Lusíadas Saúde tem abertas vagas de emprego para novo hospital

Novo hospital abre no final deste ano, pelo que o Grupo Lusíadas está agora a recrutar. Tem vagas abertas para vários perfis, de rececionistas a enfermeiros, passando por técnicos superiores.

O Grupo Lusíadas está à procura de profissionais de saúde — de enfermeiros a técnicos superiores de diagnóstico — para exercerem funções num novo hospital em Paços de Ferreira, cuja abertura está prevista para o último trimestre deste ano.

“A Lusíadas Saúde está a contratar vários perfis de profissionais de saúde para o Hospital Lusíadas Paços de Ferreira, uma nova unidade do grupo com abertura prevista ainda em 2024″, foi anunciado esta terça-feira, numa nota enviada às redações.

Em concreto, estão abertas vagas para técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (das áreas de cardiopneumologia, ortóptica e imagiologia), e para enfermeiros (para as áreas de internamento médico-cirúrgico, obstetrícia e pediatria), bem como para auxiliares de ação médica de consulta externa, assistentes de dentária, e até administrativos de frontoffice e backoffice.

Para todas estas vagas, o grupo está à procura de profissionais com experiência e disponibilidade imediata. Quanto ao que é oferecido aos candidatos, há informação disponível na plataforma de recrutamento de recursos humanos Clan (através da qual também é possível avançar com a candidatura).

Por exemplo, no caso dos enfermeiros de ambulatório e cuidados gerais, o grupo promete um contrato de trabalho e um “pacote salarial competitivo com subsídio de alimentação pago em cartão de refeição). Ou seja, para já, não se detalha a remuneração que está em cima da mesa (nem no caso dos enfermeiros, nem nas demais vagas).

Ainda assim, a a nota enviada esta manhã às redações sublinha que o novo hospital estará localizado no centro comercial Ferraza Plaza, “e terá um bloco operatório com duas salas cirúrgicas, 25 consultórios, sete salas de exames especiais e uma sala de imagiologia”.

O Lusíadas Saúde conta, neste momento, com mais de sete mil trabalhadores em Portugal, de norte a sul, sendo um dos maiores grupos do setor.

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Atividade económica desacelera em junho e clima económico diminuiu em julho

Indicador de atividade económica registou variações homólogas positivas entre setembro e junho, tendo desacelerado nos últimos dois meses. Clima económico caiu em junho e julho.

O indicador de clima económico diminuiu em julho, enquanto o indicador de atividade económica desacelerou em junho, de acordo com a análise publicada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a síntese económica de conjuntura, o indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em junho e julho, após ter aumentado em maio. Já o indicador de atividade económica, que sintetiza um conjunto de indicadores quantitativos que refletem a evolução da economia, registou variações homólogas positivas entre setembro e junho, tendo desacelerado nos últimos dois meses.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para junho, apontam, em termos homólogos, para uma diminuição em volume na indústria, uma aceleração em volume na construção e nominal nos serviços e para um aumento nominal na indústria.

A conjuntura reflete, por exemplo, a queda de 3% em junho do Índice de Produção Industrial (ajustado de efeitos de calendário e de sazonalidade), após ter subido 11% no mês anterior. Descontando a energia, verificou-se uma diminuição de 1,9% na indústria (variação de -0,8% no mês anterior). Olhando para o segundo trimestre de 2024, o índice agregado aumentou 1,2%.

Os dados do organismo de estatística nacional indicam ainda que, em termos nominais, o índice de volume de negócios na indústria (ajustado de efeitos de calendário e de sazonalidade) aumentou 1,7% em junho (diminuição de 2,7% no mês anterior). Excluindo a energia, o volume de negócios diminuiu 0,5%. No segundo trimestre de 2024, as vendas na indústria diminuíram 0,4% (taxa de -3,7% no trimestre precedente).

Por seu lado, o índice de volume de negócios nos serviços apresentou uma variação homóloga de 4,4% em junho (2,9% no mês anterior) e o índice de produção na construção acelerou para uma variação homóloga de 2,1% em junho, após ter aumentado 0,6% no mês precedente.

