CTT esperam reduzir exposição ao banco, mas sem negócios no horizonte

Presidente executivo encara com "tranquilidade um futuro em que o banco tenha menos peso" no portefólio do grupo, mas garante que não existe neste momento nenhum negócio no horizonte.

O presidente executivo dos CTT CTT 1,41% esclareceu esta quarta-feira que, apesar de admitir reduzir a exposição do grupo ao Banco CTT, nada está a ser feito nesse sentido neste momento.

Em maio, João Bento tinha dito numa entrevista à Bloomberg que a venda da “totalidade” do Banco CTT era uma hipótese que estava a ser considerada, embora a “preferência” fosse manter “uma posição minoritária” no respetivo capital.

Esta quarta-feira, questionado sobre a situação, o gestor disse que essas declarações “foram muito ampliadas e de forma não necessariamente mais fiel”, esclarecendo que não está em curso nenhuma discussão para a venda de uma parte do banco ou a entrada de novos parceiros.

Não estamos neste momento a fazer nada, nem para monetizar partes do banco, nem para reduzir essa exposição.

João Bento

CEO dos CTT

João Bento explicou que o grupo CTT quer afirmar-se perante os mercados de capitais como “um operador logístico de comércio eletrónico”. O facto de ter um banco “complica um bocadinho a análise” da empresa pelos potenciais investidores.

“É nesse sentido que nós achamos que não precisamos de ter tanta exposição ao banco no nosso portefólio e que encaramos com tranquilidade um futuro em que o banco tenha menos peso no nosso portefólio”, salientou o CEO.

Porém, adicionou que nada está a ser feito nesse sentido: “Não estamos neste momento a fazer nada, nem para monetizar partes do banco, nem para reduzir essa exposição, porque o banco tem uma história de crescimento e um presente de crescimento com bastante potencial e que nós queremos, obviamente, ajudar a capturar.”

Estas declarações surgem menos de um mês depois de a Generali Tranquilidade ter consumado a entrada no capital do Banco CTT, ficando com 8,71% do banco após um aumento de capital de 25 milhões de euros. O negócio tinha sido anunciado em 2022.

Sobre esta transação, João Bento recordou que não se tratou de uma venda, mas sim por um aumento de capital. Para o gestor, “é uma diferença simbólica mas importante”. “Mostra que nós não queremos propriamente monetizar o valor do banco para fazer outras coisas. Queremos reforçar os capitais do banco para o ajudar a crescer”, concluiu.

O gestor falava esta quarta-feira com os jornalistas horas depois de a empresa ter anunciado, nesta madrugada, a compra da Cacesa, um operador de desalfandegamento de encomendas com sede em Espanha, por 104 milhões de euros.

Na mesma ocasião, o responsável admitiu expandir o negócio das entregas dos CTT a novos países europeus em que a empresa portuguesa ainda não está presente.

As ações dos Correios subiam esta quarta-feira mais de 2,97% por volta das 13h42, para 4,675 euros cada título.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Unicredit reforça participação no Commerzbank para 28%

Banco italiano continua a reforçar no rival alemão, apesar da oposição de Berlim. BCE tem de responder até março se autoriza o Unicredit a comprar quase 30% do Commerzbank.

O Unicredit reforçou a sua posição no Commerzbank para 28%, aumentando a expectativa de uma oferta de aquisição italiana sobre o banco alemão, apesar da forte oposição ao negócio da parte da Alemanha, incluindo do governo.

Em setembro, o banco italiano solicitou autorização ao Banco Central Europeu (BCE) para aumentar a sua posição para 29,9%, abaixo da fasquia dos 30% a partir da qual é obrigado a lançar uma OPA, de acordo com a lei alemã. Na altura adquiriu mais 11,5% do Commerzbank através de contratos derivados.

Atualmente, o Unicredit detém uma participação direta de 9% no banco alemão e uma posição adicional de 18,5% através de derivados após o reforço anunciado esta quarta-feira.

“A posição [no Commerzbank] continua a ser neste momento apenas um investimento e não tem qualquer impacto na oferta pública de troca com o Banco BPM”, salientou o Unicredit em comunicado.

“Este movimento reforça a visão do Unicredit de que existe valor substancial dentro do Commerzbank que precisa de ser cristalizado”, acrescentou a instituição italiana.

O Unicredit adiantou ainda que o processo formal de aprovação regulamentar por parte do BCE para aumentar a sua participação de 10% para perto de 30% já foi “ativado” depois de “ter apresentado as informações necessárias” junto do regulador bancário.

