Sonae Sierra quer ficar com 100% dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama

  • ECO
  • 30 Outubro 2024

Depois do NorteShopping, a Sonae Sierra avança agora para o controlo exclusivo dos dois centros comerciais lisboetas.

A Sonae Sierra, através do Fundo Sierra Prime, pretende ficar com o controlo exclusivo dos centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, segundo uma nota da Autoridade da Concorrência, notificada esta quarta-feira pela empresa.

“Torna-se público que a Autoridade da Concorrência recebeu, em 24 de outubro de 2024, uma notificação prévia de uma operação de concentração de empresas (…). A operação de concentração consiste na aquisição, pela Sonae Sierra, SGPS, S.A. (“Sierra”), indiretamente, através de participada, do controlo exclusivo sobre as sociedades Centro Colombo – Centro Comercial, SA e Centro Vasco da Gama – Centro Comercial, SA (“Centros Comerciais Colombo e Vasco da Gama”)”, refere a AdC em comunicado.

A operação de aquisição dos dois centros comerciais lisboetas por parte da Sonae Sierra junta-se à do NorteShopping, conforme noticiado pelo ECO no início de outubro, numa ação cujo objetivo passa por reforçar “a estratégia de investimento deste fundo em ativos prime de alta qualidade”. O portefólio do Sierra Prime inclui ainda o CascaiShopping (100%) e dois ativos em Málaga, o Plaza Mayor (100%) e o McArthurGlen Designer Outlet Málaga (50%).

Em fevereiro de 2020, a Sonae Sierra e o fundo de pensões holandês APG acordaram a venda de 50% do Sierra Fund aos grupos seguradores Allianz e Elo. Envolvendo seis centros comerciais na Península Ibérica com um valor bruto de ativos a exceder os 3.000 milhões de euros – incluindo o Centro Colombo e Centro Vasco da Gama – a transação garantiu na altura um encaixe aproximado de 525 milhões de euros aos vendedores.

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Número de startups em Portugal cresce 16% num ano para 4.719

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

As mais de 4 mil startups registam receitas de 2.602 milhões de euros, segundo dados preliminares do estudo desenvolvido pela IDC e pela Informa D&B, em parceria com a Startup Portugal.

Portugal conta este ano com 4.719 startups, mais 16% do que no ano passado, que apresentaram um volume de negócios combinado de 2.602 milhões de euros, segundo dados de um inquérito hoje divulgado pela Startup Portugal.

Estas são alguns dos primeiros dados do relatório “Mapping Portugal’s Startup Landscape 2024”, desenvolvido pela IDC e pela Informa D&B, em parceria com a Startup Portugal, hoje apresentados e que registam que a comunidade deste tipo de empresas “continua a crescer”.

“Depois de uma subida de 11% em 2023 (em relação a 2022), em 2024 volta a verificar-se uma subida de 16% no número de startups, evidenciando um ambiente fértil para a inovação e a criação de novos negócios em Portugal”, regista o documento hoje divulgado.

Face ao ano anterior, a remuneração média mensal dos trabalhadores das startups em Portugal subiu 17%, para perto de 2.000 euros, um valor que os promotores do estudo assinalam ser cerca de 72% acima da média nacional.

Em termos de exportações, as startups representaram este ano 1,4% das exportações totais portuguesas em 2023.

Quanto à evolução do número de startups em atividade, 651 deixaram de o ser — seja por extinção, atividade há mais de 10 anos ou por assumir o estatuto de grande empresa —, enquanto 1.297 ganharam este estatuto.

Os resultados completos do estudo serão divulgados a 6 de novembro.

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Governo português pede cuidados de segurança redobrados em Moçambique

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

Os cidadãos portugueses em Moçambique devem evitar "ajuntamentos" e ter "medidas de precaução adequadas atendendo à possibilidade de constrangimentos no acesso a serviços e comércio".

O Governo português atualizou esta quarta-feira o aviso emitido no passado dia 25 aos cidadãos nacionais que se encontram em Moçambique para evitarem ajuntamentos e manterem cuidados de segurança redobrados, face à agitação social vivida naquele país.

“Face à instabilidade social que se tem verificado em algumas cidades moçambicanas, reitera-se a recomendação para que os cidadãos portugueses em Moçambique evitem ajuntamentos populares e mantenham cuidados de segurança redobrados”, lê-se na nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, disponível no Portal das Comunidades Portuguesas.

No aviso acrescenta-se que “para o período compreendido entre 31 de outubro e 07 de novembro, recomenda-se a tomada de medidas de precaução adequadas atendendo à possibilidade de constrangimentos no acesso a serviços e comércio. Recomenda-se, igualmente, que sejam devidamente ponderadas e preparadas eventuais deslocações”.

