Mudanças nas Secretas. Na PJ é reconduzido Luís Neves

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. Montenegro muda também lideranças nas "Secretas", com a entrada de Vítor Sereno e Patrícia Barão.

Luís Montenegro já escolheu quem vai liderar a Polícia Judiciária nos próximos três anos. Luís Neves consegue assim o seu terceiro mandato consecutivo. “Considerando o desempenho do Coordenador Superior de Investigação Criminal Luís António Trindade Nunes das Neves como Diretor Nacional da Polícia Judiciária, este foi nomeado para nova comissão de serviço, nos termos do Decreto-Lei n.º 137/2019, de 13 de setembro, por um período de três anos”, segundo comunicado do gabinete do líder do Executivo.

A 21 de outubro, Luís Montenegro já tinha avisado que a decisão estava tomada. O Primeiro-Ministro falou à entrada da sessão comemorativa do 79.º Aniversário da Polícia Judiciária e na inauguração do Laboratório Digital Forense. Mas não adiantou quando é que esse nome iria ser revelado.

Dias antes, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, já tinha avisado que a decisão sobre a renovação de mandato ou nomeação de um novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) seria tomada em breve, logo após a tomada de posse do Procurador-Geral da República (PGR), que decorreu no dia 12 de outubro. “Em breve vai ser tomada uma decisão sobre o novo diretor da PJ. Estamos a fechar o processo e muito em breve terei novidades para dar”, disse a ministra da Justiça esta quarta-feira, à margem do 13.º Encontro Nacional da Sociedade de Advogados de Portugal (ASAP), no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

O atual diretor Luís Neves tomou posse a 18 de junho de 2018 pela mão da então ministra Francisca Van Dunem e foi reconduzido pela primeira vez em maio de 2021 pela mesma ministra do Governo socialista. Agora, estava em gestão desde junho, estando limitado para tomar decisões de fundo no órgão de polícia criminal que lidera.

Em junho de 2018, o líder da PJ, até então coordenador da Unidade Nacional de Luta contra o Terrorismo, tomava posse para o seu primeiro mandato, sucedendo a um dos históricos que ocupou o cargo durante uma década, Almeida Rodrigues. A verdade é que essa sucessão foi pacífica, aplaudida no interior da polícia. Porque era então a segunda vez, nos últimos anos, que um homem “do terreno”, da própria instituição (não magistrado), que conhecia e conhece a PJ a fundo, liderava este órgão de polícia criminal.

Luís Neves, de 58 anos é licenciado em Direito, entrou para a PJ em 1995, integrando-se na área do combate ao crime violento e ao terrorismo. Nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os skinheads ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo. Começou na Direção Central de Combate ao Banditismo como inspetor onde esteve 13 anos, passou a coordenador em 2006, subiu a diretor-adjunto um ano mais tarde e, posteriormente, tornou-se diretor desta estrutura, que, com a redesignação orgânica na PJ, foi renomeada Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo, da qual foi o primeiro líder. Atualmente, já vai no segundo mandato como diretor nacional (reconduzido em maio deste ano).

O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, conversa com o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra (D), durante a cerimónia de inauguração do Laboratório Digital Forense da Polícia Judiciária e 79.º aniversário da PJ, em Lisboa, 21 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Luís Neves ingressou na força policial assim que terminou a licenciatura em Direito e já depois de um estágio em advocacia. Esteve sempre ligado ao combate ao crime violento e ao terrorismo.

No seio da polícia e mesmo “para fora” é considerado um dos maiores especialistas de Portugal em questões de terrorismo e crimes transnacionais, sobretudo os de natureza mais organizada e violentos. Internamente, ficou também associado às investigações à extrema-direita, à vaga de explosões em caixas multibanco ou às máfias de leste. Pelos seus pares, é considerado um profissional com uma postura de homem pragmático, do terreno, de acompanhar as investigações, focado no trabalho e imune a pressões.

Muito focado na área da cibercriminalidade e da corrupção — assumindo as áreas como duas das prioridades atuais da PJ — Luís Neves deu provas a nível da corrupção nas autarquias, do Estado, em casos de fraude na obtenção dos subsídios europeus, de financiamento de partidos, investigação a dezenas de crimes de ódio e suspeitos skinheads arguidos.

Mais recentemente, numa fase inicial, viu a PJ ser afastada da investigação da Operação Influencer, tendo o Ministério Público (MP) optado pela coadjuvação da PSP num processo que envolveu várias figuras do Governo, incluindo o então primeiro-ministro António Costa, contra o qual correu uma investigação autónoma junto do MP no Supremo Tribunal de Justiça – atualmente em curso no DCIAP, após ter cessado funções governativas – e que acabaria por levar à queda do Governo, num dos momentos mais polémicos da Justiça em Portugal nos últimos anos.

