Von der Leyen contrata por 5,2 milhões agência sem meios suficientes para a sua campanha

  • + M
  • 14 Maio 2024

A agência tem 10 elementos dedicados à campanha de Von der Leyen, mas apenas três deles pertencem à empresa.

No âmbito da campanha para a sua reeleição, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alocou 5,2 milhões de euros num contrato com a agência de comunicação alemã Cosmonaut & Kings. Mas, a apenas um mês das eleições, a agência não tem capacidade para gerir a campanha, segundo o EUobserver.

O jornal, que cita uma “fonte próxima” ao Partido Popular Europeu (PPE), refere também que os mais de cinco milhões de euros alocados têm em grande parte origem em dinheiros públicos, tendo em conta que é investido pelo PPE, que recebe três quartos dos seus fundos por parte do Parlamento Europeu e um quarto dos seus membros.

De facto, a agência de comunicação alemã encontra-se a contratar para uma campanha no âmbito das eleições europeias, conforme uma publicação no LinkedIn do seu diretor e co-fundador, Juri Schnöller, que é também conselheiro sénior do gestor de campanha de Ursula von der Leyen.

Também segundo o EUobserver, Juri Schnöller disse que a sua agência tem 10 elementos dedicados à campanha, mas a “fonte próxima” do PPE disse que três deles são da empresa, enquanto os outros foram “subcontratados à última da hora”, depois de se ter reconhecido que não havia recursos suficientes para a campanha.

A mesma fonte aponta ainda que, embora o PPE tenha recebido propostas por parte de agências de maior dimensão – como a ZN Consulting, sediada em Bruxelas – a presidente da Comissão Europeia optou pela agência alemã que tem pouca experiência em campanhas eleitorais.

No entanto, e embora afirmando que esta é a primeira vez que a agência se relaciona com o PPE em termos de campanhas, o diretor da Cosmonaut & Kings refere que a sua agência já trabalhou com “vários partidos e candidatos de todo o espetro político alemão (excluindo partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda), incluindo os que são afiliados do PPE”.

Para a campanha de 2014 de Jean-Claude Juncker, a ZN Consulting empregou 20 pessoas, avança ainda o mesmo meio de comunicação.

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Ministros das Finanças falham acordo sobre IVA em plataformas como Uber ou Airbnb

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Sendo uma questão de fiscalidade que obriga à unanimidade na UE, a proposta relativa ao IVA nas plataformas digitais não avançou principalmente por oposição da Estónia, país onde está sediada a Bolt.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) falharam esta terça-feira um acordo sobre o reforço da cobrança do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas plataformas de transporte de passageiros como Uber ou de alojamento turístico como Airbnb.

Numa reunião do Ecofin, em Bruxelas, os ministros europeus das Finanças não conseguiram, assim, um acordo para exigir que estas plataformas sejam responsáveis pela cobrança e pela entrega do IVA às autoridades tributárias quando os prestadores de serviços não o fizerem, numa iniciativa criada para evitar vantagens sobre os concorrentes tradicionais, como empresas de táxis e hotéis.

Fontes europeias informaram que, sendo uma questão de fiscalidade que obriga à unanimidade na UE, a proposta (feita pela Comissão Europeia em dezembro de 2022) relativa ao IVA nas plataformas digitais não avançou principalmente por oposição da Estónia, país onde está sediada a Bolt, uma tecnológica que fornece serviços de mobilidade, de aluguer de veículos e trotinetas e de entrega de alimentos.

A ideia é ter as plataformas como único interlocutor no cumprimento das obrigações tributárias, que passam a ser pagas no país onde é prestada a atividade e não na sede para, assim, evitar a evasão fiscal e aumentar a receita de IVA para os Estados-membros, estando prevista a entrada em vigor em 2027.

