Elon Musk apoia o partido de extrema-direita alemão

  • ECO
  • 20 Dezembro 2024

Elon Musk está a apoiar o partido de extrema-direita alemão, o Alternativa para a Alemanha (AfD). O empresário e conselheiro de Trump mostrou o seu apoio ao partido através das redes sociais.

O bilionário norte-americano Elon Musk está a apoiar o partido de extrema-direita alemão, o Alternativa para a Alemanha (AfD), avança o Financial Times. O empresário e conselheiro de Trump mostrou o seu apoio ao partido através das redes sociais.

No X (antigo Twitter), rede social detida por Musk, o empresário partilhou um vídeo de uma ativista alemã de direita e escreveu o seguinte: “Só o AfD pode salvar a Alemanha”.

 

Em novembro, mais de uma centena de deputados do parlamento alemão (Bundestag) solicitaram a proibição do partido de extrema-direita AfD. Os deputados pediram ao Tribunal Constitucional alemão que se pronuncie o mais rapidamente possível sobre a eventual violação do artigo 21.º da Constituição por parte da AfD e a consequente ameaça à democracia no país.

A Alemanha vai a eleições a 23 de fevereiro e as sondagens sugerem que o AfD poderá obter cerca de 19% dos votos, ficando apenas atrás dos democratas-cristãos (CDU) liderados por Friedrich Merz, que deverão obter cerca de 30%.

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Senhas de acesso para autenticação no Portal das Finanças com novas regras

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Na emissão de senhas por carta, o contribuinte passa a ter de obrigatoriamente alterar esta senha no primeiro acesso ao Portal das Finanças.

A emissão e os critérios de complexidade mínimos das senhas de acesso ao Portal das Finanças têm novas regras, sendo estas aplicáveis a novas senhas ou nos casos de recuperação ou alteração das mesmas.

Numa informação publicada esta sexta-feira no Portal das Finanças, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) esclarece que estas novas regras visam reforçar a segurança no acesso aos serviços e aos dados pessoais disponíveis neste portal, que milhões de contribuintes utilizam para tratar da sua vida fiscal.

Desta forma, precisa a AT, na emissão de senhas por carta, o contribuinte passa a ter de obrigatoriamente alterar esta senha no primeiro acesso ao Portal das Finanças. Ou seja, o conjunto de carateres que constituem a senha de acesso que consta da carta recebida apenas serve para aceder ao portal na primeira vez, sendo necessário alterá-la a partir desse momento.

Além disso, os critérios mínimos de complexidade das senhas de acesso são reforçados, com as regras a exigirem que a nova senha tenha um mínimo de oito carateres constituídos por algarismos, letras minúsculas e maiúsculas e carateres especiais.

A AT sublinha que estas novas regras apenas se aplicam aos novos registos no Portal das Finanças e a quem fizer a recuperação ou alteração de senha, mantendo-se válidas as atuais senhas dos contribuintes registados no portal.

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ANA alerta para constrangimentos nos aeroportos devido a greve dos trabalhadores de handling

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

A gestora aconselhou os passageiros com viagens marcadas entre 22 e 1 de janeiro para confirmarem o estado do seu voo junto da companhia aérea ou da agência de viagens.

A ANA alertou esta sexta-feira para a possibilidade de se verificarem constrangimentos nos aeroportos entre 22 e 26 de dezembro e entre 31 do mesmo mês e 1 de janeiro devido à greve dos agentes de assistência em terra.

“A ANA Aeroportos de Portugal informa que, devido à greve convocada por alguns sindicatos das empresas de prestação de assistência em escala (agentes de handling) nos dias 22, 23, 24, 25, 26, 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos de Lisboa, Porto Faro, Funchal e Porto Santo poderão existir alguns constrangimentos”, avisou, em comunicado.

A gestora aeroportuária aconselhou assim os passageiros com viagens marcadas para estas datas a confirmarem o estado do seu voo junto da companhia aérea ou da agência de viagens. Esta sexta, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) reafirmou a greve dos trabalhadores da Menzies Portugal (antiga Groundforce) entre 22 e 26 de dezembro, após uma reunião com responsáveis da empresa sem resposta às reivindicações.

A greve é de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos no período compreendido entre as 00:00 do dia 22 e as 24:00 do dia 26 de dezembro.