Paralelamente, o INE recorda que o indicador de confiança dos consumidores aumentou em junho e julho, após ter diminuído em maio, superando pela primeira vez o valor registado em fevereiro de 2022, antes da queda abrupta verificada em março do mesmo ano.

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Comissão Europeia propõe taxa de 9% sobre automóveis da Tesla importados da China

A Comissão Europeia vai mesmo avançar com impostos sobre os veículos elétricos importados da China. Aos modelos da BYD, a tarifa ascende aos 17%, enquanto os Teslas pagarão uma taxa de 9%.

A Comissão Europeia anunciou esta terça-feira que tenciona aplicar uma taxa de 9% sobre todos os carros elétricos da Tesla importados da China. A medida surge no âmbito da decisão de Bruxelas impor taxas provisórias sobre as importações de veículos elétricos chineses, já este ano. A taxa mais elevada, de 36,3%, será aplicada aos veículos produzidos pela SAIC Motor Corp.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira, o anúncio surge na sequência da investigação aos subsídios à produção de carros elétricos chineses lançada pelo executivo comunitário no ano passado. Em julho, a Comissão Europeia anunciou que iria aplicar uma taxa de até 38% sobre elétricos chineses, mas esta terça-feira apresentou alguns “ajustes” às taxas que pretende implementar. Estes valores podem, no entanto, sofrer alterações face às eventuais observações que a Comissão Europeia receberá tanto das partes visadas como dos Estados-membros.

Depois de a Comissão ter analisado todas as observações das partes interessadas e de os Estados-Membros terem dado o seu parecer, nos próximos 10 dias, a decisão final será publicada no Jornal Oficial da União Europeia.

Segundo a nota, “todas as empresas que não colaborarem” com a investigação em curso estarão sujeitas a uma taxa de 36,3%, valor semelhante que será aplicado às importações dos veículos elétricos produzidos pela SAIC Motor Corp. Já às empresas que colaborarem na investigação que decorre a nível europeu será aplicada uma taxa de 21,3%.

O executivo de Von der Leyen detalha ainda que os carros elétricos da BYD ficarão sujeitos a um imposto de 17%, ligeiramente abaixo dos 17,4% inicialmente previstos, enquanto para os veículos da marca Geely a taxa aduaneira será de 19,3%.

Ao ECO, fonte oficial da Salvador Caetano, empresa responsável pela importação dos veículos BYD em Portugal, não faz comentários sobre a decisão vinda de Bruxelas, no entanto garante ao ECO que se mantém “empenha na expansão e consolidação da operação” a nível nacional, bem como “confiantes” nos projetos e produtos.

Os veículos produzidos pela empresa de Elon Musk e importados da China, embora não escapem às novas tarifas da Comissão Europeia, recebem, no entanto, uma penalização mais leve. Segundo a nota, a taxa de 9% aplicada às importações chinesas dos carros dessa marca prende-se com o facto de “Pequim parecer conceder menos subsídios às empresas estrangeiras” face às nacionais. Recorde-se que apesar das taxas visarem as importações chinesas destes veículos, a Tesla tem na Alemanha a sua maior fábrica de baterias elétricas na Europa.

“Quaisquer diferenças nos níveis de taxas refletem os diferentes níveis de subvenção entre os diferentes regimes, que foram afetados por vários elementos, tais como o nível de cooperação e as diferentes estruturas organizacionais em áreas como o financiamento”, lê-se no comunicado da Comissão Europeia.

Recorde-se que além dos impostos agora anunciados, a Comissão Europeia já tem em vigor uma taxa de 10% aplicada aos carros elétricos vindos da China. Estes novos impostos aduaneiros não terão efeitos retroativos uma vez que o executivo comunitário considera que não foram “reunidas condições” para tal.

Depois de a proposta ser analisada pelas partes visadas, a Comissão Europeia irá apresentar a decisão final aos Estados-Membros, que terão de a votar. Para ser aprovada e adotada com efeitos vinculativos, será necessário a votação favorável de uma maioria qualificada.