O BCE terá agora de decidir sobre esta operação num prazo de 60 dias, que pode ser prorrogado por mais 30 dias, sendo expectável que haja uma decisão final até “meados de março”, segundo revelou uma fonte próxima do assunto ao Financial Times.

Há cerca de um mês, o Unicredit lançou uma oferta sobre o BPM no valor de dez mil milhões de euros e está sob pressão para aumentar a contrapartida que tem implícito um desconto de 14% face ao preço das ações do banco rival.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Stone Point entra no capital da Ardonagh, corretora dona da MDS

  • ECO Seguros
  • 18 Dezembro 2024

A gestora de fundos de investimento avaliou o grupo que detém 100% da portuguesa MDS em 14 mil milhões de dólares. Junta-se aos maiores acionistas Madison Dearborn e HPS Investment.

O grupo britânico de corretagem de seguros Ardonagh, detentor de 100% do capital de portuguesa MDS, anunciou um investimento de capital no Grupo por fundos geridos pela norte-americana Stone Point Capital, empresa de gestão de investimentos alternativos, focada em serviços financeiros globais. Este investimento avaliou a Ardonagh, que está no top 20 das corretoras globais, em 14 mil milhões de dólares.

David Ross, CEO do Grupo Ardonagh: “o investimento da Stone Point no Grupo marca uma nova fase no nosso extraordinário percurso ao longo dos últimos anos”

A conclusão da transação está prevista para meados de 2025, momento em que a Stone Point se tornará um acionista significativo na Ardonagh, juntamente com a Madison Dearborn Partners (MDP), HPS Investment Partners (HPS), bem como coinvestidores, incluindo uma subsidiária integral da ADIA, Autoridade de Investimento de Abu Dhabi.

Em comunicado, a corretora considera a transação como o encerramento de um ano “crucial” para o Grupo Ardonagh, que “começou com um refinanciamento histórico em março, seguido pela conclusão da fusão do seu negócio de linhas pessoais com a Markerstudy em junho e pela aquisição da PSC Insurance Group (PSC) na Austrália, concluída em outubro”.

Fundado em 2017 através da fusão de várias empresas de seguros do Reino Unido, o Grupo Ardonagh transformou-se, desde então, num dos 20 maiores grupos de corretagem a nível global, gerindo 18 mil milhões de dólares em prémios e operando em toda a cadeia de valor, acrescenta o comunicado.

O Grupo Ardonagh adquiriu o Grupo português MDS em dezembro de 2022, expandindo o seu alcance para novas regiões, incluindo Portugal, Brasil, onde é o maior corretor independente, Angola e Moçambique.

José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS comentou este investimento como “um apoio da Stone Point Capital a representar uma excelente oportunidade para a MDS, reforçando a nossa ambição de crescimento como plataforma nos mercados latino-americano e ibérico, acrescentando valor aos nossos clientes e parceiros nestas regiões-chave.”

Para David Ross, CEO do Grupo Ardonagh “o investimento da Stone Point no Grupo marca uma nova fase no nosso extraordinário percurso ao longo dos últimos anos, culminando no negócio de 14 mil milhões de dólares que concretizamos”, concluindo que “o seu apoio reflete a forte convicção na robustez da operação da Ardonagh e no seu contínuo crescimento, reforçando o nosso compromisso com a independência num mercado em consolidação”.

A conclusão desta aquisição está sujeita às habituais aprovações regulamentares. A Fenchurch Advisory Partners e a Goldman Sachs Investment Banking são os consultores financeiros da Ardonagh.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Instituto Pedro Nunes integra projeto sustentável europeu de 5,3 milhões de euros

Este projeto europeu "pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem", diz Instituto Pedro Nunes.

O Instituto Pedro Nunes (IPN) integra um consórcio internacional que visa transformar as práticas de reciclagem de painéis fotovoltaicos, de modo a contribuir para um futuro mais sustentável e alinhado com os princípios da economia circular. Financiado em mais de 5,3 milhões de euros pela União Europeia, este projeto “pode aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem”, segundo a instituição de Coimbra.

O projeto Apollo – A Proactive Approach to the Recovery and Recycling of Photovoltaic Modules está inserido no programa Clima, Energia e Mobilidade da Comissão Europeia. O consórcio de 18 parceiros provenientes de oito países europeus, entre universidades, centros de tecnologia e inovação e empresas, pretende redefinir os processos de reciclagem de painéis solares, incentivando a utilização de métodos mais eficazes, automatizados e economicamente viáveis.

