Mutares duplica faturação, mas Efacec continua no vermelho

  • ECO
  • 15 Janeiro 2025

Comissão parlamentar de inquérito à Efacec toma posse esta quarta-feira à tarde. Foi proposta pela Iniciativa Liberal para investigar o que se passou na nacionalização e na privatização da empresa.

As receitas da Efacec duplicaram em 2024 face aos 150 milhões gerados no ano anterior, com “mais de 80%” das vendas em países como Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, países nórdicos e Estados Unidos”, avançou fonte oficial da empresa ao Jornal de Negócios. No entanto, a empresa continua no vermelho. O fundo alemão Mutares, que ficou com a empresa da Maia a 1 de novembro de 2023, só prevê “alcançar um EBITDA positivo em 2025”, devendo para isso “deixar para trás os projetos antigos deficitários”.

Embora não revele os números finais do primeiro exercício financeiro completo da Efacec sob a sua liderança, por estar ainda a fechar as contas, a Mutares reconhece que “o resultado em 2024 será certamente afetado por custos de transformação pontuais”, mas está “muito otimista”. Até porque redefiniram a estratégia e concentraram-se mais no core business (transformadores, aparelhagem, transportes, automação e mobilidade elétrica), adequando os custos às receitas, ou seja, reduziram “as despesas gerais excessivas” e melhoraram as margens.

Esta quarta-feira, tal como o ECO avançou, toma posse a comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão do Grupo Efacec, às 14h30. Uma comissão proposta pela Iniciativa Liberal para investigar o que se passou na nacionalização e privatização da empresa.

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“É possível fazer o novo aeroporto sem encargos para o Orçamento”, diz Miranda Sarmento

Depois de ter admitido a hipótese de existirem custos para os contribuintes, o ministro das Finanças garante agora que a informação na posse do Governo não prevê verbas do Orçamento do Estado.

O ministro das Finanças afirmou esta quarta-feira no Parlamento que a informação da ANA, recebida pelo Governo, indica que o aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete pode ser feito sem encargos para os contribuintes. Rejeita divergência com declarações proferidas em janeiro.

Neste momento a informação que temos é que é possível fazer o aeroporto de Alcochete sem encargos para o Orçamento do Estado“, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, que está a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Há cerca de um mês, durante a cerimónia de entrega pela ANA do Relatório Inicial sobre o novo aeroporto, o ministro tinha colocado a hipótese de existirem custos suportados pelos contribuintes. Miranda Sarmento disse que esperava que “os encargos para o Orçamento do Estado sejam os mais limitados possíveis, de preferência sem impacto para os contribuintes”, antes ainda de conhecer o conteúdo do relatório.

Na altura, o Executivo liderado por Luís Montenegro veio clarificar, em comunicado, que “mantém-se a intenção do Governo de não onerar diretamente o Orçamento do Estado com a construção do aeroporto”, sendo esse o cenário previsto pela ANA.

Não há nenhuma divergência entre o que disse naquela cerimónia [e agora]. Tínhamos acabado de receber o relatório e não tinha conhecimento sobre o conteúdo“, respondeu Miranda Sarmento aos deputados esta sexta-feira. Já conhecendo o documento, afirma que ele “indica que a concessionária está disponível para suportar na totalidade aquilo que são os encargos diretos das infraestruturas aeroportuárias”.

O Governo pronuncia-se no final desta semana sobre o Relatório Inicial entregue pela ANA a 17 de dezembro.

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Portugal paga menos de 2,5% por 1.000 milhões de dívida de curto prazo

Custos de financiamento de curto prazo baixaram significativamente no primeiro leilão do ano. Tesouro pagou menos de 2,5% para levantar 1.000 milhões em bilhetes a 12 meses.

Portugal pagou menos de 2,5% para obter um financiamento de 1.000 milhões de euros no primeiro leilão de Bilhetes do Tesouro do ano, que se traduziu numa forte redução do custo da dívida de curto prazo.

