No “jogo” da economia, a Eslovénia vence Portugal por 4-2

  • ECO
  • 1 Julho 2024

O país da Europa central leva a melhor na maioria dos indicadores económicos analisados. Veja a comparação.

Depois do desaire frente à Geórgia no último jogo da fase de grupos do Campeonato da Europa de 2024, Portugal procura esta segunda-feira bater a Eslovénia para chegar aos quartos-de-final da prova.

Segundo a análise realizada pelo Instituto Mais Liberdade, do qual o ECO é parceiro de media, Portugal só leva vantagem em dois indicadores: a riqueza per capita é mais elevada e o esforço para comprar casa ligeiramente menor. A Eslovénia chega à “goleada” com um salário médio líquido mais elevado, menos pobreza, um desemprego de longa duração menor e uma taxa de poupança substancialmente mais elevada.

Ao longo deste campeonato europeu de futebol que se realiza na Alemanha, o Instituto Mais Liberdade vai analisar o bem-estar económico das várias seleções participantes, avaliando vários indicadores. Pode acompanhar aqui.

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Espanha x Geórgia foi o jogo mais visto até agora dos oitavos-de-final

  • + M
  • 1 Julho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

Dos quatro jogos dos oitavos-de-final do Euro 2024 transmitidos até agora, o mais visto foi o que opôs a seleção de Espanha à da Geórgia e que foi transmitido na SIC e Sport TV. De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, a partida foi acompanhada por cerca de 1,86 milhões (1.862.404) de telespectadores.

Sem contar com os jogos da seleção portuguesa, a partida que ditou o afastamento da Geórgia da competição, depois de ter perdido por quatro bolas a uma frente à seleção espanhola, foi o mais visto do Euro até agora, superando o confronto entre as seleções de Espanha e Itália que foi acompanhado por mais de 1,82 milhões (1.829.691) de telespectadores.

Entre os jogos dos oitavos-de-final, segue-se o confronto entre a Alemanha e Dinamarca como o segundo mais visto, cuja transmissão na TVI e Sport TV registou uma média de quase 1,3 milhões de telespectadores. Segue-se no “ranking” de jogos mais vistos dos oitavos, o Inglaterra x Eslováquia (217 mil) e o Suíça x Itália (187 mil), ambos transmitidos unicamente na Sport TV.

Os primeiros quatro jogos dos oitavos-de-final foram acompanhados por um total de 3 milhões e 557 mil telespectadores.

O jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, continua a ser o jogo mais visto até agora da competição, depois de ter sido acompanhado por 3,6 milhões de pessoas nas transmissões da SIC e Sport TV. No top três, segue-se a derrota de Portugal frente à Geórgia, que foi acompanhada por cerca de 3,4 milhões de telespectadores na TVI e Sport TV, e a vitória da equipa das quinas frente à Turquia, que foi visto por 2,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Os 15 dias de Campeonato Europeu que decorreram até agora foram acompanhados por um total de 28 milhões e 594 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – Oitavos-de-Final

Audiência Jogo a Jogo e Audiência Acumulada

Audiência por seleção

Audiência Fase a Fase

Espectadores nos estádios

Jogos e Resultados – Fase Final

Audiência por Marca

Espectadores por Estádio

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M Public Relations reforça direção. Adriano Nobre passa a diretor-geral

  • + M
  • 1 Julho 2024

Adriano Nobre, diretor adjunto, passa a diretor-geral, Telma Martins sobe a diretora e Nuno Abreu integra, também como diretor, a agência liderada por Daniel Vaz. 

A M Public Relations reforçou a direção. Adriano Nobre, diretor adjunto, passa a diretor-geral, Telma Martins sobe a diretora e Nuno Abreu integra, também como diretor, a agência liderada por Daniel Vaz.

