Euroatla notifica Concorrência da compra da Igacargo

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

A empresa especializada em serviços de transporte, Euroatla, pretende ter o controlo exclusivo sobre Igacargo.

A Euroatla, empresa especializada em serviços de transporte, notificou esta segunda-feira a Autoridade da Concorrência (AdC) da aquisição do controlo exclusivo sobre a empresa Igacargo.

A informação consta da página da Autoridade da Concorrência, que teve de ser notificada por se tratar de uma operação de concentração de empresas, já que ambas operam no mesmo setor.

A AdC indica, na página do processo, que “quaisquer observações sobre a operação de concentração em causa devem identificar o interessado e indicar o respetivo endereço postal, e-mail e n.º de telefone”, sendo que, “se aplicável, as observações devem ser acompanhadas de uma versão não confidencial, bem como da fundamentação do seu caráter confidencial, sob pena de serem tornadas públicas”.

Estas observações têm de ser remetidas ao supervisor no prazo de 10 dias úteis contados da publicação do aviso.

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Inapa: PCP considera inaceitável que Governo só tenha conhecido contas este mês

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

"O Estado é o maior acionista desta empresa, pelo que não é aceitável que o Governo PSD/CDS afirme que só soube da situação de tesouraria na empresa a 11 de julho", indicam os comunistas.

O PCP questionou esta segunda-feira o ministro das Finanças sobre o anúncio de insolvência da Inapa, considerando inaceitável que o Governo afirme que só soube da situação de tesouraria este mês, quando o Estado é o maior acionista da empresa.

Numa pergunta dirigida a Joaquim Miranda Sarmento através da Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, salienta que, em maio de 2024, a Inapa IPG apresentou resultados líquidos negativos de quase oito milhões de euros referentes a 2023, “que contrastam com os quase 18 milhões de lucros registados em 2022”. Segundo o PCP, as quebras de resultados registados de 2022 para 2023, apresentados no “Relatório Anual de 2023” da empresa, que data de abril deste ano, “não colocavam a empresa em situação de insolvência iminente, nem nas ‘perspetivas para 2024’ tal questão foi colocada”.

“Fazem-se até referências aos dados históricos de transações em bolsa no ano de 2023 (314 milhões de ações), que só compara com o ano de 2009. Já se fazia referência à situação de reestruturação na subsidiária alemã”, lê-se nesta pergunta. Salientando que a Inapa IPG emprega cerca de 200 trabalhadores em Portugal e “cerca de 1.500 distribuídos pelas várias empresas do grupo no estrangeiro”, o PCP refere também que a Parpública detém 44,89% das ações da empresa.

“Ou seja, o Estado é o maior acionista desta empresa, pelo que não é aceitável que o Governo PSD/CDS afirme que só soube da situação de tesouraria na empresa a 11 de julho, data da suspensão de negociação das ações em bolsa pela CMVM”, defende o partido.

Para o PCP, “das duas uma: ou o Estado, enquanto principal acionista, deu cobertura às operações que a empresa desenvolveu fora do país e que estão na origem da insolvência declarada, ou então, apesar de a empresa ter um capital maioritariamente detido pelo Estado, as suas principais opções de gestão foram tomadas por critérios privados”.

“Perante esta situação, o país precisa de saber como é que foi possível que a operação de um grupo português onde o Estado é o maior acionista de referência se encontre nesta situação por causa de operações na Alemanha? Como defendeu o Estado o interesse público durante estes anos? Que medidas pensa tomar para acautelar os postos de trabalho e o impacto desta insolvência na vida dos trabalhadores e na economia nacional?”, pergunta o partido.

Entre as perguntas endereçadas ao ministro do Estado e das Finanças, o PCP questiona assim quando é que o Governo foi alertado para a situação do Grupo Inapa e que “medidas tomou, através da Parpública, para procurar a viabilidade das empresas do grupo e do próprio grupo”. O PCP quer também saber como é que o Governo pretende intervir para defender os 200 postos de trabalho da empresa e também “que prioridades foram dadas pelo Estado/Parpública à empresa para a defesa do interesse público”.

“Em que se baseia o Governo para afirmar que o Grupo Inapa não desenvolve uma atividade estratégica para o país, quando é sabida a importância e o peso da indústria de papel em Portugal?”, pergunta ainda o partido.

O PCP apresentou também um requerimento em que pede para ter acesso a “todos os pareceres da Parpública, Direção-Geral do Tesouro e das Finanças (DGTF) e da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM) sobre o Grupo Inapa elaborados desde 2019”.