O Tesouro português pagou uma taxa média de 2,416% por estes bilhetes com o prazo de 12 meses, que compara com os 2,794% que pagou no anterior leilão comparável realizado em setembro passado. Foi a taxa mais baixa desde 2022, de acordo com os dados disponibilizados pelo IGCP.

Taxa a 12 meses em queda

Fonte: IGCP

Os investidores manifestaram uma procura que ascendeu a perto de 2,7 mil milhões de euros, quase o triplo do que a agência da dívida pública emitiu neste leilão, o que ajudou a baixar o custo da operação.

Os resultados do leilão ficaram abaixo da Espanha, Bélgica e França em operações semelhantes realizadas esta semana, e pouco acima da Alemanha.

A redução dos custos de financiamento traduz não só o nível de confiança do mercado em relação às contas públicas e economia de Portugal, mas também ao alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), depois de um forte aperto nos últimos dois anos para controlar a inflação.

O programa de financiamento da República para 2025 prevê a emissão líquida de 4,6 mil milhões de euros em Bilhetes do Tesouro. Até ao fim do primeiro trimestre estão previstas mais duas operações com dívida de curto prazo, em fevereiro e outra em março.

O grosso do financiamento será obtido através de Obrigações do Tesouro — instrumento já estreado este ano com a emissão de dívida a dez anos sindicada de 4.000 milhões na semana passada.

(Notícia atualizada às 10h52)

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SRS Legal e CS’Associados assessoram investimento da Bolseira

A equipa de Corporate & Finance da SRS envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio Nuno Miguel Prata. Já a da CS'Associados foi liderada pelo sócio Bernardo Abreu Mota.

A SRS Legal assessorou os acionistas da Bolseira – Embalagens, S.A no investimento de 9,5 milhões de euros na sociedade pela CoRe Capital, que passa assim a deter 50,1% da Bolseira. A CS’Associados esteve do lado da CoRe Capital nesta operação.

“A SRS Legal assessorou a família fundadora da Bolseira – Carlos Fernando Tribuna, José Eduardo Tribuna e Helena Sofia Tribuna – na fase de negociação e celebração do acordo de investimento, bem como de toda a documentação transacional”, refere o escritório em comunicado.

A equipa do departamento de Corporate & Finance da SRS envolvida nesta operação foi liderada pelo sócio Nuno Miguel Prata e contou ainda com a participação dos associados Joana Ferreira Gonçalves e Miguel Pereira Bonifácio.

“O investimento foi executado através do fundo CoRe Consolida – criado no âmbito do Programa Consolidar, do Banco Português de Fomento –, que incluiu a compra e venda de participações sociais e o aumento do capital social da sociedade, passando a CoRe Capital a deter o controlo da produtora de sacos de papel de baixa gramagem”, refere a SRS.

Já a CS’Associados esteve do lado da CoRe Capital nesta operação. A equipa foi liderada pelo sócio Bernardo Abreu Mota e contou com o associado Francisco Soares de Sousa.

A Bolseira – Embalagens, S.A. é uma empresa portuguesa especializada na fabricação de pequenas embalagens de papel, particularmente sacos de papel kraft, destinados a múltiplas aplicações, incluindo o setor alimentar. Fundada em maio de 1997, a empresa tem sede na Zona Industrial de Mamodeiro, em Aveiro e exporta a maioria da sua produção. Já a CoRe Capital é uma sociedade gestora de capital de risco portuguesa, fundada em 2017 e sediada em Lisboa. Foca-se no apoio a pequenas e médias empresas (PME) nos setores industrial, agroindustrial, comércio, turismo, transportes e logística. A empresa tem dois fundos principais: o CoRe Restart I e o CoRe Consolida.

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Tem uma empresa? Já pode ser citado pela Justiça por via eletrónica

Os titulares de cargos em empresas, como administradores, gerentes e diretores, já podem usar o atributo empresarial do SCAP para citações e notificações eletrónicas.

A partir desta terça-feira, os administradores, gerentes e diretores de empresas – através do Sistema de Certificação de Atributos Empresariais (SCAP) – já podem ser citados e notificados pelos tribunais por via eletrónica.