“A entrega e a dedicação dos profissionais da MPR justificam que continuemos a apostar em progressões de carreira dentro da agência. Por outro lado, o crescimento contínuo da M Public Relations, fruto da confiança dos nossos clientes, implica também a contratação de novos elementos para a equipa”, justifica o CEO em comunicado.

Adriano Nobre, há seis anos na agência, foi jornalista durante 16 anos, com passagem por A Bola, Meios&Publicidade, Jornal de Negócios, diário i e Expresso, onde esteve sete anos. Já Telma Martins está na M Public Relations desde 2010, após uma passagem pela LPM, tendo ocupado até agora o cargo de coordenadora.

A equipa, e a direção, foi reforçada também com Nuno Abreu, media relations manager no Grupo Jerónimo Martins nos últimos seis anos. O profissional começou a carreira como jornalista freelancer, passou pela Imago e pela sociedade de advogados Cuatrecasas.

Este ano a agência já tinha contratado Alexandre Gomes Ferreira como consultor de marketing de influência, Inês Torrã como gestora de redes sociais e Sílvia Abreu como Consultora de Comunicação.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli, Heineken, H3 ou Janssen são os principais clientes da agência.

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Número de penhoras pelo Fisco sobe 24% em 2023

Penhoras aumentam, mas ficam ainda longe dos números registados na pré-pandemia. A rubrica "outros valores e rendimentos" assume a maior expressão, representando 61% das penhoras registadas.

O número de penhoras registadas pelo Fisco subiu 24% em 2023, totalizando 649.184, a grande maioria referente a outros valores e rendimentos. Os dados são da Autoridade Tributária e integram o relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2023, remetido ao parlamento.

No relatório, a Autoridade Tributária (AT) dá conta que, em 2023, foram registadas no sistema informático de penhoras eletrónicas (SIPE) 649.184 penhoras, o que traduz uma subida face às 522.727 registadas em 2022, mas ainda longe dos números registados em outros anos, como 2017 (1.383.131) ou 2019 (1.089.207).

Em 2023, a penhora de outros valores e rendimentos é a que assume maior expressão, representando 61% das penhoras registadas. Com menor peso, registaram-se as penhoras de vencimentos e salários e os créditos, com 16% e 15. Já os imóveis representam 3,5% do total das penhoras registadas.

Segundo o relatório, os vencimentos e salários, outros valores e rendimentos, Certificados de Aforro, pensões, créditos e rendas representam 95% da totalidade de penhoras. “Esta situação vem de encontro ao disposto na lei, nomeadamente no que respeita à seleção dos bens a penhorar prioritariamente, que são, também, os de mais fácil realização pecuniária”, assinala a Autoridade Tributária.

O Fisco recorda que o sistema de penhoras eletrónico foi implementado em 2016, ano a partir do qual “o número de penhoras tem vindo a decrescer sucessivamente”.

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SIC financia-se em 48 milhões de euros junto de 4.315 investidores

A operação pública de subscrição das obrigações SIC 2024-2028 registou uma procura 1,13 vezes superior à oferta junto dos pequenos investidores.

A SIC concluiu o empréstimo obrigacionista de 48 milhões de euros, que tinha a decorrer até à passada sexta-feira, e que envolvia uma operação pública de subscrição (OPS) das “Obrigações SIC 2024-2028” e uma operação pública de troca (OPT) das “Obrigações SIC 2021-2025”.

Segundo os resultados da operação divulgados esta segunda-feira pela Euronext Lisboa, a OPS e a OPT atraíram 4.315 investidores, que subscreveram 34,1 milhões de euros em novas obrigações e trocaram 13,9 milhões de títulos antigos por novos.

Dois dias antes do limite do prazo de subscrição das obrigações, a SIC aumentou em 60% o montante da emissão dos iniciais 30 milhões de euros para os 48 milhões de euros. Mesmo assim, a procura total superou os 54 milhões de euros, cerca de 1,13 vezes acima do montante disponibilizado.