O partido quer também consultar a informação “sobre todos os pedidos de financiamento e reestruturação financeira da subsidiária alemã (Inapa Deutschland) e da holding do grupo”, assim como as “atas de todas as reuniões do Conselho de Administração da Parpública e da Comissão Executiva da Parpública em que a Inapa-Investimentos, Participações e Gestão, S.A. é referida, desde 2019”. No domingo à noite, em comunicado ao mercado, a Inapa anunciou que vai declarar insolvência “nos próximos dias”.

A empresa disse que não encontrou fundos para uma “carência de tesouraria de curto prazo” de 12 milhões de euros na sua subsidiária alemã Inapa Deutschland e que, face a isso, o Conselho de Administração concluiu “pela consequente e iminente insolvência da Inapa IPG”, ao abrigo da lei portuguesa. O Ministério das Finanças, por sua vez, disse hoje que a Parpública não vai dar à Inapa os financiamentos pedidos e que irá acompanhar a insolvência da empresa.

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Japoneses e franceses interessados na compra da Inapa

Administração da Inapa recebeu abordagens da gigante Japan Pulp & Paper para ficar com 100% da empresa e de investidores franceses visando apenas a operação naquele país e no setor das embalagens.

Nas últimas semanas, já confrontados com a situação de aperto financeiro que acabou por levar a Inapa a pedir um empréstimo de 12 milhões de euros aos três maiores acionistas para enfrentar a carência de tesouraria de curto prazo da subsidiária alemã, que acabou rejeitado pela Parpública e abriu caminho à insolvência, os administradores do grupo de distribuição de papel, que renunciaram ao cargo esta segunda-feira, avaliaram duas propostas para a venda da totalidade do capital ou de parte das operações.

Segundo apurou o ECO, a abordagem que visava a compra de 100% da empresa agora sediada em Sintra, que emprega cerca de 200 pessoas em Portugal, foi realizada pela gigante Japan Pulp & Paper Co (JPP), embora não tenha chegado a entregar uma proposta formal. Cotado na bolsa de Tóquio e com perto de 5.000 trabalhadores a nível global, o produtor e distribuidor asiático tem operações europeias no Reino Unido e mostrou interesse em expandir-se para as geografias mais fortes no negócio da Inapa, como Alemanha, França e Portugal.

Além dessa abordagem por parte deste conglomerado internacional, referida pelo CEO Frederico Lupi na carta enviada a 18 de julho ao secretário de Estado do Tesouro e das Finanças, João Silva Lopes, quando recorreu ao Governo para tentar desbloquear o financiamento de emergência, o ECO sabe que também foi avaliada, e era do conhecimento da Parpública, a existência de uma proposta formal de MBO (Management Buy Out), apoiada por um grupo de investidores franceses, mas focada apenas na operação naquele país e na área das embalagens (packaging).

O ECO questionou o Ministério das Finanças e a Parpública sobre estas demonstrações de interesse na Inapa, mas não obteve resposta até à hora de publicação deste artigo. Fundado em 1965 e cotado na Bolsa de Lisboa desde 1980, o grupo que em 2023 registou prejuízos de oito milhões de euros e viu as receitas baixaram 20% para 968,7 milhões de euros, tem atualmente como principais acionistas a entidade que gere as participações do Estado (44,89%), a Nova Expressão (10%) e o Novobanco (6,55%).

Na perspetiva dos investidores, sobretudo dos detentores de ações, “a existência de um comprador não é garantia de qualquer salvaguarda do património”, salienta o trader do Banco Carregosa, Pedro Oliveira, notando ao ECO que “em boa verdade, uma eventual compra poderia ser efetuada por um valor simbólico”. E nesta nova fase, vaticina Nuno Mello, analista da XTB, “muito dificilmente alguém terá interesse num projeto tão ruinoso e num mercado em decadência por culpa da digitalização”.

O Ministério liderado por Joaquim Miranda Sarmento esclareceu na segunda-feira que o chumbo desta operação de financiamento foi decidido depois de três entidades estatais terem “concluído que a proposta [da Inapa] não reunia condições sólidas, nem demonstrava a viabilidade económica e financeira que garantisse o ressarcimento do Estado”. Além disso, salientou que a empresa “não apresentou qualquer estratégia de recuperação” e que se trata de uma empresa privada que não tem “uma atividade considerada como estratégica para a economia portuguesa”.