“O Decreto-Lei n.º 91/2024, de 22 de novembro, que regulamenta as citações e notificações eletrónicas a cidadãos e empresas, no âmbito de processos judiciais, já está em vigor”, refere o Ministério da Justiça em comunicado.

Após os atributos empresariais passarem a ser atribuídos automaticamente com o registo comercial definitivo da nomeação dos órgãos sociais da empresa, chegou agora a vez desses atributos passaram a poderem ser usados em matéria de citações e notificações judiciais, feitas por via eletrónica.

Mas o que é o SCAP? Este mecanismo permite associar os cargos profissionais aos certificados digitais do Cartão de Cidadão e da Chave Móvel Digital. A disponibilização de ferramentas de identificação eletrónica e assinatura “permite a utilização segura dos serviços digitais e agiliza a celebração de negócios eletrónicos no mundo empresarial”, diz o Ministério da Justiça.

“A atualização automática dos atributos empresariais no SCAP melhora a qualidade dos serviços públicos prestados às empresas, eliminando barreiras, complexidades e custos desnecessários, imprimindo maior celeridade às decisões”, refere o Governo.

A atribuição automática de atributos é também feita quando a sociedade ou cooperativa altera os órgãos sociais com o registo comercial definitivo e no momento de criação da empresa. Estes serviços podem ser realizados no IRN, nos balcões Empresa na Hora ou online através da plataforma Empresa 2.0.

Além de automática, a atribuição da certificação do atributo empresarial, que até aqui custava 40 euros na renovação e tinha uma validade de dois anos, passou a ser gratuita, mantendo-se válida enquanto os membros dos órgãos sociais da empresa estiverem registados no IRN.

Com o registo da cessação de funções ou cancelamento da matrícula da sociedade, a certificação para os anteriores titulares dos cargos é igualmente cancelada. Mais de 594 mil empresas puderam beneficiar desta atualização. Até aqui, a adesão ao SCAP contabilizava 37 mil entidades.

No futuro, a atribuição automática da certificação de atributos profissionais vai abranger outras entidades como associações e fundações.

“No contexto das empresas, os titulares com esta certificação podem utilizar o seu CC ou CMD para se autenticar e assinar documentos eletrónicos em atos como contratação pública, candidaturas a fundos nacionais e comunitários, faturas eletrónicas, movimentação de contas bancárias ou requerer pedidos de registo, comprovando a qualidade profissional e os poderes das funções que exercem numa determinada entidade comercial, sem necessidade de apresentar outro comprovativo”, explicam.

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Segurança Social vai transferir 4 mil milhões de euros para “almofada” das pensões

Ministra do Trabalho garante que Governo vai continuar a "reforçar a proteção das pensões futuras", nomeadamente com a transferência, em fevereiro, de quatro mil milhões para o FEFSS.

A ministra do Trabalho anunciou esta quarta-feira que a Segurança Social vai transferir em fevereiro quatro mil milhões de euros relativos aos saldos de 2024 para a chamada “almofada” das pensões. Numa audição parlamentar, Maria do Rosário Palma Ramalho sublinhou que, legalmente, o Governo não tem obrigação de fazer essa transferência — uma vez que o fundo já cobre mais de dois anos de pensões –, mas vai fazê-lo, uma vez que está preocupado com a sustentabilidade do sistema.

“No princípio de fevereiro, a Segurança Social vai transferir os saldos de 2024 no valor de quatro mil milhões de euros. Será a maior transferência de sempre“, indicou a governante, que está no Parlamento esta manhã para uma audição regimental.

No verão do ano passado, o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) — isto é, a “almofada” das pensões — atingiu, pela primeira vez, o montante suficiente para pagar, pelo menos, dois anos de pensões, cumprindo o objetivo que estava previsto na lei.