Caso avance, a medida pode levar a aumentos dos preços na UE e também onerar as autoridades tributárias dos Estados-membros, argumentam os países que estão de momento contra a proposta, como a Estónia. Em dezembro de 2022, a Comissão Europeia apresentou um pacote para modernizar o sistema de IVA na UE, visando introduzir “condições de concorrência mais equitativas entre os serviços de alojamento de curta duração ‘online’ e os tradicionais”, segundo divulgou na altura.

A economia das plataformas registou um grande crescimento nos últimos anos, com estas tecnológicas a atuarem como intermediárias entre fornecedores de determinados serviços e consumidores. Ao abrigo das atuais regras europeias relativas ao IVA, são os prestadores de serviços subjacentes – por exemplo, a pessoa que aluga um apartamento – que são obrigados a cobrar e a entregar este imposto às autoridades tributárias.

No entanto, muitos destes prestadores subjacentes – quer se trate de uma pessoa singular ou de uma pequena empresa – não sabem que podem estar sujeitos ao IVA sobre os serviços que disponibilizam e, mesmo quando sabem, por vezes não cumprem as obrigações, situação que Bruxelas quer alterar.

Aprovado na reunião do Ecofin foi, ainda assim, um acordo preliminar (de abordagem geral) sobre procedimentos mais seguros e mais rápidos para aliviar a dupla tributação, visando impulsionar o investimento transfronteiras e ajudar a combater a evasão fiscal.

Para tal, esta proposta – que ainda tem de ser formalmente adotada – prevê procedimentos de retenção na fonte mais seguros e eficientes para investidores transfronteiriços, autoridades nacionais e intermediários financeiros (como bancos ou plataformas de investimento). De momento, registam-se situações como investimento num Estados-membros e pagamento de impostos num outro, o que dificulta a taxação e os reembolsos.

A proposta foi apresentada em junho de 2023 e está sujeita a um processo legislativo especial, em que o Conselho é o único legislador (por unanimidade) após consulta ao Parlamento Europeu, sendo que a assembleia europeia será novamente ouvido pelas alterações agora introduzidas pelos Estados-membros.

Para entrar em vigor, o texto tem então de ser formalmente adotado e, depois, os países têm de transpor a diretiva para a legislação nacional até 31 de dezembro de 2028, embora as regras nacionais só sejam aplicáveis a partir de 01 de janeiro de 2030.

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Medina antecipa revisão em alta do PIB de 2023 e dívida pública abaixo de 99%

"Não se espantem se tiverem notícia que o PIB de 2023 foi revisto em alta e dívida pública será provavelmente abaixo de 99%", disse Medina na audição no Parlamento.

O ex-ministro das Finanças sinalizou no Parlamento que quando saírem os novos dados sobre a economia portuguesa em 2023, em setembro, deverão revelar que o PIB de 2023 foi revisto em alta. Além disso, a dívida pública também deve ser revista e possivelmente ficará abaixo de 99%.

“Há uma boa notícia para o país: no dia 20 de setembro de 2024 vão sair novos dados sobre o PIB em Portugal e sobre 2023, não se espantem se tiverem notícia que o PIB de 2023 foi revisto em alta e que a dívida pública de 2023 não será de 99,1% mas será muito provavelmente abaixo de 99%”, disse na audição no Parlamento.

Segundo a estimativa já disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB de Portugal cresceu 2,3% no ano passado e 2,2% no quarto trimestre em termos homólogos. Já em cadeia (face ao trimestre anterior), o INE também confirmou que o PIB subiu 0,8% no último trimestre de 2023, escapando à recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração).

Já o rácio da dívida pública, segundo os dados do INE e do Banco de Portugal, terá ficado nos 99,1% em 2023. Medina tinha anunciado que ficaria nos 98,7% do PIB, mas com a ressalva de que poderia ser alvo de ajustes quando fossem conhecidas as contas finais. De facto, o valor ficou ligeiramente acima, nos 99,1%, mas continuou a ficar abaixo dos 100% do PIB — foi a primeira vez desde 2009 que tal aconteceu.