O ministério acrescenta que, em caso de necessidade, estes portugueses poderão contactar os números de emergência consular dos Consulados-Gerais de Portugal na Beira e em Maputo, bem como o Gabinete de Emergência Consular em Portugal. Semelhante alerta foi divulgado pela Escola Portuguesa de Moçambique (EPM-CELP) na sua página na rede social Facebook.

Invocando “razões de segurança” a EPM-CELP anuncia que todos os seus serviços estarão em modo de trabalho remoto entre 31 de outubro e 08 de novembro, inclusive. Nesse sentido, as aulas serão lecionadas em regime online, através da plataforma Teams. “A Direção (da EPM-CELP) fará um acompanhamento diário da situação e, em caso de necessidade, emitirá novo comunicado”, conclui o comunicado.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique anunciou na passada quinta-feira a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder desde 1975) na eleição a Presidente da República de 9 de outubro, com 70,67% dos votos.

Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos, extraparlamentar), ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas afirmou não reconhecer estes resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo CC. A Frelimo reforçou ainda a maioria parlamentar, passando de 184 para 195 deputados (em 250), e elegeu todos os 10 governadores provinciais do país.

Além de Mondlane, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, atual maior partido da oposição), Ossufo Momade, um dos quatro candidatos presidenciais, disse que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela CNE e pediu a anulação da votação.

Na quinta-feira passada, o candidato presidencial Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), recusou igualmente os resultados, considerando que foram “forjados na secretaria”, e prometeu uma “ação política e jurídica” para repor a “vontade popular”.

Mondlane começou por convocar uma “paralisação geral” de protesto contra os resultados anunciados pela CNE, mas, após o assassínio de Elvino Dias, seu advogado, e Paulo Guambe, mandatário do partido Podemos, que o apoia, chamou os seus apoiantes para as ruas, dando-se, assim, início a confrontos entre manifestantes e a polícia em vários pontos do país, com mortos, feridos e detidos.

O Centro de Integridade Pública (CIP), uma organização não-governamental moçambicana que monitoriza os processos eleitorais, estima que dez pessoas morreram, dezenas ficaram feridas e cerca de 500 foram detidas, no contexto dos protestos e confrontos durante a greve e manifestações de quinta e sexta-feira, que se sucederam a iguais confrontos violentos em 21 de outubro.

Venâncio Mondlane convocou novas paralisações e protestos pelo período de uma semana a partir de quinta-feira, a culminar com uma manifestação nacional a 07 de novembro em Maputo.

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Governo britânico aumenta impostos sobre mais-valias, heranças e da Segurança Social

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Outubro 2024

Contribuições das empresas para a Segurança Social vão ser a maior fonte de receita para “tapar” o buraco de 22 mil milhões de libras nos cofres do Reino Unido.

Poucos dias depois de assumir a pasta das Finanças no primeiro Governo liderado pelo Labour em quase 15 anos, Rachel Reeves afastava o aumento de impostos como o IVA, o IRS ou da Segurança Social. Mas, logo no início da apresentação do “Orçamento de outono” nesta quarta-feira, a chanceler anunciou o que já vinha sendo avançado pela imprensa britânica: uma subida de impostos em 40 mil milhões de libras.

Qualquer chanceler, perante a realidade, teria de fazer o mesmo se quisesse ser “responsável” e “reconstruir os serviços públicos”, alegou a ministra das Finanças do Reino Unido, no discurso diante da Câmara dos Comuns. A realidade, segundo Reeves, é que o Executivo trabalhista “herdou” dos sucessivos governos do Partido Conservador “um buraco negro de 22 mil milhões de libras” nos cofres públicos.

Uma das primeiras medidas apresentadas foi o aumento das contribuições para a Segurança Social pagas pelas empresas: dos atuais 13,8%, a taxa aplicada vai subir para 15% a partir de abril do próximo ano. Além disso, o escalão secundário a partir do qual a contribuição é paga vai diminuir de 9.100 para 5.000 libras.

A ministra Rachel Reeves avançou que esta decisão vai permitir angariar 25 mil milhões de libras por ano para os cofres do Estado, prometendo, porém, uma “proteção” para as empresas mais pequenas, com o aumento de 5.000 para 10.500 libras do limiar do subsídio que dá às empresas a possibilidade de reduzir os encargos com a contribuição para a Segurança Social.