Também o ministro da Economia, questionado sobre o tema durante uma conferência de imprensa, advertiu que “é muito importante assegurar o cuidado e proteção do dinheiro dos contribuintes de cada vez que se tomam decisões de reestruturação e de apoios a empresas”. “Muitas vezes é mais fácil clamar por apoios públicos, mas muitas vezes é preciso ver o interesse público, avaliar bem onde é que ele está”, acrescentou Pedro Reis.

Acelera reestruturação com fecho de armazéns e despedimentos

Com o negócio do papel em perda acentuada na Europa e as estimativas a apontarem para que tenha desaparecido um terço deste mercado nos últimos dois anos, no início deste ano, como o ECO avançou, o grupo decidiu “antecipar e acelerar” o processo de reestruturação das operações logísticas na Alemanha, França e Portugal, que incluía o encerramento de vários armazéns e a redução do número de trabalhadores.

Frederico Lupi, CEO da Inapa, renunciou ao cargo na segunda-feiraInapa

Em Portugal, o número de instalações foi reduzido para metade. Além de ter saído do escritório que ocupava no centro de Lisboa e mudado a sede da holding para Sintra, onde passaram a trabalhar 150 pessoas, encerrou um armazém que tinha no Porto, na zona de Campanhã, concentrando em Santa Cruz do Bispo (Matosinhos) as funções logísticas e administrativas no Norte do país.

Já no mercado alemão, que representa mais de 60% das vendas, a empresa contava concluir ainda este ano todo o projeto de reinstalação logística, que estava calendarizado apenas para 2025. O plano revisto previa baixar o número de localizações de 14 para 11, com Frederico Lupi a explicar na altura que implicava a “centralização em quatro armazéns principais, que passam a ser o eixo da distribuição” nas três áreas de negócio: papel, embalagem e comunicação visual.

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Empresas portuguesas precisam de novos modelos de financiamento em Angola

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

CCIPA admite que nem tudo está perfeito e que é preciso mais financiamento para as empresas portuguesas poderem construir mais relações com as empresas angolanas nos diversos setores.

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA) defendeu esta segunda-feira novos modelos de financiamento para as empresas portuguesas em Angola, incluindo PME, que permitam contribuir para a diversificação da economia angolana.

João Traça, que falava à Lusa à margem do 7.º Encontro Angola – Portugal Business Networking, na véspera da visita do primeiro-ministro, Luís Montenegro, desejou que a vinda do chefe do Governo português a Angola seja também o início de um novo ciclo que permita melhorar o que está bem nas relações empresariais entre Portugal e Angola e criar mais dinamismo nas relações económicas entre os dois países.

O responsável da CCIPA admitiu que nem tudo está perfeito e que é preciso mais financiamento para as empresas portuguesas poderem construir mais relações com as empresas angolanas nos diversos setores. “Só assim poderão dar um contributo para a diversificação da economia angolana, que é talvez o seu maior desígnio”, acrescentou.

Sublinhou que é preciso “mais imaginação a nível de financiamento para criar diferentes soluções para diferentes necessidades”, nomeadamente em projetos de longo prazo que envolvam a indústria, além do desenvolvimento de infraestruturas, sendo preciso criar novos modelos de financiamento.

“Os atuais conseguem dar resposta a muitos desafios, mas não conseguem dar resposta a todos”, salientou, sugerindo ser “necessário, por exemplo, dar incentivos a projetos desenvolvidos por PME” que fazem parte da estrutura de empresas portuguesas que estão em Angola. “É preciso pensar nelas para lhes dar os apoios certos”, afirmou à Lusa.

O embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, seguiu a mesma linha no seu discurso, salientando a importância da linha de financiamento e que importa diversificar, para ir além das obras públicas e apostar na agricultura, turismo e formação profissional. O diplomata frisou que a visita de três dias de Luís Montenegro tem “forte componente económica” e é demonstrativa da continuidade das relações entre Angola e Portugal “e o seu caráter estratégico, que não é minimamente alterado pela mudança de poder”.

Estão presentes em Angola cerca de 1.250 empresas portuguesas ou de capitais mistos, de todos os setores da economia angolana. Francisco Alegre Duarte considerou que este tem sido um ano desafiante, devido à instabilidade cambial e escassez de divisas que se repercutem nas operações das empresas, mas assinalou que “Angola é uma aposta que vale a pena”.

