Regulador português da água assume presidência da rede europeia

Para este mandato, a ERSAR pretende reforçar o reconhecimento da regulação junto das instituições europeias.

Vera Eiró, presidente da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, foi eleita Presidente da WAREG – European Water Regulators, numa votação que decorreu esta terça-feira, em Bruxelas, informa o regulador, num comunicado dirigido à imprensa.

Eiró assume desta forma um mandato de dois anos à frente da WAREG, uma associação europeia que representa um conjunto de 34 membros e observadores, todos eles com funções de regulação económica dos serviços de águas de diferentes países europeus.

A missão desta entidade é facilitar a cooperação, a troca de experiências e a partilha de conhecimento entre os seus membros, assim como colaborar com outras entidades a nível nacional e europeu para apoiar a atividade de regulação económica dos serviços de águas.

Para este mandato, a ERSAR pretende reforçar o reconhecimento da regulação junto das instituições europeias, enquanto interveniente importante na definição das políticas públicas para o setor da água ao nível europeu, e promover a colaboração entre os membros para assegurar uma evolução das práticas de regulação em cada país, lê-se no comunicado.

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Trabalhadores dos serviços gerais do aeroporto de Lisboa em greve na quinta-feira

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

Em causa estão 35 trabalhadores que se sentem prejudicados pela mudança de condições que se efetuaram, a partir de julho, quando a espanhola Eulen substituiu a empresa SAMSIC na prestação de serviços.

Os trabalhadores da empresa Eulen no aeroporto de Lisboa, que prestam serviços gerais, estarão em greve na quinta-feira, exigindo a “reposição de direitos perdidos”, segundo um comunicado do sindicato Stad.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (Stad) “prevê-se que esta greve crie constrangimentos na colocação de estruturas nas portas de embarque, fitas de separação, biombos entre outras estruturas de apoio aos passageiros”.

Em declarações à Lusa, Vivalda Silva, do Stad, disse que em causa estão 35 trabalhadores que se sentem prejudicados pela mudança de condições que se efetuaram, a partir de julho, quando a espanhola Eulen substituiu a empresa SAMSIC na prestação de serviços de serviços gerais no aeroporto de Lisboa.

Num comunicado, o Stad disse que esta greve se deve “à reivindicação da reposição de direitos perdidos aquando da mudança da empresa responsável pelo serviço que estes trabalhadores prestam, designadamente, restabelecimento dos horários de trabalho em vigor até junho do corrente ano, pagamento do subsídio de transporte anteriormente recebido e a devolução dos prémios injustamente revogados e respeito pelos trabalhadores”.

O Stad salientou que “as recentes alterações afetam profundamente a motivação e a produtividade dos trabalhadores, tornando essencial que a Eulen encete negociações para repor as condições de que os seus trabalhadores beneficiavam anteriormente”, explicou.

Segundo o sindicato, na quinta-feira, “os trabalhadores concentrar-se-ão na saída do metropolitano, no aeroporto de Lisboa”, durante a manhã, “reforçando o apelo à solidariedade no seio da comunidade”.

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André Ventura admite candidatura a Presidente e anuncia decisão até final de março

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

"Se avançar, direi até ao final de março. É uma decisão que ainda não tomei também", indicou o líder do Chega.

O líder do Chega, André Ventura, admitiu esta terça-feira voltar a candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais de 2026, e indicou que anunciará a sua decisão até ao final de março. “Até final de março, eu apresentarei ao partido e tornarei público aquela que é a minha posição sobre as eleições presidenciais, sobre se vou avançar ou não para as eleições presidenciais em janeiro de 2026”, afirmou.

André Ventura falava aos jornalistas antes de uma visita ao Instituto Politécnico de Leiria, no final das jornadas parlamentares do partido, que foram focadas no tema da corrupção. “Se avançar, direi até ao final de março. É uma decisão que ainda não tomei também”, indicou.

O presidente do Chega indicou que, se decidir avançar, contará “com o apoio do partido”.

André Ventura foi candidato presidencial em 2021, tendo ficado em terceiro lugar, atrás de Marcelo Rebelo de Sousa e Ana Gomes. De acordo com os dados da Secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, o presidente do Chega obteve 11,90% dos votos (496.773 votos).

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Madeira atinge marco de 1.000 embarcações de comércio com bandeira portuguesa

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

O Registo Internacional de Navios da Madeira “consolidou a sua posição como um dos 11 maiores registos a nível mundial, à frente da Indonésia, e é, hoje, o terceiro maior registo de navios na UE".

O Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) atingiu na segunda-feira o número recorde de 1.000 embarcações de comércio com bandeira portuguesa, “um marco histórico”, segundo os Governos da República e Regional.

“Este marco histórico para o país e para a Região Autónoma da Madeira, de registar 1.000 navios de comércio no MAR, é o resultado dos esforços conjuntos desenvolvidos, ao longo de vários anos, por entidades públicas e privadas”, diz o ministro da Economia, Pedro Reis, citado na informação enviada à agência Lusa pela secretaria das Finanças da Madeira.

O governante adianta que o executivo nacional “continuará a trabalhar para potenciar a atratividade e competitividade do Registo, bem como para atrair toda a cadeia de valor dos operadores do setor do transporte marítimo”. Pedro Reis enfatiza que o Registo Internacional de Navios da Madeira é uma “área-chave e estratégica para a economia nacional, nomeadamente na captação de investimento estrangeiro e no reforço do cluster marítimo nacional”.

Também o secretário regional das Finanças madeirense, Rogério Gouveia, corrobora da opinião, salientando que o MAR “tem apresentado, na última década, um crescimento resiliente e sustentado, contribuindo continuamente para o aumento da frota registada sob o pavilhão português”.

O MAR recentemente “consolidou a sua posição como um dos 11 maiores registos a nível mundial, à frente da Indonésia e é, hoje, o terceiro maior registo de navios na União Europeia, logo a seguir aos registos de Malta e da Grécia, tendo já ultrapassado este ano, em termos de tonelagem, o registo de navios da Dinamarca e do Chipre”, realça.

Para Rogério Gouveia, este novo marco resulta “da estreita cooperação entre o Governo Regional da Madeira, o Governo da República, a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (SDM) e a European Mar”, o que tem contribuído para “solidificar o reposicionamento estratégico do país enquanto nação marítima e, mormente, a importância da Região nesta trajetória de sucesso”.

O responsável considera que “esta conquista representa, sobretudo, a importância estratégica da Madeira para as atividades marítimas internacionais, que assume um papel central no que se refere ao crescimento do setor marítimo nacional.”

Estes 1.000 navios de comércio registados, enfatizam, por outro lado, que a Madeira não é apenas um destino turístico de excelência, mas que desempenha, também, um papel decisivo no comércio marítimo mundial”, salienta o governante madeirense na mesma informação.

O secretário das Finanças ainda realça que “o MAR atingiu internacionalmente uma reputação de excelência e qualidade”, apontando o trabalho desenvolvido pela equipa da equipa da Comissão Técnica do MAR e da Conservatória do Registo Comercial da Zona Franca da Madeira.

No entender de Rogério Gouveia, “o MAR está hoje dotado das condições técnicas e legais necessárias para continuar a crescer, sendo, porém, importante alicerçar este crescimento na criação de novas oportunidades de mercado, sem descurar os novos desafios da agenda nacional, comunitária e internacional no setor marítimo”.

“Este Governo permanece inteiramente disponível para, em estreita cooperação com as autoridades nacionais competentes, e em sinergia com os operadores privados, continuar a pugnar pelas alterações necessárias à segurança, competitividade e maior atratividade do registo, em defesa dos melhores interesses da Região e do País”, reforçou.

Hoje, o Registo Internacional de Navios da Madeira tem mais de 1.146 embarcações registadas – das quais 1.000 são navios de comércio – e mais de 210 em processo de registo.

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PSD em Lisboa pondera providência cautelar contra referendo sobre alojamento local

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

"A providência cautelar é para garantir que, do ponto de vista daquilo que é a validação administrativa do processo, é reposta a devida regularidade”, diz líder da bancada do PSD na AML.

O PSD na Assembleia Municipal de Lisboa criticou, esta terça-feira, o “reincidir no erro” quanto ao referendo na cidade sobre o alojamento local, devido à falta de validação do total das 5.000 assinaturas necessárias, estando a avaliar uma providência cautelar.

 

“Estamos, neste momento, a avaliar uma providência cautelar a este procedimento. […] A providência cautelar é para garantir que, do ponto de vista daquilo que é a validação administrativa do processo, é reposta a devida regularidade”, afirmou o líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa, Luís Newton.

Em declarações à agência Lusa, o social-democrata lamentou o comunicado divulgado esta terça-feira pela mesa da Assembleia Municipal de Lisboa (AML) sobre a entrega, na segunda-feira, no Tribunal Constitucional, do processo para a realização de um referendo na capital sobre o setor, “para efeitos de fiscalização preventiva da constitucionalidade e legalidade”. A AML disse ser para “efeitos de fiscalização preventiva da constitucionalidade e legalidade“.

