoimentos que não têm confrontação” que resultam em “‘soundbites‘ e insultos”, defendendo que “um processo judicial não se faz dessa forma”.

Um processo criminal faz-se de factos. Para os jornalistas, são importantes as novelas, mas faz-se de factos, não de ‘soundbites‘. Factos efetivamente comprovados. Além de opiniões, não existe nada”, concluiu.

Na reprodução do depoimento de Pedro Queiroz Pereira ao Ministério Público (MP), em janeiro de 2018, o empresário acusou Ricardo Salgado de comprar Marcelo Rebelo de Sousa entregando trabalho jurídico do BES à antiga companheira do atual Presidente da República, Rita Amaral Cabral, após a relação entre ambos se ter deteriorado com alguns comentários públicos do antigo líder social democrata sobre o BES.

“O doutor Salgado fez o seguinte: pega no Departamento Jurídico e manda entregar trabalhos de cobrança à doutora Rita Amaral Cabral, que tem um escritório de advocacia. Para quê? Para recuperar a relação com o professor Rebelo de Sousa. Se for, por exemplo, ao escritório da doutora Rita Amaral Cabral, mais de metade ou 60% do trabalho era o BES que dava. Era uma forma de comprar o Professor Rebelo de Sousa”, afirmou o industrial falecido em 2018.

O julgamento prossegue agora de tarde com a inquirição do presidente do conselho de administração do BPI, Fernando Ulrich.

O antigo presidente do BES, Ricardo Salgado, é o principal arguido do caso BES/GES e responde em tribunal por 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014.

Entre os crimes imputados contam-se um de associação criminosa, 12 de corrupção ativa no setor privado, 29 de burla qualificada, cinco de infidelidade, um de manipulação de mercado, sete de branqueamento de capitais e sete de falsificação de documentos.

Além de Ricardo Salgado, estão também em julgamento outros 17 arguidos, nomeadamente Amílcar Morais Pires, Manuel Espírito Santo Silva, Isabel Almeida, Machado da Cruz, António Soares, Paulo Ferreira, Pedro Almeida Costa, Cláudia Boal Faria, Nuno Escudeiro, João Martins Pereira, Etienne Cadosch, Michel Creton, Pedro Serra e Pedro Pinto, bem como as sociedades Rio Forte Investments, Espírito Santo Irmãos, SGPS e Eurofin.

Segundo o MP, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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FCB e Mansarda unem-se em campanha de apoio aos artistas seniores portugueses

  • + M
  • 22 Outubro 2024

Branca de Neve, Thor, Pinóquio ou Capuchinho Vermelho são algumas das personagens cujas versões envelhecidas ilustram a campanha, através de uma "abordagem criativa e lúdica".

A FCB Lisboa e a Mansarda uniram esforços no lançamento de uma campanha digital que visa alertar para a importância de apoiar os artistas portugueses no seu envelhecimento.

Através de uma “abordagem criativa e lúdica“, a campanha “tira partido de uma tendência digital, utilizando memes de personagens conhecidas com idades alteradas, para destacar o inevitável: todos envelhecemos, inclusive os nossos artistas“, refere-se em nota de imprensa.

Queremos fazer com que as pessoas parem para refletir sobre aqueles que tanto contribuíram para a nossa cultura e imaginação, mas que, por trás das histórias que nos contam, são seres humanos que também enfrentam os desafios da velhice”, explica Edson Athayde, CEO da FCB Lisboa, citado em comunicado.

Lançada em outubro – o mês do idoso – a campanha tem como objetivo “sensibilizar a sociedade para a criação de um espaço moderno destinado a artistas que, ao atingirem uma idade avançada, necessitem de apoio e acolhimento”.

“A Mansarda mantém-se empenhada na concretização deste projeto, e esta campanha é parte de um esforço maior para, num futuro próximo, assegurar que os artistas seniores tenham dignidade, tranquilidade e conforto, em reconhecimento pela sua contribuição para a cultura e identidade do país”, refere-se em nota de imprensa.