O presidente da CCIPA falou também sobre as dificuldades para as empresas e apontou o ciclo da economia angolana, “que não está a crescer ao ritmo que seria ideal”, acrescentando que “é preciso tempo para voltar a crescer a esses ritmos”. Organizado pela CCIPA, o encontro é dirigido a empresários portugueses e angolanos e visa promover a aproximação entre os empresários dos dois países, “proporcionando contactos que poderão vir a estar na origem da formação de parcerias sólidas”, refere a organização num comunicado.

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Banco de Portugal atualiza requisitos de fundos próprios e de passivos elegíveis do BCP

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

BCP assegura que, na presente data, "cumpre com os requisitos MREL estabelecidos, tanto em percentagem do TREA (incluindo o CBR), como em percentagem do LRE".

O Banco de Portugal atualizou os requisitos de fundos próprios e de passivos elegíveis do BCP, que passam a ser de 28,67%, segundo um comunicado enviado esta segunda-feira.

O BCP foi “notificado pelo Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução nacional, acerca da atualização do seu requisito mínimo de fundos próprios e de passivos elegíveis (“MREL” ou “Minimum Requirement for own funds and Eligible Liabilities”) conforme decisão do Conselho Único de Resolução”, lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os requisitos atualizados são de 25,17% do montante total das posições em risco (TREA, na sigla em inglês), a que acresce ainda o requisito combinado de reservas de fundos próprios (CBR) de 3,5%, assim correspondendo a um requisito total de 28,67%; bem como 6,67% da medida de exposição total (LRE).

Estes requisitos têm aplicação imediata e abrangem o BCP, o ActivoBank e todas as subsidiárias do BCP, com a exceção do Bank Millennium S.A. e do Banco Internacional de Moçambique e suas respetivas filiais. Tendo em conta estes novos valores, o BCP assegura que, na presente data, “cumpre com os requisitos MREL estabelecidos, tanto em percentagem do TREA (incluindo o CBR), como em percentagem do LRE”.

O requisito de MREL tem em vista assegurar que os bancos são dotados de fundos próprios e passivos elegíveis suficientes para garantir a sua capacidade de absorver perdas e de se recapitalizar em cenários adversos, assegurando assim a continuidade da sua atividade.

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Produtor do Douro investe mais de 3 milhões de euros em hotel em Alijó

O novo projeto de enoturismo no Douro terá um hotel de quatro estrelas com 16 quartos com nomes de castas, além de uma sala de provas, uma horta biológica e um restaurante panorâmico.

O produtor António Boal, da Costa Boal Family Estates, entra agora no negócio do enoturismo com a construção de um hotel de quatro estrelas, com adega e restaurante, em Favaios, Alijó. Num investimento superior a três milhões de euros, a unidade hoteleira deverá abrir as portas no início de 2026 e atrair maioritariamente turistas do mercado francês, britânico e brasileiro.

Com produção no Douro, Trás-os-Montes e Alentejo, o empresário adquiriu agora uma quinta com cinco hectares de vinha, em Favaios, para produzir vinho e cujo edifício, datado de 1920, vai transformar num hotel de quatro estrelas com 16 quartos com nomes de castas. Terá ainda uma sala de provas, uma horta biológica e um restaurante panorâmico.

Este projeto de reabilitação do edificado, em avançado estado de degradação, tem a assinatura do gabinete de arquitetura Henrique Pinto, de Vila Real. As obras devem arrancar ainda este ano e estar concluídas em 2026.

Este projeto de enoturismo prevê a organização de atividades e programas de animação turística, como provas e harmonização de vinhos, visitas guiadas ao Museu do Pão e Vinhos de Favaios, passeios de barco privados, trilhos pedestres e de bicicleta.

“Neste local, os hóspedes terão oportunidade de conhecer as várias atividades agrícolas da região, como as vindimas e o pisar das uvas nos lagares, e envolverem-se nas mesmas, absorvendo, desta forma, toda a cultura de uma das mais notáveis regiões portuguesas”, detalha António Boal.

A empresa Costa Boal Family Estates faturou 2,2 milhões de euros em 2023.

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UE boicota reunião ministerial em Budapeste convocando outra em Bruxelas

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

O anúncio feito por Borrell surge na sequência de um mal-estar generalizado com a atual presidência semestral húngara do Conselho da UE. "Tem de haver consequências simbólicas e formais", disse.

O Alto Representante cessante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros convocou esta segunda-feira uma reunião informal para Bruxelas no final de agosto, boicotando uma reunião de contornos semelhantes que estava prevista para Budapeste, para mostrar que “há consequências”.