Com o potencial de aumentar em mais de 300% o valor económico recuperado nos processos de reciclagem, o projeto Apollo reforça o compromisso europeu com a sustentabilidade no setor das energias renováveis”, assinala o instituto em comunicado.

No âmbito do consórcio, compete ao instituto português desenvolver um método escalável para avaliar a composição do vidro e de outros materiais constituintes dos painéis fotovoltaicos na linha de reciclagem. “Este trabalho é alicerçado na vasta experiência do IPN em testes de caracterização, permitindo avaliar e rastrear os vários tipos de painéis fotovoltaicos que se encontram em fim de vida, antes de entrarem na linha da reciclagem”, detalha a instituição na mesma nota.

“O foco está em maximizar a recuperação de materiais valiosos, entre eles, a prata e o silício, este último com uma eficiência prevista de mais de 90% em massa”, descreve.

Além do Instituto Pedro Nunes (Portugal), o projeto conta com várias entidades europeias, designadamente a EDP CNET (Portugal), Fraunhofer Gesellschaft zur Foerderung der Angewandten Forschung (Alemanha), University of Leicester (Reino Unido) e École Polytechnique Fédérale de Lausanne (Suíça).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo autoriza reposição de areias na Figueira da Foz por 28 milhões de euros

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

O Governo autorizou a APA a assumir os encargos plurianuais da empreitada de alimentação artificial de areia entre as praias da Cova-Gala e Costa de Lavos, na Figueira da Foz.

O Governo autorizou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a assumir os encargos plurianuais da empreitada de alimentação artificial de areia entre as praias da Cova-Gala e Costa de Lavos, na Figueira da Foz, distrito de Coimbra.

A resolução do Conselho de Ministro, publicada hoje em Diário da República, determinou que a intervenção, no montante de 27,7 milhões de euros (com IVA incluído), seja repartida entre 2024 e 2027.

A empreitada prevê investimentos de 9.225 euros ainda para 2024, 26,9 milhões de euros em 2025, 720 mil euros em 2026 e 74 mil euros em 2027.

O Programa Temático para a Ação Climática e Sustentabilidade financia a obra em 20,4 milhões de euros, correspondente a uma comparticipação de 85% de fundos comunitários, sendo o restante assegurado por mais três entidades.

O Porto da Figueira da Foz comparticipa os trabalhos com 3,6 milhões de euros, a APA com 2,8 milhões de euros e a Câmara Municipal com 722 mil euros.

A resolução do Conselho de Ministros estabelece que o montante fixado para cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano anterior.

O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, disse na sexta-feira, na Figueira da Foz, que a transferência de três milhões de metros cúbicos (m3) de areia para combater a erosão costeira deverá estar em obra em 2026.

“Pelo menos já temos o financiamento garantido, depois ainda é preciso fazer o concurso público e depois ainda é preciso fazer a obra. Mas agora, finalmente, o Governo deu este pontapé de saída e ele [o chamado ‘big shot’ de areias] vai avançar mesmo”, declarou o governante aos jornalistas, à margem do 3.º Congresso Adaptação às Alterações Climáticas.

A obra em questão passa por efetuar a dragagem de sedimentos numa zona a norte do molhe Norte do porto da Figueira da Foz e depositá-los nas praias a sul, gravemente afetadas por fenómenos de erosão.

Três milhões de metros cúbicos de areia representam um volume entre os cinco e os sete milhões de toneladas.

Este processo tem acumulado anos de atraso – foi publicamente anunciado, pela primeira vez em 2019, pelo Governo de então – mas a calendarização estipulada até hoje nunca foi cumprida.

Em agosto de 2021, há mais de três anos, o então vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), hoje presidente daquela entidade, Pimenta Machado, apresentou, também na Figueira da Foz, um cronograma que previa que o projeto base de deposição das areias num troço de praia entre a Cova-Gala e a Costa de Lavos estivesse concluído no primeiro trimestre de 2022 e os procedimentos ambientais até final desse mesmo ano.

Na altura, a APA estimava que, após o concurso da empreitada, a obra pudesse iniciar-se entre abril e setembro de 2023, com um custo total de 13,7 milhões de euros (metade dos quase 28 milhões de euros agora anunciados pelo Governo), financiada a 75%, por fundos europeus, resultantes de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Lisboa reabilita Tapada das Necessidades por 19 milhões de euros

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

A Câmara de Lisboa aprovou hoje um investimento de 19,26 milhões de euros para o projeto de reabilitação da Tapada das Necessidades, a executar pela Associação de Turismo de Lisboa, até 2028.

