Pedro Nuno Santos exige explicações “cabais” a Montenegro. “Não podemos ter um primeiro-ministro sobre o qual recaiam suspeitas”

Líder socialista defende que não se pode ter um primeiro-ministro "sobre o qual recaiam suspeitas" e quer saber o motivo do aumento da faturação no ano em que Montenegro se tornou líder do PSD.

O secretário-geral do PS exigiu esta sexta-feira explicações “cabais” ao primeiro-ministro sobre a da Spinumviva, a empresa familiar de Luís Montenegro, entre as quais as razões da “explosão” de faturação em 2022. Pedro Nuno Santos defendeu que não podem recair quaisquer suspeitas sobre o chefe de Governo e que este não se pode escudar no silêncio.

O que precisamos é de um primeiro-ministro que dê as respostas. Não passa pela cabeça de ninguém que possamos continuar nesta situação, sem que o primeiro-ministro seja claro e responda de forma cabal a todas as dúvidas que se instalaram“, afirmou Pedro Nuno Santos, em declarações aos jornalistas no Parlamento. “Precisamos de um um primeiro-ministro que não tenha suspeições sobre si, tenha a confiança do país e que assuma a responsabilidade“, acrescentou.

O socialista reagia assim ao agudizar da polémica em torno da empresa Spinumviva, depois de se tornar público esta sexta-feira que a Solverde, empresa que tem concessão de casinos, está a pagar 4.500 euros por mês à sociedade da família de Luís Montenegro.

Pedro Nuno Santos considerou que a “notícia é grave” e confirma que “o PS tinha razão”, nomeadamente nas questões que colocou. “Os portugueses merecem e têm direito a ter confiança no seu primeiro-ministro. Essa confiança tem de ser restabelecida“, disse, acrescentando: “É fundamental termos todos a certeza que o primeiro-ministro não ficou a dever favor a ninguém”.

O líder socialista reforçou as três perguntas que tinha colocado a Montenegro durante o debate da moção de censura: “quais foram e quais são os clientes da empresa do primeiro-ministro?“, “quais são os serviços que foram prestados a estas empresas e por que preços?” e “quem é que presta os serviços da empresa, nomeadamente desde que o primeiro-ministro se afastou da empresa e que preço foi pago a quem presta os serviços”.

Pedro Nuno Santos avançou ainda com uma quarta questão, que considerou ser fundamental: “quais são as razões para a explosão da faturação em 2022, ano em que o primeiro-ministro decide afastar-se da empresa e é candidato à liderança do PSD?“.

O secretário-geral do PS realçou que “nunca esteve em causa o direito a ter uma empresa” e que isto “não é nenhum perseguição a um empresário”.

“Somos todos adultos. Não tem de ser na sequência da oposição que o primeiro-ministro deve responder ao país. Se o primeiro-ministro só fala na sequência de ações de outros partidos, estamos muito mal“, disse, acrescentando que o silêncio não pode ser a opção. “O que é importante é que o primeiro-ministro responda de forma cabal a todas as perguntas, colocada por nós PS, mas também às perguntas órgãos de comunicação social têm feito”.

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro anunciou que irá falar ao país às 20 horas de sábado, após a realização de um Conselho de Ministros extraordinário e de fazer uma “avaliação pessoal, familiar e política”.

Quando o caso Spinumviva foi conhecido, Montenegro explicou que tinha vendido a quota que tinha na sociedade à mulher, o que, contudo, é um negócio sem efeitos práticos, uma vez que o primeiro-ministro vive em regime de comunhão de adquiridos. O Chega avançou mesmo com uma moção de censura, que não passou no Parlamento, mas nesse debate, pressionado pela oposição, Montenegro recusou-se a revelar a lista de empresas que contratou a sua sociedade. Logo naquele dia, foi conhecido que a Solverde seria um dos clientes, mas só esta sexta-feira veio a público que o grupo que tem uma concessão de casinos continuava a pagar mensalmente um valor de 4.500 euros, mesmo com Montenegro como primeiro-ministro.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h29)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Albuquerque Foundation: uma nova jornada cultural em Sintra

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 28 Fevereiro 2025

A Albuquerque Foundation oferece uma imersão na cerâmica chinesa antiga e contemporânea. Uma visita essencial para este fim de semana, repleta de cultura.