O anúncio foi feito por Josep Borrell após uma reunião ministerial, em Bruxelas, na sequência de um mal-estar generalizado com a atual presidência semestral húngara do Conselho da UE. “Tem de haver consequências simbólicas e formais”, disse Borrell.

 

O ainda chefe da diplomacia do bloco comunitário convocou um encontro informal para discutir política externa e defesa para o final de agosto na capital belga, anulando a reunião informal, conhecida como “Gymnich”, prevista para 29 e 30 de agosto, em Budapeste, capital da Hungria. Josep Borrell não adiantou datas, mas a reunião convocada esta segunda deverá ser nos mesmos dias da que estava prevista para Budapeste. O “Gymnich” realiza-se, habitualmente, uma vez em cada presidência rotativa, que têm uma duração de seis meses.

Josep Borrell acrescentou que 25 dos 27 Estados-membros da UE “são contra” as posições assumidas pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em particular em relação à Rússia, e também contra as declarações no Conselho de Segurança das Nações Unidas, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, que foi convocado pelo ministro [russo, Serguei] Lavrov, para dizer que a “política da UE é uma política de guerra”.

No entanto, não revelou qual foi o outro país, além da Hungria, que não condenou as posições húngaras.

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Caso gémeas. Marcelo, Costa e Santos Silva já foram notificados para ir à CPI

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

A Assembleia da República enviou na sexta-feira as convocatórias para o Presidente da República, António Costa e Santos Silva deporem na comissão de inquérito ao caso das gémeas.

O Parlamento enviou na sexta-feira para o Presidente da República, o ex-primeiro-ministro António Costa e o anterior presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva as convocatórias para deporem na comissão de inquérito ao caso das gémeas.

A informação foi confirmada esta segunda-feira à agência Lusa por fonte oficial do gabinete do presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e pelo presidente da comissão de inquérito, o deputado do Chega, Rui Paulo Sousa.

O presidente da comissão de inquérito explicou à Lusa que pediu ao presidente da Assembleia da República para que notificasse o Presidente da República, o ex-primeiro-ministro e o ex-presidente da Assembleia da República – tratando-se de uma formalidade protocolar – e que enviou “uma minuta com os artigos nos quais” a comissão se baseia.

Rui Paulo Sousa assinalou que o Presidente da República pode decidir prestar, ou não, esclarecimentos à comissão de inquérito. Caso decida fazê-lo, poderá ser presencialmente ou por escrito. No caso de António Costa e Santos Silva terão de indicar se querem depor na comissão de inquérito presencialmente ou por escrito.

O presidente da comissão referiu que, caso Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e Augusto Santos Silva decidam comparecer na comissão de inquérito serão agendadas as datas para as respetivas audições. Caso queiram enviar esclarecimentos por escrito, “os grupos parlamentares terão de fazer as várias perguntas que pretendem ver respondidas”, que serão depois enviadas.

Na sexta-feira, o presidente da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras tratadas com o medicamento Zolgensma tinha indicado que as notificações para Marcelo Rebelo de Sousa, Augusto Santos Silva e António Costa serem ouvidos seriam enviadas ainda nesse dia ou no início desta semana.

De acordo com o Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, o “Presidente da República, bem como os ex-Presidentes da República por factos de que tiveram conhecimento durante o exercício das suas funções e por causa delas, têm a faculdade, querendo, de depor perante uma comissão parlamentar de inquérito, gozando nesse caso, se o preferirem, da prerrogativa de o fazer por escrito”.

“Gozam, também, da prerrogativa de depor por escrito, se o preferirem, o presidente da Assembleia da República, os ex-presidentes da Assembleia da República, o primeiro-ministro e os ex-primeiros-ministros, que remetem à comissão, no prazo de 10 dias a contar da data da notificação dos factos sobre que deve recair o depoimento, declaração, sob compromisso de honra, relatando o que sabem sobre os factos indicados”, acrescenta a legislação.

O pedido de depoimento do Presidente da República foi aprovado a 4 de junho pela comissão de inquérito ao caso do tratamento das gémeas luso-brasileiras. O requerimento para a audição do antigo primeiro-ministro António Costa foi aprovado em 21 de junho e a audição de Augusto Santos Silva, enquanto ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, foi aprovada em 3 julho.

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Alexandra Varassin nomeada CEO do Publicis Groupe Portugal 

  • + M
  • 22 Julho 2024

No seu novo cargo, Alexandra Varassin vai reportar a Marta Ruiz-Cuevas, CEO do Publicis Groupe para Espanha e Portugal. Varassin era até agora CEO da Digitas México.