Sob a liderança de Luís Neves a PJ desencadeou também uma das suas maiores operações, deslocando para o arquipélago da Madeira mais de uma centena de inspetores, num processo em que estão em causa suspeitas de corrupção, prevaricação, abuso de poder e tráfico de influência, entre outros e que visava também o Governo Regional, fazendo várias detenções, incluindo o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e constituindo arguido o presidente do executivo local, Miguel Albuquerque.

É também responsável pela detenção do antigo banqueiro João Rendeiro, na África do Sul, depois de meses de investigação ao seu paradeiro, tendo o banqueiro estado mais de um ano fugido às autoridades portuguesas, após condenação a pena de prisão efetiva de três anos e meio por burla qualificada. João Rendeiro acabaria por morrer na prisão, na África do Sul, evitando a extradição e o cumprimento da pena em Portugal.

A direção de Luís Neves ficou ainda marcada no último mandato pela modernização da PJ e reforço de quadros, incluindo especialistas e técnicos periciais, pela absorção de parte dos quadros provenientes do extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e por um elevado aumento salarial dos inspetores, via subsídio de risco, que acabaria por motivar a contestação de outras forças policiais e de segurança, que exigiram ao Governo negociações para um tratamento igualitário.

Patrícia Barão é a nova Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna…

O Primeiro-Ministro indigitou ainda, mediante proposta conjunta da Ministra da Administração Interna e da Ministra da Justiça, a Procuradora da República Patrícia Ferreira Barão para o cargo de Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna. Patrícia Ferreira Barão é natural de Lisboa e tem 50 anos. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1997.

Magistrada do Ministério Público desde 2000, exerce funções no Gabinete do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional. Ao longo da sua carreira esteve colocada no Tribunal Judicial da Comarca de Ourique (2001), no Tribunal Judicial da Comarca de Ourém (2002-2003), no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (2003 – 2020), incluindo a Equipa de Missão do DIAP para a Cooperação Judiciária Internacional (2009 a 2014) e a Equipa de Missão do DIAP responsável pela Articulação com os Órgãos de Polícia Criminal (2009 a 2014), e no Tribunal de Família e Menores de Lisboa (2020-2022). Como tem sido prática para este cargo, o Primeiro-Ministro informou sobre esta indigitação o líder do principal partido da oposição.

…e Vítor Sereno assume Secretaria-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa

Luís Montenegro indigitou ainda, para o exercício de funções como Secretário-Geral do Sistema de Informações da República Portuguesa, o Embaixador Vítor Sereno.

Natural de Coimbra, 53 anos, é diplomata de carreira desde 1997 e, desde 2013, Chefe de Missão. É Embaixador de Portugal no Japão desde março de 2022. Foi Embaixador de Portugal no Senegal e não residente na Costa do Marfim, Guiné-Conacri, Gâmbia, Burquina Faso, Libéria e Serra Leoa (2018-2022). Foi Cônsul-Geral de Portugal em Macau, Estugarda e Roterdão. Serviu ainda nas Embaixadas de Portugal na Guiné-Bissau e na Argentina.

Foi Chefe de Gabinete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e do Secretário-Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na academia, foi professor convidado do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM) e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Foi condecorado com a Grande Cruz da Ordem do Mérito, a Comenda da Ordem do Leão do Senegal, o Título Honorífico de Prestígio da Região Administrativa Especial de Macau e a Comenda da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha. Recebeu, entre outras distinções, o Prémio “Francisco de Melo Torres” da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) como diplomata económico do ano em 2019.

Licenciado em Direito (área jurídico-económica) pela Universidade de Coimbra e Mestre em “Business Communication” pelo ISCEM, iniciou a carreira como advogado e consultor fiscal.

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Portuguesa Ana Quelhas assume co-liderança da coligação europeia de hidrogénio verde

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta start-ups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder.

Ana Quelhas, responsável da EDP pela área do hidrogénio, assumirá a presidência da Renewable Hydrogen Coalition a partir de janeiro, um cargo partilhado com Kim Hedegaard, CEO da fabricante de equipamentos Topsoe.

Os novos líderes desta coligação substituem os antecessores, que eram representantes da empresa de energias renováveis Orsted e do fabricante de eletrolisadores (equipamentos necessários à produção de hidrogénio) Nel Hydrogen. A informação foi divulgada através de um comunicado enviado por esta coligação às redações, marcando o início da conferência Renewable Hydrogen Summit.

A Renewable Hydrogen Coalition é uma associação que junta startups, investidores e empresas que estão a encetar esforços na área do hidrogénio verde, com o objetivo de tornar a Europa líder no desenvolvimento desta tecnologia.