A Albuquerque Foundation, fundada pelo colecionador brasileiro Renato de Albuquerque e sua neta, Mariana A. Teixeira de Carvalho, abriu as suas portas ao público no dia 22 de fevereiro, em Sintra, trazendo consigo um novo olhar sobre a cerâmica chinesa antiga e contemporânea. Este projeto ambicioso combina a preservação do passado com a celebração da inovação artística, proporcionando uma experiência única aos visitantes.

O destaque inicial da fundação é a extraordinária Coleção Albuquerque de Cerâmica Chinesa, que compreende mais de 2600 peças reunidas ao longo de seis décadas por Renato de Albuquerque. Considerada uma das mais relevantes coleções privadas de porcelanas chinesas das dinastias Ming e Qing, esta coleção inclui exemplares imperiais, de exportação, e algumas raras “Primeiras Edições” – as primeiras encomendas de porcelana feitas por portugueses, com iconografia europeia.

Ao apresentar-se ao público pela primeira vez, a coleção oferece uma oportunidade única de explorar o legado e a história da cerâmica chinesa, com peças que datam de séculos passados, cujas influências transcenderam fronteiras culturais. A fundação tem como objetivo reforçar as ligações entre o Oriente e o Ocidente, destacando o papel histórico de Portugal nesse intercâmbio cultural e comercial.

A programação inaugural: conexões e contemporaneidade
A programação da Albuquerque Foundation é marcada por duas exposições de grande relevância. A primeira, “Connections”, curada por Becky MacGuire, dá início à exposição permanente, explorando a complexa rede de influências que moldaram a cerâmica chinesa. O público terá a oportunidade de apreciar peças que ilustram as interações globais, desde a dinastia Tang até o impacto da chegada dos europeus à China no século XVI. A curadoria traz uma abordagem inovadora ao mostrar como as diferentes culturas influenciaram a produção de porcelana ao longo dos séculos.

A segunda grande atração da fundação é a exposição de Theaster Gates, um dos artistas contemporâneos mais prestigiados da atualidade. A exposição “A Mão Sempre Presente” será inaugurada com uma instalação única, repleta de azulejos de cerâmica negra feitos em Tokoname, no Japão, que o artista apresenta pela primeira vez na Europa. Gates, conhecido por seu trabalho que mistura cerâmica, urbanismo e performance, explora temas como resistência, poder e a beleza do trabalho artesanal, criando um diálogo entre sua obra e a coleção histórica da fundação.

O espaço e a missão da Fundação
A Albuquerque Foundation ocupa uma quinta histórica transformada pelo atelier Bernardes Arquitetura. A arquitetura do espaço mistura tradição e modernidade, criando um ambiente perfeito para o encontro entre arte, história e comunidade. A fundação inclui também uma biblioteca especializada, um pavilhão para exposições temporárias de cerâmica contemporânea, um restaurante de gastronomia local e sustentável, e uma concept store que reflete a dedicação da fundação à cerâmica e ao saber-fazer português.

Além das exposições, a Albuquerque Foundation oferece um programa de residências artísticas e atividades educativas que visam promover o estudo e a valorização da cerâmica, tanto no contexto histórico quanto contemporâneo. Com uma proposta de ser um centro de excelência, a fundação busca criar um impacto social significativo, promovendo a inovação no mundo da cerâmica e convidando artistas e visitantes a participar ativamente da sua missão.

Mariana A. Teixeira de Carvalho, cofundadora da fundação, expressa a missão do projeto: “Este projeto honra a coleção do meu avô e, simultaneamente, suscita o diálogo e a criatividade em torno da cerâmica como prática artística. A nossa missão é celebrar a herança cultural, criar impacto social e difundir a inovação no mundo da cerâmica”.

Albuquerque Foundation
Rua António dos Reis, nº189, Sintra
Horários: Terça – domingo: 10h00 – 18h00

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal tem uma agenda “muito interessante” para as empresas francesas

Perante uma plateia de empresários franceses no Porto, no âmbito da visita de Emmanuel Macron, o ministro da Economia apresentou Portugal como "um porto de abrigo" para o investimento estrangeiro.

O ministro da Economia, Pedro Reis, destacou esta sexta-feira que Portugal é hoje “um porto de abrigo” para o investimento e destacou que gostaria que “mais empresas francesas se identificassem [com a] agenda portuguesa”, que disse ser “muito interessante” para os empresários daquele país. O governante destacou setores da energia, defesa, tecnologia, indústria e automóvel como áreas com potencial para reforçar parcerias.