Apesar de o comunicado ter sido divulgado com a assinatura dos três membros da mesa da AML, sob presidência de Rosário Farmhouse (PS), Luís Newton disse que houve, entretanto, uma correção para retirar a subscrição da 1.ª secretária, a deputada do PSD Ana Mateus. O 2.º secretário é o deputado independente eleito pelo PCP Fernando Correia.

“Porque o comunicado não reporta apenas os factos. O comunicado termina com uma frase que, do nosso ponto de vista, é uma demonstração da reincidência do erro, que é: este processo só poderia ser despoletado aqui na Assembleia Municipal, com a validação de todos os pressupostos”, declarou.

No comunicado, a mesa da AML referiu que, no dia 6 de dezembro, os serviços deste órgão municipal receberam um requerimento apresentado pela comissão executiva do Movimento do Referendo pela Habitação – MRH, promotor desta iniciativa popular –, “através do qual pretende sanar eventuais vícios, requerendo a junção da subscrição da iniciativa popular já apresentada por mais 612 cidadãos eleitores recenseados no município de Lisboa, bem como a submissão ao Tribunal Constitucional nos termos do artigo 25.º do Regime Jurídico do Referendo Local”.

Os Paços do Concelho de Lisboa.Paula Nunes / ECO

Em causa está uma iniciativa do MRH que propõe duas perguntas: “Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local no sentido de a Câmara Municipal de Lisboa, no prazo de 180 dias, ordenar o cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação? Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação?”.

A conversão da iniciativa popular em referendo local resultou de uma deliberação aprovada há uma semana pela AML, com votos a favor de PS, BE, PEV, PAN, Livre e dois deputados dos Cidadãos por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), votos contra de PSD, CDS-PP, IL, PPM, Aliança, Chega e de uma deputada independente que se desfiliou do CDS-PP, e abstenção do PCP e do MPT.

Após essa votação, o grupo municipal do PSD pediu a nulidade da aprovação do referendo, perante a confirmação pelo Ministério da Administração Interna de apenas 4.863 assinaturas válidas de munícipes, entre as 6.528 apresentadas.

Esta terça-feira, na sequência do comunicado da mesa da AML, o líder da bancada social-democrata reforçou que o processo só pode ser “despoletado legalmente” após a validação das assinaturas pelo tribunal e, a partir daí, iniciam-se os trâmites processuais, com a consulta a este órgão deliberativo do município.

Por motivos que não conseguimos compreender, houve uma precipitação do procedimento, antecipando aquilo que é a análise que o tribunal fez.

Luís Newton

Líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa

“Por motivos que não conseguimos compreender, houve uma precipitação do procedimento, antecipando aquilo que é a análise que o tribunal fez”, apontou Luís Newton, referindo ter havido um conjunto de falhas nos números de subscrições.

O representante lamentou o comunicado da mesa da AML, em que comunica que “foram remetidas mais 600 assinaturas, mas não dá por nulo o ato de decisão”.

“Essas 600 assinaturas estão nas mesmas circunstâncias do que as outras 6.000 assinaturas estavam: estão pendentes de validação. E estas coisas não podem ser despoletadas sem, nos termos da lei, estarem devidamente validadas”, expôs.

“Não questionando a validade desta petição, nem de qualquer outra, entendemos, no entanto, que é imperioso o cumprimento dos preceitos legais, tendo pedido, assim, a nulidade da votação efetuada” na anterior reunião da assembleia municipal, explicou o líder de bancada do PSD, Luís Newton, citado na nota divulgada na quinta-feira pelo PSD Lisboa.

No mesmo dia, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, garantiu que o Governo “não teme” um referendo ao alojamento local e respeita a deliberação, sublinhando que decisão deve ser “de base local”.

O governante, que respondia a questões após o Conselho de Ministros, no Campus XXI, em Lisboa, salientou ainda que o Governo acredita na “livre iniciativa privada” de quem investiu na atividade, lembrando terem sido revogadas uma série de “limitações, proibições, tributações e expropriações legais aos títulos de alojamento local”.

“Não tememos a democracia, muito menos a democracia local”, acrescentou, insistindo que o Governo considera que este tipo de decisões deve ser tomada ao nível local “com proporcionalidade e respeito entre habitantes e titulares de licenças de alojamento local”.