Em apenas 12 meses, a Europa assistiu à tomada de decisões finais de investimento sobre projetos de hidrogénio verde que somam 2 gigawatts [de capacidade]“, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no discurso de abertura do evento. A mesma responsável estima que o investimento nesta tecnologia cresça 140% em 2024.

“A prioridade da Europa deveria ser melhorar a competitividade do hidrogénio renovável de forma a impulsionar a procura”, defende Ana Quelhas, citada no mesmo comunicado. Já na visão do co-líder Kim Hedegaard, “assegurar uma concorrência justa dentro de um mercado único mais forte deveria ser agora o foco”.

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Taxas e multas no Porto crescem mais de 65% no último mandato de Rui Moreira

  • Lusa e ECO
  • 7 Novembro 2024

O presidente da Câmara Municipal do Porto apresentou o derradeiro orçamento do último ano de mandato. Face ao seu primeiro ano completo de mandato, Rui Moreira inscreve mais 87% de taxa turística.

O orçamento da Câmara Municipal do Porto para 2025 fixa-se nos 450 milhões de euros, mais 38 milhões de euros face ao deste ano, e pretende preparar o Porto “para os desafios futuros”, defende o presidente Rui Moreira.

No âmbito da receita, o relatório do orçamento para 2025 indica que as receitas fiscais totalizam 222,8 milhões de euros e contribuem em 49,5% para a receita total. Dos 222,8 milhões de euros, mais de 165 milhões de euros dizem respeito a impostos diretos (IMI, IMT e IUC, derrama) e mais de 57,5 milhões de euros a taxas e multas, dos quais cerca de 28 milhões de euros dizem respeito à taxa turística.

Contas feitas pelo ECO/Local Online, comparando os valores do primeiro ano completo deste último mandato de Rui Moreira e aquele que será o seu último à frente da autarquia (a partir dos valores apontados pelo município à Lusa), mostram que no capítulo das taxas e multas, os cofres da cidade registam um reforço na ordem dos 65%, sendo que o capítulo da taxa turística vale mais quase 90%. Parte deste valor justifica-se pela subida de 50% da taxa turística, criada em maio de 2018 com um valor de dois euros e que em 2025 se cifrará em três euros por dormida. O restante resultará da subida constante do afluxo de turistas à Invicta. De notar que em 2022, primeiro ano sem confinamentos provocados pela Covid-19, o turismo tinha retomado valores de 2019.

Em 2022, primeiro ano completo deste terceiro e último mandato de Rui Moreira, o IMI, IMT, IUC e derrama valeram 145,2 milhões de euros e as taxas, multas e outras penalidades contribuíram com 34,3 milhões de euros para o orçamento municipal. A taxa turística representou então 14,9 milhões de euros, 90% dos 28 milhões de euros previstos para 2025.

Já na contribuição de residentes e empresas, por via do IMI, IMT e da derrama, há um reforço de verbas inferior a 15%, considerando a apresentação de contas da autarquia com números de 2022 e os valores agora avançados à Lusa.

A receita corrente atingirá os 320,3 milhões de euros, montante que “suporta a despesa corrente de 303,1 milhões de euros”. Já a receita de capital será de 23,2 milhões de euros e a despesa de capital de 133,1 milhões de euros.

Quanto à carga fiscal dos munícipes, a maioria independente decidiu manter a tributação do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 0,324% e a majoração em 30% para os prédios devolutos. Simultaneamente decidiu diminuir em 0,5 pontos percentuais o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), que em 2025 se fixa em 3%.

A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

Já quanto à despesa, o relatório destaca o peso da aquisição de bens e serviços, encargos com pessoal, subsídios, despesas correntes e transferências, que, em conjunto, representam cerca de 67,3% do total da despesa.

O orçamento do município do Porto para o ano de 2025 representa o culminar de uma trajetória de 12 anos de gestão independente, caracterizada por um compromisso sólido com a sustentabilidade financeira, a inclusão social e o desenvolvimento urbano”, afirma Rui Moreira, no documento a que a Lusa teve acesso nesta quarta-feira. Numa nota de enquadramento, Rui Moreira destaca o crescimento de 9,2% comparativamente ao orçamento deste ano, que se fixou nos 412 milhões de euros.

“Este orçamento final sob o executivo independente reforça as bases que foram estabelecidas ao longo de mais de uma década de gestão prudente e transparente”, assinala o autarca naquele que é o último orçamento municipal apresentado pelo movimento independente “Rui Moreira: Aqui Há Porto”.