Uma vez aprovada, e publicada no Jornal Oficial, os Estados-membros terão até quatro meses para adotar as novas taxas. As eventuais medidas estarão em vigor durante 5 anos, prorrogáveis mediante pedido fundamentado e reexame subsequente.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h00 com as declarações de fonte oficial da Salvador Caetano)

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Taxas do crédito da casa em mínimo de nove meses. Prestação média sobe

A taxa de juro implícita no crédito à habitação manteve a tendência de queda verificada nos últimos meses. Já a prestação média subiu um euro, fixando-se em 405 euros.

As taxas de juro implícitas do crédito à habitação voltaram a recuar em julho, para os 4,487%, o valor mais baixo desde outubro de 2023, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Já a prestação média paga à banca subiu um euro, para 405 euros, por efeito dos novos empréstimos.

A queda de 2,6 pontos base face a junho marca a sexta descida consecutiva das taxas implícitas, refletindo a redução do valor do indexante, as Euribor. Uma evolução que se verifica também nos novos empréstimos, com a taxa dos contratos celebrados nos últimos três meses a descer para 3,713%.

A tendência de queda das taxas de juro deverá manter-se. Como noticia esta terça-feira o ECO, as Euribor vão, em agosto, a caminho da maior queda mensal em mais de uma década, na ressaca do mini crash nas bolsas registado no início do mês e perante a expectativa de cortes nas taxas de juro dos bancos centrais.

A prestação média aumentou em julho para 405 euros, mais um euro que no mês passado e 35 euros do que no mesmo mês do ano passado, indica o INE. Uma evolução condicionada pelos contratos celebrados nos últimos três meses, onde o valor médio da prestação aumentou 1,2% face ao mês anterior, para 611 euros, refletindo um montante mais elevado dos empréstimos contraídos.

O capital médio em dívida, considerando a totalidade dos contratos, subiu 250 euros face ao mês anterior, para 66.529 euros. “Para os contratos celebrados nos últimos 3 meses, o montante médio em
dívida foi 127.541 euros, mais 1.599 euros que em junho“, assinala o instituto de estatística.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Inflação na UE sobe para 2,8%, mas em Portugal abranda para 2,7%

O índice de preços registado em julho na União Europeia avançou dois pontos e na Zona Euro aumentou um ponto para 2,6%. Já a economia lusa sentiu um alívio de 0,4 pontos face ao mês anterior.

A inflação média anual da União Europeia (UE) subiu dois pontos percentuais (p.p.) para 2,8%, em julho, na comparação com o mês anterior (2,6%). Na Zona Euro, o índice de preços avançou um ponto, de 2,5% para 2,6%, segundo o relatório publicado esta terça-feira pelo Eurostat. Já Portugal viu o indicador cair 0,4 pontos, de 3,1% para 2,7%, ficando em linha com a UE e o espaço da moeda única, tal como já tinha avançado o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Um ano antes, a taxa de inflação na UE era de 6,1% e, na Zona Euro, o índice de preços estava a subir 5,3%, o que traduz descidas de 3,3 pontos e de 2,7 pontos respetivamente. Em Portugal, o indicador batia nos 4,3%, de acordo com o INE.

As taxas anuais mais baixas foram registadas na Finlândia (0,5%), Letónia (0,8%) e Dinamarca (1%). E as mais elevadas verificaram-se na Roménia (5,8%), Bélgica (5,4%) e Hungria (4,1%). Em comparação com o mês anterior, a inflação homóloga de julho caiu em nove estados-membros, entre os quais Portugal, manteve-se estável em quatro e aumentou em 14 países, observa o gabinete de estatísticas da UE.

O maior contributo para a subida da inflação homóloga, na área do Euro, veio dos serviços, cujos preços agravaram-se em 1,82 p.p., seguidos dos produtos alimentares, álcool e tabaco (+0,45 p.p.), bens industriais não energéticos (+0,19 p.p.) e energia (+0,12 p.p.).