Assim, legalmente, o Governo não teria obrigação de transferir os saldos de 2024, explicou a ministra do Trabalho. Mas vai fazer a referida transferência, até porque, apesar da meta estar cumprida, mantém-se a preocupação em torno da sustentabilidade da Segurança Social. Aliás, “acaba de ser criado um grupo de trabalho” dedicado a esse tema, revelou a governante.

Em 2024, tinham sido transferidos 3,6 mil milhões de euros em saldos para o FEFSS. Em quatro anos (entre 2022 e 2025), a Segurança Social injetou, deste modo, 15 mil milhões de euros na “almofada” das pensões.

Pagar à Segurança Social por MB Way

Audição da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, na Assembleia da República - 16MAI24
Audição da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, na Assembleia da República.Hugo Amaral/ECO

Na audição desta quarta-feira, a ministra do Trabalho aproveitou para anunciar, ainda no que diz respeito à Segurança Social, que será lançado nos próximos meses um programa para reduzir as filas ao nível dos atendimentos e a opção de fazer os pagamentos à Segurança Social por MB Way.

Por outro lado, Palma Ramalho foi questionada pelo PS sobre os imigrantes — depois de a Segurança Social ter assegurado que é possível fazer contratos de trabalho com estrangeiros mesmo que não tenham NISS –, tendo esclarecido que não se está desta forma a empurrar ninguém para a ilegalidade. Antes, passa a ficar previsto que, assim que o empregador comunica o contrato de trabalho, o NISS é atribuído automaticamente.

Já quanto às prestações sociais, destaque para o aumento dos beneficiários do Complemento Solidário para Idosos. Com as alterações feitas em 2023, o universo de beneficiários cresceu em 83 mil, atingindo um universo de cerca de 200 mil pessoas. Por outro lado, há a notar que, em 2024, abriram mais 6.450 vagas em creches, destacou a governante.

“Apenas sete nomeações” por iniciativa da tutela

Por outro lado, a ministra do Trabalho reconheceu esta quarta-feira que, em nove meses de legislatura, “houve um conjunto de movimentações nos quadros dirigentes da Segurança Social e do Trabalho“, mas precisou que, num total de 40, apenas sete foram nomeações feitas por cessação das comissões de serviço por iniciativa da tutela.

As outras nomeações foram feitas ou porque o lugar está vago ou porque a pessoa que estava não podia continuar. “Rotação normal“, considerou a governante.

Por fim, no que diz respeito à Santa Casa da Misericórdia, a ministra do Trabalho adiantou que o plano de reestruturação tem já uma taxa de execução 37,5%, o que permitiu um resultado líquido positivo de 27,9 milhões de euros. “Estou bastante confortável com a decisão, que foi difícil à época”, rematou Palma Ramalho, referindo-se à polémica substituição da provedora desta instituição.

Notícia atualizada às 13h14

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Miranda Sarmento rejeita que isenção de IMT tenha provocado aumento do preço das casas

Dispensa total ou parcial de pagamento do imposto na compra da primeira habitação própria e permanente já beneficiou mais de 16 mil jovens até ao final de 2024, contabiliza o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, rejeita qualquer correlação entre o aumento do preço das casas e a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo (IS) na compra da primeira habitação por jovens até aos 35 anos, instrumento implementado pelo atual Governo no ano passado.

“Não conheço nenhum estudo que mostre uma correlação de causalidade entre esta medida e o aumento dos preços da habitação”, afirmou o governante esta quarta-feira durante uma audição na comissão de orçamento, finanças e administração pública (COFAP), no Parlamento, em resposta a uma pergunta do vice-presidente da bancada e deputado do PS, Carlos Pereira.

Em jeito de balanço, Miranda Sarmento revelou ainda que “até ao final do ano passado, já tinham beneficiado desta isenção total ou parcial mais de 16 mil jovens, que já pouparam 62 milhões de euros em poucos mais de quatro meses”.

O ministro das Finanças referiu que “os preços das casas estão a subir desde 2017” e reconheceu que, “nos últimos quatro anos, tiveram subidas muito significavas”. No entanto, salvaguardou, “como não há nenhuma evidência que esta medida possa ter algum impacto no preço”, Miranda Sarmento considera que “não há qualquer captura desta medida por parte de quem esteja a vender casas”.