Outro imposto que vai ser aumentado é o que incide sobre as mais-valias, designadamente a taxa mais baixa, que vai subir de 10% para 18%, e taxa mais elevada, de 20% para 24%. Na venda de imóveis residenciais, o imposto sobre as mais-valias permanece em 18% (taxa mais baixa) e 24% (taxa mais alta). Apesar da subida, “o Reino Unido continuará a ter a taxa de imposto sobre as mais-valias mais baixa de qualquer economia europeia do G7”, afirmou Reeves.

No que toca ao imposto sobre o rendimento, cujos escalões se esperava que permanecessem congelados além de 2028, Reeves surpreendeu ao anunciar que, a partir desse ano, os limites serão atualizados de acordo com a inflação. “Tendo considerado esta questão de perto, cheguei à conclusão de que a extensão do congelamento dos escalões prejudicaria os trabalhadores e retiraria mais dinheiro dos seus recibos de vencimento”, sustentou, defendendo que está a “cumprir todas as promessas fiscais” inscritas no manifesto eleitoral do Partido Trabalhista.

Já o imposto sobre os combustíveis vai, afinal, manter-se congelado por mais um ano com a atual redução de 5 cêntimos por litro, contrariando as informações avançadas por alguns jornais. Trata-se de um “compromisso substancial”, justificou a chanceler, por considerar que teria sido errado aumentá-lo enquanto a crise do custo de vida se mantiver num contexto de incerteza global.

Também ao contrário do que tinha sido avançado, o Governo liderado por Keir Starmer vai prolongar o congelamento do limiar do imposto sobre as heranças por mais dois anos, até 2030. Significa que as primeiras 325.000 libras de qualquer património não serão sujeitas a impostos, um valor que aumenta para 500.000 libras se o património incluir uma residência transmitida a descendentes diretos, e para um milhão quando um subsídio isento de impostos é transmitido a um cônjuge sobrevivente ou parceiro civil, explicou Reeves.

Adicionalmente, o imposto sucessório vai ser aplicado a pensões herdadas a partir de abril de 2027, enquanto as isenções aplicadas à herança de propriedades agrícolas e propriedades comerciais vão sofrer alterações: a partir de abril de 2026, só ativos empresariais e agrícolas combinados até um milhão de libras é que não ficam sujeitos a qualquer taxa.

Mas uma das medidas que tem causado mais polémica é o aumento de 2 para 3 libras do limite máximo dos bilhetes de autocarro em várias rotas em Inglaterra. Este limite foi introduzido pelo anterior Governo conservador e devia terminar no final deste ano.

Além disso, com o objetivo de “desencorajar não fumantes e jovens de começarem a fumar cigarros eletrónicos”, o Governo britânico vai introduzir uma taxa de 2,20 libras por 10 mililitros de líquido de vaporização a partir de 1 de outubro de 2026, a par com um aumento único no imposto sobre o tabaco.

À exceção da cerveja em barril, cujo imposto vai ser reduzido em 1,7% – o que, segundo Reeves, significa “um cêntimo a menos por uma cerveja no pub” –, as bebidas alcoólicas, designadamente as que não são servidas em barril, também vão sofrer aumentos nas taxas, a partir de fevereiro, de acordo com o índice de preços no produtor.

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, garantiu que o Orçamento cumpre “todas as promessas fiscais” apresentadas no manifesto eleitoral do Partido Trabalhista para as eleições legislativas de 4 de julho.

Por outro lado, Rachel Reeves confirmou a extinção do regime fiscal non-dom, destinado a residentes no Reino Unido cuja residência permanente para efeitos fiscais se situa fora do território britânico, e eliminar o conceito “desatualizado” de domicílio do sistema fiscal a partir de abril de 2025. “Se a Grã-Bretanha é a sua casa, deve pagar os seus impostos aqui“, declarou.

Aos deputados na Câmara dos Comuns, Reeves descartou um “regresso à austeridade”, mas sublinhou que, “dada a escala do desafio nos serviços públicos” do país, ainda haverá decisões difíceis pela frente.

Subida dos impostos vai financiar saúde, escolas e aumento do salário mínimo

Do lado da despesa, uma das principais medidas é o aumento do salário mínimo nacional a partir de abril de 2025. No caso dos trabalhadores com 21 anos ou mais, a subida é de 6,7%, de 11,44 para 12,21 libras por hora, enquanto os trabalhadores entre os 18 e os 20 anos veem a sua remuneração aumentar 16,3%, passando a receber 10 libras por hora em vez das atuais 8,60 libras/hora.

As pensões pagas pelo Estado também vão subir, neste caso 4,1%, o que representa um aumento de 475 libras para mais de 12 milhões de pensionistas no Reino Unido, apontou Reeves.

O Orçamento do Governo trabalhista destina mais 22,6 mil milhões de libras às verbas correntes para a Saúde, além de um aumento do investimento no setor em 3,1 mil milhões de libras nos próximos dois anos.