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David Carvalho Martins nomeado para integrar lista de árbitros presidentes do CES

O managing partner da DCM | Littler David Carvalho Martins foi nomeado para integrar a lista de árbitros presidentes do Conselho Económico e Social para as matérias previstas no Código do Trabalho.

O managing partner da DCM | Littler David Carvalho Martins foi nomeado para integrar a lista de árbitros presidentes do Conselho Económico e Social (CES) para as matérias previstas no Código do Trabalho.

Foi com muita honra e responsabilidade que aceitei este novo desafio profissional. Pretendo cumprir as funções que vierem a ser depositadas com a maior dedicação e forte empenho para ajudar a cumprir os tradicionais e novos desígnios do Direito do trabalho”, referiu em comunicado David Carvalho Martins.

O CES tem um papel relevante por atuar como órgão auxiliar no desenvolvimento de políticas económica e social, tanto internamente como nas instâncias europeias, incluindo a utilização dos fundos europeus. Pode, igualmente, dar parecer sobre as propostas de planeamento setorial e espacial e políticas de desenvolvimento socioeconómico que o Governo lhe submeta e apreciar a situação económica do país. Exerce também uma atividade promocional da concertação entre os parceiros sociais.

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Número de desempregados inscritos no IEFP sobe mais de 7% em julho

Número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 7,3% face a julho de 2023, ultrapassando a fasquia dos 305 mil indivíduos. Em cadeia também houve uma subida, mas muito ligeira.

O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a crescer em termos homólogos. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, julho foi sinónimo de uma subida de 7,3% face ao registado no mesmo mês de 2023. Estão inscritos, por isso, neste momento, cerca de 305 mil desempregados.

“No fim do mês de julho de 2024, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 305.139 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2023 (+20.809; +7,3%)“, informa o IEFP numa nota publicada esta manhã.

Também face a junho houve um aumento, mas muito ligeiro: 0,1%. Ainda assim, é de notar que há vários meses que o desemprego registado estava a recuar em cadeia, pelo que tal subida, embora pequena, vem interromper a trajetória descendente, como mostra o gráfico abaixo.

Importa destacar também que nem todas as regiões do país estão a ver o mercado de trabalho evoluir da mesma forma. Nos Açores e na Madeira, julho trouxe recuos homólogos do desemprego registado (9,9% e 11,3%, respetivamente), enquanto nas demais regiões a tendência foi a inversa, com o Algarve a liderar os aumentos (17,1%).

Já em cadeia o Algarve destacou-me como a exceção à regra, isto é, foi a única região onde o número de desempregados inscritos no IEFP recuo (7%) entre junho e julho.

Quanto às diferenças entre setores, os dados agora divulgados permitem perceber que em julho o desemprego registado aumentou, em termos homólogos, 6,5% na agricultura, 12,3% no setor secundário e 7,5% no setor terciário.

Ou seja, a indústria liderou os aumentos, o que não espanta, tendo em conta que tem sido dos setores mais afetados pelo abrandamento das economias, o que prejudica as exportações. Também por essa razão este tem sido o setor mais afetado por despedimentos coletivos, conforme escreveu recentemente o ECO.

Por fim, destaque para as ofertas de emprego por satisfazer: em julho totalizavam 12.178, menos 26,5% do que há um ano e menos 5,9% do que no mês anterior.

(Notícia atualizada às 10h56)

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Incêndio na Madeira tem cinco frentes ativas de fraca intensidade em três concelhos

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O incêndio que deflagrou na quarta-feira na zona oeste da Madeira mantém cinco frentes ativas em aéreas de difícil acesso, em três concelhos, mas as chamas lavram com fraca intensidade.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira na zona oeste da Madeira mantém esta terça-feira cinco frentes ativas em aéreas de difícil acesso, em três concelhos, mas as chamas lavram com fraca intensidade, indicou o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil.