A Câmara de Lisboa aprovou hoje um investimento de 19,26 milhões de euros para o projeto de reabilitação da Tapada das Necessidades, a executar pela Associação de Turismo de Lisboa, até 2028, com financiamento do Fundo de Desenvolvimento Turístico.

Em reunião privada, o executivo municipal viabilizou a proposta da liderança PSD/CDS-PP que incorporou contributos do PS, assim como uma alteração sugerida pelos vereadores dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) para que se salvaguarde a universalidade e gratuitidade do acesso à Tapada das Necessidades.

Em causa está o financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa (FDTL), da candidatura da Associação de Turismo de Lisboa para o projeto de reabilitação e dinamização da Tapada das Necessidades/Quinta Real das Necessidades para o período de 2025-2028, e a respetiva transferência de verba, no montante de 19.263.200 euros, valor ao qual acresce IVA à taxa legal em vigor de 23%.

A proposta, que terá ainda de ser apreciada pela Assembleia Municipal de Lisboa, foi apresentada, inicialmente, em março deste ano pela liderança PSD/CDS-PP (que governa sem maioria absoluta), mas a sua votação foi sucessivamente adiada até à sua aprovação no dia de hoje.

A este propósito, em abril deste ano, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou, por unanimidade, o plano de salvaguarda e gestão da Tapada das Necessidades para “recuperar, conservar e requalificar” o seu conjunto patrimonial com valor natural, histórico e artístico, que se encontra degradado.

Posteriormente, em outubro, o executivo municipal viabilizou a revogação por mútuo acordo do contrato de concessão de um conjunto de edifícios na Tapada das Necessidades, com o município a pagar uma indemnização de 823.312,91 euros à empresa concessionária.

Na reunião de hoje, a CML decidiu transferir 19,26 milhões de euros para a Associação de Turismo de Lisboa executar o projeto de reabilitação e dinamização da Tapada das Necessidades para o período de 2025-2028, proposta que teve os votos contra de Cidadãos Por Lisboa e BE, a abstenção de Livre, PCP e PS, e os votos a favor de PSD/CDS-PP, informou à Lusa fonte do município.

No âmbito desta proposta, por sugestão do PS, a câmara mandata os serviços municipais competentes para apresentarem a este órgão municipal, “previamente ao início de qualquer intervenção”, o anteprojeto das obras de reabilitação a realizar, incluindo a identificação dos equipamentos de apoio previstos (quiosque, apoio de cafetaria, parque infantil, etc.), e os “termos de referência do futuro modelo de gestão, e das suas várias componentes, incluindo a angariação de receita”.

Por iniciativa dos Cidadãos Por Lisboa, viabilizada com os votos favoráveis de toda a oposição e os votos contra de PSD/CDS-PP, o executivo municipal determinou que as propostas neste âmbito têm de salvaguardar “a universalidade e gratuitidade do acesso à Tapada das Necessidades”.

Também designada de Quinta Real das Necessidades, a Tapada das Necessidades é constituída por um jardim histórico com uma área de cerca de 10 hectares, na freguesia da Estrela, “com uma grande importância patrimonial e cultural para a cidade de Lisboa e para todos que visitam a capital portuguesa”, refere a câmara, ressalvando que o espaço se encontra “bastante degradado e a necessitar de uma profunda reabilitação”.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CTT admitem expandir entregas a mais países europeus

A compra da Cacesa pelos CTT aproxima a empresa portuguesa de potenciais novos mercados na Europa ao nível das entregas. Mas ainda é "cedo", diz o CEO dos Correios.

A compra da Cacesa pelos CTT CTT 1,41% aproxima a empresa portuguesa de alguns mercados europeus onde poderá, no futuro, vir a fazer entregas de encomendas. O grupo anunciou esta madrugada a aquisição do operador espanhol de desalfandegamento de encomendas por 104 milhões de euros, que é líder de mercado em Espanha e está presente em mais de 15 geografias, numa transação ainda sujeita à aprovação regulatória.

Num encontro virtual com jornalistas esta quarta-feira, poucas horas depois de ter sido anunciada a compra, o presidente executivo dos CTT mostrou-se muito satisfeito com a aquisição, comentando: “Olhamos com muito interesse para as opções que nos dão a presença da Cacesa em vários países na Europa, porque acaba por ser uma forma de ir olhando para outros mercados em que poderemos estar presentes, nomeadamente a entregar.”