Para o Ministério da Educação, a ministra das Finanças promete 6,7 mil milhões de libras, o que equivale a um aumento de 19% do orçamento da tutela, que se centra na construção e manutenção de escolas. Acrescem ainda 2,3 mil milhões de libras para a contratação de professores para as disciplinas mais importantes.

O Executivo liderado por Keir Starmer vai também investir mais de 5 mil milhões de libras na concretização do seu plano para o setor da Habitação. Este valor inclui um aumento do “Programa de Casas Acessíveis” para 3,1 mil milhões de libras, o fornecimento de apoios e garantias no valor de 3 mil milhões de libras para aumentar a oferta de casas e apoiar os pequenos construtores.

Entre as restantes medidas anunciadas pela chanceler, destacam-se também o aumento do valor mínimo do “Carer’s Allowance”, um subsídio pago a prestadores de cuidados; um plano de 240 milhões de libras para 16 projetos dirigidos às pessoas inativas; o objetivo de poupar 2% nos gastos com a função pública; e a manutenção dos incentivos à aquisição de veículos elétricos.

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BCP quer distribuir até 75% dos lucros pelos acionistas e lança programa de recompra de ações

Banco anunciou um reforço da remuneração aos acionistas com uma melhoria do payout e um programa de recompra de ações, visando atrair mais investidores perante potencial saída da Fosun e Sonangol.

O BCP quer distribuir pelos acionistas pelo menos metade dos resultados, de acordo com o plano estratégico 2025-2028 anunciado esta quarta-feira. Mas a distribuição pode mesmo subir para os 75% dos lucros através de um programa de recompra de ações, isto caso cumpra determinados objetivos (nomeadamente um rácio de capital acima de 13,5% e indicadores de negócio em Portugal e lá fora) e caso tenha a aprovação dos reguladores.

De resto, o banco vai pedir ao supervisor para executar um programa de recompra de ações de 25% do resultado líquido de 2024. Os analistas apontam para lucros acima dos 900 milhões este ano, o que significa que este programa poderá ter um montante de 225 milhões.

“Depois de uma mais de década em que os acionistas suportaram o banco, é tempo de retribuir a transformação do banco, mantendo sempre um banco muito robusto”, explicou o CEO, Miguel Maya.

O banco liderado por Miguel Maya avança com o reforço da remuneração aos acionistas num esforço para atrair investidores e compensar a potencial saída da Fosun e Sonangol, “protegendo-se” assim de eventuais investidas de rivais, de acordo com os analistas. O próprio Miguel Maya afirmou recentemente que dar mais dinheiro aos acionistas é a única forma de proteger o banco de ofertas rivais.

“Se conseguirmos e tivermos condições de remunerar adequadamente os acionistas, é a única forma de protegermos e mantermos o hub. (…) Quando está frágil fica muito mais propício a alguém que olhe para cá”, disse o gestor há três meses.

Esta quarta-feira, Miguel Maya considerou que “a melhor proteção” para o banco “é ter acionistas satisfeitos, que vejam no banco uma boa aplicação dos seus investimentos”. “É é a lógica natural de um banco que tem de ter investidores para se desenvolver, queremos ter uma relação com o mercado altamente positivo, e um título desejado para todos os portefólios”, acrescentou.

Lucros de mil milhões ao ano

O BCP está a projetar lucros entre os quatro mil milhões e os 4,5 mil milhões de euros acumulados nos próximos quatro anos deste novo ciclo, crescendo entre 5% a 6% anualmente, e ambicionando uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) acima dos 13,5%.

Neste cenário, os acionistas poderão receber dividendos de pelo menos dois mil milhões de euros até 2028, assumindo um rácio de payout de 50%. Sendo que outros mil milhões serão destinados ao programa de recompras, o qual será decidido anualmente, segundo explicou Miguel Maya.

Crescimento orgânico, sem aquisições

O novo plano do BCP visa valorizar (Deliver more value) não só os acionistas, mas também os clientes e os trabalhadores (pelo menos 25% dos trabalhadores com promoção todos os anos), apontando para um crescimento orgânico, isto é, sem aquisições.

Até 2028 quer atingir 190 mil milhões de euros de volume de negócios (120 mil milhões em Portugal), acima dos 158 mil milhões registados em setembro de 2024. E pretende superar a marca dos oito milhões de clientes (dos quais três milhões em Portugal).

Do lado da estrutura, perspetiva um rácio cost to income abaixo dos 40%, algo que já cumpre atualmente (35%).

“São objetivos ambiciosos, mas já mostrámos que temos a capacidade de dar resposta a esta missão, mesmo num quadro desafiante”, disse Miguel Maya.