Em declarações à agência Lusa, António Nunes disse que os meios estão concentrados nos concelhos da Ribeira Brava, onde estão ativas duas frentes (Furna e Encumeada); Ponta do Sol, também com duas frentes (Lombada e Canhas); e Câmara de Lobos, onde o fogo lavra numa zona inacessível no sítio do Pico Furão.

Às 09h00, o combate envolvia, no total, 74 bombeiros e 21 veículos.

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil explicou que nos concelhos da Ribeira Brava e Ponta do Sol o fogo lavra com “fraca intensidade” em áreas de “difícil acesso”, onde não se consegue facilmente entrar com meios apeados ou com meios mecânicos. Nesta zona, o fogo está a ser combatido por 55 operacionais e 14 meios.

“Na zona de Câmara de Lobos, mais concretamente no Curral das Freiras, nós temos o reacendimento [durante a noite] no Pico Furão. O fogo está a progredir de forma ascendente em direção ao Pico do Areeiro e Torrinha”, disse António Nunes, sublinhando que ocorre também numa área de difícil acesso.

“Não temos qualquer possibilidade de lá chegar, isto é, de forma apeada não conseguimos fazer qualquer intervenção. De forma aérea também temos de aguardar que o incêndio chegue a uma cota que permita a intervenção do helicóptero, porque nós não podemos andar a voar dentro destes vales encaixados”, explicou.

No Curral das Freiras, estão posicionados sete meios e 19 operacionais.

“Apesar de o fogo ter algum desenvolvimento descendente, não existe qualquer habitação em perigo neste momento e nós temos os meios posicionados para responder se assim for necessário”, esclareceu.

O sítio da Fajã dos Cardos é a área habitada mais próxima de chamas, mas nenhuma casa foi afetada.

De acordo com o representante, desde que o fogo deflagrou não há registo de qualquer habitação danificada nem de feridos nos três concelhos afetados.

O incêndio rural na Madeira teve início na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.

Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Ao início da noite de segunda-feira, o fogo mantinha duas frentes ativas, na Encumeada (Ribeira Brava) e no Paul da Serra (Ponta do Sol), o que levou à retirada de alguns habitantes da Furna (Ribeira Brava), que foram transportados para o pavilhão desportivo do município.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão.

Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para sete mil hectares ardidos desde o início do incêndio.

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Kamala Harris propõe aumentar taxa de IRC dos EUA para 28%

Enquanto Donald Trump pretende descer os impostos cobrados às empresas, a democrata Kamala Harris pretende fazer o oposto, elevando a taxa de IRC dos EUA de 21% para 28%.

Se vencer as eleições Presidenciais norte-americanas em novembro, a candidata democrata Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA, propõe aumentar a taxa de IRC paga pelas empresas para 28%, em comparação com os atuais 21%.

A informação está a ser avançada pela imprensa internacional, que cita fonte oficial da campanha de Harris, no rescaldo do início da convenção do Partido Democrata, em Chicago, que decorre até 22 de agosto.

Segundo disse um porta-voz da campanha de Harris, citado pela Reuters, a proposta para subir o imposto cobrado às empresas na maior economia do mundo é uma forma “orçamentalmente responsável de colocar dinheiro de volta no bolso da classe trabalhadora e garantir que os multimilionários e as grandes empresas pagam a sua justa parte” de impostos.

Esta medida tinha sido originalmente avançada pelo atual Presidente dos EUA, Joe Biden, que entretanto desistiu da corrida presidencial, com Harris a assumir o seu lugar nas eleições. De acordo com uma análise do Comité para um Orçamento Federal Responsável, citada pela agência, este aumento de impostos poderia reduzir o défice norte-americano em um bilião de dólares ao longo de uma década.

Porém, a medida deverá ser alvo de críticas dos empresários, pois, nos 28%, o IRC dos EUA passaria a ser um dos mais elevados do mundo, acima até dos 25% cobrados no Reino Unido (para comparação, em Portugal, a taxa normal de IRC é de 21% no continente), segundo o Financial Times.