Alexandra Varassin foi nomeada CEO do Publicis Groupe Portugal, anunciou a empresa. Varassin fica responsável por liderar todas as agências de media e criativas que compõem o grupo, a partir de agosto.

Vai ser também “responsável por reforçar ainda mais o modelo power of one para os clientes em Portugal, que integra o talento complementar do grupo, quebrando silos para transformar o negócio dos clientes através da criação de soluções de negócio 360º“.

Varassin era até agora CEO da Digitas México, agência do grupo que, sob a sua gestão, se posicionou “como uma das mais inovadoras no mercado mexicano, graças à sua visão estratégica e experiência em transformação digital de negócios e tecnologia”, refere-se em nota de imprensa.

No seu novo cargo, Alexandra Varassin vai reportar a Marta Ruiz-Cuevas, CEO do Publicis Groupe para Espanha e Portugal. Roberto Santos, o atual COO do Groupe, continuará a ser o CEO da Publicis Media Exchange para Espanha e Portugal, pelo que continuará a ter uma forte presença na operação portuguesa.

“Tive a sorte de ter trabalhado com a Ale durante a minha etapa anterior como CEO do Publicis Groupe México e vi como ela transformou e elevou a Digitas no mercado mexicano. Ela é uma grande líder, daquelas que desafia o status quo e vai sempre mais além. Estou certa de que, com a ajuda de toda a equipa, alcançará novas conquistas e continuará este caminho de transformação que iniciámos com o Roberto, a quem só posso expressar palavras de gratidão”, diz Marta Ruiz-Cuevas, CEO do Publicis Groupe para Espanha e Portugal, citada em comunicado.

“A minha carreira sempre foi cheia de desafios e oportunidades, e esta é claramente uma dessas ocasiões. Portugal é um mercado em crescimento que tem evoluído muito nos últimos anos e só posso estar entusiasmada por poder dar continuidade ao legado do Roberto, sob a liderança da Marta e com uma equipa de profissionais impressionante. O meu objetivo é que, com o talento e as capacidades do grupo, possamos trazer ainda mais valor estratégico aos nossos clientes e apoiá-los nos seus desafios de transformação digital e empresarial“, refere, por sua vez, Alexandra Varassin.

Natural do Brasil, a agora CEO do Publicis Groupe Portugal conta com mais de vinte anos de experiência profissional, tendo os últimos nove sido no grupo francês. Já trabalhou para a Google e para vários anunciantes do Brasil e da América Latina, desenvolvendo estratégias de marca e liderando diferentes departamentos de Estratégia, incluindo a agência criativa Publicis no Brasil.

Segundo se lê ainda em nota de imprensa, esta nomeação “responde ao compromisso e ambição do Publicis Groupe de se fortalecer e crescer no mercado português para continuar a acompanhar os seus clientes, oferecendo-lhes o melhor serviço e apoio no crescimento dos seus negócios”.

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GCI Media Group e IADE unem-se para lançar curso de especialização em Media, Informação e Entretenimento

  • + M
  • 22 Julho 2024

A coordenação do curso, com a duração de oito meses, é assegurada por André Gerson, CEO do GCI Media Group, e Carla Cachola, docente na Universidade Europeia.

O GCI Media Group e o IADE (Universidade Europeia) uniram esforços para o lançamento de um novo curso de especialização em Media, Informação e Entretenimento. As inscrições para a formação, com oito meses de duração, já estão abertas.

Esta nova oferta “permite aos alunos adquirirem competências práticas na apresentação de programas de media e entretenimento, enquanto desenvolvem aptidões comportamentais e emocionais essenciais para o sucesso em contextos organizacionais na televisão, rádio e outras plataformas”, explica-se em nota de imprensa.

A coordenação do curso é assegurada por André Gerson, CEO do GCI Media Group, e por Carla Cachola, também coordenadora e docente da pós-graduação em Imagem, Protocolo e Organização de Eventos na Universidade Europeia.

A par dos coordenadores, o corpo docente conta com Bruno Batista (chairman do GCI Media Group), Graça Teófilo (public affairs manager do GCI Media Group), Patrícia Matos (jornalista e pivot principal da estação de televisão Now), Marcos Pinto (jornalista), Marta Leite Castro (apresentadora de televisão e produtora de conteúdos), Nuno Azinheira (ex-jornalista e profissional de comunicação), Teresa Byrne (adviser do gabinete da ministra da Cultura e especialista em relações internacionais) e Jorge Rodrigues da Silva (mestre em Psicologia Social).