Este orçamento final sob o executivo independente reforça as bases que foram estabelecidas ao longo de mais de uma década de gestão prudente e transparente.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

Segundo o relatório, o saldo corrente do município para 2024 fixa-se em 17,2 milhões de euros e financiará “no mesmo valor as despesas de capital efetivas”.

Comparativamente a 2024, o orçamento prevê um acréscimo do saldo efetivo, superior em 2,5 milhões de euros, se excluídos os passivos e ativos financeiros tanto na despesa como na receita.

O saldo efetivo negativo, no montante de 92,7 milhões de euros, resulta do efeito conjugado da receita efetiva com a despesa efetiva e decorre da inclusão no orçamento do valor de 106,5 milhões de euros, relativo à utilização dos empréstimos de médio e longo prazo que são inscritos nos passivos financeiros”, lê-se no documento.

À semelhança dos anos anteriores, para 2025, as prioridades do município inserem-se no orçamento através de sete objetivos que enquadram o programa autárquico apresentado em 2021 e integram as Grandes Opções do Plano (GOP) e do Plano Plurianual de Investimentos (PPI).

Dos 450 milhões de euros, 128,5 milhões de euros referem-se ao Plano Plurianual de Investimentos e 321,5 milhões de euros ao conjunto de ações designadas de “Ações Relevantes”.

No âmbito do PPI, o relatório destaca “o peso” dos investimentos a realizar na regeneração urbana (39,4%), habitação social (13,8%), energia e transição energética (6%), equipamentos e programas municipais (5,6%), educação (4,3%), qualidade de vida urbana (4,3%) e ambiente (4,2%).

Já no âmbito do Plano de Atividades mais Relevantes (PAR), o relatório salienta as despesas a realizar para o funcionamento dos serviços (47,2%), educação (6,3%), ambiente (5,7%), qualidade de vida urbana (5,7%), operações financeiras (5,2%), equipamentos e programas municipais (4,7%) e transporte público (4,7%).

Dos sete objetivos que integram as Grandes Opções do Plano, a Governância da Câmara detém o maior peso, com uma dotação de 185,1 milhões de euros, sendo que 128,7 milhões de euros dizem respeito aos encargos com o pessoal.

À Governância da Câmara segue-se a área do Ambiente, com uma dotação superior a 78 milhões de euros, e o Urbanismo e Habitação, com uma dotação superior a 61,3 milhões de euros.

No próximo ano, a área da Coesão Social terá uma verba superior a 39 milhões de euros, a área da Economia, Pessoas e Inovação de cerca de 37,4 milhões de euros, e a Mobilidade de 25,9 milhões de euros. A área da Cultura e Património contempla a menor dotação, que ascende a mais de 22 milhões de euros.

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Raro e caro: whisky japonês com 40 anos para colecionadores e ‘connaisseurs’

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 7 Novembro 2024

Ocasiões especiais pedem bebidas extraordinárias. Celebremos as nossas conquistas com Hibiki 40 anos, uma edição limitada de whisky japonês ultra-luxuoso cuja garrafa pode custar mais de 30 mil euros.

Um filho que se forma. O noivado de uma neta. O fechar de um negócio importante. Há ocasiões que não podem ficar em branco, merecem um brinde generoso, uma celebração à altura. Hibiki 40 anos pode ser a escolha certa. Este whisky, pertencente à centenária Suntory Holdings Ltd., responsável pelo recente crescimento do luxuoso mercado japonês de bebidas destiladas (avaliado em 3,49 mil milhões de euros, com uma taxa de crescimento anual de 9,2%), é o mais antigo da linha Hibiki, que mistura maltes de destilarias de renome como Yamazaki e Hakashu, combinados com whisky de grãos de Chita. O Hibiki 40 anos destaca-se pelo seu blend feito à base de cinco whiskies envelhecidos ao cuidado de três gerações de chief blenders, em barris de carvalho Mizunara espanhóis e americanos, que lhe conferem uma intensidade e complexidade únicas, com notas de mel e cravo.

O conceituado fabricante de vidro e fornecedor da família imperial japonesa, Kagami Crystal, criou uma garrafa de 30 facetas decorada com o tradicional maki-e japonês, incrustações de madrepérola e laca dourada. O vidro de cristal e o design facetado oferecem uma visão encantadora do líquido dourado no seu interior. Esta atenção ao detalhe estende-se à caixa exterior, que é feita de 12 variedades de madeira japonesa e tem 12 faces. Do lado de fora, a caixa está adornada com delicadas flores que dão vida às mudanças de estação do Japão. O espírito de omotenashi e serenidade dos templos japoneses encontra expressão nesta delicada composição, com apenas 400 garrafas disponíveis em todo o mundo. Um símbolo do prestígio do Japão antigo, ideal para colecionar.