As novas obrigações, com maturidade em 2028, oferecem uma taxa de juro anual de 5,95%, que comparam com a taxa de cupão de 3,95% das obrigações anteriores com vencimento em 2025 que estavam disponíveis para troca ao abrigo da OPT, além de estarem ligadas a metas de sustentabilidade.

Os dados da Euronext Lisboa revelam que 37% dos investidores, que acorreu à OPS e à OPT, investiram menos de 3.000 euros e que 30% emprestou mais de 10 mil euros à SIC.

No prospeto da operação, a SIC revela que vai utilizar o montante angariado para refinanciar a sua dívida e alongar a maturidade média do seu endividamento.

A admissão à negociação das novas obrigações na Euronext Lisboa está prevista para 3 de julho, podendo, a partir daí, ser negociadas na bolsa.

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Renováveis batem recorde no consumo de eletricidade

Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. Já junho foi o mês com a maior importação de eletricidade de sempre.

A energia renovável abasteceu 82% do consumo de eletricidade nos primeiros seis meses do ano, a contribuição semestral mais alta dos últimos 45 anos. Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. E no final do semestre registou-se outro recorde: nunca o país tinha importado tanta energia como neste sexto mês.

A energia hidroelétrica foi responsável por 39%, a eólica por 28%, a fotovoltaica por 9% e a biomassa 6%, detalha a REN – Redes Energéticas Nacionais, num comunicado enviado à imprensa. A produção via gás natural foi responsável por 8%, com os restantes 10% a corresponderem ao saldo importador.

No primeiro semestre, o consumo de energia elétrica ficou 1,6% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, ou 2,5%, considerando efeitos de temperatura e dias úteis. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33 (média histórica igual a 1), o de eólica 1,06 e o de solar 0,93.

Já o consumo acumulado anual de gás natural, até junho, registou uma descida de 19%, resultado de uma quebra de 66% no mercado elétrico, parcialmente compensada por uma evolução positiva de 3,4% no segmento convencional. Para o primeiro semestre tratou-se do consumo de gás mais baixo desde 2003.

Junho rico em energia importada

Em junho, em resultado das temperaturas abaixo dos valores normais, o consumo de energia elétrica baixou 1,7%, embora com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis se verifique um aumento de 0,7%.

Ainda em junho, a produção renovável abasteceu 57% do consumo, a produção não renovável 4% e a energia importada, que registou o saldo mensal mais elevado de sempre, os restantes 39%.

No mercado de gás natural registou-se em junho uma descida homóloga no consumo de 40%. Enquanto no segmento de produção de energia elétrica, a descida foi de 96%, no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a redução foi de 3,2%.

Em junho, o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar fortes exportações, equivalentes a cerca de 55% do consumo nacional.

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Livro de Reclamações Eletrónico recebe mais de um milhão de reclamações em sete anos

Livro de Reclamações Eletrónico tem entre as principais reclamações os serviços de comunicações eletrónicas e rede e serviços postais. Anacom é a entidade que lidera o tratamento de reclamações.

O Livro de Reclamações Eletrónico recebeu desde que entrou em funcionamento e até ao momento 1.091.866 reclamações, sendo os setores mais reclamados os serviços de comunicações eletrónicas e a rede e serviços postais, revelou esta segunda-feira, em comunicado, a Direção-Geral do Consumidor (DGC).

Em funcionamento desde 1 de julho de 2017, o Livro de Reclamações Eletrónico (LRE) tem entre as principais reclamações, além dos serviços de comunicações eletrónicas (com 313.576 reclamações) e rede e serviços postais (157.471), a eletricidade (70.122), serviços financeiros (46.350) e equipamentos elétricos e eletrónicos (45.106).

A Direção-Geral do Consumidor recorda que, no total, são 35 as entidades reguladoras/fiscalizadoras registadas no Livro de Reclamações Eletrónica, sendo a Anacom a entidade que lidera o tratamento de reclamações no formato eletrónico (476.413), seguindo-se a ASAE (242.981), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (119.058), a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (55.506) e o Banco de Portugal (50.738).