Neste sentido, a instituição particular de solidariedade social (IPSS) com fins sociais, culturais e cívico encontra-se a liderar um projeto de construção de uma “casa que sirva de abrigo para os artistas portugueses, proporcionando-lhes um refúgio em momentos de necessidade”. A campanha, presente nas plataformas digitais, “convida o público a consciencializar-se e a contribuir para esta causa, seja através de donativos ou pela sua divulgação”.

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Acesso de 20 mil crianças ao pré-escolar deve incluir privados e IPSS, defende ministro da Educação

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

"Os alunos que são excluídos deste ensino vão ter um percurso escolar pior do que aqueles que tiveram acesso", afirmou Fernando Alexandre.

O ministro da Educação disse esta terça-feira que o acesso ao ensino pré-escolar, cuja escassez de vagas afeta 20 mil crianças no país, “não pode ser feito” só com a rede pública e deve incluir privados e setor social.

“Estamos a falar de um ensino que é absolutamente essencial para garantir a igualdade de oportunidades. Os alunos que são excluídos deste ensino [pré-escolar] vão ter um percurso escolar pior do que aqueles que tiveram acesso”, afirmou aos jornalistas Fernando Alexandre, à margem da visita à Escola EBI/JI de Montenegro, no concelho de Faro.

No Algarve, “são mais de 1.000 alunos que estão inscritos [no ensino pré-escolar] e que não conseguem vaga” e, no país todo, esse número “é na ordem dos 20.000”, especificou o ministro, em relação à escassez de vagas. Nesse sentido, prosseguiu, o Governo pretende usar os instrumentos e medidas necessárias para que o acesso ao pré-escolar, “uma condição essencial para a igualdade de oportunidades”, seja garantido.

“E isso não é feito, não pode ser feito, infelizmente, apenas com a rede pública, tem de ser feito com o setor privado, com o setor solidário, que fazem um bom trabalho. E, por isso, o que nós temos de dar é os incentivos para que o aumento da oferta, a abertura de salas, se faça onde ela faz falta”, frisou Fernando Alexandre.

O ministro da Educação recordou que um dos anúncios feitos no domingo pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, no encerramento do 42.º Congresso do PSD, “foi precisamente em relação a um conjunto de medidas para aumentar a oferta do pré-escolar”. Em causa, está “a melhoria da comparticipação por sala de aula para as instituições solidárias, as chamadas IPSS [instituições particulares de solidariedade social], e também para as instituições privadas”, precisou.

Em Braga, o primeiro-ministro anunciou que o Governo vai testar novos contratos de associação com privados e setor social no ensino pré-escolar e rever os programas do ensino básico e secundário, incluindo a disciplina de Educação para a Cidadania. Na visita de hoje à Escola EBI/JI de Montenegro, integrada num agrupamento escolar que conta com estudantes de 25 nacionalidades diferentes, Fernando Alexandre sublinhou a importância das estratégias de integração de alunos imigrantes.

“Aqui temos um grupo de língua portuguesa não materna de mais de 50 alunos, sendo que 30 desses estão num nível ainda muito básico do português. E isto coloca em causa todo o processo de ensino e aprendizagem. Por isso, temos de ter estratégias para que os alunos sejam bem-sucedidos e para que a nossa política de imigração seja também bem-sucedida. Porque, sem a integração e sucesso escolar destes alunos, nós não vamos poder ter uma política de imigração bem-sucedida”, referiu.

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Hotelaria faz balanço positivo do verão, com ocupação de 81% e maior preço médio

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

O preço médio por quarto fixou-se nos 172 euros a nível nacional, surgindo o Algarve na liderança, com 227 euros, seguido do Alentejo e da Grande Lisboa, com 195 euros e 193 euros.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) fez esta terça-feira um balanço positivo do verão, quando a taxa de ocupação foi de 81% e preço médio por quarto subiu para 172 euros, “consolidando a posição mesmo junto do mercado interno”. Os resultados do inquérito “Balanço verão 2024” da AHP (relativos ao período entre junho e setembro) contrariam, segundo o presidente da associação, a ideia de que os preços elevados tinham levado a um afastamento dos portugueses do Algarve.