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Governo vai impor proibição total de voos na Portela entre a 1h e 5h da manhã

Miguel Pinto Luz afirmou no Parlamento que o Governo pediu uma avaliação ambiental para o aumento da capacidade de voos no Humberto Delgado.

O ministro das Infraestruturas revelou, esta quinta-feira no Parlamento, que será imposto uma proibição total de voos no aeroporto Humberto Delgado durante quatro horas, entre a 1h00 e 5h00 da manhã. Medida resulta de propostas do grupo de trabalho criado sobre o ruído da infraestrutura.

Vamos impor um hard night curfew [proibição de circulação noturna rígida] que impede voos entre a 1h00 e 5h00 da manhã. Já é um passo em relação ao que temos”, afirmou Miguel Pinto Luz, que está a ser ouvido esta quinta-feira no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na especialidade.

Na quarta-feira, teve lugar uma manifestação no Humberto Delgado contra o ruído do aeroporto, em que participaram cerca de três dezenas de moradores de bairros de Lisboa e Loures. O tráfego noturno no aeroporto de Lisboa já é restringido entre as 00h00 e as 06h00, mas é frequente a violação pelas companhias aéreas.

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) reconheceu em setembro uma “tendência crescente dos incumprimentos” das regras sobre voos noturnos nos aeroportos portugueses, tendo aplicado coimas de quase seis milhões de euros só no primeiro semestre deste ano.

O ministro afirmou no Parlamento que foi pedida uma avaliação ambiental para o aumento do número de voos no Humberto Delgado, conforme previsto na resolução de conselho de ministros sobre as obras no aeroporto, que prevê o aumento do número de movimentos por hora de 38 para 45.

Sobre o novo aeroporto, interpelado pelo Chega, o ministro das infraestruturas garantiu que será mesmo construído nos terrenos do atual Campo de Tiro de Alcochete. “Nós não temos dúvidas absolutamente nenhumas de que o aeroporto será em Alcochete”. “Com o compromisso, que já assumi, de custos mínimos ou nulos para os contribuintes portugueses”, disse na intervenção inicial.

Assegurou também que o Governo defende que no prazo de 10 anos, quando o aeroporto Luís de Camões estiver concluído, o Humberto Delgado seja “completamente” desmantelado.

(notícia atualizada às 18h20)

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Fotogaleria: A conferência New Money em imagens

O futuro dos meios de pagamento no ecossistema digital e a experiência do consumidor serviram de ponto de partida para a 4ª edição da Conferência New Money.

A 4.ª edição da Conferência New Money – New Wave of Digital Money juntou, no dia 6 de novembro, alguns especialistas da indústria financeira, da tecnologia e reguladores para discutir as oportunidades e desafios que surgem com a digitalização do dinheiro.

O futuro dos meios de pagamento no ecossistema digital e a experiência do consumidor na era dos pagamentos digitais foram temas de discussão no evento que decorreu nos escritórios da Morais Leitão, em Lisboa.

Veja na fotogaleria abaixo alguns dos momentos da conferência.

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Uma dose de economia: #15 Porque falha o socialismo? Uma análise da Escola Austríaca

  • ECO
  • 7 Novembro 2024

Neste episódio, Filipe Ratão faz uma análise sobre o porquê das economias socialistas fracassarem economicamente, segundo os pensadores e economistas da Escola Austríaca.

Mesmo antes da primeira experiência socialista moderna a larga escala – a União Soviética – vários intelectuais já tinham previsto a impossibilidade de uma economia socialista funcionar. Quais eram as suas razões? Neste episódio, Filipe Ratão faz uma análise sobre o porquê das economias socialistas fracassarem economicamente, segundo os pensadores e economistas da Escola Austríaca.

“Uma dose de economia” é um podcast onde alunos do ISEG discutem temas de atualidade ligados às finanças e à economia.

Este podcast é fruto de uma parceria entre o ECO e a associação ISEG Young Economics Society e todos os meses haverá um novo episódio.

 

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Lucro da EDP sobe 14% para 1.083 milhões de euros até setembro

Já a dívida líquida da cotada disparou 13%, atingindo os 17,3 mil milhões de euros.

A EDP obteve um resultado líquido de 1.083 milhões de euros entre janeiro e setembro, informou a empresa num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O lucro destes nove meses está 14% acima do atingido no mesmo período do ano anterior.

“O resultado líquido da EDP aumentou 14% nos primeiros nove meses de 2024, para 1.083 milhões de euros, suportado pelo bom desempenho da atividade de redes de eletricidade no Brasil, assim como pela recuperação de produção hídrica no mercado ibérico, que mais do que compensaram os menores ganhos com rotação de ativos renováveis”, lê-se no mesmo documento. O EBITDA subiu 2% para os 3.899 milhões de euros.