Na origem desta paralisação está a existência de vencimentos base inferiores ao valor do salário mínimo nacional – SMN (820 euros em 2024), o incumprimento do pagamento das horas noturnas pelo valor previsto no acordo de empresa e o facto de a empresa pretender que os trabalhadores, nomeadamente os de assistência em terra, paguem o parque de estacionamento.

A empresa de handling Portway e os sindicatos Sindav, STHAA, Sitava e Simamevip também não se entenderam numa reunião que ocorreu em 17 de dezembro, mantendo-se a greve convocada pelas estruturas para o período de Natal e fim de ano. A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início às 00:00 do dia 24 de dezembro de 2024 e até às 24:00 de dia 01 de janeiro de 2025.

Decorrerá ainda a partir das 00:00 horas do dia 24 de dezembro de 2024 até às 24:00 do mesmo dia e a partir das 00:00 horas do dia 31 de dezembro até às 24 horas deste último dia do ano. A paralisação irá também abranger o trabalho em dia feriado que seja dia normal de trabalho, a partir do dia 24 de dezembro e até 02 de janeiro de 2025.

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Serviços mínimos decretados na greve dos trabalhadores do lixo em Lisboa

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Sindicato indica que os 71 circuitos diários representam "cerca de 35%" do trabalho num dia normal, em que se realizam mais de 200 circuitos de recolha de lixo na cidade Lisboa".

A greve dos trabalhadores da higiene urbana na cidade de Lisboa vai realizar-se com serviços mínimos, com a realização de 71 circuitos de recolha de lixo nos dias 26, 27 e 28 de dezembro, disse à Lusa um dos sindicatos.

“Estamos a falar de 71 circuitos diários durante os dias 26, 27 e 28 de dezembro, que a câmara terá de gerir entre os três turnos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Nuno Almeida, acrescentando que vão estar ao serviço 167 trabalhadores no âmbito dos serviços mínimos decretados.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical indicou que a decisão de decretar serviços mínimos para a greve dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada entre o Natal e o Ano Novo, foi tomada pelo colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), referindo que este órgão “deu provimento às pretensões da câmara de terem serviços máximos”.

Nuno Almeida indicou que os 71 circuitos diários representam “cerca de 35%” do trabalho num dia normal, em que se realizam mais de 200 circuitos de recolha de lixo na cidade Lisboa. A proposta do STML para serviços mínimos era de 20 circuitos diários, o que implicaria ter cerca de 60 trabalhadores, com três por circuito.

Considerando que esta decisão “é uma profunda limitação ao direito à greve” e é “desproporcionado o nível de serviços mínimos decretados”, o STML vai “contestar nos órgãos judiciais apropriados para o efeito”, uma vez que a decisão é passível de recurso.

Em causa está a greve geral dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada para 26 e 27 de dezembro, assim como a greve ao trabalho extraordinário, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo.

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Presidente da República concede dois indultos a reclusos

Marcelo Rebelo de Sousa concedeu este ano dois indultos por razões humanitárias. A decisão foi tomada após reunir com a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, concedeu esta sexta-feira dois indultos a reclusos. As razões apontadas pelo chefe de Estado português foram humanitárias.

O Presidente da República recebeu, no Palácio de Belém, a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, para proceder à concessão de indultos. Foram concedidos dois indultos por razões humanitárias, com base na proposta da Ministra da Justiça, ou seja, todos que foram propostos pela Ministra da Justiça conforme previsto na lei”, lê-se no site oficial da presidência.

O indulto é uma competência exclusiva do Presidente da República, prevista na Constituição, não estando sujeita a qualquer condição, para além da audição prévia do Governo, representado pela ministra da Justiça. Com o indulto pode haver um perdão total ou parcial da pena, bem como a revogação de penas acessórias de expulsão do país aplicadas a reclusos estrangeiros. Também pode existir uma substituição da pena por outra menos grave. Ou seja, em termos práticos, o indulto é o mesmo que uma absolvição ou perdão de uma pena concedido pelo chefe de Estado.

Segundo o Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade, o pedido de indulto pode ser feito pelo condenado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou por pessoa com quem o condenado mantenha uma relação análoga à dos cônjuges, ou por familiar. Também o diretor do estabelecimento prisional em que está o recluso pode pedir a libertação.