Na sexta-feira, o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), considerou que a autarquia “já está a dar resposta” aos problemas do alojamento local com o novo regulamento para o setor, mas admitiu a realização de um referendo “se as pessoas quiserem“.

Em abril de 2023, a liderança PSD/CDS-PP na câmara de Lisboa apresentou uma proposta de alteração do Regulamento Municipal do Alojamento Local (RMAL), que foi adiada, por exigência da oposição, até à aprovação da Carta Municipal de Habitação, o que aconteceu em outubro deste ano.

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Empresa de pellets na Guarda usada para burla de sete milhões com fundos europeus

Suspeitos terão usado vários esquemas, como a capitalização de uma empresa em cerca de 2,5 milhões, provenientes de uma outra, sediada na Zona Franca da Madeira. Burla atinge sete milhões.

A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou mais um esquema de fraude com fundos europeus. Uma empresa de produção de pellets na Guarda recebeu indevidamente sete milhões de euros de fundos europeus. Há três suspeitos, sendo que dois ficaram detidos.

A Polícia Judiciária realizou esta terça-feira uma operação policial, que “levou à constituição de três arguidos, dois deles detidos, fortemente indiciados de corrupção, fraude na obtenção de subsídio agravada, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, tendo lesado o Estado português e a União Europeia (UE) em cerca de sete milhões de euros”, lê-se no comunicado publicado pela PJ.

A operação “Cash Flow” suspeita que os arguidos terão constituído uma sociedade com o intuito de a candidatar a apoios financeiros da UE. Em causa está a Khronodefine do grupo atGreen que foi criada em abril de 2022 com a promessa de ter a produção desse ano já toda vendida antes mesmo da abertura da fábrica, como disse o CFO da AtGreen ao Dinheiro Vivo. Mas, um ano depois já tinha fechado portas. Não sem antes ter conseguido um apoio do Feder de sete milhões de euros para um investimento de 15 milhões.

Segundo a PJ, “os suspeitos terão desenvolvido vários esquemas, nomeadamente a capitalização de uma empresa em cerca de dois milhões e quinhentos mil euros, provenientes de uma outra, sediada na Zona Franca da Madeira”, isto porque a concessão do apoio estava condicionada à apresentação de, pelo menos, 25% de capitais próprios do projeto.

Os suspeitos terão, ainda, de acordo com a investigação conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção, inflacionado despesas, celebrado contratos simulados e omitido a aquisição de equipamentos logísticos a uma empresa sedeada num país com tributação privilegiada.

“Todas estas ações visavam a apresentação de um projeto com custos acrescidos, aumentando assim as possibilidades de beneficiar de um incentivo mais elevado, porém dado a sua ilicitude, as despesas apresentadas não podiam ser consideradas elegíveis e, consequentemente, não podia ter sido atribuído o incentivo financeiro”, explica a PJ no mesmo comunicado.

A PJ frisa que ao IAPMEI, o organismo que analisou a candidatura e concedeu o apoio, foram “fornecidas informações falsas, inexatas e incompletas”.

A operação “Cash Flow” foi desenvolvida nos distritos de Lisboa, Porto, Guarda, Braga, Vila Real, Madeira e em Espanha, isto porque a PJ suspeita que os arguidos têm “participações em diversas sociedades comerciais portuguesas e estrangeiras, resultando fortes indícios de que utilizam o sistema bancário para fazer circular fundos entre contas bancárias da Guiné Equatorial, Luxemburgo, Marrocos, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Portugal, para contas bancárias destes, dos seus familiares e de empresas associadas”.

A PJ executou 24 mandados de busca, nove domiciliárias e 15 não domiciliárias, e contou com a participação de 102 inspetores, quatro peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática e cinco peritos da Unidade de Perícia Financeira e Contabilística da PJ.

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Rupert Murdoch impossibilitado de passar controlo do império de media para as mãos do filho mais velho

  • + M
  • 10 Dezembro 2024

A intenção de Rupert Murdoch passava por preservar a tendência editorial conservadora do seu império de media o que, segundo o próprio, permitiria proteger o seu valor comercial a longo prazo.

A justiça norte-americana impediu Rupert Murdoch de alterar o seu plano de sucessão para passar o controlo do seu império — que inclui meios como a Fox News ou o The Wall Street Journal — para Lachlan Murdoch, o seu filho mais velho.

A intenção do barão dos media Rupert Murdoch, que avançou com uma petição no ano passado para conceder o controlo exclusivo do fundo a Lachlan Murdoch, passava por preservar a tendência editorial conservadora da News Corp e Fox Corpo, o que permitiria proteger o seu valor comercial a longo prazo, segundo o próprio.