Os dados da Direção-Geral do Consumidor indicam ainda que com mais de 400 empresas e profissionais de todas as áreas de atividade económica registadas, o Livro de Reclamações Eletrónica recebeu também 33.888 pedidos de informação dirigidos às entidades fiscalizadoras ou reguladoras, bem como 6.592 elogios e 3.245 sugestões dirigidos às empresas e profissionais.

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Ministra da Saúde aceita demissão do presidente do INEM

Em causa estarão divergências com o Ministério da Saúde em relação ao contrato de aquisição de helicópteros de emergência médica. Luís Meira já tinha colocado o cargo à disposição há um mês.

O presidente do INEM, Luís Meira, pediu a demissão à ministra da Saúde, que foi aceite por Ana Paula Martins, depois de ter estado reunido com a governante durante cerca de 45 minutos.

Em causa estarão divergências entre Luís Meira e a governante em relação ao procedimento para a aquisição de helicópteros de emergência médica.

Num esclarecimento à Lusa, o Ministério da Saúde afirmou não compreender por que razão o INEM não abriu um concurso público para aquisição do serviço de transporte aéreo de doentes, evitando prolongar o ajuste direto com a empresa Avincis.

Em comunicado, o INEM respondeu que, com base numa resolução do Conselho de Ministros (RCM) do ano passado, ainda do anterior Governo de António Costa, foi lançado um concurso público em janeiro que recebeu duas propostas acima do preço base (12 milhões de euros por ano).

Face ao resultado, em abril, o instituto apresentou à tutela “sucessivas e insistentes propostas de RCM, salientando sempre o caráter urgente e a necessidade uma rápida tomada de decisão”. Para o INEM, “não faria sentido lançar um novo concurso público com condições idênticas ao do anterior”, que não satisfazem as exigências do mercado.

De lembrar que o presidente do INEM já tinha colocado o cargo à disposição há um mês.

(Notícia atualizada às 19h37 com a reação da ministra)

 

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Reconhecimento de qualificações “ainda é corrida de obstáculos” na UE, alerta Tribunal de Contas Europeu

Estados-membros pedem documentação em excesso, não justificam taxas e até impõem passos adicionais, dificultando reconhecimento das qualificações dos cidadãos europeus que migram. Auditoria é do TCE.

Os cidadãos da União Europeia (UE) têm o direito de circular livremente entre os Estados-membros e a escolher em que país querem exercer a sua profissão ou até criar a sua empresa. Mas ainda enfrentam “muitos obstáculos”, como o reconhecimento das suas qualificações profissionais. O alerta é dado esta segunda-feira pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE), que sublinha que as regras pensadas para facilitar esse processo não estão a ser aplicadas de forma uniforme entre os vários Estados-membros.

“A UE aprovou uma lei em 2005 para facilitar este reconhecimento das qualificações e evitar que os países imponham demasiadas condições aos cidadãos, mas as autoridades nacionais e a Comissão Europeia não a aplicam como deviam“, sublinha o TCE, numa auditoria agora conhecida.

Um dos problemas identificados nos processos de reconhecimento das qualificações são os documentos exigidos aos cidadãos. Em concreto, alguns Estados-membros pedem “demasiados” documentos, como cartas de motivação, traduções ajuramentadas e provas de residência antes sequer de o cidadão mudar de país, identifica o Tribunal de Contas Europeu.

Além disso, “raramente há justificação” para o modo como as taxas são calculadas ou para o facto de variarem tanto entre os Estados-membros. “Podem ir de zero euros a 17.500 euros, no caso de pilotos num dos países”, salienta o TCE.

A estes dois obstáculos, acrescem as “medidas específicas” que os países aplicam, como formação adicional, “sem explicar o motivo”. Há também situações em que os países fazem verificações prévias das qualificações, que vão “muito além do interesse da saúde pública”, alerta do TCE.