Se a medida não existisse, o que temos por certo é que muitos desses 16 mil jovens não teriam comprado casa ou teriam tido feito um esforço adicional que não tiveram de fazer. Assim, há uma redução dos impostos que ajuda uma classe que está a iniciar a sua vida profissional que precisa de uma primeira habitação e que encontra aqui uma forma de poupança, que pode ir até 15 mil euros na compra da casa”, defendeu.

Tendo em conta que, em 2024, o Estado gastou 62 milhões de euros em apenas cinco meses com a isenção de IMT e IS do lado da perda de receita, o deputado do PS, Carlos Pereira, questionou se a previsão de 60 milhões do custo com esta medida inscrita para todo o ano 2025 estava correta. Miranda Sarmento garantiu que as estimativas estão certas.

“Como um houve um leque desde o anúncio da medida até à sua implementação, houve muitas compras de casa suspensas à espera do benefício, por isso, houve um aumento muito significativo de compras em agosto, setembro e outubro”, esclareceu. Ou seja, a despesa em 2024 ficou muito concentrada naqueles meses, enquanto ao longo de 2025 será dispersa ao longo do ano.

A isenção total de IMT e de Imposto do Selo é atribuída apenas a imóveis até 316.772 euros. Se o valor da casa for igual ou inferior a 633.453 euros, mantém-se o direito à isenção integral, mas apenas na parte que não excede 316.772 euros. Ou seja, a dispensa de pagamento dos impostos é parcial entre 316.772 e 633.453 euros.

Governo responsabiliza senhorios por alegados atrasos no apoio às rendas

A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, rejeitou que a Autoridade Tributária (AT) se atrase a comunicar os dados relativos aos apoios à renda. A governante que acompanhou Miranda Sarmento na audição regimental respondeu assim ao deputado Rui Afonso, do Chega, que questionou a equipa das Finanças sobre o tema.

“A informação que dispomos é que não há nenhum atraso da AT na comunicação dos dados. Essas alegadas falhas resultam do desenho do próprio regime”, disse.

Segundo a secretária de Estado, algum eventual atraso é “exclusivamente imputado aos senhorios” por atrasos “na comunicação do fim do contrato de arrendamento”, garantindo que “a AT está a cumprir”.

(Notícia atualizada às 10h45)

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Portugal transmite mensagem de “esperança” a Moçambique. Daniel Chapo investido como presidente

  • Lusa
  • 15 Janeiro 2025

Ministro Paulo Rangel dá conta da mensagem de “esperança” transmitida pelo Presidente da República a Moçambique, no dia em que Daniel Chapo toma posse como Chefe de Estado do país africano.

O Presidente de Portugal transmitiu a Moçambique uma “mensagem de esperança”, indicou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, que está em Maputo para participar da investidura de Daniel Chapo como novo Presidente.

“Ele deixa uma palavra de bastante calor e de grande esperança em que Moçambique possa dar também ao seu povo condições de prosperidade cada vez maiores e melhores de forma que esta nação, que é tão jovem em idade e jovem porque tem tantos adolescentes que merecem um futuro, que é importante assistir este momento de construção desse futuro”, disse Paulo Rangel, à chegada à Praça da Independência, onde vai decorrer a investidura de Chapo como quinto Presidente de Moçambique.

Rangel, que representa o Governo português na cerimónia de investidura de Daniel Chapo, destacou uma “relação forte” entre Marcelo Rebelo de Sousa e Moçambique e indicou que Portugal tem acompanhado a atualidade do país face à tensão pós-eleitoral. “Para nós, o destino de Moçambique, o seu bem, a prosperidade e desenvolvimento são também desenvolvimento e prosperidade para Portugal”, referiu.

Na terça-feira, o candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou Paulo Rangel de parcialidade e de “manipular” a opinião pública ao dizer que tem acompanhado o processo pós-eleitoral em Moçambique.