No entanto, a mesma foi rejeitada por um tribunal do Nevada depois de uma batalha legal contra os outros filhos, que durou meses, avançou o The New York Times.

O fundo da família Murdoch divide atualmente o controlo da empresa em partes iguais entre os quatro filhos mais velhos de Rupert Murdoch — Lachlan (53 anos), James (51), Elisabeth (56) e Prudence (66) — após a sua morte. Neste sentido, um comissário do Nevada considerou que Lachlan e Rupert Murdoch agiram de “má-fé” por tentarem conceder a Lachlan o controle exclusivo do fundo familiar, o que teria bloqueado as posições dos outros três filhos que deveriam receber ações iguais de voto após a morte do pai.

Murdoch teria conseguido fazer a alteração caso tivesse sido capaz de comprovar em tribunal que estava a agir de boa-fé e de uma forma que beneficiasse todos os seus herdeiros. No entanto, o comissário Edmund J. Gorman Jr. não aceitou os argumentos apresentados, dizendo inclusive que se tratava de uma “farsa cuidadosamente elaborada“.

O advogado de Rupert Murdoch, Adam Streisand, mostrou desilusão e avançou que a intenção passa por recorrer do veredicto, sendo que a decisão do comissário está sujeita à aprovação de um juiz distrital, cuja sentença poderá ser contestada em tribunal.

Atualmente com 93 anos, Rupert Murdoch entrou no negócio dos jornais durante a década de 1950, tendo comprado a Twentieth Century Fox em 1985. O crescimento do império aconteceu com a aquisição de várias estações televisivas norte-americanas e com a criação da Fox Broadcasting. Em 1996 lançou a Fox News, o seu canal mais famoso.

Deixou a presidência da Fox e News Corp em novembro do ano passado, numa altura em que já completava mais de setenta anos numa carreia que o consolidou como um magnata dos media. Já na nota que escreveu aos funcionários na altura, Rupert Murdoch dava a entender que pretendia que o seu primogénito fosse o seu sucessor, ao qual teceu elogios. Lachlan Murdoch é um “líder apaixonado e com princípios” que pode conduzir as empresas para o futuro, escreveu.

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Fula e Chulé lançam campanha solidária conjunta

  • + M
  • 10 Dezembro 2024

As vendas revertem a favor da SOUMA, um projeto que apoia famílias em situações de maior fragilidade e vulnerabilidade

A Fula e a Chulé, marca portuguesa de meias sustentáveis, estão a lançar em conjunto uma iniciativa solidária de Natal. As duas marcas juntaram-se para criar um par de meias estampado com padrões de alimentos, incluído num kit de quatro euros, que junta uma garrafa de óleo Fula e uma refeição, revertendo as vendas para a SOUMA, um projeto que apoia famílias em situações de maior fragilidade e vulnerabilidade, descrevem as marcas.

Este kit, sugerido no checkout do site da Chulé e nas suas pop-ups até dia 24 de dezembro, pretende “sensibilizar os consumidores para a importância da solidariedade e do impacto positivo que gestos simples podem ter na vida de quem mais precisa”.

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Estatuto dos bombeiros está “bastante ultrapassado”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

O chefe de Estado voltou a separar "o teor das manifestações" de bombeiros, em relação ao qual salientou já ter manifestado "reservas", e "a justiça de se estar há 22 anos sem revisão e estatuto".

O Presidente da República afirmou esta terça-feira que espera um reatar das conversações entre Governo e representantes dos bombeiros profissionais em 2025 para se rever o respetivo estatuto, que na sua opinião está ultrapassado.

São 22 anos, é muito tempo. Portanto, eu espero que haja oportunidade, no ano que vem, de haver o reatar das conversações para se modificar um estatuto que está bastante ultrapassado”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta a perguntas dos jornalistas, num hotel de Amesterdão, onde se encontra em visita de Estado.

Nesta ocasião, o chefe de Estado voltou a separar “o teor das manifestações” de bombeiros, em relação ao qual salientou já ter manifestado “reservas”, e “a justiça de se estar há 22 anos sem revisão e estatuto”.

Segundo o Presidente da República, isso resulta de um “pingue-pongue que existe do Governo para a Assembleia, do Governo para o poder local, do poder local para o Governo e para a Assembleia”, e há que resolver o assunto.