O banco registou lucros de 714,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, subindo quase 10% em comparação com o mesmo período do ano passado.

(notícia atualizada às 18h42)

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CSM cria gabinete para juízes dedicado à saúde mental

Este gabinete será composto, numa primeira fase, por um psicólogo organizacional, que irá coordenar-se com uma empresa externa de medicina do trabalho e os órgãos de gestão dos tribunais.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) aprovou a criação de um Gabinete de Saúde Ocupacional (GSO), com o objetivo de promover a saúde e segurança dos juízes, respondendo assim a uma preocupação crescente a nível europeu e nacional com o bem-estar mental e físico dos profissionais.

Esta iniciativa está alinhada com o direito a condições de trabalho dignas e seguras, consagrado na legislação nacional e no Pilar Europeu dos Direitos Sociais, que defende a proteção da saúde e a adaptação do ambiente de trabalho às necessidades dos trabalhadores.

Segundo o estudo do Observatório Permanente da Justiça do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, muitos juízes enfrentam riscos psicossociais significativos, como elevados níveis de stress e dificuldade na conciliação entre a vida profissional e pessoal, o que torna essencial o reforço de estruturas de apoio como o GSO.

Este gabinete será composto, numa primeira fase, por um psicólogo organizacional, que irá coordenar-se com uma empresa externa de medicina do trabalho e os órgãos de gestão dos tribunais, para identificar e mitigar riscos profissionais e psicossociais.

O GSO terá como principais funções a análise e melhoria das condições de trabalho, a prevenção de doenças e acidentes de trabalho, e o desenvolvimento de ações de formação para a gestão do stress e prevenção do burnout. Pretende-se que o GSO contribua para a promoção de um ambiente de trabalho mais saudável, com benefícios diretos para a qualidade de vida dos juízes e a eficácia dos tribunais.

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Lucros da dona do Pingo Doce caem 21% para 440 milhões até setembro

A empresa refere que o ano de 2024 tem sido marcado por uma rápida queda dos preços alimentares e um aumento expressivo dos custos, o que está a pressionar as margens do grupo.

A Jerónimo Martins fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 440 milhões de euros, o que representa uma quebra de 21,2% face aos 558 milhões de euros reportados em igual período do ano passado. A dona do Pingo Doce justifica esta quebra com a descida dos preços alimentares, aliada a um aumento dos custos, o que se tem refletido numa “forte pressão sobre as margens”.

Apesar da redução dos lucros, as vendas da companhia liderada por Pedro Soares dos Santos cresceram 10,3% para 24,8 mil milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 2,7% para 1,6 mil milhões de euros, com a margem EBITDA a fixar-se nos 6,6%, abaixo dos 7,1% em que se situou nos primeiros nove meses de 2023, adiantou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Como antecipámos, nestes nove meses de 2024, a inflação alimentar caiu, pondo fim aos aumentos de preços extraordinários registados nos dois últimos anos. Cruzada com a elevada subida dos custos, essa queda da inflação levou à intensificação do ambiente concorrencial e ao agravamento da pressão sobre as margens“, explica o líder da retalhista numa mensagem incluída na apresentação de resultados.

Pedro Soares dos Santos acrescenta que, “a este contexto, já de si muito desafiante, somou-se a falta de dinamismo do consumo no nosso principal mercado [Polónia]“, onde o consumo se tem mostrado pouco dinâmico, contribuindo para o aumento da concorrência no mercado alimentar.

“Mesmo sem conseguir compensar completamente o impacto sobre o desempenho financeiro resultante da deflação nos nossos cabazes, o nosso foco manteve-se no consumidor e na oferta dos melhores preços e promoções, o que nos permitiu registar, mais uma vez, notáveis crescimentos dos volumes na Polónia e em Portugal, e reforçar o modelo de negócio na Colômbia“, acrescenta o gestor.

Polónia vale mais de 70% das vendas

Na Polónia, o principal mercado da Jerónimo Martins, com um peso de 70,5% das vendas totais do grupo, as receitas, em moeda local, aumentaram 3,9%, com um LFL de -0,7%. Em euros, as vendas atingiram 17,5 mil milhões, um crescimento de 10,4% face ao período homólogo.

A empresa explica que, “perante um contexto concorrencial de uma intensidade sem precedentes e no qual o preço reforçou o seu papel enquanto o fator decisivo de compra, a Biedronka manterá a liderança de preço, continuando a dar prioridade ao crescimento das vendas em volume.” Esta estratégia, admite a companhia, vai manter a margem EBITDA sob pressão.