A proposta de Kamala Harris não podia contrastar mais com a política defendida pelo seu adversário republicano. O ex-Presidente Donald Trump quer, pelo contrário, descer a taxa de IRC para os 15%.

Quando era Presidente, Trump desceu a taxa cobrada às empresas de 35% para 21% e implementou várias isenções fiscais que irão expirar no ano que vem. O atual candidato também quer tornar essas isenções permanentes, segundo a Reuters.

A agência recorda, porém, que as alterações ao código tributário dos EUA têm de ser aprovadas pelo Congresso, sendo incerto o equilíbrio de forças que irá resultar das eleições do próximo dia 5 de novembro.

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Galp recebe luz verde da Concorrência para vender ativos em Moçambique

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

A Autoridade Reguladora da Concorrência moçambicana não se opõe à venda da posição da Galp do consórcio que pesquisa gás natural no Rovuma aos árabes ADNOC, negócio de 586 milhões de euros.

A Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC) moçambicana não se opõe à venda da posição da Galp do consórcio que pesquisa gás natural no Rovuma aos árabes ADNOC, negócio de 586 milhões de euros, após consulta pública à operação.

“Após apreciação jus-concorrencial da presente operação entre as empresas ADNOC International Limited e Galp Energia Rovuma B.V., nos termos em que foi notificada, o conselho de administração da Autoridade Reguladora da Concorrência (…) delibera unanimemente adotar a decisão de não oposição à presente operação de concentração“, lê-se na deliberação publicada hoje pela ARC.

O regulador acrescenta que da análise, que incluiu uma consulta ao Instituto Nacional de Petróleo (INP), concluiu que a concentração “não afetará a estrutura dos mercados de extração e liquefação do gás natural, nem da venda a grosso de GNL”.

A ARC abriu em 3 de junho uma consulta pública à operação de venda da posição da petrolífera portuguesa Galp do consórcio que pesquisa gás natural no Rovuma à ADNOC.

A operação em causa consiste na aquisição pela ADNOC International, filial detida em 100% pela Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC), do “controlo exclusivo sobre a Galp Energia Rovuma”, atualmente detida pela Galp Energia, Portugal Holdings e pela Galp East África, “conjuntamente as vendedoras”.

A ADNOC International é uma sociedade constituída em Abu Dhabi, filiada e detida em 100% pela ANDOC PJSC, “empresa mãe de um grupo diversificado, detido em 100% pelo Emirado de Abu Dhabi”, estando presente no setor da energia e petroquímica e que “opera em toda a cadeia de valor de hidrocarbonetos, através de uma rede de sociedades totalmente integradas”, explica a ARC.

O INP considerou em 23 de maio como normal a saída da Galp do consórcio que pesquisa gás natural no Rovuma, avançando na altura que a petrolífera portuguesa ainda teria de comunicar formalmente a decisão às autoridades.

Não é algo extraordinário, as concessionárias estão livres de fazer negociação direta ou indireta” sobre as suas participações em consórcios, afirmou o presidente do INP, Nazário Bangalane.

“Nas reuniões que temos tido com a Galp, houve essa pretensão. Contudo, tem procedimentos. A companhia portuguesa vai submeter oficialmente o processo, para ser analisado ao nível do Governo e aí vamos saber os reais valores [envolvidos na operação]“, prosseguiu.

A Galp chegou a acordo com a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos ADNOC para a venda da sua posição no consórcio que pesquisa gás natural na bacia de Rovuma, em Moçambique, por 586 milhões de euros.

Em comunicado anteriormente enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp anunciou que iria alienar a sua participação de 10% na Área 4 em Moçambique, uma operação que deverá estar concluída até ao final do ano, dando seguimento à estratégia “disciplinada” de investimento.

“A Área 4 inclui o Coral Sul FLNG [sigla em inglês que identifica a plataforma flutuante], a operar desde 2022, bem como os desenvolvimentos ‘onshore’ nos prospetivos Coral Norte FLNG e Rovuma LNG, ambos com previsão de aprovação em 2024/2025”, referiu no documento.