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Fundo de Transição Justa integra investimento em nova escola superior de Abrantes

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

"Sempre olhámos para o Fundo de Transição Justa como um mecanismo financeiro capaz de deixar também aqui uma marca em Abrantes e na região do ponto de vista público", diz o presidente de câmara.

A Câmara Municipal de Abrantes (Santarém) anunciou, esta terça-feira, a aprovação de uma candidatura ao Fundo de Transição Justa (FTJ) para a requalificação da Escola Superior de Tecnologia (ESTA), num investimento na ordem dos oito milhões de euros.

“Sempre olhámos para o Fundo de Transição Justa como um mecanismo financeiro capaz de deixar também aqui uma marca em Abrantes e na região do ponto de vista público, e o dinheiro que o FTJ tem para apoiar as empresas é muito importante para criar novos postos de trabalho, para mitigar verdadeiramente o impacto do encerramento [da central] do carvão“, disse à Lusa o presidente do município de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos.

A autoridade gestora do Programa Regional do Centro (Centro2030) havia anunciado em junho que iria submeter à Comissão Europeia (CE) a candidatura à criação da futura ESTA, no âmbito do FTJ e das compensações económicas e sociais decorrentes do encerramento, em 2021, da central a carvão no Pego.

Prosseguimos este caminho há muito tempo, desde o dia do encerramento da central térmica a carvão; desde o dia em que percebemos que iria haver um fundo financeiro para a mitigação do impacto do encerramento do carvão. Desde essa altura percebemos que tínhamos de trabalhar de forma intensa para conseguir os melhores resultados para o território”, disse o autarca, apontando para janeiro o lançamento do concurso da obra.

“Temos o projeto terminado, estamos (…) a reunir condições para que, na primeira reunião de câmara de janeiro, possamos aprovar o lançamento da empreitada da nova Escola Superior de Tecnologia“, declarou, sublinhando a importância da estrutura nas respostas ao território “do ponto de vista da formação, da qualificação, do ensino superior, da resposta às empresas, na procura de mais cursos, de maior potencialidade de captação de alunos”.

Sublinhando que o anúncio da aprovação do investimento decorre no ano em que a ESTA cumpre 25 anos em Abrantes, em instalações provisórias, Valamatos apontou ao “tempo bastante de maturidade, do ponto de vista científico e pedagógico” (…) para que “novas oportunidades se possam lançar e novos desafios sejam colocados” com as futuras “condições infraestruturais”.

Temos o projeto terminado, estamos (…) a reunir condições para que, na primeira reunião de câmara de janeiro, possamos aprovar o lançamento da empreitada da nova Escola Superior de Tecnologia.

Manuel Jorge Valamatos

Presidente da Câmara Municipal de Abrantes

“É isso que nós desejamos, e iniciar as obras o mais rápido possível para cumprir os ‘timings’ que a Europa coloca sobre a gestão do FTJ”, declarou Valamatos.

A proposta visa agregar todas as valências da ESTA, que atualmente se encontram dispersas em vários edifícios no centro da cidade, no TagusValley — Parque de Ciência e Tecnologia de Abrantes, num projeto que quer “reabilitar e juntar espaços que estão disponíveis para formação profissional”.

O Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a autarquia, que haviam anunciado uma candidatura conjunta, visam assim dotar “a sub-região do Médio Tejo de instalações adequadas e cursos superiores que possibilitem formação especializada através de capacitação destes ex-ativos [da central do Pego] para novas atividades e ajudem a captar, fixar pessoas e criar emprego“.

O presidente da câmara de Abrantes lembrou que “o encerramento da Central Termoelétrica a carvão deixou um rasto de perda significativa na economia” local e regional, que estimou em “muitos milhões de euros”, tendo defendido que “uma das formas de mitigar os prejuízos para toda a região será, seguramente, através do ensino superior, da capacitação de pessoas, do conhecimento, da ciência e da tecnologia”.

Jorge Brandão, da Autoridade de Gestão da Centro 2030, disse em junho, em Abrantes, que o encerramento da central termoelétrica a carvão do Pego implicou a perda de 420 postos de trabalho, diretos e indiretos, com efeitos negativos na cadeia de valor e um impacto significativo nas atividades económicas locais, e que a dotação de 65 ME do FTJ ao Médio Tejo decorre deste facto.

“O processo de reprogramação operacional vai incluir uma alteração ao FTJ, que tem a ver com o caminho que já fizemos, ao nível de apoiar projetos empresariais e da identificação de novas oportunidades que nos parecem relevantes para este território, como apoiar a concretização da Zona Livre Tecnológica (ZLT) e, noutra dimensão, e que o território (do Médio Tejo) considera muito relevante, que é apoiar a criação da nova ESTA”, disse então aos jornalistas.