Em termos de investimento, a Jerónimo Martins prevê adicionar, este ano, entre 130 e 150 novas lojas e remodelar cerca de 275.

Em Portugal, onde detém as marcas Pingo Doce e Recheio, a empresa fechou os primeiros nove meses com um aumento de vendas na casa dos 5%, no caso do Pingo Doce, para 3,7 mil milhões de euros. O Recheio viu as suas receitas aumentarem 1,8% para mil milhões de euros.

Já a cadeia de drugstores Hebe, onde a empresa prevê reforçar a rede de lojas na Polónia com a abertura de 30 novas localizações no ano, as vendas cresceram 28,3% para 422 milhões de euros.

Na Colômbia, a Ara “manteve a sua estratégia comercial, que lhe tem permitido consolidar a competitividade de preço e apresentar oportunidades de poupança muito valorizadas pelas famílias colombianas.” As vendas atingiram 2,1 mil milhões até setembro, uma subida homóloga de 21,5%.

Em termos de perspetivas futuras, a Jerónimo Martins mantém as suas perspetivas para o ano e reitera o compromisso com o programa de investimentos que, em 2024, deverá situar-se ligeiramente acima dos mil milhões de euros.

Além da expansão e remodelação das redes de lojas, o programa inclui o reforço da operação logística na Polónia, em Portugal e na Colômbia, e considera também o investimento inicial para lançar a operação na Eslováquia.

Adicionalmente, a empresa prevê “um maior investimento em capital circulante, num cenário de deflação ao qual se somam o abrandamento do crescimento, a manutenção de taxas de juro elevadas e constrangimentos no acesso ao crédito”. “Tudo isto continuará a pressionar também os nossos parceiros comerciais locais de menor dimensão, principalmente nas categorias de marca própria e de perecíveis, o que poderá levar a reduções nos prazos de pagamento”, remata.

Notícia atualizada às 18:00

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Lucro da Nos sobe 59% nos primeiros 9 meses do ano para 201 milhões de euros

Os resultados da operadora de telecomunicações revelam ainda uma subida de 5,5% das receitas e uma manutenção da margem de EBITDA de quase 47%.

Os resultados alcançados pela Nos NOS 0,65% nos primeiros nove meses do ano revelam um crescimento homólogo de 59,2% do resultado líquido do exercício, com a empresa a gerar lucros de 201,1 milhões de euros.

No entanto, excluindo as mais-valias referentes à alienação de torres e efeitos extraordinários, que neste período totalizaram 54 milhões de euros, o crescimento homólogo foi de apenas 16,9%, com os resultados da empresa a situarem-se nos 147,1 milhões de euros.

Segundo os resultados apresentados esta quarta-feira em comunicado enviado à CMVM, a empresa liderada por Miguel Almeida apresentou ainda um crescimento homólogo de 5,5% das receitas consolidadas para 1.248 milhões de euros, que foi impulsionado pelo segmento de telecomunicações, que viu as suas receitas aumentarem 6% para 1.199 milhões de euros.

“Com uma execução consistente da nossa estratégia, alcançámos um crescimento de receitas acima de 6% no terceiro trimestre, acompanhado de uma rentabilidade e geração de cash flow igualmente robustas”, destaca o CEO da operadora de telecomunicações, sublinhando ainda que “o crescimento contínuo” da “quota de mercado nas receitas de retalho é um indicador relevante” do “sucesso operacional.”

A margem de EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidada da NOS registou uma ligeira melhoria, passando de 46,7% para 46,9%, enquanto o EBITDA consolidado entre janeiro e setembro cresceu 5,8% face ao mesmo período de 2023, atingindo 585,1 milhões de euros.

O desempenho operacional da Nos foi igualmente positivo, com a empresa a aumentar o seu número total de serviços em 281 mil, alcançando mais de 11,2 milhões. Este crescimento foi particularmente evidente no segmento móvel, com um aumento de 3,8% nos subscritores, atingindo 6,1 milhões.

Menos positivo foi o desempenho do segmento de “Cinema e Audiovisuais”, que contabilizou um recuo de 2,7% das receitas para 75,1 milhões de euros nos primeiros nove meses, apesar de registar sinais de recuperação no terceiro trimestre, com um crescimento de 1,7% face ao mesmo período de 2023.

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Lucro do BCP sobe quase 10% para 714,1 milhões até setembro

"Foi um trimestre bem conseguido", disse Miguel Maya. Lucro do BCP avançou quase 10% nos primeiros nove meses do ano, atingindo os 714,1 milhões de euros.