Agora, o ex-governante sinaliza que o valor poderá mesmo ser inferior a 99%, informação que apenas será confirmada em setembro.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Stellantis vai vender automóveis chineses da Leapmotor em Portugal a partir de setembro

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Carlos Tavares afirmou que os primeiros modelos da marca chinesa começarão a ser vendidos em nove países europeus, incluindo a Portugal.

O presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares, revelou esta terça-feira que a Leapmotor Internacional, empresa criada com a chinesa Leapmotor para vender “carros elétricos acessíveis” fora da China, vai iniciar a comercialização dos seus modelos na Europa partir de setembro.

Numa conferência de imprensa realizada em Hangzhou, na China, Carlos Tavares afirmou que os primeiros modelos da marca chinesa começarão a ser vendidos em nove países europeus, incluindo a Portugal, França, Itália, Alemanha, Holanda, Espanha, Bélgica, Grécia e a Roménia “a partir de setembro”, sendo que o objetivo é introduzir um novo modelo todos os anos durante os próximos três anos.

“A estratégia é vender carros Leapmotor fora da China e, claro, continuar a proteger o que acho que é o mais importante, que é a oferta ao consumidor, e levar a mobilidade com emissões zero ao maior número possível de pessoas, para que possamos contribuir para resolver o problema do aquecimento global”, salientou o gestor na conferência de apresentação da criação oficial da Leapmotor International B.V., uma joint venture liderada pela Stellantis, com 51% do capital social.

Entretanto, a partir do quarto trimestre deste ano, os dois modelos do construtor chinês serão exportados para a América do Sul, nomeadamente Chile e Brasil, assim como para o Médio Oriente, África, Índia e para o Sudeste Asiático. Em resposta à ofensiva dos construtores chineses de veículos elétricos na Europa, o grupo italo-franco-americano adquiriu, no ano passado, 20% do construtor chinês Leapmotor e criou uma empresa conjunta (joint-venture) para produzir veículos elétricos de entrada no mercado internacional.

O objetivo é impulsionar “ainda mais” as vendas da empresa chinesa no mercado nacional e de tirar partido da presença global da Stellantis para acelerar as vendas em outras regiões, como a Europa, adiantou o construtor automóvel. O acordo confere ainda direitos exclusivos de exportação e venda, bem como de fabrico de produtos Leapmotor fora da China.

A Leapmotor fabrica apenas veículos elétricos e vende 10.000 carros na China por mês. O gigante automóvel Stellantis é o quarto maior fabricante mundial do setor, com marcas como a Citroën, Peugeot, Fiat e a Opel, bem como a Alfa Romeo e Jeep.

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TAAG põe fim a acordo com HiFly e volta a assegurar na totalidade voos Luanda-Lisboa

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

“A TAAG recomeçou ou retomou o seu voo DT 652 que parte de Luanda às 12:30, dando por findo o serviço que era prestado pela HiFly, indica a empresa angolana.

A companhia aérea angolana TAAG pôs fim ao acordo com a portuguesa Hi-Fly, que tinha sido celebrado em 2022 para reforçar a operação na rota Luanda-Lisboa com um Airbus A330. A informação, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, foi divulgada pelo presidente executivo da transportadora angolana, Nelson Rodrigues, durante a inauguração de uma loja na sexta-feira.

“A TAAG recomeçou ou retomou o seu voo DT 652 que parte de Luanda às 12:30, dando por findo o serviço que era prestado pela HiFly, dica a empresa angolana. Atualmente só a TAAG irá operar os voos para Lisboa, quer o DT 652 ou o DT 650 que parte às 23:50.

O acordo com a companhia privada portuguesa, celebrado em junho de 2022, previa o aluguer de uma aeronave à HiFly em regime de wetlease, cabendo à HiFly a disponibilização do avião com tripulação completa, manutenção e seguro da aeronave, sendo compensada pela TAAG pelas horas de operação da aeronave.