O indulto tem de ser pedido até ao dia 30 de junho de cada ano e tem de estar acompanhado do processo do Tribunal de Execução das Penas. Posteriormente passa por vários pareceres, pela posição do ministro da Justiça e, no final, pela decisão do Presidente da República.

A instrução do processo deve estar concluída no prazo de 90 dias a contar da data de autuação no Tribunal de Execução das Penas. Sendo que este prazo pode, excecionalmente, ser prorrogado até ao limite de 120 dias se o juiz assim o decidir fundamentadamente. Após a instrução, o Ministério Público (MP) emite parecer no prazo de cinco dias. “Emitido o parecer, o juiz pronuncia-se no prazo de oito dias e ordena a remessa dos autos ao ministro da Justiça, que os leva à decisão do Presidente da República”, lê-se na lei.

O chefe de Estado decide a partir de uma lista que lhe é apresentada pela ministra da Justiça e a 22 de dezembro, por norma, anuncia quantos pedidos de indulto foram concedidos, sendo de imediato comunicada a decisão ao condenado, ao requerente e aos tribunais. Quando a concessão do indulto implica a imediata libertação do indultado, o decreto presidencial é logo comunicado, pelo Ministério da Justiça, ao tribunal de execução das penas com vista à emissão do correspondente mandado.

Ainda assim, os indultos podem ser revogados até ao momento em que ocorreria o termo da pena, sempre que se revelem falsos os factos que levaram à sua concessão ou quando não sejam respeitadas as condições nele incluídas.

Em 10 anos de mandato, o ex-Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, concedeu 71 indultos e em nove anos Marcelo Rebelo de Sousa já concedeu 51, sendo que 14 deles foi devido à Covid-19, no âmbito de um regime excecional. Ainda assim, foi Jorge Sampaio o presidente que, entre os três, mais perdoou. Entre as principais razões dadas pelos chefes de Estado para a concessão de indultos estão as razões humanitárias e de ressocialização.

Desde reclusos que fazem esforços para recuperarem da toxicodependência, aqueles que se dedicam aos estudos, até aos que se sujeitam à condição de tratar do seu problema de alcoolismo, vários são os casos que chegam às “mãos” dos chefes de Estado e que têm carimbo verde.

Um indulto polémico já “assombrou” o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa. Em 2018, o chefe de Estado concedeu indulto a um padre que tinha sido condenado no ano anterior a dois anos e nove meses por maus tratos contra crianças e idosos com doenças físicas e mentais na Casa do Gaiato de Beire, em Paredes. Tratava-se de uma pena suspensa, mas com o indulto caiu a pena acessória decretada pelo Tribunal de proibição de regresso à instituição.

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Custo da tarifa social da luz desce para 124,2 milhões de euros em 2025

Valor do financiamento reduz-se em 12 milhões de euros em 2025 face ao ano anterior, devido à diminuição do número de beneficiários, anunciou a ERSE.

A tarifa social da eletricidade vai custar menos em 2025 devido à redução do número de beneficiários, anunciou esta sexta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Face ao 2024 a diferença é de 12 milhões de euros.

Para 2025, o valor do financiamento dos custos da tarifa social será de 124,2 milhões de euros, cerca de 12 milhões de euros menos que o valor previsto no ano anterior de 136,5 milhões de euros. Esta diminuição é justificada pela redução do número de beneficiários deste apoio, em 2025, em Portugal continental e nas Regiões Autónomas“, refere o regulador.

A ERSE anunciou, assim, a aprovação, após processo de consulta pública, das diretivas referentes à repartição do financiamento dos custos com a tarifa social em 2025 e de ajustamentos de anos anteriores.

Desde o ano passado, o modelo de financiamento dos custos com a tarifa social de eletricidade alterou-se, passando a considerar não só os produtores, como os comercializadores e os demais agentes de mercado na função de consumo. Compete à ERSE garantir a operacionalização do financiamento da tarifa social.

O quadro legal prevê “a realização de consultas públicas para a repartição dos montantes da tarifa social, incluindo os ajustamentos relativos a anos anteriores, promovendo desta forma, previamente à decisão da ERSE, a participação dos agentes financiadores e a sua pronúncia sobre a proposta de repartição dos montantes a financiar no ano seguinte”.

A tarifa social resulta da aplicação de um desconto na tarifa de acesso às redes de eletricidade e a aplicação do desconto na tarifa de acesso às redes permite a sua aplicação tanto no mercado liberalizado como no mercado regulado.