“É com muito orgulho que nos associamos ao IADE, uma referência com mais de 50 anos no ensino da Criatividade em Portugal, e criamos este curso em parceria. É complementar ao que o IADE já tem na sua oferta formativa e vem reforçar competências ao nível da inovação, criatividade, diversidade e agilidade, essenciais a qualquer estratégia de media, informação e entretenimento“, diz André Gerson, CEO do GCI Media Group e coordenador do curso de especialização em Media, Informação e Entretenimento do IADE, citado em comunicado.

“Os programas de entretenimento e informação, que cada vez mais geram conteúdos para o digital e se promovem nessas plataformas complementares à sua génese, o crescimento dos serviços de streaming, a concorrência de várias plataformas de distribuição, o boom do formato videocast, têm exigido de todo o setor uma maior preparação e aquisição de competências mais integradas. É precisamente para reforçar estas competências junto dos profissionais do setor, recém-chegados ou já com carreiras estabelecidas, que nasce este novo curso”, acrescenta.

É “uma formação única para desenvolver determinadas competências técnicas comunicacionais e de imagem, que vem dar resposta às necessidades de um mercado em constante transformação, que precisa de profissionais ágeis e com fortes capacidades ao nível da criatividade e da inovação“, acrescenta Carlos Rosa, diretor do IADE.

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Europa deve duplicar investimento em I&D para reforçar competitividade, recomenda McKinsey

Consultora estima que empresas europeias investem 700 mil milhões a menos do que as suas congéneres norte-americanas e alerta que "investimento insuficiente compromete a competitividade da Europa".

A McKinsey Global Institute fez as contas e concluiu que a União Europeia está a ficar para trás na aposta em Investigação e Desenvolvimento (I&D). Num estudo publicado esta segunda-feira, a consultora norte-americana estima que as grandes empresas europeias investem 700 mil milhões de euros (ou cerca de 3,000 euros per capita) menos do que as suas congéneres norte-americanas, e que isso está se a refletir na falta de competitividade europeia face aos Estados Unidos.

“O investimento norte-americano em propriedade intelectual e nas suas equipas é praticamente o dobro per capita face ao investimento europeu”, lê-se no documento a McKinsey, no qual é sublinhado que “um investimento insuficiente compromete a competitividade da Europa e, sem competitividade, o investimento não flui”.

De acordo com o estudo, “a Europa deve duplicar os investimentos que geram maior produtividade“, especialmente no âmbito de I&D, onde a inovação tecnológica desempenha um papel crítico, sobretudo numa altura em que se aposta numa transição energética e digital em toda a União Europeia.

Comparativamente aos Estados Unidos – que tem apostado fortemente na atração de investimentos, sobretudo energéticos, através de incentivos fiscais, como o Industrial Reduction Act (IRA) –, a McKinsey aponta que a falta de competitividade não se limita apenas no I&D.

Os ativos de capital de risco geridos na Europa equivalem a apenas um quarto do total norte-americano. Esta disparidade sublinha um problema estrutural” que deve ser abordado entre os 27 “com urgência”, dizem, dando nota que os ativos de capital de risco “representam entre 70% e 80% do crescimento da produtividade” e que a falta dele “coloca a Europa numa posição de desvantagem”.

Para corrigir o atual cenário, o bloco europeu terá, no entanto, de superar alguns desafios, nomeadamente, custos energéticos elevados, a escassez de talento e a regulação empresarial e do mercado laboral – sem esquecer que a “incerteza geoeconómica e macroeconómica também desempenha um papel crucial na reticência dos investidores”.

Assim, recomenda a McKinsey, o foco entre os 27 Estados-membros deve estar na “eliminação” destas barreiras para fomentar um ambiente pró-investimento.

A Europa necessita de um programa audaz e proativo que se concentre em atrair e reter talento, assim como na criação de um ambiente regulatório favorável e atrativo para os negócios.

McKinsey Global Institute

Mas na União Europeia o assunto está, também ele, no topo da agenda. A recém reeleita presidente da Comissão Europeia anunciou que o reforço da competitividade figura como parte das diretrizes do programa do próximo Executivo comunitário.

Entre os pontos do plano de ação, a chefe do Executivo anunciou que irá lançar um novo acordo industrial limpo nos primeiros 100 dias, com vista a canalizar investimento em infraestruturas e indústria no bloco, em especial para os setores mais energeticamente intensivos. Ademais, identificou como prioridade acelerar o lançamento de concursos e licenciamentos, agilizando, simultaneamente, a burocracia.