O Tribunal de Contas Europeu avisa também que os Estados-membros não verificam com regularidade a duração dos procedimentos de reconhecimento das qualificações.

Por outro lado, o TCE revela que, ao concederem o reconhecimento profissional, as autoridades não consultam os alertas introduzidos no sistema pelos outros Estados-membros, “mesmo quando há bons motivos para o fazer, como má conduta, medidas disciplinares em curso ou condenações penais“.

Em reação a todos estes dados, Stef Blok, o membro do TCE responsável pela auditoria, sublinha que “um enfermeiro ou um mecânico que queira trabalhar noutro país pode perder a coragem, devido à lentidão e à grande burocracia do processo de reconhecimento da sua qualificação profissional”.

Questionado sobre a diretiva europeia, o responsável salientou, na conferência de imprensa desta segunda-feira, que caberá agora ao Parlamento Europeu e à Comissão Europeia atuarem com base nas conclusões desta auditoria. Stef Blok sinalizou que tem havido abertura por parte dessas instituições e por parte das autoridades nacionais para discutir esta questão.

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Países Baixos. Extrema-direita conclui com êxito acordo para novo Governo

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

O futuro executivo vai ser composto por 15 ministros com "características políticas", apesar da promessa inicial de que metade dos governantes seriam "tecnocratas". 

A extrema-direita neerlandesa liderada por Geert Wilders alcançou esta segunda-feira um acordo para a formação do novo Governo dos Países Baixos, em coligação com outros três partidos de direita, que terá como primeiro-ministro Dick Schoof, especialista em segurança e asilo. De acordo com as informações prestadas no parlamento, o futuro executivo vai ser composto por 15 ministros com “características políticas”, apesar da promessa inicial de que metade dos governantes seriam “tecnocratas”.

Assim, cinco membros do novo Governo pertencem ao partido de extrema-direita PVV de Geert Wilders, quatro ministros são liberais do VVD, outros quatro são do partido democrata-cristão NSC e dois governantes fazem parte do BBB (Partido dos Agricultores). O novo executivo – que não inclui Geert Wilders nem qualquer dos líderes dos outros três partidos da coligação – vai passar os próximos dois meses a definir o programa de Governo, depois de tomar posse na terça-feira.

Este novo Governo põe fim a 14 anos de legislaturas do liberal Mark Rutte que assume em outubro o cargo de secretário-geral da Aliança Atlântica (NATO). De acordo com o documento apresentado no parlamento pelo mediador das negociações políticas, Richard van Zwol, o programa do futuro Governo “será apresentado a tempo do dia do orçamento”, cuja discussão está prevista para 17 de setembro.

Segundo Richar van Zwol, o programa governamental será “dedicado à qualidade legislativa e à exequibilidade das propostas políticas e legislativas” que o pacto entre os partidos signatários define.

O documento, que não fornece muitas informações sobre a forma como o pacto governamental será aplicado, sublinha que os cortes previstos nos funcionários públicos serão feitos de “forma responsável e exequível” e que “será dada especial atenção à importância de uma função de supervisão adequada (inspeções) e de uma rede adequada de missões no estrangeiro”.

Os quatro partidos incluíram no acordo uma redução de 22% para a função pública neerlandesa, intenção que provocou receios em alguns ministérios, como foi o caso do Ministério dos Negócios Estrangeiros, cujos funcionários temem o encerramento de embaixadas. Esta segunda de manhã, a nova equipa de ministros indigitados reuniu-se formalmente, pela primeira vez, numa reunião dirigida por Schoof e Van Zwol.

A deputada de extrema-direita Fleur Agema (PVV) disse estar “muito orgulhosa” por ter sido escolhida para os cargos de vice-primeira-ministra e de ministra da Saúde Pública do executivo “mais à direita” da história dos Países Baixos, assegurando que o Governo “vai ter um ‘coração caloroso’ para com as questões sociais”.