O nosso desafio conjunto é conseguir ir além dos conflitos, das tentações protecionistas, mas também conseguir inverter o abrandamento estrutural europeu“, destacou Pedro Reis, numa intervenção no Fórum Económico Luso-Francês, organizado pela CIP no âmbito da visita do presidente francês a Portugal, e onde esteve presente também Laurent Saint Martin, ministro do Comércio Externo da República Francesa.

Para o ministro da Economia, as empresas devem ser colocadas no centro desta estratégia de redesenho da Europa, focada na competitividade, destacando que Portugal é hoje “um porto de abrigo” para o investimento estrangeiro.

“Temos de libertar as energias das empresas”, defendeu, realçando que Portugal tem vindo a tomar medidas para reduzir a burocracia, fiscalidade e complexidade. Mas quer ir mais longe, criando condições para as empresas investirem. Direcionando as atenções para os investidores franceses, Pedro Reis reforçou que gostaria que “mais empresas francesas se identificassem na agenda portuguesa”, acrescentando que é “muito interessante para os franceses”.

E elencou de seguida alguns dos pontos dessa agenda, como a “densificação das cadeias de valor, a consolidação das nossas empresas para a internacionalização, os fundos europeus, toda uma panóplia de concessões, de privatização, de PPP, de projetos que podem ser transformadores”.

O nosso desafio conjunto é conseguir ir além dos conflitos, das tentações protecionistas, mas também conseguir inverter o abrandamento estrutural europeu.

Pedro Reis

Ministro da Economia

Em termos de áreas de interesse, o ministro destacou vários exemplos, desde a tecnologia e inovação, até ao ecossistema verde e da biotecnologia azul, à defesa, mas também setores onde as empresas francesas já têm grande presença em Portugal. “Queremos afirmar o nosso cluster e França é um parceiro privilegiado em tudo o que tem a ver com o setor automóvel“, acrescentou.

“Mas também acreditamos que hoje há uma economia de serviços, novos data centers, serviços partilhados”, referiu, juntando ainda à lista “setores que orgulham” por “combinarem a tradição com o futuro”, como o têxtil, o calçado ou a metalomecânica“, em que Portugal “compara com o que melhor que há no mundo”. “Acreditamos que nestes setores podemos dar cartas e trabalhar na diferenciação. São estratégicos para Portugal e estão a expandir capacidade de internacionalização na nossa economia”, resumiu.

Pedro Reis falou ainda sobre a importância de abrir “mais joint-ventures, abrir temáticas, promover partilha de projetos conjuntos, coser linhas de apoio à exportação”. “Se criarmos condições de competitividade às nossas empresas, atraindo investimento e abrindo mercados terceiros, estaremos a fazer a nossa missão”, frisou.

Laurent Saint Martin, Ministro do Comércio Externo da República FrancesaRicardo Castelo

Laurent Saint Martin, ministro do Comércio Externo da República Francesa, lembrou a “relação amigável, histórica, cultural” que existe entre Portugal e França, que é focada no respeito e amizade. E disse que esta visita é “a oportunidade de juntar os empresários para falar da balança comercial” e reforçar laços comerciais.

Em termos de prioridades estratégicas, o ministro francês realçou “setores de excelência”, como as tecnologias, inovação, serviços e turismo, defesa, energia e setores tradicionais, notando que espera que esta visita permita reforçar as relações bilaterais entre os dois países.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Uma dose de economia: Os principais desafios para a inovação em Portugal

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Neste episódio do podcast 'Uma dose de economia', as alunas do ISEG, Ana e Bárbara, falam dos maiores desafios para a inovação na economia portuguesa.

Neste episódio, Ana e Bárbara falam dos maiores desafios para a inovação na economia portuguesa, que incluem o financiamento, o excesso de burocracia e o ‘brain drain’ da emigração jovem. Elas propõem algumas soluções possíveis para abordar o problema.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

“Uma dose de economia” é um podcast onde alunos do ISEG discutem temas de atualidade ligados às finanças e à economia.

Este podcast é fruto de uma parceria entre o ECO e a associação ISEG Young Economics Society e todos os meses haverá um novo episódio.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Receitas do turismo aceleram 14% no arranque do ano. Polacos destacam-se nas dormidas

Alojamento turístico recebeu um total de 1,6 milhões de hóspedes em janeiro. Britânicos mantêm liderança das dormidas de não residentes em Portugal, mas foi o mercado polaco que mais cresceu.