“Não há trabalho feito da sua parte em relação ao diálogo em Moçambique. Pelo contrário, o senhor sempre foi parcial, foi tendo posições totalmente tristes, sempre foi de adjetivos contra a minha pessoa”, afirmou Venâncio Mondlane, num direto a partir da sua conta oficial na rede social Facebook, dirigindo-se a Rangel.

“Saiba muito bem como é que se vai posicionar em Moçambique”, avisou Mondlane, saudando, contudo, a ausência da cerimónia do Presidente da República ou do primeiro-ministro de Portugal.

Daniel Chapo toma posse como quinto Presidente moçambicano

Daniel Chapo é investido esta quarta-feira, em Maputo, como quinto Presidente da República de Moçambique, o primeiro nascido já depois da independência do país, numa cerimónia com cerca de 2.500 convidados e a presença de dois chefes de Estado.

Atual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo era governador da província de Inhambane quando, em maio de 2024, foi escolhido pelo Comité Central para ser candidato do partido no poder à sucessão de Filipe Nyusi, que cumpriu dois mandatos como Presidente da República.

Em 23 de dezembro, Daniel Chapo, 48 anos, foi proclamado pelo Conselho Constitucional como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, nas eleições gerais de 9 de outubro, que incluíram legislativas e para assembleias provinciais, que a Frelimo também venceu.

A cerimónia de investidura vai decorrer na Praça da Independência, no centro de Maputo, e arranca, segundo o programa oficial, às 8 horas locais (menos duas horas em Lisboa), com atividades culturais, prolongando-se até às 12h20.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane — que, segundo o Conselho Constitucional, obteve apenas 24% dos votos, mas que reclama vitória — a exigirem a “reposição da verdade eleitoral”, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que já provocaram 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Venâncio Mondlane convocou três dias de paralisação e manifestações, desde segunda-feira, contestando a tomada de posse dos deputados eleitos à Assembleia da República e a investidura do novo Presidente da República.

Novo Presidente promete ampla reforma do Estado centrada nos cidadãos moçambicanos

Daniel Chapo, o novo Presidente de Moçambique, num evento em Maputo a 23 de dezembro de 2024EPA/LUISA NHANTUMBO

O novo Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, prometeu esta quarta-feira lançar uma ampla reforma do Estado para reduzir o número de ministérios, criar novas entidades, fomentar a digitalização dos serviços públicos e combater a corrupção.

A corrupção é uma doença que tem corroído o nosso povo, com funcionários públicos fantasmas, cartéis que enriquecem à custa do povo, e isto tem de acabar; não haverá lugar para quem coloca os seus interesses acima dos interesses do povo moçambicano, seja no setor público, seja no privado“, disse o Presidente, no discurso de tomada de posse, feito em Maputo, e no qual começou por fazer um minuto de silêncio pelas vítimas das catástrofes que têm assolado o país.

Na intervenção de quase 50 minutos, Daniel Chapo passou em revista variadas transformações que prometeu implementar enquanto líder do país, entre as quais estão a redução do número de ministérios, a valorização dos serviços públicos, a transformação do sistema educativo, a responsabilização dos funcionários públicos, a criação de novas entidades na gestão da administração pública e a promessa de que, juntos, os moçambicanos “voltarão a ter orgulho em ser moçambicanos”.

“Vamos implementar mudanças importantes sobre como o Governo funciona, colocando o povo no centro das decisões”, prometeu, exemplificando que a redução do tamanho do Governo, “com menos ministérios e a eliminação das secretarias de Estado equiparadas a ministérios”, vai permitir uma poupança de 17 mil milhões de meticais (mais de 258 milhões de euros) por ano, “que serão direcionados para onde realmente importa: educação, saúde, agricultura, água, energia, estradas, e melhoria das condições de vida do povo”.