O segmento de negócio de operação de redes de eletricidade representou 42% do resultado líquido consolidado dos primeiros nove meses do ano, “impactado positivamente pelo sucesso da OPA sobre a EDP Brasil”, concluída em julho de 2023, indica a empresa. Por seu lado, a produção de energia hidroelétrica em Portugal disparou 66%, e a eólica e solar nos Estados Unidos subiu 15%, “compensando a queda dos preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fósseis”.

As energias renováveis representam atualmente 97% do portefólio da elétrica. As receitas provenientes de combustíveis fósseis contribuem de momento com menos de 2% para o total, sendo que o carvão contribui com 0,1%.

Já a dívida líquida da cotada disparou 13%, atingindo os 17,3 mil milhões de euros. Esta reflete a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade, assim como o pagamento de dividendos. “A dívida líquida esperada para o final de 2024 será influenciada pelo timing dos encaixes de parcerias institucionais e de conclusão de operações de rotação de ativos, uma vez que determinadas operações poderão ser apenas concluídas em 2025″, alerta a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade. O objetivo, reitera o comunicado, continua a ser manter um rating BBB.

A casa-mãe do grupo EDP divulgou esta quinta-feira os resultados para os primeiros nove meses do ano, um dia após a sua subsidiária de energias limpas, EDP Renováveis, o ter feito. A EDP Renováveis registou uma queda homóloga de 53% nos lucros nos primeiros nove meses, para 210 milhões de euros, face aos 445 milhões alcançados no mesmo período do ano passado.

A EDP espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de 5 mil milhões de euros, um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio”, conclui a empresa.

(Notícia em atualizada pela última vez às 18:00 com mais informação)

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Conhecidos os finalistas do Ranking Nacional de Criatividade 2024 do CCP

  • + M
  • 7 Novembro 2024

O CCP divulgou a lista dos finalistas das 31 categorias do Ranking Nacional de Criatividade de 2024. Os vencedores são conhecidos a 29 de novembro.

O Clube da Criatividade de Portugal (CCP) deu a conhecer os cinco finalistas das 31 categorias do Ranking Nacional de Criatividade de 2024. A classificação é individual e tem por base os prémios atribuídos no 26º Festival CCP.

Por detrás dos trabalhos premiados estão os profissionais que os criaram e que, além da agência ou projeto que viram premiado, merecem eles próprios o devido destaque e reconhecimento“, refere a organização em comunicado.

Os resultados dos rankings são assim apurados através das fichas técnicas dos trabalhos inscritos no festival, resultando o top da soma dos pontos conquistados por cada trabalho premiado com ouro, prata, bronze e shortlist. Os prémios contam com o apoio dos auditores e consultores BDO, lembra o CCP.

A novidade deste ano é que os pontos obtidos com os prémios ganhos em Causas Sociais e Autopromoção passaram a contar para o Ranking. A organização alerta que os profissionais são “referenciados e classificados com pontuação da agência ou produtora onde realizaram o projeto, independentemente de atualmente estarem numa nova agência ou produtora”, e que em algumas categorias existem mais de cinco nomeados por se observarem empates.

Os finalistas em cada uma das 31 categorias podem ser consultados aqui.

Os vencedores finais são anunciados a 29 de novembro, na festa de entrega de prémios, aberta aos nomeados e sócios do Clube (com lotação limitada) e que decorre no bar A Barraca, em Lisboa, a partir das 21h.

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Paulo Macedo avança para novo mandato à frente da Caixa

Líder do banco público adiantou que aceitou o convite endereçado pelo ministro das Finanças para renovar mandato até 2028. António Farinha Morais continuará como chairman. Mas haverá mudanças.

Paulo Macedo, presidente da comissão executiva, com o administrador José João Guilherme.

Paulo Macedo adiantou esta quinta-feira que aceitou o convite do ministro das Finanças para um novo mandato à frente da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O gestor disse ainda que haverá mudanças na sua próxima equipa e que António Farinha Morais seguirá como chairman.

“Sim, fui convidado pelo senhor ministro”, disse numa primeira ocasião durante a apresentação dos resultados dos primeiros nove meses. Mais tarde, questionado pelos jornalistas sobre se aceitou o convite, Paulo Macedo respondeu afirmativamente e revelou que António Farinha Morais também continuará a presidir ao conselho de administração.

O mandato da atual administração termina no final do ano e Paulo Macedo desvendou que haverá mudança na equipa para o mandato 2025-2028, mas sem adiantar nomes. “Obviamente haverá mudanças, a última vez teve uma remodelação de 40%. Não quer dizer que vai ser assim novamente. Mas é negativo falar de pessoas, queimam-se nomes, criam-se expectativas. Não é positivo”, explicou.