Admitindo que os CTT gostariam de “crescer em last mile” — o termo técnico para referir as entregas –, o gestor escusou-se, contudo, a dizer quais desses países são mais interessantes para uma futura expansão do negócio das entregas: “Não vou responder. Para já, é cedo, não estamos aí. Temos um caminho enorme de crescimento na ibéria e vai depender muito das oportunidades.” Mas salientou que “a própria Cacesa tem vindo a instalar-se noutras geografias”.

Além de Espanha, a Cacesa está presente em mercados como França, Reino Unido, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Polónia, Hungria e Turquia, operando também em Itália através de parceiros. A empresa está também a iniciar operações na Roménia e Marrocos (ver mapa).

Fonte: Apresentação dos CTT

“Esta aquisição ajuda-nos a crescer na Península Ibérica, [nomeadamente] em Espanha, porque em Portugal a nossa posição já é muito elevada”, explicou o presidente executivo dos CTT, João Bento. “Estamos a tentar cobrir toda a cadeia de valor do comércio eletrónico, centrados muito nas entregas, também na armazenagem e preparação — o chamado fulfillment —, e desalfandegamento, com [a compra do] maior operador de Espanha e o maior, de longe, de desalfandegamento de comércio eletrónico”, explicou.

Os investidores estão a aplaudir a compra, com as ações dos CTT a subirem 3,30% na bolsa de Lisboa por volta das 13h05, no rescaldo do anúncio desta transação. Os títulos valiam 4,69 euros a essa hora.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h05)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Projetos do PRR atrasados podem dispensar revisão prévia mesmo se já a pediram

Projetos que estão em risco de perder os apoios europeus estão dispensados de revisão prévia. Basta apresentar uma justificação fundamentada para que seja atribuída a dispensa.

Quando os projetos financiados com fundos europeus, nomeadamente com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estão atrasados e o dever de revisão prévia do projeto de execução por entidade distinta do projetista vai comprometer os prazos e arrisca a perda dos apoios comunitários, é possível pedir, de modo fundamentado, a dispensa desta formalidade.

O decreto-lei, publicado em Diário da República esta quarta-feira revela que mesmo nos casos em que a revisão prévia do projeto já tenha sido pedida, mas não concluída, é possível recorrer a esta medida que visa acelerar a execução dos fundos comunitários.

“O presente decreto-lei aplica-se, ainda, às situações em que já tenha sido celebrado um contrato de revisão prévia do projeto de execução e em que essa revisão não tenha sido concluída até à entrada em vigor do presente decreto-lei, podendo o contraente público decidir, de forma fundamentada, a dispensa da revisão prévia do projeto de execução”, lê-se no decreto. Ou seja, a partir de terça-feira, será possível dispensar a revisão prévia.

Até agora as obras públicas com valores superiores a 400 mil euros tinham, obrigatoriamente, de submeter o projeto a revisão prévia por uma entidade qualificada e que tinha de ser diferente do autor do projeto. Esta regra justifica-se com o objetivo de garantir a “qualidade dos projetos” e “uma maior eficácia na fiscalização dos seus custos e prazos”.

Mas como muitas das obras públicas são executadas com apoios comunitários, em particular do PRR, que tem prazos de execução muito apertados, esta exigência pode “revelar-se incompatível com uma execução atempada dos projetos”. Assim, o Governo decidiu dispensar desta formalidade os projetos que estão em risco de perder os apoios. Basta apresentar uma justificação fundamentada para que seja atribuída a dispensa.

“A entidade adjudicante pode, fundamentadamente, dispensar a revisão prévia do projeto de execução”, bastando demonstrar “a existência de risco de não conclusão da empreitada dentro do prazo previsto no caderno de encargos e, consequentemente, de perda de financiamento com recurso a fundos europeus, caso o projeto de execução seja objeto de revisão prévia”.

O decreto-lei estabelece ainda que “a fundamentação de dispensa da revisão prévia do projeto de execução deve constar da decisão de contratar, fazendo-se referência a essa dispensa nas peças do procedimento de formação de contrato de empreitada de obras públicas”.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros este decreto-lei para acelerar a execução dos fundos europeus, num momento em que “há muitos investimentos parados à espera de decisões de licenciamento”, com explicou então o ministro da presidência, António Leitão Amaro. “Por muito importantes que as regras da contratação pública sejam”, sublinhou o ministro da presidência, “não podemos assistir a que a forma como as regras são aplicadas acaba por ter como consequência a perda de fundos europeus, um atraso fatal em projetos de investimento público”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Informática e emprego são os serviços prestados às empresas que mais crescem

Principais indicadores económicos dos serviços prestados às empresas continuaram a subir em 2023, apesar de o ritmo ter abrandado em 5,9 pontos percentuais face a 2022, para 29,3 mil milhões de euros.