A atividade turística em Portugal manteve a trajetória de crescimento em janeiro. A estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que o setor do alojamento registou 1,6 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas no primeiro mês do ano, mais 8,3% e 6,3%, face há um ano, respetivamente.

Dados do INE mostram ainda que os proveitos do alojamento turístico totalizaram 262 milhões de euros em janeiro, uma subida homóloga de 13,8%.

As dormidas de residentes registaram um aumento de 11,3% correspondendo a 1,3 milhões, enquanto as dos não residentes registaram um crescimento de 3,8%, totalizando 2,4 milhões.

Fonte: INE

No que toca aos mercados externos, o britânico manteve-se como principal mercado emissor (quota de 14,6%), apesar do decréscimo de 3,3% face ao mês homólogo, seguido da Alemanha (peso de 11,2%), que cresceu 5,1% no período em análise.

No grupo dos dez principais mercados emissores, os que mais cresceram foram o polaco (16,6%) e o norte-americano (10,3%). Em sentido inverso, o mercado francês e o brasileiro registaram os maiores decréscimos entre os dez principais mercados emissores, com uma quebra de 9,6% e 8,8%, respetivamente.

No primeiro mês do ano, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com os maiores aumentos a verificarem-se na Península de Setúbal (+14,4%) e no Alentejo (+11,4%). Já o Algarve registou o crescimento mais modesto (+1,1%).

Fonte: INE

“As dormidas de residentes registaram aumentos em todas as regiões, tendo sido mais expressivos na Madeira (+35,9%) e no Algarve (+19,3%)“, indica o INE.

Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,29 noites, o que equivale a um decréscimo de 1,9% face a janeiro de 2023. O gabinete de estatística dá nota de que a estada média dos residentes (1,70 noites) aumentou 1,1% e a dos não residentes (2,80 noites) decresceu 2,8%.

Neste indicador, a Madeira registou as estadas médias mais prolongadas por parte dos não residentes (5,44 noites) e dos residentes (2,99 noites).

Por fim, o INE realça que a Grande Lisboa foi “a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (35,1% totais e 37,2% de aposento), seguida da Região Autónoma da Madeira (19,1% e 18,1%, respetivamente) e do Norte (16,4% e 16,5%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Digi terá captado mais de 50 mil clientes móveis em Portugal

Até ao fim do ano, a nova operadora terá conseguido captar mais de 50 mil clientes móveis. Mas fechou o ano com menos de cinco mil clientes com pacotes.

Os romenos da Digi estão ainda longe de conseguir replicar em Portugal o sucesso que têm tido em Espanha. Depois de se ter estreado no mercado português no início de novembro, a operadora terá fechado 2024 a captar menos de cinco mil clientes com as suas ofertas em pacote, segundo números da Anacom. Mas novos dados divulgados pela empresa esta sexta-feira permitem estimar que também terá angariado mais de 50 mil clientes móveis até ao fim do ano, período em que, no entanto, disponibilizou este serviço gratuitamente.

O forte investimento que a Digi tem canalizado para o país está a traduzir-se, para já, em poucos clientes, apesar de ter levado as empresas concorrentes a melhorarem os preços de algumas das suas ofertas. Não existem dados centralizados sobre a Digi, mas os resultados anuais do grupo mostram que a operadora registava no final do ano passado 321 mil clientes móveis (“unidades geradoras de receita”, no jargão do setor), incluindo os da Nowo, que tinha 270 mil quando foi comprada pela Digi em agosto, revelou a própria Digi na altura.

Mas vamos por partes. O último relatório da Anacom sobre o mercado das ofertas em pacote coloca a Digi com uma quota de apenas 0,1% no final do quarto trimestre, como noticiou esta sexta-feira o Jornal de Negócios. Tendo em conta que existem mais de 4,7 milhões de subscritores de pacotes em Portugal, de acordo com o mesmo relatório, a quota da Digi corresponderá a uma base de clientes com pacotes inferior a 4.750, isto sem contar com os clientes que o grupo romeno serve através da marca Nowo, que a Digi adquiriu no ano passado por 150 milhões de euros.