A decisão foi justificada, na altura, com os trabalhos de manutenção que decorriam na frota internacional da TAAG, nomeadamente o Boeing 777-300ER, permitindo dar continuidade à operação numa ligação preferencial e com grande volume de tráfego (Luanda-Lisboa-Luanda). A HiFly é uma companhia aérea privada especializada no frete de aeronaves comerciais com tripulação, manutenção e seguro incluídos.

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Nos duplica lucros para 67,8 milhões no primeiro trimestre

Telecom liderada por Miguel Almeida duplicou lucros no arranque do ano. Ajudou o facto de ter recebido 22,2 milhões de euros relativo a uma decisão judicial favorável contra a Anacom.

A operadora de telecomunicações Nos NOS 0,00% registou lucros de 67,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com o resultado quase a duplicar em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo anunciou esta terça-feira ao mercado.

A Nos recebeu 22,2 milhões de euros relativos a uma decisão judicial favorável relativa a um pedido de liquidação de taxas de atividade, o que ajudou a impulsionar o resultado no arranque do ano. Já tinha recebido 15,6 milhões no âmbito do diferendo com a Anacom no final do ano passado.

Sem este efeito extraordinário, acrescenta a operadora liderada por Miguel Almeida, o lucro teria ficado nos 45,7 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 30,6% em termos homólogos.

A telecom controlada pela família Azevedo (Sonae) dá conta de um “forte desempenho das operações” que permitiu um crescimento do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 6,3% para 155,3 milhões, um desempenho associado ao crescimento das receitas (+5,7% para superar os 400 milhões de euros) e pela “gestão contínua dos custos”.

O aumento do lucro operacional “mais do que compensou” o efeito negativo do ambiente das taxas de juro mais elevadas nos encargos financeiros, que tiveram um aumento de quase 60% para 20,7 milhões, adianta.

Grande parte das receitas veio do negócio das telecomunicações: aumentaram 5,4% para 389 milhões de euros entre janeiro e março. A área dos audiovisuais e cinema teve um aumento de 11,6% da faturação para 22,8 milhões no mesmo período, impulsionado pelos “êxitos de bilheteira” como o “Dune II” e “Bob Marley – One Love”.

Ao mesmo tempo, os custos operacionais aumentaram 5,4 para 248 milhões. Ao nível do investimento, a Nos refere que, depois do período intensivo de implementação da rede 5G, manteve-se a tendência de descida do investimento: caiu 5,2% para 92 milhões nos três primeiros meses do ano.

A dívida líquida atingiu os 1.015 milhões de euros no final do primeiro trimestre, sendo que a dívida total foi de 1.716 milhões.

(Notícia atualizada às 17h24)

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Primeiro debate para as europeias visto por um milhão de telespectadores

  • + M
  • 14 Maio 2024

O confronto entre João Cotrim de Figueiredo, Marta Temido, Sebastião Bugalho e Francisco Paupério foi visto por 871,7 mil espectadores na SIC, revela a análise da Dentsu/Carat para o +M.

O primeiro debate para as eleições de 9 de junho foi acompanhado por cerca de um milhão de pessoas, na soma das audiências da SIC e da SIC Notícias.

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, o confronto que juntou João Cotrim de Figueiredo, Marta Temido, Sebastião Bugalho e Francisco Paupério teve um audiência média de 9,8% na SIC, percentagem que se traduz em cerca de 871,7 mil espectadores, e de 1,7% no canal de informação, ou seja, cerca de 149,6 mil espectadores.

O próximo debate é no dia 15, na RTP, com o BE, PAN, Chega e Livre. CDU, BE, IL e Livre encontram-se a 17 de maio, na TVI, e CDU, PAN, Chega e IL a 20 de maio, na SIC. PS, AD, Chega e CDU defrontam-se a 21 de maio, na RTP, e PS, AD, BE e PAN a 24 de maio, na TVI.

O PS e a AD, como mostra o calendário, surgem junto em todos os debates.

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Medina assume divergência com Pedro Nuno. “A minha posição não mudou” sobre recuperação do tempo de serviço dos professores

Medina explica que o Governo que integrava considerava que apenas se devia fazer a recuperação do tempo de serviço quando tal fosse possível para todos os funcionários. PS mudou de posição.