Paulo Macedo não se alongou sobre o envolvimento do seu nome no caso da EDP, dizendo que a questão era conhecida e que os gestores são avaliados em termos de fit & proper todos os anos.

“Não haverá encerramento de agências”

Entre outros trabalhos, o gestor apontou que quer continuar a fazer a “limpeza do balanço” e anunciou que o banco irá vender carteiras de malparado de 440 milhões de euros nos próximos tempos. E vai desfazer-se ainda de participações que não são estratégicas para o banco.

Apontou ainda o desafio de fazer crescer o volume de negócio num quadro de descida de juros e de maior concorrência. “A Caixa quer aumentar os volumes, o problema é que os outros bancos também querem. (…) Vai ser essencial os níveis de serviço, sabemos que quanto mais baixas as taxas mais importante é o nível de serviço, a marca e a reputação”, disse.

Sobre a redução de serviços financeiros no interior do país e nas ilhas, Paulo Macedo frisou que não haverá qualquer encerramento de agências. E notou que “todos os balcões vão continuar a ter pessoas, que poderão acompanhar, fazer todo o apoio às pessoas com mais dificuldades [com as máquinas]”.

A Caixa registou uma subida de quase 40% dos lucros para 1.369 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

(Notícia atualizada às 18h11)

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Cerca de 116.000 pedidos de indemnização às seguradoras numa semana pelas cheias em Espanha

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

Mais de metade dos pedidos estão relacionados com carros e outros veículos e 31% estão ligados a danos em habitações e condomínios.

As companhias de seguros de Espanha receberam cerca de 116.000 pedidos de indemnização numa semana por causa dos danos causados pelas inundações no leste do país, divulgou esta quinta-feira o consórcio que reúne estas empresas.

Mais de metade dos pedidos, cerca de 60%, estão relacionados com carros e outros veículos, disse o diretor-geral do Consórcio de Compensação de Seguros (CCS), José Antonio Fernández, numa conferência de imprensa em Madrid, após uma reunião do comité de crise criado pelo Governo espanhol para acompanhar as consequências das cheias de 29 de outubro, em especial, na região de Valência, a mais afetada.

Dos cerca de 116.000 pedidos aos seguros até agora, 31% estão relacionados com danos em habitações e condomínios.

Este consórcio já recebeu numa semana tantos pedidos de indemnização por causa das cheias como aqueles que geriu em total com a erupção do vulcão de La Palma, nas Canárias, em 2021.

Segundo José Antonio Fernández, estão no terreno 800 peritos e o número deverá duplicar na próxima semana, para agilizar os processos.

As inundações no sudeste de Espanha na semana passada causaram danos em 78 municípios, 75 dos quais na região autónoma da Comunidade Valenciana, segundo dados atualizados esta quinta-feira pelo Governo espanhol.

Nos municípios valencianos mais afetados, vivem mais de 920.000 pessoas.

As chuvas e as cheias causaram 219 mortos e as autoridades têm registo de 93 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.

A maioria das vítimas mortais é da Comunidade Valenciana, onde estão confirmados 211 mortos.

As enxurradas deixaram ainda destruídos ou muito danificados os pisos térreos das ruas que invadiram na noite de 29 de outubro, fossem casas de habitação, comércios, restaurantes, bares ou outro tipo de empresas.

O maior impacto foi em zonas suburbanas da cidade de Valência, que além de ser densamente povoada, é onde estão instaladas dezenas de zonas industriais e de parques comerciais e empresariais.

Não existe, até agora, um número ou estimativa oficial de habitações danificadas ou destruídas.

Associações empresariais divulgaram que, após uma primeira avaliação, há 50 áreas industriais afetadas, onde funcionavam 6.800 empresas. Pelo menos 1.800 estabelecimentos comerciais tiveram danos provocados pelo mau tempo.

O temporal deixou também milhares de carros amontoados em estradas, ruas e parques de estacionamento, muitas vezes empilhados uns nos outros em verdadeiras montanhas de veículos, naquilo que é uma das imagens mais associadas a estas inundações.

Segundo as estimativas das associações e empresas de remoção de carros que estão no terreno a trabalhar em coordenação com os militares e polícias, ficaram danificados e destruídos mais de 100 mil veículos.

Estradas, pontes, viadutos, linhas de comboio e metro e redes de abastecimento de água e energia ficaram também danificadas.

Segundo o balanço desta quinta-feira do Governo espanhol, foram repostas até agora 93% das 220.000 linhas de telefone fixo afetadas e 88% das 300.000 de telemóvel danificadas.