Mesmo com o alívio dos juros, o BCP manteve o crescimento expressivo dos resultados nos primeiros nove meses do ano. O banco lucrou 714,1 milhões de euros entre janeiro e setembro, ligeiramente acima do esperado pelo mercado, segundo anunciou esta quarta-feira. A margem financeira desceu 9% em Portugal.

Trata-se de um aumento de 9,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. Considerando apenas a atividade em Portugal, o resultado líquido foi de 606 milhões de euros, mais 8,8% que nos primeiros seis meses de 2023. O retorno dos capitais próprios fixou-se em 14,9%.

“Foi um trimestre razoável, bem conseguido da parte do banco”, resumiu o CEO Miguel Maya na apresentação dos resultados.

A descida das taxas de juro traduziu-se numa redução ligeira (-0,3%) da margem financeira, para 2.110,8 milhões, que em Portugal foi ainda mais pronunciada (-8,6%). Uma evolução que foi mais do que compensada pelo aumento de 4% na receita com comissões, para 601,8 milhões de euros.

Os custos operacionais aumentaram 10,8% para 946,6 milhões, levando o rácio cost to income a subir de 32% para 35%.

O montante de ativos não produtivos (NPE) encolheu 4,6% milhões para 1,93 mil milhões, com o rácio de incumprimento no crédito a descer de 3,6% para 3,4%. Em Portugal recuou de 3% para 2,7%.

O banco liderado por Miguel Maya aumentou os recursos de clientes em 9,1% entre janeiro e setembro, que já superam os 100 mil milhões de euros. A carteira de crédito aumentou 1,5%, para 57,5 milhões, com a quebra de 2,1% registada em Portugal a ser compensada pelo aumento de 9,6% nas operações internacionais.

O rácio de capital common equity tier 1 (CET1) subiu de 14,9% para 16,5%, enquanto o rácio total aumentou de 19,4% para 20,8%. Considerando os requisitos SREP, o CET1 é de 9,41%, o que coloca o banco “confortavelmente acima dos requisitos regulamentares”.

(Notícia atualizada às 17h50)

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Barcelos avança com a supressão de 11 passagens de nível

  • ECO
  • 30 Outubro 2024

A fase final do concurso para a supressão de 11 passagens de nível em Barcelos já arrancou e conta com um investimento de 30 milhões de euros.

Arrancou a fase final do concurso para a supressão de 11 passagens de nível (PN) no concelho de Barcelos. As propostas para a supressão das PN do município, analisadas pela Infraestruturas de Portugal (IP), contam com um investimento de 30 milhões de euros.

Neste final de outubro, uma equipa de técnicos do IP reuniu-se com técnicos do Departamento de Obras Municipais do município de Barcelos para analisar soluções para as passagens de nível de Arcozelo e Aborim, aquelas que causam maiores constrangimentos ao trânsito automóvel. Segundo o comunicado divulgado pelo autarquia de Barcelos, ficou acordado que a IP irá avançar com os estudos prévios para a elaboração dos projetos de supressão das PN.

O executivo de Barcelos, no mesmo comunicado, relembrou que este é um dos concelhos acima de 100 mil habitantes com maior número de passagens de nível, sendo a sua supressão uma velha aspiração do município e da sua população.

 

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Mercado municipal de Viana do Castelo no terreno do antigo prédio Coutinho volta a concurso

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou nesta quarta-feira a abertura de um novo concurso público para a construção do mercado. As cinco propostas recebidas não cumprem o valor base.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou hoje a abertura de um novo concurso público para a construção do novo mercado, porque as cinco propostas recebidas não cumprem o valor base.

Luís Nobre explicou que quatro empresas “argumentaram que o valor base do concurso”, 12,6 milhões de euros, “não era suficiente para construir” o novo mercado e uma quinta empresa apresentou uma proposta com “um valor superior”.

Não podemos adjudicar uma proposta superior. Estamos a reinterpretar todo o projeto para ver se mantemos o valor base, corrigindo alguma situação que possa ser reajustada em função do balizamento para a empreitada, ou alargamos o preço base de construção do mercado e iniciamos um novo procedimento de consulta“, afirmou.

Em causa, segundo o autarca socialista, está a construção de uma cave, onde será construído o parque de estacionamento do futuro mercado, no local onde até 2022 existia o prédio Coutinho.

Adiantou que aquela zona “é muito particular, com um nível freático muito elevado” e que “é preciso tomar todas as cautelas na construção do piso -1”.

O prazo para apresentação de propostas no concurso público internacional para a construção do novo mercado de Viana do Castelo terminou no dia 23, após o prazo ter sido prorrogado.

O anúncio do concurso público referia os 12,6 milhões de euros mais IVA como preço base para construir um mercado municipal no local onde existia o prédio Coutinho, por um prazo de 720 dias (cerca de dois anos).