A eliminação da figura do vice-ministro e a reformulação dos cargos dos secretários de Estado e dos secretários permanentes, além da revisão do papel dos secretários de Estado nas províncias, foram outras das promessas do novo Presidente, que disse igualmente ir rever as regalias dos dirigentes públicos e o programa de privatizações do Estado.

“Estas mudanças incluem congelar a aquisição de viaturas protocolares para o Estado, para podermos adquirir ambulâncias e outras viaturas para servir o povo, e são medidas concretas que mostram que o Governo está disposto a apertar o cinto e liderar pelo exemplo”, salientou.

Moçambique, apontou, “não pode continuar a ser refém da corrupção, do compadrio, da inércia, do clientelismo, do ‘amiguismo’, do nepotismo, do ‘lambe-botismo’, da incompetência e injustiça e dos vícios e dos desvios da boa conduta que é exigida aos serviços públicos”, afirmou, perante o aplauso generalizado da plateia que assistia ao discurso.

A digitalização dos serviços públicos e a criação de um Ministério dos Transportes e Logística, essencialmente dedicado aos caminhos-de-ferro e aos portos, bem como a criação de um Tribunal de Contas e de tribunais intermédios que agilizem os processos, a par de centros de arbitragem, foram outras das medidas apresentadas por Daniel Chapo no que diz respeito à reforma do Estado.

(Notícia atualizada às 12h34 com discurso de Daniel Chapo)

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Arábia Saudita interessada na antiga refinaria da Galp em Matosinhos

  • ECO
  • 15 Janeiro 2025

Oportunidade foi sugerida por Luís Filipe Menezes em reunião preparatória com empresários árabes. Comitiva saudita vem a Portugal em maio para preparar investimentos também no turismo e imobiliário.

A Arábia Saudita está interessada em investir na reconversão dos terrenos da antiga refinaria da Galp em Matosinhos. O Jornal de Notícias (acesso pago) avança esta quarta-feira que está prevista para maio uma viagem à região Norte de uma delegação composta por “cem empresários e três ou quatro ministros” do país.

A visita, anunciada na terça-feira numa reunião preparatória entre a Câmara do Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, a autarquia do Porto e o Conselho Empresarial Luso-Saudita, também servirá para preparar investimentos nas áreas da saúde, do turismo e do imobiliário na região do Porto.

Foi Luís Filipe Menezes, que lidera a Câmara do Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, que sugeriu aos empresários árabes investir na reconversão da antiga refinaria da Petrogal, desativada desde 2021 e cuja demolição arrancou em 2023. “Tem os mesmos recursos que Cascais e [a zona] está livre para ser usada em grandes projetos. Todos sabemos que pode ser uma área fantástica e que pressupõe uma capacidade financeira extra” devido aos custos com a descontaminação dos solos, disse.

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Governo confiante no crescimento económico. “Números do 4º trimestre foram significativamente bons”

Ministro das Finanças considera que números provisórios indicam "um bom quarto trimestre", dando "maior robustez na previsão de crescimento económico".

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, afirmou esta quarta-feira que há sinais de que a economia portuguesa registou um “bom” desempenho na reta final do ano passado, permitindo maior confiança na concretização da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8%.

A posição de Miranda Sarmento foi transmitida durante a audição regimental que decorre esta manhã na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP).

Os números do quarto trimestre foram significativamente bons. Existiu uma boa aceleração económica. Os números ainda são provisórios, mas indicam um bom quarto trimestre”, afirmou.

Segundo o governante, estes dados levam a uma “maior robustez na previsão de crescimento económico”.

Em causa estão os indicadores de compósito da atividade – que revela “uma aceleração significativa da atividade” – e do consumo privado, que também registou uma aceleração face ao mesmo período de 2023.

Fonte: Apresentação do ministro das Finanças na COFAP

A economia portuguesa cresceu 1,9% em termos homólogos no terceiro trimestre de 2024 e 0,2% na comparação em cadeia. O Instituto Nacional de Estatística (INE) irá divulgar a estimativa rápida sobre a evolução do PIB no quarto trimestre e na totalidade de 2024 a 30 de janeiro.