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Sodecia entra no capital e gestão da empresa centenária alemã Huf

O acordo prevê aquisição inicial de 30% e o alcance de uma posição maioritária até 2028. Rui Lemos Monteiro vai tornar-se CEO da empresa no próximo ano.

A Sodecia assinou esta quinta-feira um acordo para entrar na estrutura acionista e na equipa de gestão do grupo alemão Huf, uma empresa de componentes para o setor automóvel que tem estado em processo de reestruturação e refinanciamento desde 2021. A empresa nortenha, liderada pelo Rui Lemos Monteiro, comprou uma posição minoritária de 30%, mas irá aumentar essa participação ao longo dos próximos anos.

O acordo prevê ainda que o empresário português se torne CEO da Huf no próximo ano. “O Huf tem um enorme potencial e estou ansioso por trabalhar com os seus colaboradores. A Huf tem carteiras de pedidos completas, um portefólio de produtos preparado para o futuro e equipas dedicadas em todo o mundo. Estamos a conquistar um parceiro global estabelecido para o grupo Sodecia, com grande reputação nos fabricantes automóveis”, afirmou o CEO da Sodecia, Rui Monteiro.

Para a empresa portuguesa – que esteve na corrida à Efacec – esta operação implica outras mudanças. Por exemplo, vai ser criada uma nova unidade de negócio chamada ‘Acesso & Autorização’ relacionada com as soluções vendidas pela Huf (sensores, chaves de automóveis, etc). Abre-se também a porta a mais clientes e mais geografias.

Como é que se processará a transação? Primeiro, a Sodecia adquire esta participação minoritária de 30% na Huf e dará fundos “significativos” de que a empresa alemã precisa para desenvolver os seus planos de crescimento. Depois, até 2028, a Sodecia aumentará a posição até que seja superior a 50%.

A Huf tem mais de 100 anos de história, sede na Alemanha, unidades em 12 países na Europa, América e Ásia, cerca de 7.500 trabalhadores e um volume de negócios superior a mil milhões de euros (1,2 mil milhões de euros em 2023). Fundada em 1908, na cidade de Velbert, por Ernst Hülsbeck e August Fürst em 1908, é reconhecida no mercado pelas soluções mecânicas, eletrónicas e de software para carros.

“A Sodecia é o parceiro ideal para a Huf. A empresa familiar portuguesa tem uma vasta experiência e recursos que permitirão à Huf não só reforçar a sua excelência operacional, mas também investir em soluções de acesso e autorização automóvel ainda mais inovadoras”, afirmou o presidente do conselho consultivo da Huf, Ulrich Hülsbeck.

A escritura do contrato de compra de ações foi feita em Frankfurt, de acordo com as informações divulgadas nas redes sociais pela equipa legal.

“Com esta operação, a Sodecia irá desenvolver uma nova linha de negócio, dedicada aos produtos de acesso e autorização para a indústria automóvel, na qual a Huf é um dos principais players internacionais com elevada reputação e reconhecida qualidade. A importância desta operação para o reforço da economia e da competitividade industrial portuguesas é indiscutível, com a perspetiva a longo prazo de a Sodecia reforçar a sua posição como um dos mais fortes fornecedores estratégicos dos principais OEM a nível mundial”, destacou o advogado Miguel Lopes Cardoso, sócio da Lopes Cardoso & Associados, reconhecendo que foi a operação de M&A mais complexa na qual esteve envolvido.

A Huf foi assessora pela Freshfields.

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ANAC aprova proposta que inclui subida de 2,97% das taxas no aeroporto de Lisboa

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

No aeroporto de Lisboa, as taxas reguladas têm um aumento médio de cerca de 2,97%. No caso dos aeroportos do Porto e de Faro a proposta tem uma redução média de, respetivamente, 0,89% e 0,37%.

A Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou a proposta tarifária para os aeroportos do Grupo de Lisboa, sendo que as taxas reguladas apresentam um aumento médio de cerca de 2,97% em Lisboa. A ANAC decidiu “aprovar a proposta tarifária para os aeroportos do Grupo de Lisboa”, lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira.