Marjolein Faber, também do PVV e futura titular do Ministério das Migrações e Asilo, referiu-se a “um dia histórico para os Países Baixos”, sublinhando que “não quer olhar para trás” e apenas “encara o futuro” quando foi questionada sobre a “teoria da substituição étnica”, um argumento da extrema-direita que acusa os imigrantes de estarem “a repovoar o Ocidente”.

Faber e a deputada de extrema-direita Reinette Klever, que vai ser ministra do Comércio Externo, Cooperação e Desenvolvimento, foram muito criticadas por afirmações racistas e por usarem termos conectados com o nacional-socialismo alemão (nazismo). “Não vou dizer mais nada sobre esse assunto”, disse Reinette Klever.

Nas audições parlamentares das últimas semanas, Faber distanciou-se da expressão “substituição étnica” e Klever descreveu-a como “uma descrição factual de um desenvolvimento demográfico”. Van Zwol vai encontrar-se esta segunda com o rei Willem-Alexander dos Países Baixos e apresentá-lo a Schoof, antes da tomada de posse na terça-feira.

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Montenegro garante a Costa “total colaboração e cooperação” no Conselho Europeu

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

Luís Montenegro congratulou-se em seguida por haver “mais um português num cargo relevantíssimo”, neste caso na União Europeia, com quem Portugal partilha muitas decisões”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu esta segunda-feira ao presidente do Conselho Europeu indigitado “total colaboração e cooperação” no exercício das suas funções e salientou que António Costa será “mais um português” num cargo internacional “relevantíssimo”.

Luís Montenegro falava aos jornalistas antes de um almoço de trabalho com António Costa na residência oficial em São Bento, quatro dias depois de o seu antecessor no cargo de primeiro-ministro de Portugal ter sido eleito para as funções de presidente do Conselho Europeu. Perante os jornalistas, numa declaração sem direito a perguntas, o atual primeiro-ministro realçou que António Costa recebeu “confiança esmagadora” entre os líderes dos 27 Estados-membros para uma função “de elevada exigência”.

“Pela parte do Governo português, a disponibilidade para a colaboração e cooperação será total, sabendo que não é nem mais nem menos do que se espera para os restantes 26 Estados-membros. Mas é importante dizer de viva voz, por parte do Governo português, terá sempre todo o espírito de cooperação necessário para que, em sede de Conselho Europeu, se alcancem os consensos, convergências ou maiorias para se avançar num projeto politico de paz e de prosperidade”, reforçou.

Nas suas primeiras palavras, tendo ao seu lado António Costa, o atual primeiro-ministro considerou que não seria “abusivo” se falasse em nome de Portugal e dos portugueses no desejo de que o seu antecessor na chefia do Governo português tenha sucesso no exercício das suas funções enquanto presidente do Conselho Europeu.

Sabemos ambos que a exigência dessa função é enorme. Testemunhei que a confiança que recebeu foi esmagadora na [última] reunião do Conselho Europeu, o que revela que algumas das características que foram enunciadas ao longo das últimas semanas, como sendo as mais relevantes para o exercício da função, têm num consenso generalizado na União Europeia, em particular nos seus líderes. Isso augura, não obstante as dificuldades, que o trabalho de António Costa desenvolverá será seguramente positivo”, sustentou.

Luís Montenegro congratulou-se em seguida por haver “mais um português num cargo relevantíssimo”, neste caso na União Europeia, com quem Portugal partilha muitas decisões”. Em relação à agenda que espera António Costa, Luís Montenegro destacou a execução da agenda estratégica 2024/2029, “desde logo o objetivo de um possível alargamento com grandes implicações do ponto de vista da reforma das instituições europeias”.