O presidente da câmara de Abrantes, que também preside à CIM Médio Tejo, vincou esta terça-feira que os projetos a candidatar a financiamento no âmbito do FTJ incidem, além da nova ESTA, em novos projetos de produção na área das energias renováveis.

“Olhamos para a questão da mobilidade e dos transportes públicos a hidrogénio como uma forte possibilidade de financiamento; olhamos para a ESTA como um elemento central também da formação e da resposta às empresas e da criação de novos postos de trabalho; olhamos para a questão das ZLT que pretendem ser agentes facilitadores da implementação de novos projetos de tecnologia, de novos projetos de produção, nas áreas das energias renováveis”, declarou Manuel Jorge Valamatos.

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Macron vai nomear primeiro-ministro “dentro de 48 horas”

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2024

O chefe de Estado francês reuniu-se com líderes dos partidos políticos, excluindo destes contactos a esquerda radical França Insubmissa e a extrema-direita União Nacional.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira aos líderes partidários reunidos no Palácio do Eliseu que pretende nomear um novo primeiro-ministro “dentro de 48 horas”, relataram os participantes na reunião à agência noticiosa francesa AFP.

Durante a tarde, o chefe de Estado francês reuniu-se com líderes dos partidos políticos, excluindo destes contactos a esquerda radical França Insubmissa (LFI) e a extrema-direita União Nacional (RN), para tentar abrir o caminho para a nomeação de um primeiro-ministro que evite novas censuras.

A comitiva de Macron, que nos últimos dias efetuou diversas reuniões com várias fações políticas, afirmou esperar que esta reunião com líderes partidários e presidentes de grupos parlamentares, todos na mesma sala do palácio presidencial, permita avançar para “um acordo sobre um método” para a nomeação de um novo chefe de governo.

Os partidos de esquerda da coligação Nova Frente Popular (NFP), nomeadamente o Partido Socialista, esperam que esta primeira reunião conjunta conduzida por Macron seja também a última. “Esperamos que este debate não possa continuar sob os seus auspícios por uma simples razão: (Macron) já não está em posição de ser o árbitro da harmonia”, comentou o primeiro-secretário do Partido Socialista francês, Olivier Faure, à chegada ao palácio presidencial.

“O resto das discussões devem ter lugar na Assembleia [parlamento]”, disse, por sua vez, a líder ecologista Marine Tondelier, frisando que está fora de questão participar “num governo de interesse geral com o LR (Republicanos, de direita) ou com os macronistas”. Segundo Olivier Faure, a coligação exige “logicamente (…) um primeiro-ministro de esquerda” que esteja “aberto a compromissos”, já que a Nova Frente Popular foi a vencedora das eleições legislativas antecipadas do verão passado.

“A política da cadeira vazia é uma forma de enfraquecer a esquerda”, lamentou o líder socialista, garantindo que quer procurar uma “solução” para uma “saída da crise”. Enquanto os socialistas, os ecologistas e os comunistas estiveram reunidos com Macron por duas horas e meia, o LFI (aliado na NFP), não foi convidado.

“Quem pensa que pode ganhar um único lugar sem nós?”, questionou aos jornalistas o líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, aumentando as tensões entre o Partido Socialista e o LFI. O coordenador do LFI, Manuel Bompard, apelou aos restantes membros da NFP para “não cederem ao canto das sereias e à tentação do governo nacional”.

“Jean-Luc Mélenchon decidiu acabar com a união da esquerda. Tudo o que ele faz, tudo o que ele defende, tudo o que ele constrói é para preparar e afirmar o seu destino pessoal e presidencial. Através das suas declarações, ele é responsável pela desunião da esquerda”, afirmou o eurodeputado e secretário-geral do Partido Socialista, Pierre Jouvet.

Para mostrar a sua boa-fé, os participantes de esquerda na reunião dizem que querem uma mudança de direção política, em particular no que diz respeito às pensões.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro interino de direita, Michel Barnier, no cargo há apenas três meses, foi forçado a demitir-se, após um voto histórico de censura na Assembleia Nacional, que após as eleições legislativas antecipadas de julho se encontra fragmentada em três blocos (aliança de esquerda, macronistas/direita e extrema-direita) e sem maioria absoluta.