O valor dos serviços prestados às empresas atingiu os 29,3 mil milhões de euros em 2023, o que representa um aumento de 14,6% face ao ano anterior. Apesar deste crescimento, o Instituto Nacional de Estatística (INE) regista, no entanto, uma desaceleração de 5,9 pontos percentuais face a 2022.

“Em 2023, assistiu-se à continuação do crescimento significativo dos principais indicadores económicos dos Serviços Prestados às Empresas (SPE), apesar da desaceleração face ao ano anterior”, refere o INE. O volume de negócios cresceu 13,6% (+20,3% em 2022), para 32 mil milhões de euros e o valor da prestação de serviços aumentou 14,6% (+20,5% em 2022), correspondendo a 29,3 mil milhões de euros.

Estes resultados correspondem a 152,2 mil empresas, que empregam 546,3 mil pessoas, mais 8% que no ano anterior. O setor da informática continua a ser o mais representativo.

Ainda de acordo com o INE, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) aumentou 16,5% (versus um crescimento de 20,7% em 2022), para 18,2 mil milhões de euros. Já o Excedente Bruto de Exploração (EBE) aumentou 14,1% (+15,4% em 2022), ascendendo a 4,7 mil milhões de euros.

Todos os setores dos serviços prestados às empresas apresentaram crescimentos de pessoal ao serviço em 2023, destacando-se os setores da informática e das atividades de emprego com os maiores aumentos, com crescimentos de 14,1% e 7,9%, respetivamente.

A informática continuou a ser a atividade mais representativa com 37,3% do total da prestação de serviços, tendo crescido 15,2% em 2023 (+26,3% em 2022) e aumentado o seu VAB e EBE em 20,2% e 24,0%, respetivamente. Seguiu-se a contabilidade, auditoria e consultoria com 25,7% do total da prestação de serviços, que cresceu 13,7%, elevando o seu VAB em 14,1% e EBE em 8,6%.

Já o ramo da arquitetura e engenharia, a terceira atividade mais representativa (13,1% do total da prestação de serviços), foi a que mais aumentou o valor da prestação de serviços, com um aumento de 22,4% face a 2022.

Em relação à evolução da mão-de-obra, foi a informática que registou a maior evolução positiva, com um crescimento de 14,1%, seguida do setor das atividades de emprego, com um aumento de 7,9%.

No conjunto dos serviços prestados às empresas, as cinco maiores empresas representaram 24,8% do total da prestação de serviços em 2023, indica o INE. Por atividade, este indicador de concentração variou entre o máximo de 82,1% na edição de jogos de computador e o mínimo de 7,2% nas atividades de arquitetura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Situação da Trust in News teria “exigido medidas mais musculadas”

  • Lusa
  • 18 Dezembro 2024

A CT afirma que não pode dizer se houve má gestão na dona da Visão e de outros 16 títulos, mas considera que houve "inação" da parte da administração.

A Comissão de Trabalhadores da Trust in News (TiN) considerou esta quarta-feira que a situação do grupo dono da Visão teria “exigido medidas mais musculadas” e que houve duas propostas de compra de publicações que não foram aceites.

Rui da Rocha Ferreira, membro da Comissão de Trabalhadores (CT) da TiN falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, no âmbito dos requerimentos dos grupos parlamentares do Livre e do PS sobre a situação em que se encontra o grupo. A Trust in News, liderada por Luís Delgado, detém 17 marcas e conta com 137 trabalhadores, de acordo com dados da CT.

Considerando o estado em que a empresa estava“, isso teria “exigido medidas mais musculadas”, afirmou Rui Rocha, em resposta a questões do PS.

Questionado sobre se houve tentativa de tomar medidas para estancar a atual situação do grupo, o representante da CT disse que “sim e não”, referindo que este é “o sentimento mais generalizado”. Desde 2018, altura em que a TiN comprou as publicações à Impresa, “aconteceu muita coisa, uma pandemia, uma guerra” e as empresas “têm de saber adaptar-se às exigências do mercado”, prosseguiu.