A exceção aplica-se à modulação de CO2 (dióxido de carbono) nas taxas de aterragem, à modulação da taxa de aterragem em Ponta Delgada, à taxa de passageiros com mobilidade reduzida (PMR) e a respetiva modulação e a taxa de segurança. Também não foi aprovada, provisoriamente, a taxa de serviços de passageiros.

A ANAC deu também ‘luz verde’ às propostas tarifárias para os aeroportos do Porto e de Faro, com exceção da modulação de CO2 nas taxas de aterragem, da taxa de PMR e respetiva modulação e da taxa de segurança. No aeroporto de Lisboa, as taxas reguladas têm um aumento médio de cerca de 2,97%.

Por sua vez, nos Açores (Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores), as taxas reguladas têm um agravamento médio de 0,09%, enquanto na Madeira (Madeira e Porto Santo) o acréscimo é de 0,47%. Já no Terminal Civil de Beja as taxas reguladas aumentam, em média, 1,13%.

No caso dos aeroportos do Porto e de Faro a proposta tem uma redução média de, respetivamente, 0,89% e 0,37% das respetivas taxas reguladas.

O Conselho de Administração da ANAC optou ainda por não aprovar provisoriamente a taxa de PMR e a modulação proposta, “uma vez que não estão reunidas as condições para a aprovação da proposta apresentada pela ANA para a metodologia e cálculo da taxa média ponderada do capital”.

Relativamente à proposta de taxa de Segurança, o regulador não emitiu um parecer, tendo em conta que alguns aumentos de custos apresentados pela ANA suscitam esclarecimentos adicionais junto da concessionária.

A ANAC também não aprovou a modulação proposta na taxa de aterragem em função do CO2, justificando esta decisão com o facto de a informação disponibilizada no processo de consulta tarifária não permitir aferir “a sua adesão aos princípios de transparência”.

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A competir com a oferta de carros novos, o objetivo de Jorge Aguiar é “tornar a marca Mercedes-Benz Certified uma referência ibérica”

Tornar a Mercedes-Benz Certified "bem conhecida na região Ibéria" e fazer da marca uma 'porta de entrada' para a Mercedes-Benz é o objetivo de Jorge Aguiar, agora diretor ibérico de re-marketing.

 

Tornar a marca Mercedes-Benz Certified uma referência em Portugal e Espanha e que os nossos potenciais clientes vejam nesta marca a nova ‘porta de entrada’ para a marca Mercedes-Benz”. É este o principal objetivo de Jorge Aguiar, desde 2011 diretor de marketing e comunicação da Mercedes-Benz Portugal e, atualmente, com a criação da Mercedes Benz-Iberia, diretor ibérico de re-marketing Mercedes-Benz Certified.

Jorge Aguiar assumiu então, explica ao +M, a responsabilidade pelo mercado espanhol e português para o programa de marca de seminovos – Mercedes-Benz Certified –, ou seja, viaturas seminovas que se posicionam como a ‘porta de entrada’ na marca.

Com o novo reposicionamento da Mercedes, cada vez mais luxury, os modelos de entrada Classe A e B serão substituídos por uma nova geração de modelos que irão começar num segmento um pouco mais acima em termos de preço, sendo o novo CLA o primeiro modelo a surgir já em 2025″, enquadra.

Assim, “com este reposicionamento da marca, deixamos de estar presentes numa parte numa parte significativa do mercado de novos, pelo que, de modo a manter uma oferta neste segmento de mercado, iremos usar a marca Mercedes-Benz Certified onde oferecemos seminovos a preços mais competitivos“, explica.

Ou seja, a ideia é que o cliente que antes comprava um Classe A ou B passe agora a adquirir modelos de segmentos superiores a preços mais simpáticos, com um conjunto de garantias de promessas de marca que passam pela possibilidade de ter garantia, viatura de substituição, financiamento da marca, contratar manutenção, e nos veículos elétricos, garantias adicionais para as baterias e um histórico real da viatura, descreve.

“O principal objetivo é oferecer uma gama de modelos seminovos atrativos e com garantias do programa e, com isso, qualquer cliente poder optar por um Mercedes-Benz seminovo em detrimento de um outro veículo novo da concorrência“, resume o agora responsável ibérico por este novo segmento. “Iremos competir com viaturas novas de outras marcas, com uma oferta muito diferenciada dentro da nossa gama de modelos”, frisa.