Aprofundando a análise, a Anacom atribui quotas de 0% à Digi nos pacotes com três, quatro e cinco serviços. Pelo contrário, a Digi destaca-se nos pacotes com dois serviços, com uma quota de 0,8%, que corresponderá a cerca de 3.242 clientes dos 405.303 que existiam em Portugal no final do ano passado.

Só que estes dados, por si só, não serão reveladores da total dimensão da pegada da Digi em Portugal. E por vários motivos. Por um lado, dizem respeito a um período de lançamento da marca no país, que começou a vender serviços, efetivamente, no dia 5 de novembro. Desde então, a operadora tem expandido a sua presença física ao instalar cada vez mais stands em locais de grande afluência de pessoas, como centros comerciais.

Por outro lado, os números do regulador abrangem só as ofertas em pacote, enquanto a Digi permite aos clientes escolherem exatamente os serviços que pretendem subscrever. Assim, um cliente que só subscreva um serviço não é contabilizado nas estatísticas da Anacom sobre os pacotes de serviços.

É aqui que entram os resultados anuais do grupo Digi, publicados esta sexta-feira, que permitem antever que a base de clientes da Digi em Portugal será maior do que os menos de cinco mil clientes que subscreveram ofertas em pacote.

A principal pista está no segmento móvel. Como referido, no relatório anual da Digi, a empresa indica ter 321 mil clientes de serviço móvel, incluindo os clientes da Nowo. Ora, quando comprou a Nowo, em agosto do ano passado, a Digi revelou que a antiga Cabovisão tinha “aproximadamente 270 mil clientes” móveis. São cerca de 51 mil a mais.

Também é possível calcular, com base em dados da Anacom referentes a terceiro trimestre, que a Nowo teria, no final de setembro, aproximadamente 250 mil clientes móveis, com base nos acessos móveis ativos com utilização efetiva através de telemóvel. Assim, a estimativa de captação de mais de 50 mil clientes pode até ser conservadora. Importa lembrar, contudo, que a Digi ofereceu o serviço móvel aos clientes até ao final de 2024.

Os 321 mil clientes que a Digi diz ter na rede móvel, incluindo os da Nowo, estão acima dos 127 mil clientes que diz ter no serviço de banda larga, mais 121 mil clientes de televisão paga e 107 mil clientes com telefone fixo. Recentemente, a Digi começou a tentar passar os atuais e novos clientes móveis da Nowo para o seu próprio serviço móvel, conforme noticiou o ECO.

O ECO enviou perguntas à Digi sobre o número de clientes da empresa no móvel, fixo, TV e telefone. Encontra-se a aguardar resposta.

Para já, em Portugal, a receita média da Digi com cada utilizador, nos 7,6 euros, está acima da média de 5,7 euros do grupo em todos os mercados em que opera, mas abaixo dos 8,7 euros que a empresa obteve em Espanha. Mas, no mercado vizinho, a empresa fechou 2024 com quase dois milhões de clientes de banda larga, quase 5,9 milhões de clientes móveis e 626 mil clientes com telefone.

Ainda assim, a empresa está focada em crescer no mercado nacional, onde em agosto passado já tinha “mais de 600 colaboradores”. A empresa está a executar um plano de investimento de “mais de 500 milhões de euros” no país, onde se inclui o valor pago pela Nowo e os mais de 67 milhões de euros que pagou pelas licenças 5G adquiridas em 2021 à Anacom.

A conta-gotas, vai-se conhecendo mais informação sobre a Digi. No início deste mês, a Anacom publicou dados que mostraram que a empresa romena já tem mais antenas 5G do que a Meo, em Portugal: “Analisando os dados por operador, a Nos era o operador com mais estações de base 5G instaladas (4.786), sendo seguida pela Vodafone (4.611), pela Digi (2.130) e pela Meo (1.562)”, referiu o regulador num balanço trimestral.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Vou fazer uma avaliação pessoal, familiar e política”. Montenegro convoca conselho de ministros extraordinário e fala amanhã ao país

Primeiro-ministro fala ao país no sábado às 20h, apela a clientes da Spinumviva para se identificarem "nas próximas horas", mas garante que não deixará de "ter vida própria" por ser Chefe de Governo.

O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira que convocou um Conselho de Ministros extraordinário para sábado, prometendo comunicar ao país a sua decisão política e pessoal, salientando que só exerce funções se sentir a confiança dos portugueses. Luís Montenegro apelou ainda aos clientes da empresa da família, a Spinumviva, que se identifiquem nas próximas horas.