Ursula von der Leyen também prometeu continuar a desenvolver uma “União dos Mercados de Capitais”, a fim de atrair investimentos e melhores possibilidades de financiamento para as empresas, sobretudo em infraestruturas, tecnologia e equipamentos que podem impulsionar a produtividade e a eficiência em diversos setores.

“O investimento neste tipo de ativos tangíveis é fundamental para acompanhar o ritmo de outras economias avançadas, já que um investimento insuficiente compromete a capacidade da Europa para competir num mercado global cada vez mais exigente”, conclui a McKinsey.

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Governo ultima “pacto para construção”

  • Lusa
  • 22 Julho 2024

Objetivo do pacto será “atrair talento, conhecimento, mão de obra para a fileira da construção”, nomeadamente facilitando a vinda para Portugal de quadros das sucursais no estrangeiro essas empresas.

O Governo quer facilitar a vinda para Portugal de quadros das sucursais no estrangeiro das empresas de construção, no âmbito de um “grande pacto” que será anunciado “ainda esta semana”, disse esta segunda-feira o ministro das Infraestruturas e Habitação. Segundo Miguel Pinto Luz, esta é uma das “várias medidas” que o Governo vai propor no âmbito de um pacto para a construção, necessário para executar a construção e reabilitação de casas.

O governante falava no final da cerimónia de assinatura de acordos com as autarquias de 14 municípios de Lisboa e Vale do Tejo e quatro da região Norte, que decorreu na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa. Sem querer antecipar muito, o ministro adiantou que um dos objetivos do pacto será “atrair talento, conhecimento, mão de obra para a fileira da construção”, nomeadamente facilitando a vinda para Portugal de quadros das sucursais no estrangeiro das empresas de construção, possibilidade que está a ser trabalhada com as tutelas da justiça, da administração interna e das migrações.

O ministro reconhece que a dificuldade de resposta do setor da construção o “preocupa” e que “lançar toda esta obra pública” é uma “ambição grande”, que pode esbarrar na “capacidade de execução no terreno”. Por isso, realçou, o pacto tem de envolver não só as empresas de construção, mas também as de arquitetura e de engenharia.

Almada, Alcochete, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Odivelas, Oeiras, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira assinaram hoje acordos e termos de responsabilidade e aceitação, na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, ao abrigo do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR, fundos europeus), no âmbito do qual Portugal assumiu o compromisso de construir ou reabilitar 26 mil habitações até junho de 2026.

Na mesma cerimónia, foram assinados também acordos com as autarquias de Fafe e Guimarães, no distrito de Braga, Lamego (distrito de Viseu) e Matosinhos (distrito do Porto), aumentando para 1.450 o número de casas na região Norte, ao abrigo da mesma medida. Questionado sobre as razões que deixaram quatro municípios de Lisboa e Vale do Tejo fora dos acordos (Amadora, Barreiro, Moita e Palmela), o ministro respondeu que, “possivelmente ficaram com as candidaturas de fora dos tais 26 mil fogos”, limite que, “naturalmente”, obrigou a “rateio”.

Porém, assinalou, “o Governo está a trabalhar afincadamente para, nas próximas semanas, nos próximos meses, apresentar solução também” para os 29 mil fogos que se candidataram mas ficaram de fora. A assinatura dos termos de responsabilidade e aceitação pelos municípios, que faz parte da estratégia do Governo para a habitação, prevista no programa “Construir Portugal”, teve o seu início em junho, tendo sido já assinados acordos com cerca de uma centena de municípios de norte a sul do país.

Assinar termos de responsabilidade com os municípios “não é sacudir a água do capote”, rejeitou o ministro, lembrando que o Governo coassina esses acordos, que permitem às câmaras avançarem na construção ou reabilitação de edifícios para habitação destinada às famílias mais vulneráveis, ficando a aprovação das candidaturas pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para uma fase posterior.

“Vamos acompanhar de perto aquilo que irá acontecer”, vincou o ministro, tendo “noção clara daquilo que são as dificuldades em muitas autarquias”. Porém, assinalou, “não cumprir o PRR coloca em causa tranches de transferência da Europa para Portugal e Portugal não está em condições de dispensar recursos tão escassos como são os recursos financeiros hoje em dia”.

Os autarcas “têm hoje todas as ferramentas necessárias e suficientes” para cumprir o objetivo no prazo definido, frisou. “Nós não queremos pensar sequer que não vamos cumprir a meta de 30 de junho de 2026”, acrescentou.

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