O ex-ministro Fernando Medina foi confrontado pela diferença nas posições relativamente à recuperação do tempo de serviço dos professores, quando estava no Governo e atualmente enquanto deputado, mas justificou que o que mudou “é quem lidera hoje o PS”. Para o Governo de qual Medina fazia parte, só se devia recuperar o tempo congelado na troika se fosse possível fazê-lo para todas as carreiras, mas agora o PS defende essa possibilidade para apenas alguns grupos da Função Pública.

A questão partiu da coordenadora bloquista Mariana Mortágua, que apontou que Medina tinha dito no ano passado que não havia margem para a recuperação do tempo de serviço dos professores. O ex-governante responde que a sua posição “não mudou nada, o PS teve posição diferente”, numa audição no Parlamento esta terça-feira.

“O Governo de que fiz parte tinha o entendimento que devia haver mudanças nas carreiras relativamente à troika se fossemos capazes de o fazer relativamente a todas as carreiras”, explica Medina. As suas declarações em março do ano passado referiam que era necessário “abranger a totalidade” e para isso não havia margem “e não há”.

Entretanto, “o PS teve o seu processo de eleições, tem um novo secretário-geral, não precisamos de concordar em tudo e a posição que o PS está a assumir é a posição de o fazer relativamente aos professores”. Assume assim uma divergência com a posição de Pedro Nuno Santos, atual secretário-geral do PS que sucedeu a António Costa.

O antigo governante destaca que a recuperação do tempo de serviço para os professores tem uma dimensão financeira “muito diferente de o fazer para os funcionários públicos como um todo”. “Os valores não deixaram de ser o que são, o que mudou é que quem lidera hoje o PS tem posição diferente que o anterior Governo tinha”, resume.

Medina defende ainda a necessidade de dar prioridade à dívida pública, perante as questões de Mariana Mortágua, reiterando que “a dívida pública é um empréstimo que a nossa geração fez junto das gerações futuras” e “certamente ira haver dívida pública no tempo dos nossos netos”.

“Não devemos transformar de forma significativa as disponibilidades em despesa corrente permanente”, argumenta, salientando por outro lado os investimentos necessários, como por exemplo a “futura linha de alta velocidade que ficará para esta e gerações futuras, investimentos nas novas escolas, investimentos imateriais em desenvolvimentos científicos e tecnológicos”.

(Notícia atualizada às 17h05)

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Lucros da Euronext aumentam 12% no primeiro trimestre

A sustentar a subida dos lucros da Euronext para 164,2 milhões de euros e o crescimento de 8% das receitas para um valor recorde de 401,9 milhões de euros foi sustentada por um crescimento orgânico.

A Euronext, a principal infraestrutura de mercado pan-europeia, anunciou esta terça-feira um crescimento significativo da sua atividade no primeiro trimestre, com destaque para o aumento homólogo de 11,7% dos lucros, que se fixaram em 164,2 milhões de euros, ficando assim também 2,7% acima das estimativas dos analistas que acompanham a empresa, segundo uma poll da Reuters.

“O primeiro trimestre de 2024 foi marcado por um desempenho financeiro excecional, sustentado pelo crescimento orgânico e pela diversificação do nosso modelo de negócios”, refere Stéphane Boujnah, CEO da Euronext, em comunicado.

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O mesmo crescimento foi notado na rubrica receitas e rendimentos, que subiram 8% face ao primeiro trimestre de 2023 para um valor recorde de 401,9 milhões de euros, como resultado de um “forte crescimento orgânico nas atividades não relacionadas com o volume [que representam 58% do total], combinado com um trimestre recorde no rendimento fixo e na negociação de energia e com um crescimento de dois dígitos nas atividades pós-negociação”, destaca a Euronext em comunicado.