“Tenho uma vida pessoal e profissional que é absolutamente transparente dentro daquilo que são as balizas do exercício da advocacia e da consultoria. Não tenho nenhum problema em esclarecer aquilo que tem de ser esclarecido dentro da legalidade, da ética”, afirmou o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas, no Porto, à margem de um evento no âmbito da visita de Estado do Presidente francês, Emmanuel Macron, a Portugal.

Luís Montenegro reagia à notícia do Expresso (acesso pago) de que a Solverde, empresa que tem concessão de casinos, está a pagar 4.500 euros por mês à sociedade da família. Questionado pelos jornalistas sobre a lista de clientes da empresa, o primeiro-ministro voltou a garantir não ter problemas que os mesmos sejam identificados, tal como já tinha garantido no debate parlamentar da moção de censura.

Não tenho nenhum problema em que sejam revelados os clientes, mas devem ser os próprios a tomar a iniciativa e espero que isso possa acontecer nas próximas horas pelos próprios ou com a sua autorização“, afirmou esta sexta-feira, acrescentando: “todas as decisões ou perspetiva de decisões que envolvem pessoas ou instituições com quem tive relacionamentos profissionais ou até pessoas eu devo ter o discernimento, tenho a obrigação ética de me excluir”.

Perante o contexto, o primeiro-ministro revelou que convocou um Conselho de Ministros extraordinário para amanhã à tarde, depois do qual falará ao país às 20 horas. “Vou fazer a minha avaliação da situação pessoal, familiar e política e anunciarei ao país a minha decisão para encerrar este assunto de vez“, anunciou.

O que está em causa é fazer uma avaliação profunda das condições da minha vida pessoal, familiar e política para servir com total disponibilidade, desprendimento e com total paixão o meu país e sem ter sobre mim nenhuma mácula. Só é possível servir o país se as pessoas acreditarem em quem está ao serviço e eu quero garantir que só estarei a exercer a função de primeiro-ministro se sentir que tenho essa confiança“, garantiu.

O primeiro-ministro justificou que abdicou da empresa para se dedicar à presidência do PSD, mas garantiu: “não vou deixar de ter vida própria para ser primeiro-ministro”.

Não sou empresário. Estou exclusivamente dedicado a função de primeiro-ministro, o que não significa que tenha de abandonar toda a minha vida profissional”, afirmou, questionando se o país quer “políticos que não tenham mais nada”.

Montenegro garante que “nunca” decidiu “nada em conflito de interesses” e que tal “não acontecerá”, já que “se houver colisão de algum interesse particular” se eximirá de intervir.

Quando o caso Spinumviva foi conhecido, Montenegro explicou que tinha vendido a quota que tinha na sociedade à mulher, o que, contudo, é um negócio sem efeitos práticos, uma vez que o primeiro-ministro vive em regime de comunhão de adquiridos. O Chega avançou mesmo com uma moção de censura, que não passou no Parlamento, mas nesse debate, pressionado pela oposição, Montenegro recusou-se a revelar a lista de empresas que contratou a sua sociedade. Logo naquele dia, foi conhecido que a Solverde seria um dos clientes, mas só esta sexta-feira veio a público que o grupo que tem uma concessão de casinos continuava a pagar mensalmente um valor de 4.500 euros, mesmo com Montenegro como primeiro-ministro.

Os partidos têm exigido ao primeiro-ministro explicações sobre o tema, considerando que tem de escolher entre o cargo e a empresa familiar.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h38)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carlos Tavares vai receber mais de 60 milhões de euros no adeus à Stellantis

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

Entre salários, prémios e indemnização, o gestor português vai receber mais de 60 milhões de euros na sequência da sua saída da liderança da fabricante das marcas Peugeot e Citröen.

Carlos Tavares, gestor e empresário, em entrevista ao programa “O Mistério das Finanças”Hugo Amaral/ECO

Carlos Tavares vai receber mais de 60 milhões de euros na sequência da sua saída do grupo Stellantis, um montante que inclui salários, prémios e ainda uma indemnização, segundo revelou o fabricante automóvel.

O gestor português, que abandonou o fabricante das marcas Peugeot, Citröen e Opel no final do ano passado em rota de colisão com os acionistas, manteve-se como os um dos executivos mais bem pagos do setor em 2024, tendo auferido uma remuneração de 23,08 milhões de euros.