O novo edifício vai ser construído junto ao jardim público da cidade, no local onde abriu portas, em 1892, o primeiro mercado. Em 1965, foi transferido para um lote contíguo, junto à igreja das Almas, onde funcionou até ao início de 2002.

A transferência do primeiro mercado permitiu, no início da década de 70 do século passado, a construção do prédio Coutinho, desconstruído em 2022.

De acordo com a análise custo-benefício da construção do novo mercado municipal apresentada pela Câmara de Viana, em junho, o investimento justifica-se “pelo importante contributo para a melhoria da rentabilidade dos negócios [daquela zona do centro histórico] e pela dinamização da Área de Reabilitação Urbana (ARU) e espaços envolventes, mitigando os constrangimentos inerentes à localização e funcionamento do mercado atual”.

“Estima-se que as receitas anuais geradas pelo projeto que revertem para o município são cerca de 21 mil euros superiores às despesas estimadas (…). A sustentabilidade financeira está garantida”, aponta o documento.

O documento indica que “por cada um euro de investimento ocorrerá um aumento de riqueza de 1,11 milhões de euros, gerando potencialmente uma ‘taxa de retorno global ou social positiva’ do investimento”.

De acordo com aquela análise, “estima-se que a ocupação das diversas bancas e lojas do futuro mercado gere uma receita anual resultante da cobrança de taxas municipais de 296 mil euros”.

No “caso do parque de estacionamento, a explorar diretamente pelo município, foram considerados 94 lugares disponíveis, 45 dos quais a serem utilizados pelos lojistas (avença mensal de 50 euros; taxa média de ocupação de 80%) e os restantes 49 utilizáveis pelos visitantes (1,5 euros/hora; 12 horas diárias, média de 30% de ocupação)”.

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Harris distancia-se de Biden por apelidar os apoiantes de Trump de “lixo”

  • Lusa
  • 30 Outubro 2024

"Discordo totalmente com qualquer crítica às pessoas com base em quem elas votam", disse Kamala Harris. Antes o presidente do EUA tinha classificado os apoiantes de Trump de "lixo".

A candidata presidencial democrata, Kamala Harris, distanciou-se esta quarta-feira da polémica desencadeada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, que apelidou os apoiantes do candidato republicano, Donald Trump, de “lixo” devido a uma piada racista sobre os porto-riquenhos. “Discordo totalmente com qualquer crítica às pessoas com base em quem elas votam”, disse a vice-presidente Harris aos jornalistas na Base Aérea de Andrew, nos arredores da capital norte-americana.

Ainda que Harris tivesse referido que Biden já havia clarificado os seus comentários, a candidata democrata repudiou qualquer discurso que divida a sociedade e reiterou a mensagem de unidade nacional que proferiu no comício eleitoral que reuniu cerca de 50 mil pessoas em frente à Casa Branca. “No trabalho que faço tento representar todas as pessoas, quer me apoiem ou não, e como Presidente dos Estados Unidos serei a Presidente de todos os norte-americanos, quer tenham votado em mim ou não”, afirmou.

O Presidente Biden teceu um comentário polémico na terça-feira à noite durante uma entrevista à estação televisiva CNN na qual defendeu Porto Rico, após o comediante Tony Hinchcliffe ter apelidado o território de “ilha flutuante de lixo” durante o comício eleitoral de Trump no Madison Square Garden, em Nova Iorque.

“Bem, deixem-me dizer-vos uma coisa: o único lixo que vejo a flutuar por aí são os seus apoiantes. A demonização [dos porto-riquenhos] é inaceitável e antiamericana. É totalmente contrária a tudo o que fazemos”, afirmou o Presidente, que em julho renunciou à candidatura à reeleição, passando o testemunho a Harris.

Os comentários de Biden suscitaram várias reações de Trump e de membros do Partido Republicano. “[Biden] não sabe mesmo o que disse. É uma coisa terrível, terrível, mas ele realmente não o sabe”, respondeu Donald Trump num comício em Allentown, uma cidade de maioria latina na Pensilvânia.

O Presidente retificou os seus comentários nas redes sociais, afirmando que se referia à “retórica odiosa” do comediante Tony Hinchcliffe em Nova Iorque. “Eu disse que era lixo, a única que palavra que consigo encontrar para o descrever”, escreveu o Presidente. “Os comentários feitos nesse comício não refletem realmente o que somos como país”, acrescentou, referindo-se ao comício republicano em Madison Square Garden.

A Casa Branca fez ainda alterações à transcrição da entrevista de modo a assinalar que Biden chamou “lixo” às palavras do comediante e não aos apoiantes de Donald Trump.

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