A empresa deverá receber 650 milhões de dólares (586,7 milhões de euros) pelas suas ações e empréstimos de acionistas, já líquidos de impostos sobre os ganhos de capital. O acordo prevê ainda “pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões de dólares [90,2 milhões de euros] e 400 milhões de dólares [361 milhões de euros] com a decisão final de investimento do Coral North e do Rovuma LNG, respetivamente”.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a ENH – Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma participação de 10%.

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Operação Babel: Município de Gaia pediu ao Ministério Público se podia divulgar a auditoria

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O presidente da Câmara de Gaia revelou ter pedido em junho ao Ministério Público para disponibilizar publicamente a auditoria aos serviços municipais, realizada no âmbito do processo Operação Babel.

O presidente da Câmara de Gaia revelou na segunda-feira ter pedido em junho ao Ministério Público (MP) para disponibilizar publicamente a auditoria aos serviços municipais, realizada na sequência do processo Operação Babel que levou à detenção do ex-vice-presidente.

Na reunião pública do executivo municipal, Eduardo Vítor Rodrigues referiu que a auditoria, quando concluída, foi entregue às autoridades competentes, não podendo divulgá-la por questões relacionadas com o segredo de justiça. Motivo pelo qual, em junho, pediu ao MP se poderia disponibilizar publicamente o documento.

O PSD/Gaia pediu já, por diversas vezes, a divulgação da auditoria, anunciada por Eduardo Vítor Rodrigues em maio de 2023.

Em causa está a Operação Babel que resultou na detenção de sete pessoas em maio de 2023, incluindo o então vice-presidente da Câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo, o empresário Paulo Malafaia e o fundador do grupo Fortera, Elad Dror.

O processo está relacionado com a suposta viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário.

Em prisão preventiva, Patrocínio Azevedo está acusado de cinco crimes de corrupção passiva, de quatro crimes de prevaricação, um de participação económica em negócio, um de tráfico de influência, um de abuso de poder, um de branqueamento de capitais e de quatro crimes de recebimento ou oferta indevida de vantagem.

O Município de Vila Nova de Gaia constituiu-se como assistente no processo.

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Presidente do Morgan Stanley International entre os desaparecidos após naufrágio de iate em Itália

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e o advogado Chris Morvillo, do escritório Clifford Chance, estão entre os desaparecidos do iate que naufragou em Itália.

O presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e o advogado Chris Morvillo, do escritório Clifford Chance, estão entre os desaparecidos do iate que naufragou perto da Sicília, Itália, informou esta terça-feira a BBC.

Na segunda-feira, já tinha sido avançado que o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch era uma das pessoas dadas como desaparecidas no naufrágio do iate de luxo durante uma tempestade. Entre os desaparecidos encontra-se também a filha de Lynch, Hannah Lynch, de 18 anos.

Com 22 pessoas a bordo, o veleiro “Bayesian” de 56 metros e bandeira britânica afundou-se ao largo de Porticello, uma cidade costeira cerca de 15 quilómetros a leste de Palermo, por volta das 05h00 horas (04h00 de Lisboa) de segunda-feira, na sequência de uma violenta tempestade, informou a guarda costeira.

O iate transportava 10 membros da tripulação e 12 passageiros, dos quais 15, incluindo a mulher de Lynch, Angela Bacares, foram resgatados, tendo sido recuperado um corpo, que os meios de comunicação social locais acreditam ser o cozinheiro do barco.

Mergulhadores estão a fazer buscas no casco do navio afundado, que se encontra a cerca de 49 metros de profundidade, enquanto barcos de patrulha e helicópteros da Guarda Costeira procuram os desaparecidos na zona. Quatro dos passageiros desaparecidos são britânicos e dois são norte-americanos.

Bloomer, de 70 anos, é de nacionalidade britânica e fez parte do conselho de administração de várias empresas, enquanto Morvillo trabalhou em vários casos de corrupção e foi procurador distrital de Nova Iorque de 1999 a 2005. Morvillo também participou na investigação criminal dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.

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