Em Portugal e Espanha, a estratégia e objetivos são idênticos. “Sinceramente, já não trabalhamos para Portugal e Espanha separadamente, pois a equipa é totalmente ibérica, com cerca de 11 colaboradores – sete em Espanha e quatro em Portugal – e temos objetivos comuns que passam por satisfazer mais de 20 mil clientes ibéricos de seminovos”, responde quando questionado sobre as diferenças entre os dois mercados.

Para tornar a marca Mercedes-Benz Certified “bem conhecida na região Ibéria”, Jorge Aguiar vai apostar nas promessas de marca que tocam os potenciais clientes, com a comunicação “naturalmente concentrada em meios de divulgação generalista, entre a televisão, digital e ações locais de concessionários, que terão um papel fundamental nesta transição“, avança.

“Na realidade, não deixa de ser também uma forma de fidelizar clientes à nossa marca, podendo ‘saltitar’ entre novo e seminovo, consoante as necessidades do cliente em cada momento da sua vida“, aponta o diretor de marketing, que há cerca de uma década, e com Garrett McNamara como embaixador, deu escala internacional à onda da Nazaré e fez do surf território da marca.

Com a visão ibérica, em termos de responsabilidade dentro do grupo Mercedes, os dois países passam a estar na terceira posição em toda a Europa, apenas atrás da Alemanha e Inglaterra.

Jorge Aguiar iniciou a sua carreira como auditor e consultor na Arthur Andersen (atual Delloite), mas todo o seu percurso tem sido feito nas áreas de marketing e vendas, tendo passado pela indústria do grande consumo, farmacêutica e healthcare.

A entrada no setor automóvel dá-se em em 1997, na Rover Portugal, como Rover e MG Cars brand manager. Depois, de 2000 a 2004, foi diretor de marketing e gerente da MG Rover Portugal e, entre 2005 e 2011, marketing manager no BMW Group. De 2011 até meados deste ano, altura em que foi criada a Mercedes-Benz Iberia, liderou direção de marketing e comunicação da Mercedes-Benz Portugal.

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Operação policial no Martim Moniz estava a ser preparada desde setembro. Duas pessoas em prisão preventiva

A PSP assegurou esta sexta-feira que a operação policial levada a cabo na zona do Martim Moniz já estava a ser preparada desde setembro/outubro e que se prende com denúncias feitas.

A PSP assegurou esta sexta-feira que a operação policial levada a cabo na zona do Martim Moniz já estava a ser preparada desde setembro/outubro e que se prende com denúncias feitas. Os dois detidos ficaram em prisão preventiva.

“Ao longo do ano vamos articulando com os nossos serviços de análise, e de identificação de fenómenos criminais na cidade de Lisboa, quais são os locais onde temos de intervir com operações desta natureza. Identificamos em termos de análise que tínhamos 52 ocorrências criminais com a utilização de armas naqueles locais, onde interviemos ontem [quinta-feira]”, explica o superintendente da PSP Rui Costa em conferência de imprensa.

Segundo revelou o comandante, a PSP estava já a analisar aquela zona e aperceberam-se que a maior incidência de crimes ocorria às quintas-feiras, entre as 14h e as 18h, daí a operação ter sido levada a cabo na passada quinta-feira. A operação, que foi executada ao abrigo da Lei das armas, decorreu sem qualquer incidente, revelou.

O superintendente Luís Elias explicou também que já tinham recebido diversas denúncias e participações com utilização de armas brancas. “Estas ocorrências são maioritariamente crimes violentos e graves que decorreram o ano passado e este ano“, disse.

“No dia 31 de maio tivemos um homicídio com recurso a arma branca naquela artéria e que também este fim de semana voltamos a ter alguns incidentes com um apedrejamento de um carro de patrulha”, acrescentou.

O comandante avançou que foram emitidos seis mandatos de buscas não domiciliários, sendo o resultado da operação dois detidos: um por posse de arma branca e estupefacientes e outro por mandato de detenção por crimes de roubo. Foram ainda apreendidas diversas armas brancas.

“As revistas foram efetuadas a cidadãos que se encontravam no local numa perspetiva de garantir a segurança e integridade física dos polícias e de todos os intervenientes no local. A égide desta operação é a deteção de armas e, neste sentido, tivemos de promover a realização de revistas a diversas pessoas que se encontravam no local”, explica, assegurando que foi respeitada a dignidade de todos.