O abastecimento de eletricidade foi reposto esta quinta-feira em todas as zonas.

Cerca de 30 estradas permanecem cortadas na região de Valência e há condicionamentos de trânsito em dezenas de outras. Algumas linhas de metro e de comboio suburbanas continuam também cortadas.

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Laurentino Dias avança com candidatura ao Comité Olímpico de Portugal

  • Lusa
  • 7 Novembro 2024

As eleições do organismo olímpico devem realizar-se no primeiro trimestre de 2025. O jurista natural de Fafe foi o responsável pela tutela do Desporto entre 2005 e 2011, nos dois governos de Sócrates.

Laurentino Dias assumiu esta quinta-feira a vontade de se candidatar à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), para o ciclo 2025-2029, em comunicado enviado à Lusa pelo antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto.

O jurista natural de Fafe, de 70 anos, foi o responsável pela tutela do Desporto entre 2005 e 2011, nos dois governos liderados por José Sócrates, apresentando-se para uma eleição “particularmente exigente, pois acontece na sequência da perda de uma liderança forte e incontestada na pessoa de José Manuel Constantino que, durante mais de uma década, levou o desempenho do Comité a altos níveis de credibilidade e prestígio públicos que têm de ser mantidos e, sendo possível, guiados numa continuada elevação”.

“Seguir e desenvolver esse rumo é porventura o maior dos desafios da liderança que, por decisão dos membros do COP, venha a suceder-lhe nessa responsabilidade. O processo eleitoral deverá ser profundo nas ideias, sereno no debate e rico na participação, para que a escolha venha a recair na proposta que melhor sirva os desígnios do desporto nacional e do seu Comité Olímpico”, prosseguiu o antigo governante socialista.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Coimbra, Laurentino Dias, que foi deputado do PS na Assembleia da República, eleito por Braga, entre 1987 e 2015, apresentou a sua possível candidatura, abrindo caminho para que outros avancem.

Entendo que aqueles que sintam a vontade e necessidade de contribuir para a prosperidade e o sucesso do desporto em Portugal, e se sintam em condições de corresponder a este exigente desafio, devem assumi-lo de forma transparente e pública. Essa disponibilidade e esse projeto devem ser partilhados com o movimento desportivo, em particular com as federações desportivas, recolhendo não apenas o seu apoio, mas sobretudo o seu empenhamento numa candidatura que a todos represente. É o que me proponho fazer a partir de hoje”, sublinhou.

Neste comunicado, Laurentino Dias recorda o seu passado como voleibolista de Académica, Francisco da Holanda e AD Fafe, clube no qual jogou futebol e foi dirigente, tal como no Conselho de Desporto da ‘briosa’ e na Federação Portuguesa de Voleibol, além de titular da pasta do Desporto.

“Afirmar publicamente a minha firme e muito refletida disposição de pôr ao serviço do COP a minha experiência de vida, onde o desporto nunca deixou de estar presente nas suas mais diversas vertentes, primeiro como jovem atleta, e mais tarde como dirigente e responsável público. Acredito na promoção junto dos organismos desportivos da discussão de objetivos e estratégias para o próximo mandato, e na definição de prioridades de intervenção do COP, não apenas na relação com as federações desportivas, mas também com os seus atletas, treinadores e demais agentes desportivos”, vincou.

Laurentino Dias defende a valorização “permanente e determinada” do “papel do movimento olímpico no plano da responsabilidade social do desporto”: “O reforço da sua intervenção, em cooperação com as autoridades públicas e governamentais, será a condição necessária para atingir o maior dos objetivos: ajudar o desporto a tornar-se verdadeiro desígnio nacional, com todas as suas inestimáveis consequências”.

“Uma candidatura ao Comité Olímpico não é, não pode ser nunca, uma ambição pessoal, mas sim um projeto coletivo que a todos mobilize de forma voluntária e responsável para que, cumprindo a sua missão, seja possível vencer os consideráveis desafios que se colocam ao desporto português. Será esse o caminho que me proponho e comprometo publicamente a fazer a partir de hoje. Reunir contributos, juntar pessoas e organizações, debater e consolidar ideias, dar forma e conteúdo a uma candidatura representativa e capaz de garantir uma governação plena de paixão desportiva, mas também serena e pragmaticamente estruturada, do COP no mandato que se aproxima”, rematou.

Laurentino Dias foi o primeiro potencial candidato a assumir-se disponível a entrar na ‘corrida’, devendo contar com a concorrência, pelo menos, do atual secretário-geral do COP, José Manuel Araújo. As eleições do organismo olímpico, liderado por Artur Lopes desde a morte de José Manuel Constantino, em agosto último, devem realizar-se no primeiro trimestre de 2025.

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