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Caso BES. Audição a Passos Coelho adiada devido a greve dos funcionários judiciais

A audição a Pedro Passos Coelho agendada para esta quarta-feira às 9h30 foi adiada devido à greve dos funcionários judiciais. O antigo primeiro-ministro ia ser ouvido como testemunha no processo BES.

A audição a Pedro Passos Coelho, agendada para esta quarta-feira às 9h30, foi adiada devido à greve dos funcionários judiciais. O antigo primeiro-ministro ia ser ouvido como testemunha no processo principal do colapso do Banco Espírito Santo (BES) e do Grupo Espírito Santo (GES), que decorre desde outubro no Tribunal Criminal de Lisboa.

“É caso para dizer ‘não me livro disto'”, reagiu, à saída do Tribunal Criminal de Lisboa, o chefe de Governo à data da resolução do BES, no verão de 2014. Pedro Passos Coelho considerou, à entrada do tribunal, que em causa está uma matéria “mais do que requentada”, acrescentando que toda a sua intervenção enquanto primeiro-ministro está “razoavelmente esclarecida”.

Na próxima sessão – a nova data ainda não está marcada – Pedro Passos Coelho deverá responder às questões do coletivo de juízes presidido pela magistrada Helena Susano, mas também do Ministério Público e das defesas dos arguidos. O antigo primeiro-ministro era chefe de Governo à data da resolução do BES, no verão de 2014, e a sua inquirição tinha chegado a ser agendada para 30 de outubro de 2024.

O processo conta atualmente com 18 arguidos, incluindo o ex-presidente do banco, Ricardo Salgado, de 80 anos e diagnosticado com a doença de Alzheimer. Ricardo Salgado responde por cerca de 60 crimes, incluindo um de associação criminosa e vários de corrupção ativa no setor privado e de burla qualificada. O Ministério Público estima que os atos alegadamente praticados entre 2009 e 2014 pelos 18 arguidos, ex-quadros do BES e de outras entidades da esfera do GES, tenham causado prejuízos de 11,8 mil milhões de euros.

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Montepio Crédito Conquista Prémio Cinco Estrelas em Financiamento Sustentável

  • Conteúdo Patrocinado
  • 15 Janeiro 2025

Pelo segundo ano, o Montepio Crédito venceu o Prémio Cinco Estrelas em Financiamento Sustentável, destacando-se pelo compromisso com soluções financeiras sustentáveis.

O Montepio Crédito foi distinguido com o Prémio Cinco Estrelas na categoria de Financiamento Sustentável, marcando o segundo ano consecutivo em que a instituição é reconhecida pelo seu compromisso com soluções financeiras que promovem a sustentabilidade. Este reconhecimento sublinha o papel do Montepio Crédito como instituição de referência em práticas de financiamento que incentivam a transição para uma economia mais verde e sustentável.

Esta é uma distinção atribuída anualmente a marcas, produtos e serviços que se destacam pela sua excelência e elevado nível de satisfação dos consumidores. Este galardão avalia diferentes parâmetros como a inovação, a relação qualidade-preço, a satisfação pela experiência de compra e a intenção de recomendação.

Para a edição de 2025, o Montepio Crédito foi avaliado com base em feedback de 1.931 consumidores e cinco marcas concorrentes. Os resultados do Montepio Crédito revelaram uma satisfação global de 7,8 em 10 e um Net Promoter Score (NPS) de 34.

Alcançar este reconhecimento consecutivamente demonstra um compromisso sólido com a qualidade e a sustentabilidade, atributos cada vez mais valorizados pelos consumidores e pelo setor financeiro.

Montepio Crédito vencedor do Prémio Cinco Estrelas na categoria Financiamento Sustentável, pelo segundo ano consecutivo. Este prémio – referente ao ano de 2024 – foi atribuído por Five Stars Consulting.

Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu.

Montepio Crédito – Instituição Financeira de Crédito S.A. entidade registada no Banco de Portugal sob o nº 0796.Entidade registada no Banco de Portugal sob o nº 0796.

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