É opinião comum que deveria ter sido feito algo mais“, sublinhou o responsável da CT, que entrou em funções em junho. Este ano, saíram da empresa “55 trabalhadores” e “entraram 11”, detalhou.

Relativamente a uma reestruturação, a CT adiantou que houve corte de despesas, que inclui corte de licenças de software, serviços de fotografia e de agência noticiosa.

Questões como os salários, que “iam chegando tarde” levou a que a situação se tornasse “insustentável e provocou um desgaste brutal nas pessoas”, levando à saída de trabalhadores que não queriam fazê-lo, mas não tinham outra hipótese.

“Pode-se alegar reestruturação, mas na nossa opinião” esta tem de ter estratégia, ser organizada e ter objetivos.

Já em resposta ao Livre, o membro da CT da TiN referiu que houve “duas propostas oficiais à administração para compras de publicações durante o período de recuperação”. Estas “propostas não foram aceites”, porque segundo a administração “não eram vantajosas”, referiu.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Trust in News (TiN) afirmou que não pode dizer se houve má gestão na dona da Visão e de outros 16 títulos, mas considerou que houve “inação” da parte da administração.

Questionada pelo Bloco de Esquerda (BE) se houve má gestão, a CT referiu não poder responder a isso.

“Eu, pelo menos”, e o Rui da Rocha Ferreira, membro da CT também presente na audição, “não somos especialistas em gestão, temos a nossa perceção, e a palavra mais ouvida” sobre a situação do grupo “é inação“, afirmou Carolina Almeida.

Ou seja, “não sabemos se houve má gestão”, mas houve “uma inação”, rematou Carolina Almeida, referindo que ao longo do tempo deveriam ter sido “tomadas algumas ações”.

O sentimento é de que “deveria ter sido feito mais alguma coisa para não chegarmos a este ponto, as decisões deveriam ter sido mais duras” para “não colocar os trabalhadores nesta situação”, acrescentou.

Já Rui da Rocha Ferreira salientou que a gestão “boa não foi”, referindo que quando o PER não foi aprovado havia indicação de que havia dinheiro para pagar algumas dívidas. “Mas se tinha dinheiro por que não meteu”, questionou, afirmando que a essa pergunta nunca houve resposta.

Rui da Rocha Ferreira salientou que, após a compra do grupo à Impresa, em 2018, a “fase da pandemia foi muito crítica”, a que se juntou depois a guerra na Ucrânia, em que “o preço do papel encareceu”, somando-se os salários em atraso.

Enquanto CT, “demos sempre o benefício da dúvida”, salientou, sublinhando que “Luís Delgado sempre teve abertura tanto com CT” como com os delegados sindicais e outros representantes.

“Sempre houve abertura para falar” com Luís Delgado, “sempre fomos alertando para os problemas que eram óbvios e nunca sentimos da parte da administração o mesmo nível de preocupação”, disse.

A CT apelou à intervenção do Governo na mediação junto dos credores, já que há marcas de revistas que foram dadas como garantias à Segurança Social e à Autoridade Tributária — maiores credores da TiN — para em caso de haver interessados “essa questão das garantias não vir a ser um entrave”.

“é altura de os deputados discutirem de forma séria o que querem da comunicação social, tem de ser definido como setor crítico”, defendeu Rui da Rocha Ferreira, apontando que em caso de “crise, por exemplo, haver um fundo que possa intervir” e uma “vigilância às contas” das empresas do setor.

Aliás, “pode e deve-se começar a olhar de forma mais estrutural para as empresas de comunicação”, defendeu, rematando: “Se é para a TiN cair, que se aprenda alguma coisa” com isso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atividade económica acelera em outubro e clima económico atinge máximos de 2019

A atividade económica em Portugal acelerou, em outubro, e o clima económico, entre setembro e novembro, acompanhou a tendência tendo atingido máximo de março de 2019.

A atividade económica a nível nacional acelerou acelerou em termos homólogos entre agosto e outubro, com o indicador do clima económico a atingir um máximo desde março de 2019, na sequência de um aumento entre setembro e novembro, revelam os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de atividade económica acelerou em termos homólogos entre agosto e outubro, tendo o indicador de consumo privado acelerado, enquanto o indicador de investimento abrandou”, lê-se na síntese económica de conjunta do gabinete de estatística nacional. “Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou entre setembro e novembro, atingindo o máximo desde março de 2019“.