“Os portugueses contribuíram para os números do Algarve, assim como contribuíram, também, os ingleses, os alemães e, agora, os americanos”, afirmou Bernardo Trindade. A este propósito, o dirigente associativo destacou a importância do crescimento a sul do mercado americano, dado o seu grande “poder aquisitivo” e ao facto de, historicamente, se relacionar diretamente com as cadeias hoteleiras, removendo intermediários e permitindo maiores ganhos aos estabelecimentos.

“Há uma conjugação de fatores que nos obriga a olhar para estes números com satisfação. O Algarve teve um bom verão, que foi sentido um pouco por todo o país, e isso, obviamente, deixa-nos satisfeitos”, resumiu Bernardo Trindade. Segundo os dados da AHP, entre junho e setembro a taxa de ocupação da hotelaria nacional foi de 81%, destacando-se as regiões dos Açores e da Madeira, com uma ocupação de 91%.

Seguiram-se o Algarve, com 85%, e a Grande Lisboa e Península de Setúbal, com 84%, enquanto a região Norte registou uma taxa de ocupação de 76% e o Alentejo fechou o verão com 72% Já as regiões com as taxas de ocupação mais baixas foram o Oeste e Vale do Tejo e o Centro, com 62% e 70%, respetivamente.

No que se refere ao preço médio por quarto, fixou-se nos 172 euros a nível nacional, surgindo o Algarve na liderança, com 227 euros, seguido do Alentejo e da Grande Lisboa, com 195 euros e 193 euros, respetivamente. Relativamente à estada média dos turistas, foi de 3,1 noites a nível nacional, tendo as regiões da Madeira e do Algarve liderado ao registar 5,4 noites e 4,8 noites, respetivamente.

Os Açores, com 3,4 noites, também ficaram acima da média, enquanto noutras regiões, como a Grande Lisboa e o Centro, a estada média foi de 2,7 noites, e no Alentejo e Península de Setúbal foi de 2,6 e 2,5 noites, respetivamente. Já o Oeste e Vale do Tejo apresentou a estada média mais baixa, de duas noites.

Questionados sobre os proveitos totais no período do verão, 75% dos inquiridos pela AHP reportaram resultados melhores ou muito melhores do que no ano passado, enquanto 17% apontaram resultados piores ou muito piores. Especificamente no mês de setembro, a AHP destacou a performance registada pela hotelaria na segunda quinzena, impulsionada pela realização de “grandes eventos internacionais que ajudaram a impulsionar os resultados de ocupação e preço”.

Quanto aos mercados emissores, a associação nota que o mercado interno foi apontado com um dos três primeiros por 73% dos inquiridos, ocupando o Reino Unido (53%) e os Estados Unidos (51%) os segundo e terceiro lugares, “consolidando o mercado americano como um dos mais relevantes para o setor hoteleiro nacional”.

O mercado espanhol foi referido por 44% dos inquiridos, seguido da Alemanha, mencionada por 25%, tendo o mercado francês perdido força, sendo incluído no ‘top 3’ por apenas 19% dos inquiridos. No que se refere aos canais de reserva, a associação apontou a “dominância das plataformas ‘online’”, com a Booking a ser mencionada por 96% dos inquiridos, seguindo-se os ‘websites’ próprios (78%) e as agências de viagens (43%).

Com um intervalo de confiança de 95% e uma margem de erro de 4,89%, o inquérito da AHP foi realizado entre 01 e 14 de outubro junto de 343 empreendimentos turísticos associados, localizados no Norte (11%), Centro (7%), Oeste e Vale do Tejo (8%), Grande Lisboa (38%), Península de Setúbal (3%), Alentejo (7%), Algarve (11%), Açores (7%) e Madeira (8%).

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