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Trabalhadores em layoff recuam 60% em novembro

  • Lusa
  • 20 Dezembro 2024

Na comparação com o mês de outubro, os dados revelam um acréscimo de 170 prestações de layoff, traduzindo uma subida de 2,7%.

O número de trabalhadores em layoff caiu quase 60% em novembro face ao mesmo mês do ano passado, quando atingiu um pico, mas aumentou 2,7% na comparação com outubro, para 6.367, segundo dados da Segurança Social.

“Em novembro de 2024, o número total de situações de layoff com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho), foi de 6.367″, avança a síntese elaborada pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social hoje divulgada.

Face ao período homólogo, regista-se um decréscimo de 9.283 prestações processadas, o equivalente a uma queda de 59,3%. De notar que o número de trabalhadores em layoff observou um ‘pico’ em novembro do ano passado. Em contrapartida, na comparação com o mês anterior, os dados revelam um acréscimo de 170 prestações de layoff, traduzindo uma subida de 2,7%.

Segundo o GEP, o regime de redução de horário de trabalho abrangeu 4.170 pessoas, um aumento de 27,3% (894 prestações) face a outubro, mas recuou 59,4% (menos 6.090) face a novembro de 2023. Já o regime da suspensão temporária abrangeu 2.197 trabalhadores, o que reflete uma descida de 724 processamentos na comparação mensal (-24,8%) e um recuo de 3.193 face ao mesmo mês do ano passado (-59,2%).

As prestações de layoff foram processadas a 381 entidades empregadoras em novembro, o que representa uma redução de 184 entidades em comparação com o mesmo período do ano passado. Já em relação a outubro, verificaram-se mais 38 empresas em situação de layoff.

O layoff previsto no Código do Trabalho resulta numa redução temporária dos períodos normais de trabalho ou numa suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas em situação de crise.

De acordo com a lei laboral, os trabalhadores em layoff com contrato suspenso têm direito a receber uma compensação retributiva mensal igual a dois terços do seu salário normal ilíquido, com garantia de um mínimo igual ao valor do salário mínimo nacional (820 euros em 2024) e um máximo correspondente a três vezes o salário mínimo.

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Oposição em Lisboa teme indemnizações e nulidade de decisões por irregularidade na vereação

Situação na câmara de Lisboa é assinalada pelo oposição como gravíssima. Há “centenas de decisões” que podem ser nulas. Carlos Moedas é acusado de reincidência.

A Câmara Municipal de Lisboa poderá ver impugnadas todas as decisões tomadas desde maio deste ano, quando ocorreu a nomeação, alegadamente irregular, de Joana Oliveira Costa para a equipa de vereadores. Ao contrário do que seria expectável, a substituição de um vereador – que renunciou ao cargo – não foi feita pelo nome seguinte na lista da coligação. Na oposição temem-se danos financeiros e judiciais.

Inês Drummond, vereadora socialista, diz ao ECO/Local Online que “a situação em que Carlos Moedas colocou a cidade é gravíssima”. O Executivo, diz, “esteve a trabalhar seis meses em total ilegalidade, pondo em causa todas as decisões”, que, agora, poderão ser consideradas nulas e dar lugar a pedidos de indemnização.

Já do lado do Bloco de Esquerda, salienta-se que a forma como a responsável da Economia e do Empreendedorismo chegou a vereador “é inédita e configura uma situação muito grave com enormes impactos na Câmara Municipal de Lisboa e nas pessoas que vivem e trabalham em Lisboa”.

A raiz do problema está na saída do vereador centrista Diogo Moura da equipa dos Novos Tempos, coligação que junta o PSD e o CDS no Executivo. Segundo a lei, deveria ter sido chamado o nome seguinte da lista de suplentes, que seria Nuno da Rocha Correia, 14.º candidato efetivo, conforme noticiou o Expresso nesta sexta-feira.

No seu lugar surgiu a também centrista Joana Oliveira Costa, cuja posse foi conferida pelo vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia, também eleito pelo CDS. Segundo apurou o ECO/Local Online, Anacoreta Correia apenas liderou os trabalhos nesta reunião por ausência de Carlos Moedas, não passando de coincidência que tenha dirigido a tomada de posse da vereadora centrista.