O INE detalha ainda que os indicadores de curto prazo na perspetiva da produção, referentes ao mês de outubro, apontam para uma “aceleração em volume na indústria e na construção, e para um abrandamento em termos nominais, nos serviços e na indústria”. No último caso, detalha o INE, este foi “de forma ligeira”.

Síntese económica de conjuntura – novembro 2024Instituto Nacional de Estatítstica (INE)

Relativamente à atividade económica no mês de outubro, o índice de produção industrial acelerou para uma variação homóloga de 4,4%, após o aumento de 2,8% do mês anterior. Excluindo a componente energética, verificou-se um crescimento de 4,1% (variação de 2,6% no mês anterior). Quanto ao índice de volume de negócios na indústria, este aumentou 2,2% em outubro. Excluindo o agrupamento de energia, o índice de volume de negócios abrandou para uma taxa de variação de 3,0%.

o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma variação homóloga de 3,6% em outubro (5,7% no mês anterior), enquanto o mesmo índice deflacionado no comércio a retalho registou um crescimento de 6,4% em outubro, tendo-se verificado uma aceleração de ambas as componentes, de 3,8% para 4,2% da componente não alimentar e de 6,9% para 9,7% da componente de produtos alimentares.

A acompanhar a tendência, surge o índice de produção na construção, que, nos últimos dois meses, acelerou e registou em outubro uma variação homóloga de 6,8% após ter aumentado 1,5% e 3,3% nos dois meses anteriores.

Relativamente à atividade turística, o INE revela que em outubro, o número de dormidas aumentou 2,5% em termos homólogos: as dormidas de residentes aumentaram 1,2% em termos homólogos, enquanto as dormidas de não residentes aumentaram 3%.

No que toca à atividade externa, tanto as exportações (17,1%) como as importações (7,5%) aumentaram em termos homólogos (4,8% e 3,4%, pela mesma ordem, em setembro de 2024). O INE destaca em particular, face ao período homólogo, os aumentos das exportações de fornecimentos industriais (16,8%) e de material de transporte (21,7%). Nas importações, salienta-se o aumento de bens de consumo (20,5%).

Em novembro, o indicador de confiança aumentou na indústria e no comércio a retalho, estabilizou na construção e diminuiu nos serviços. O indicador de confiança dos consumidores diminuiu, após ter aumentado nos dois meses anteriores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo avisa Montenegro: “Não basta solidariedade institucional”, é preciso “cooperação estratégica”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 18 Dezembro 2024

Presidente da República defende que a “confiabilidade" de Portugal tem de ser construída mais com trabalho a nível bilateral, devido ao menor peso das organizações internacionais.

Nos habituais cumprimentos de Boas Festas aos membros do Governo no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa realçou os desafios do “uso dos fundos europeus” e da “questão particularmente sensível das migrações”, mas deixou, também, um aviso a Luís Montenegro: a solidariedade institucional não é suficiente para um presente com “problemas ainda mais graves” que no passado e que, por isso, precisa de “cooperação estratégica”.

Não basta a solidariedade institucional, que foi sempre boa entre o Presidente da República e os sucessivos governos, e continua a ser claramente boa. Mas não é suficiente. No presente, porque os problemas são mais graves ainda, tem de haver cooperação estratégica, quer na política interna, quer na política externa e na Defesa Nacional“, sustentou o Chefe de Estado, sublinhando que isto exige “estabilidade, segurança e previsibilidade, ademais num período em que vai haver duas eleições nacionais num ano”.

Marcelo realçou o “bem precioso” de Portugal ser visto lá fora como “um parceiro confiável”, que justifica com a maior estabilidade em comparação com as maiores economias europeias, como a França e a Alemanha.

No entanto, esta confiabilidade é “difícil de construir”, ressalvou, defendendo a necessidade de mais trabalho a nível bilateral e lamentando, simultaneamente, que tenha passado “um bocadinho” o tempo do multilateralismo e de um maior papel das organizações internacionais.

O Presidente da República assinalou ainda que o Executivo de Luís Montenegro iniciou funções “num momento muito difícil do mundo” e que os oito meses de governação foram uma “corrida contra o relógio” para “não deixar que a aceleração da história acabe por atingir medidas, decisões, programas e concretizações de forma irreparável”.

“Tem sido um esforço ademais, tendo logo que enfrentar eleições europeias e eleições em vários países da Europa”, recordou Marcelo, saudando o esforço do primeiro-ministro para “estar em toda a parte ao mesmo tempo”.

(Notícia atualizada às 12h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.