Os números da empresa responsável pela gestão da bolsa portuguesa e de mais seis bolsas europeias revelam também que o segmento de custódia e liquidação alcançou receitas de 67,8 milhões de euros, um aumento homólogo de 6%, impulsionado pelo “aumento dos ativos sob custódia, maiores atividades de emissão e expansão contínua do negócio de serviços.”

O EBITDA ajustado da Euronext registou um aumento homólogo de 15% no primeiro trimestre de 2024 para 251,3 milhões de euros, que se traduziu numa margem EBITDA ajustada de 62,5%, mais 3,8 pontos percentuais relativamente ao primeiro trimestre de 2023.

A mesma tendência de subida foi registada na rubrica de “Serviços Avançados de Dados”, que alcançou um crescimento homólogo de 5,5%, atingindo 59,4 milhões de euros, “refletindo a crescente procura por dados de negociação de renda fixa e energia, bem como produtos analíticos”, justifica a Euronext em comunicado.

As contas da empresa liderada por Stéphane Boujnah mostram também uma diminuição de 2% das despesas operacionais subjacentes, excluindo depreciações e amortizações, para 150,7 milhões de euros, “refletindo a contínua disciplina de custos em um ambiente inflacionário e a liberação de algumas provisões de custos.”

Como resultado dessa situação, o EBITDA ajustado da Euronext registou um aumento homólogo de 15% no primeiro trimestre de 2024 para 251,3 milhões de euros, que se traduziu numa margem EBITDA ajustada de 62,5%, mais 3,8 pontos percentuais relativamente ao primeiro trimestre de 2023.

A atividade do primeiro trimestre ficou também marcada pela aquisição de 75% do capital da Global Rate Set Systems (GRSS) e pela conclusão da migração da negociação de derivados italianos para a plataforma Optiq, completando a integração dos mercados da Borsa Italiana no sistema de negociação da Euronext. “Este marco será o passo final para atingir o objetivo de 115 milhões de euros de sinergias de EBITDA até ao final de 2024”, refere a Euronext.

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Ensino superior privado formou meio milhão de portugueses em 25 anos

Instituições do ensino superior privado entendem que internacionalização deve ser um dos seus "desígnios primordiais" dos próximos anos, face à redução da população jovem portuguesa.

Meio milhão de portugueses fizeram a sua formação superior em instituições privadas, nos últimos 25 anos. O número é destacado pela Associação de Ensino Superior Privado (APESP), que sublinha que essas instituições já abrangem cerca de um quarto do total de alunos deste nível de ensino.

“Este setor, que representa cerca de 20% do total de alunos neste nível de ensino, está agora focado em responder aos desafios do futuro“, atira a associação, que identifica a internacionalização como um dos “desígnios primordiais” para a sustentabilidade do ensino superior em Portugal.

Isto tendo em conta a tendência de diminuição de população jovem portuguesa, estimando o presidente da APESP, António Almeida Dias, que a partir de 2030 haverá cada vez mais lugares nas universidades por ocupar por falta de estudantes. “Temos de olhar para a internacionalização como uma oportunidade de crescermos de forma sustentada“, insiste o responsável.

António Almeida Dias, convém explicar, acaba de ser reeleito para essa função. Tomou posse, assim como os restantes órgãos sociais da associação em causa (que representa 37 instituições do ensino superior privado e cooperativo) no arranque desta semana.

Ora, além da internacionalização, a nova direção da APESP realça como um dos objetivos para os próximos anos (em particular, para o próximo triénio) “a existência de maior rigor e respeito pela diversidade de projetos educativos na avaliação das instituições de ensino superior e dos ciclos de estudos, bem como o fim de quotas e restrições sem sentido na fixação de vagas”. “Existem muitos alunos estrangeiros que querem vir estudar e não tem sentido reduzirmos as vagas em resposta ao interesse corporativo. Já não formamos pessoas apenas para o mercado nacional”, referiu António Almeida Dias.