Apesar de ser uma quantia considerável, representa uma diminuição em relação aos 36,4 milhões que embolsou em 2023, em que o grupo automóvel teve um bom desempenho antes de afundar no ano passado.

O salário fixo de Carlos Tavares como conselheiro delegado da Stellantis manteve-se nos dois milhões de euros. Embora não tenha recebido prémio de curto prazo (em relação aos 5,7 milhões do ano anterior), o executivo português encaixou um bónus de longo prazo de 20,5 milhões e ainda uma contribuição de 500 mil euros para o seu plano de pensões.

Além disso, a Stellantis adianta no seu relatório e contas anual os detalhes do acordo de rescisão do contrato de Carlos Tavares: contempla dois milhões de euros de indemnização por despedimento (de acordo com a legislação dos Países Baixos), e ainda outros dez milhões que irá receber este ano por cumprimento de um dos seus objetivos como executivo do grupo.

Em janeiro do próximo ano o gestor português irá ainda receber 800 mil ações da Stellantis como incentivo de retribuição aos acionistas e também 1,27 milhões de ações adicionais como incentivo pelo cumprimento de objetivos a longo prazo. A soma destes dois pacotes de ações ascende a mais de 25 milhões de euros face à cotação de fecho deste quinta-feira.

Tudo somado, o antigo líder da Stellantis encaixará 60,2 milhões de euros com a saída do grupo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa média das Euribor cai em fevereiro em todos os prazos

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

A média mensal da Euribor desceu a três, a seis e a 12 meses em fevereiro, depois de no prazo mais longo ter subido em janeiro pela primeira vez após nove meses a cair.

A média mensal da Euribor, que é usada no cálculo da prestação da casa, desceu a três, a seis e a 12 meses em fevereiro, depois de no prazo mais longo ter subido em janeiro pela primeira vez após nove meses a cair.

A taxa média da Euribor a 12 meses atingiu 2,407% em fevereiro, contra 2,525% em janeiro.

Durante os últimos meses de 2024, o ritmo de descida da Euribor a 12 meses abrandou e, em janeiro, mudou a tendência e subiu 0,089 pontos percentuais face a dezembro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido as taxas diretoras em 0,25 pontos percentuais na reunião de política monetária do final do mês passado.

Em 2024, o indicador a 12 meses registou uma descida acentuada graças às reduções das taxas de juro levadas a cabo pelo BCE, após uma taxa média superior a 4% um ano antes.

No mesmo sentido, as médias das taxas Euribor a três e a seis meses continuaram a cair em fevereiro, designadamente, para 2,525%, menos 0,179 pontos percentuais que em janeiro, e para 2,460%, menos 0,154 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do ‘stock’ de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se na próxima semana, em 05 e 06 de março em Frankfurt.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro, o BCE baixou de novo e como esperado pelos mercados, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Funcionários do Supremo ajudam a despachar processos AIMA na primeira instância

  • Lusa
  • 28 Fevereiro 2025

Oficiais trabalham sobretudo em processos que visam intimar a AIMA a agendar a "formalização de pedidos" e também decidir os requerimentos "por se terem esgotado os prazos legais" para tal.

Os oficiais de justiça do Supremo Tribunal Administrativo estão a ajudar os colegas da primeira instância no cumprimento dos despachos dos chamados processos AIMA, adiantou o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF).

Em causa estão sobretudo processos que visam intimar a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) a agendar “a formalização de pedidos destinados à concessão de autorização de residência” ou a decidir estes requerimentos “por se terem esgotado os prazos legais” para tal. Os processos são despachados pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa (TACL).

“Toda a jurisdição está empenhada em servir o cidadão e em responder com a maior brevidade possível, sendo exemplo disso o grupo de 13 oficiais de justiça, que realizou as citações de 1.143 processos, para auxiliar os colegas do TACL, em dois dias”, salienta, numa resposta por escrito à Lusa, o CSTAF.

Em 17 de janeiro, o órgão de gestão dos juízes dos tribunais administrativos e fiscais criou um grupo de trabalho para, “em conjunto com a Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ), encontrar soluções, de natureza administrativa e/ou contenciosa”, que permitam simplificar e acelerar os processos contra a AIMA, “sem comprometer o exercício dos direitos” dos cidadãos estrangeiros em Portugal. “Os levantamentos que têm sido efetuados pelo CSTAF demonstram que estes processos, apesar do muito elevado número de entradas, não são, na grande maioria dos casos, de grande complexidade”, justifica.