Inês Drummond recorda-se desta reunião de câmara e assegura que a “situação nunca foi suscitada ou colocada”. Questionada sobre o papel do PS também enquanto escrutinador da ação do Executivo, a vereadora socialista justifica que quem recebe as cartas de renúncia é o presidente da autarquia e “é a ele que compete repor o órgão executivo”.

Toda a vereação fica ferida de ilegalidade, segundo indica Jorge Bacelar Gouveia, citado pelo Expresso. “Há uma irregularidade na composição do órgão, o que pode levar à nulidade das deliberações”, explica o constitucionalista. Em causa estarão as decisões tomadas pela autarquia depois desta data, e que incluem não só iniciativas do Executivo como da oposição, que passam, por exemplo, pela suspensão de novos registos de Alojamento Local.

Outras medidas tomadas neste período, para lá do cancelamento de novos registos de Alojamento Local, são a duplicação da taxa turística, atribuição de subsídios ao arrendamento (que poderão ter de ser devolvidos, à imagem de outros apoios dados pela câmara), o concurso para entrega de casas a preços acessíveis – caso os vencedores vejam o procedimento anulado, não terão direito à casa, alerta –, os contratos de empréstimos que já somam 130 milhões de euros e o apoio municipal à Web Summit, entre centenas de outras decisões.

Em virtude dessa ilegalidade que se manteve durante seis meses e até à passada quarta-feira 18 de dezembro, todas as decisões da CML e não apenas as propostas pela vereadora Joana Oliveira Costa podem ser nulas”, alerta o Bloco de Esquerda, apontando um “pesadelo jurídico e administrativo” que a câmara tem pela frente, pelo que exige uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças, para que “identifique todos os processos que são nulos, as centenas de processos que terão de voltar a ser votados e eventuais ilegalidade que possam ter sido cometidas devido a esta irregularidade e que devem ser enviadas ao Ministério Público”.

“Incompetência e incúria” de Carlos Moedas, acusa Inês Drummond, habitualmente acérrima crítica do autarca. “Esta situação inédita coloca em causa todas as decisões e deliberações tomadas nos últimos seis meses”, considera, instando o presidente da câmara a “repor a legalidade do órgão executivo e estancar a situação” de ilegalidade.

Uma crítica adicional é para o facto de a oposição na câmara ter tomado conhecimento da situação apenas através da comunicação. É isso que salienta o movimento Cidadãos por Lisboa (CPL). “Se a questão, como está visto, suscitava dúvidas, no mínimo o que o Presidente da Câmara devia ter feito era aclarar cabalmente e não colocar a Câmara Municipal de Lisboa nesta situação”.

A câmara não sabe com o que conta relativamente às decisões que tomou nos últimos meses. É uma bola de neve que agora está a começar a rolar e crescer. Vamos ver se não será uma avalanche.

Inês Drummond

Vereadora do Partido Socialista na Câmara Municipal de Lisboa

O CPL acusa Moedas de substituir vereadores de “forma leviana” e recorda uma anterior substituição pontual a 27 de novembro, quando o PS questionou “a legalidade da composição dos vereadores” ali presentes.

Revendo o vídeo dessa data, vemos Inês Drummond levantar a questão: “Temos um vereador que não poderia estar. Na ausência da senhora vereadora Joana Oliveira Costa, do CDS, como sabe ela tem de ser substituída por um vereador eleito pelas listas do CDS, e hoje temos o senhor vereador Rui Cordeiro eleito pelas listas do PSD”. Existia, dizia então Inês Drummond, o risco de as propostas ali aprovadas poderem ser consideradas ilegais e, logo, nulas.

Carlos Moedas referiu então que os serviços contactaram os vereadores do CDS e que, perante a indisponibilidade destes, aplicou a lei e chamou um eleito pelo PSD. Perante a insistência da socialista, o presidente da autarquia acabaria, contudo, por interromper a reunião, e solicitar a presença da diretora de serviços jurídicos, para “ver se há alguma ilegalidade”.

Segundo assegura o CPL, não houve um parecer jurídico que tenha sido partilhado sobre essa situação. A autarquia “não sabe com o que conta relativamente às decisões que tomou nos últimos meses”, alerta Inês Drummond. “É uma bola de neve que agora está a começar a rolar e crescer. Vamos ver se não será uma avalanche”.

Contactado o Executivo, não foi possível obter esclarecimentos até ao momento.

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