O responsável defendeu ainda que a avaliação da atividade de I&D “tem de ser pensada de outro modo, separando-a dos programas plurianuais de financiamento”, e não pode continuar a existir “discriminação no reconhecimento de graus estrangeiros pelo ensino privado”. “Se podemos conferir graus, também podemos reconhecê-los”, sublinhou.

Dois outros pontos “essenciais” para a APESP são o regime de contratação e carreira docente e de investigação e a revisão do regime jurídico das instituições de ensino superior, assinalou o mesmo responsável, que deixou, assim, o “caderno de encargos” do ensino superior privado ao ministro da Educação, Fernando Alexandre, que participou na referida cerimónia de tomada de posse.

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EUA agrava tarifas sobre veículos elétricos chineses (e não só)

  • Joana Abrantes Gomes
  • 14 Maio 2024

A meio ano das presidenciais, a administração Biden anunciou um aumento das taxas alfandegárias impostas por Trump em 2018 sobre vários produtos importados da China.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou esta terça-feira um aumento das taxas alfandegárias impostas aos produtos importados da China, com o agravamento mais significativo a ser aplicado sobre os veículos elétricos: dos atuais 25% vai para 100%, já a partir deste ano.

Em comunicado, a Casa Branca justifica a medida com a necessidade de proteger os fabricantes norte-americanos do que considera tratarem-se de “práticas comerciais injustas” do gigante asiático – que, através do Ministério do Comércio, já prometeu retaliar e instou os EUA a cancelar a subida das taxas.

Além dos automóveis elétricos, as barreiras comerciais sobre o maior concorrente dos Estados Unidos também aumentam em produtos como o aço e alumínio; baterias e suas componentes e minerais críticos; gruas portuárias; painéis solares; semicondutores; e equipamento de saúde.

No caso da taxa aduaneira sobre os produtos chineses de aço e alumínio, o aumento será de 0-7,5% para 25% já a partir deste ano, tal como para as gruas portuárias, as baterias de lítio para veículos elétricos, as componentes das baterias e os minerais críticos.

A taxa alfandegária aplicada aos semicondutores provenientes da China vai subir de 25% para 50% a partir de 2025, enquanto a dos painéis solares sofre um agravamento também de 25% para 50%, mas ainda este ano, e a do equipamento de saúde passa de 0% para 50%, igualmente até ao final de 2024.

Para 2026, estão previstos os aumentos das taxas sobre as baterias de lítio para automóveis movidos a combustível (de 7,5% para 25%) e os produtos de grafite natural e ímanes permanentes (de 0% para 25%).

De acordo com a Reuters, as novas medidas anunciadas pela Administração Biden, que representam mais um passo na guerra comercial entre as duas maiores potências económicas do mundo, afetam 18 mil milhões de dólares em produtos chineses importados.

Apesar do esforço por melhorar as relações diplomáticas com a China, os poucos meses que faltam para as eleições presidenciais de novembro, em que enfrentará novamente Donald Trump, são vitais para Joe Biden conseguir angariar votos em Estados onde a indústria tem maior peso e vê com bons olhos uma política protecionista radical contra o país asiático.

Foi, aliás, o ex-presidente Donald Trump que pôs em prática, a partir de 2018, uma série de aumentos de taxas alfandegárias sobre os produtos importados pelos EUA de outros países, incidindo sobretudo sobre os provenientes da China.

Em reação ao anúncio de Biden, o candidato republicano disse que o aumento das taxas alfandegárias deve ser estendido a outros tipos de veículos e produtos. “Têm de o fazer em muito mais do que os veículos elétricos“, afirmou Trump aos jornalistas, esta terça-feira, à entrada para o tribunal onde decorre o julgamento de um dos processos em que é arguido, em Nova Iorque.

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Câmara de Ourém pede ao Governo mais meios para prevenção de incêndios

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

"Nos últimos dois anos, contabilizaram-se mais de 160 ignições, tendo ardido uma área de cerca de 6.200 hectares", diz o autarca de Ourém.

O presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Albuquerque, pediu esta terça-feira mais meios para a prevenção dos incêndios e defendeu a necessidade de a Justiça castigar, “de forma real e efetiva”, quem “contribui para este flagelo”.

Na sessão de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para 2024, em Ourém, Luís Albuquerque apelou à ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, presente na iniciativa, para que reforce os meios de prevenção no concelho, “sob pena de, nos próximos meses, se as condições climatéricas forem desfavoráveis”, voltar a ser fustigado pelos incêndios.

Devemos também exigir que a Justiça castigue de forma real e efetiva quem contribui para este flagelo“, afirmou o autarca.

Ourém foi um dos concelhos mais atingidos por incêndios no verão de 2022, tendo o presidente do município apresentado ao anterior Governo um “caderno de encargos” de seis milhões de euros, que correspondem aos prejuízos provocados pelos fogos, “sem contar com a floresta”.

No discurso, o presidente daquela autarquia do distrito de Santarém adiantou que, “ano após ano, sucedem-se dezenas de ignições que quase sempre resultam em incêndios com consequências nefastas”.

Nos últimos dois anos, contabilizaram-se mais de 160 ignições, tendo ardido uma área de cerca de 6.200 hectares”, apontou, referindo que, “só neste período, ardeu, aproximadamente, 15% da área do concelho de Ourém”. Mas para o autarca, “pior do que os números, são as conclusões”, sustentando que “a maioria das ignições foram consideradas intencionais”.

Nos últimos dois anos, contabilizaram-se mais de 160 ignições, tendo ardido uma área de cerca de 6.200 hectares”, apontou, referindo que, “só neste período, ardeu, aproximadamente, 15% da área do concelho de Ourém.

Luís Albuquerque

Presidente da Câmara Municipal de Ourém

“Estamos a falar de crimes. Em termos numéricos, falamos de cerca de 65% de ignições intencionais em Ourém, quando a média nacional é de cerca de 29%”, apontou, sublinhando que a prevenção tem sido uma das principais preocupações do município. Elencando as medidas tomadas neste âmbito, Luís Albuquerque advertiu que “todo este esforço só poderá ter sucesso se a prevenção e vigilância forem reforçadas e dotadas de meios adequados para garantir a segurança de todos”.

Referindo-se às corporações de bombeiros do concelho (Ourém, Caxarias e Fátima) e duas secções destacadas (Freixianda e Espite), com “mais de 300 voluntários”, o autarca realçou que as associações humanitárias apresentam um “cenário que contrasta com aquele em que vive a maioria dos municípios, nos quais o número de voluntários tem diminuído drasticamente ao longo dos últimos anos”.

No caso de Ourém, as corporações “não só têm conseguido manter o número de voluntários, como até o têm conseguido aumentar nos últimos anos”, realçou.

Sobre a corporação de Fátima, revelou que “está finalmente em condições de avançar para a construção de um quartel digno e merecido”, sendo o apoio da Câmara Municipal Ourém na ordem dos dois milhões de euros. “Apelo à senhora ministra [para] que possa avaliar da disponibilidade de encontrar uma fonte de financiamento adicional” para a obra, prosseguiu.

Estamos a falar de crimes. Em termos numéricos, falamos de cerca de 65% de ignições intencionais em Ourém, quando a média nacional é de cerca de 29%.

Luís Albuquerque

Presidente da Câmara Municipal de Ourém

Ainda sobre Fátima, a cujo santuário acorrem milhões de pessoas todos os anos, Luís Albuquerque lembrou que a única operação suportada pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com o apoio do município, é a da peregrinação de 12 e 13 de maio.

“Ao longo do ano existem mais quatro grandes peregrinações que são suportadas” pela autarquia e que “também deveriam ter um apoio mais efetivo” da ANEPC, pois os encargos “são extremamente avultados”, defendeu o autarca.

No final, agradeceu aos mais de 300 bombeiros do concelho de Ourém, “extensível a todos os bombeiros” do país, por “serem os heróis silenciosos, que estão sempre prontos a intervir”.

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