O objetivo é que as propostas de solução sejam apresentadas até julho de 2025. O grupo de trabalho tem representantes do TACL, do CTAF, da DGPJ e do Supremo Tribunal Administrativo.

Segundo o Relatório de 2024 dos Tribunais Administrativos e Fiscais de Lisboa e Ilhas, a que a Lusa teve anteriormente acesso, o TACL encerrou o ano passado com 46.824 processos AIMA pendentes, quando, a 31 de dezembro de 2023, eram 575. Em 2024 houve a “entrada exponencial” de 54.222 processos.

Na prática, em 2024 foram concluídos 7.973 procedimentos, com o contributo de uma equipa especial composta por seis juízes (inicialmente cinco) e quatro oficiais de justiça daquele tribunal, alargada durante o verão a 135 juízes de todo o país, em articulação com o CSTAF.

No relatório, o presidente do TACL, Antero Pires Salvador, atribuiu o atual cenário à extinção, em 29 de outubro de 2023, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e subsequente criação da AIMA, tornando o TACL o único competente para despachar estes processos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Citigroup credita acidentalmente 81 biliões de dólares na conta de cliente

  • ECO
  • 28 Fevereiro 2025

A transferência interna, que aconteceu em abril do ano passado, só foi detetada por um terceiro funcionário do banco norte-americano cerca de hora e meia depois de ter sido feita.

O Citigroup creditou erradamente 81 biliões de dólares na conta de um cliente, em vez de 280 dólares. O caso aconteceu em abril passado e a transação só foi revertida horas mais tarde, revela esta sexta-feira o Financial Times.

A transferência não foi detetada por dois funcionários. Só uma terceira pessoa detetou o problema ao verificar os saldos das contas do banco, quando já passavam 90 minutos após o processamento, segundo um relatório interno a que o jornal britânico teve acesso.

Nenhum dinheiro saiu do banco norte-americano e o caso foi divulgado como um “quase acidente” à Reserva Federal dos EUA e ao Gabinete do Controlador da Moeda. O Citigroup afirmou que os seus “controlos de deteção identificaram prontamente o erro de introdução entre duas contas e inverteram a entrada” e que estes mecanismos “teriam também impedido a saída de quaisquer fundos do banco”.

No ano passado, o Citigroup registou um total de 10 “quase-acidentes” no valor de mil milhões de dólares, pelo menos, segundo o FT, que cita um relatório interno. Embora tenha diminuído em relação aos 13 casos registados em 2023, o documento afirma que estas situações eram invulgares no setor bancário dos EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação desacelera para 2,4% em fevereiro à boleia dos preços da energia

O índice dos produtos energéticos diminuiu de 2,4% para 1,5% em fevereiro e ajudou a taxa de inflação a desacelerar para 2,4%, menos uma décima face a janeiro.

A taxa de inflação homóloga voltou a desacelerar em fevereiro para os 2,4%, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelada esta sexta-feira. A evolução significa menos 0,1 pontos percentuais face a janeiro. A descida deve-se sobretudo à energia. “A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 1,5% (2,4% no mês anterior)”, avança o INE.

“A taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,4% em fevereiro de 2025, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, avança o INE.

Já a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, terá registado uma variação de 2,4%, uma desaceleração de 0,3 pontos percentuais face aos 2,7% do mês anterior.

O INE revela ainda que a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 1,5%, uma forte desaceleração face aos 2,4% de janeiro.

os produtos alimentares não transformados, em contra corrente, aceleraram para 2,4% face aos 1,8% de janeiro, acrescenta o comunicado do INE.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, o indicador que será utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus, cuja estimativa rápida será divulgada segunda-feira, terá registado uma variação homóloga de 2,4%, uma desaceleração face aos 2,7% do mês anterior.

Na variação mensal, o IPC registou uma taxa de variação de -0,13%, que compara com uma taxa de -0,45% em janeiro. Mas se em termos homólogos os produtos energéticos deram um contributo positivo para a desaceleração, em termos mensais o cenário é exatamente o contrário com um agravamento de 0,87% que contrasta com a desaceleração de 0,46% em janeiro.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.