O líder do executivo falou ainda nas negociações de um próximo quadro plurianual financeiro com novas exigências, “sabendo-se que Portugal tem interesses estratégicos muito próprios, designadamente a manutenção das políticas de coesão e a participação do país em novos processos de financiamento para projetos comuns e para alavancagem das economias dos Estados-membros”, apontou.

Ainda na sua declaração, o primeiro-ministro referiu que Portugal colocou na agenda estratégica alguns acrescentos, um dos quais relacionado com a política da água – “um objetivo estratégico para Portugal”. Em relação à guerra da Ucrânia, Luís Montenegro fez questão de frisar que Portugal, “desde o tempo do Governo de António Costa, tem estado na linha da frente da construção da cooperação entre os Estados-membros da União Europeia no pilar” da defesa e da segurança.

“Estamos empenhados em continuar a garantir a ajuda à Ucrânia”, frisou, antes de se referir ao Médio Oriente, ponto em que considerou que Portugal, ao nível das suas estruturas políticas e da sua diplomacia, “têm créditos para intervir como um mediador importante”. “Esse é um dos mais trágicos conflitos que o mundo vive”, assinalou, antes de assegurar que Portugal procurará aprofundar as suas relações com os países da América do Sul, com os Estados Unidos, África, Índia, sudoeste asiático ou China.

“Tudo relações que vão requerer dos Estados-membros e também do presidente do Conselho Europeu uma intervenção que será muito valorizada pela escolha que foi feita”, acrescentou.

Na quinta-feira à noite, o ex-primeiro-ministro português Costa foi eleito pelos chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio e toma posse em 01 de dezembro deste ano. António Costa será o primeiro português e o primeiro socialista à frente do Conselho Europeu, e vai suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu, que junta os chefes de Governo e de Estado da União Europeia.

No Conselho Europeu de quinta-feira, os líderes dos 27 Estados-membros propuseram também Ursula von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia e nomearam a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, para alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. Ambas terão de sujeitar-se à votação no Parlamento Europeu.

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Autoridade da Concorrência dá “luz verde” à OPA da Bondalti em Espanha

Decisão foi tomada dois dias antes de a italiana Esseco avançar com uma contra-oferta para a aquisição da empresa química catalã, superior à da portuguesa Bondalti, colocando o negócio em risco.

A Autoridade da Concorrência em Portugal decidiu adotar uma “decisão de não oposição à operação de concentração” que pode vir a ser criada por uma eventual compra da espanhola Ercros por parte da química portuguesa Bondalti, detida pelo grupo José de Mello.

A deliberação, comunicada esta segunda-feira pelo organismo liderado por Nuno Cunha Rodrigues, foi tomada pelo conselho de administração a 27 de junho, justificando a “luz verde” ao potencial negócio por “não [ser] suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.

Foi a 5 de março que a Bondalti lançou uma OPA sobre a Ercros, propondo pagar 3,6 euros por cada ação da empresa sedeada em Barcelona. Na altura, o preço representava um prémio de mais de 40% face à cotação de fecho no dia anterior. O presidente, João de Mello, dizia então que a oferta “representa uma proposta financeira muito atrativa para os atuais acionistas, assim como para a própria empresa”.

O Governo espanhol aprovou em 12 de junho a compra de 100% das ações da Ercros pela Bondalti, um dos passos para a concretização da OPA sobre o grupo industrial catalão, líder em Espanha na produção e venda de produtos químicos, que no ano passado faturou cerca de 750 milhões de euros e teve lucros de 27,5 milhões de euros.

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No entanto, no final da semana passada, a italiana Esseco avançou com uma contra-oferta de aquisição da Ercros, superior à da Bondalti, ameaçando desta forma a concretização do negócio. A oferta do grupo italiano (3,84 euros por ação) é 6,7% mais alta do que a da Bondalti Ibérica, subsidiária da empresa portuguesa, e fez disparar as ações na sexta-feira, com os investidores a anteciparem uma guerra de preços.

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