A pressão para nomear rapidamente um novo chefe de Governo está ligada, nomeadamente, à situação financeira do país, já que a França tem o pior desempenho dos 27 Estados-membros da União Europeia, com exceção da Roménia, a nível de Produto Interno Bruto (PIB). Na quarta-feira, o projeto de “lei especial” anunciado por Macron após a censura do Governo, para permitir ao Estado cobrar impostos a partir de 01 de janeiro, será apresentado numa reunião do Conselho de Ministros ainda presidida por Michel Barnier, segundo o Eliseu.

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Ordem dos Advogados quis manter mensalidade da CPAS mas foi travada

A proposta inicial da Direção da CPAS era a aplicação de um fator de correção de -6%, o que corresponderia a uma contribuição mensal de 294,93 euros. Ordem votou pelos -8% (288 euros por mês).

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA), liderado pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro, requereu à direção da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) que fixasse o fator de correção em pelo menos -10%, tal como aconteceu no ano passado. E, assim, os advogados ficariam a pagar o mesmo este ano para a Caixa de Previdência – cerca de 277 euros – que garante uma reforma no futuro.

Porém, a direção “entendeu que não era possível manter o fator de correção em -10% e alterou a sua proposta para -8%, valor que foi aceite pela maioria dos membros do CG CPAS, alcançando-se assim a aprovação desse fator de correção”, segundo comunicado do Conselho Geral da OA, assinado por Fernanda de Almeida Pinheiro.

“Os membros do CGOA que têm lugar no CG da CPAS entenderam votar contra a proposta da Direção da CPAS, por considerarem que o fator de correção proposto é insuficiente, e que o mesmo deveria ter em conta, principalmente, a capacidade contributiva da Advocacia, e não apenas a sustentabilidade da CPAS. A Senhora Bastonária e o Conselho Geral da Ordem dos Advogados continuarão a trabalhar junto da Comissão de Avaliação da CPAS, com a certeza de que será possível alcançar uma solução para a previdência da Advocacia, que não só lhe confira diretos sociais iguais a todos os restantes cidadãos/ãs mas também respeite a capacidade contributiva de cada um, eliminando-se, no futuro, a discussão de fatores de correção de uma contribuição que, carecendo de uma contrapartida assistencial, será, em qualquer circunstância, injusta”, acrescenta a bastonária. “Não é esta a previdência que queremos, e continuaremos a lutar para mudá-la!”.

A proposta inicial da Direção da CPAS era a aplicação de um fator de correção de -6%, o que corresponderia a uma contribuição mensal de 294,93€. Considerando que estamos a escassos 6 meses do final do trabalho da comissão criada para avaliar a solução para a previdência da Advocacia portuguesa, os membros do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (CGOA) com assento no CG da CPAS entenderam que não fazia sentido alterar o fator de correção atual (-10%), a menos que essa alteração fosse no sentido de anular completamente o aumento da contribuição”. Mas sem sucesso. Assim, conseguiu-se uma solução a meio do caminho, ficando fixado em -8%. O que implica que, todos os meses, advogados e solicitadores tenahm de pagar, no mínimo, 288,66 euros, para ter direito aos apoios sociais.

Durante a discussão da proposta, alguns conselheiros manifestaram oposição à proposta inicial de menos 6%, tendo a direção da CPAS “mantido o seu compromisso de evitar a ausência de um fator de correção, o que representaria um agravamento, de forma repentina, da carga contributiva dos Beneficiários”, segundo comunicado da CPAS, liderada por Vítor Alves Coelho.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

“A direção não se demitiu da sua responsabilidade, reafirmando a sua missão de proteger os interesses dos beneficiários e adequando o esforço financeiro exigido a um contexto económico desafiante, e submeteu uma nova proposta de menos 8%. A proposta agora aprovada, com 11 votos a favor e 8 votos contra, estabelece uma medida equilibrada e gradual, que mitiga o impacto do esforço contributivo sem comprometer a sustentabilidade financeira da CPAS”. Assim sendo, os advogados passam a pagar mais 11 euros por mês, no caso do escalão mais baixo (o quinto), para a CPAS.

A Direção da CPAS “lamenta, no entanto, que este possível desfecho não tenha sido ponderado por alguns conselheiros do CG na votação contra o FC menos 8%, apesar das consequências, e mesmo após as explicações da Direção da CPAS. Na verdade, a fixação do FC em menos 8%, que representa um aumento de 2% em relação à proposta inicialmente defendida pela Direção, terá de ser tida em consideração nas medidas a apresentar à Comissão de Avaliação”, explica o mesmo comunicado.

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