Luxo “desaperta” calçado português, esmagado entre custos de produção e preços na exportação

Estudo da EY Parthenon traça roteiro para a indústria portuguesa disputar segmento de luxo com os italianos e escapar à “ameaça da sustentabilidade financeira”. Setor vira-se para EUA, Coreia e Japão.

O aumento dos custos de produção, associado à dificuldade de aumento do preço médio de venda, está a criar pressão sobre as margens e a ameaçar a sustentabilidade financeira das empresas portuguesas de calçado. O diagnóstico é feito pela consultora EY Parthenon no estudo de mercado “Os caminhos da indústria de calçado em direção ao luxo”, encomendado pela associação do setor (APICCAPS) para avaliar este mercado, identificar as oportunidades e traçar uma estratégia para a afirmação de Portugal neste segmento de maior valor acrescentado.

Na última década, em que o custo da mão-de-obra cresceu acima da produtividade e do preço médio de exportação do calçado nacional, triplicou para 38,9 euros a diferença de valor face ao maior concorrente neste segmento do luxo: subiu 88% em Itália (para 66,6 euros) e apenas 19% em Portugal (para 27,7 euros). Calcula a consultora que se os fabricantes nacionais tivessem acompanhado o ritmo italiano, teriam exportado mais quase 1.200 milhões de euros em 2023. Ou seja, quase daria para duplicar o saldo da balança comercial do setor.

Fonte: “Os caminhos da indústria do calçado português em direção ao luxo” (EY Parthenon)

A indústria portuguesa vendeu menos dez milhões de pares de calçado no estrangeiro durante o ano passado, com a redução das quantidades exportadas (-11,3%, para um total de 66 milhões de pares) a ser superior à perda de 8% em valor, em relação ao ano anterior. Já depois de ter perdido 56 empresas e 1.361 postos de trabalho em 2023, como o ECO noticiou em março, a falta de encomendas está a parar várias fábricas e a destruir empregos neste setor tradicional, com os empresários do cluster a admitirem que “em 30 anos nos sapatos nunca [viram] uma crise tão profunda”.

Com o setor a entrar num “momento de redefinição estratégica”, para reduzir os custos de produção, o documento que será apresentado esta quarta-feira numa conferência no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, sugere às empresas ganhar escala com a integração de vários players; aumentar a produtividade através de novos processos industriais; otimizar o custo da mão-de-obra subcontratando parte no exterior; e diminuir o custo das matérias-primas através de inovação do produto. Já para puxar pelo preço, além de explorarem outras geografias e “novas fases da cadeia de fornecimento”, resta-lhes explorar o segmento de luxo.

Um questionário realizado aos associados da APICCAPS mostra que 43% das empresas vendem ou já venderam calçado de luxo nos últimos cinco anos. Porém, a dificuldade começa logo em definir o preço de fronteira para este segmento. As empresas que vendem luxo — e têm um PVP médio de 344 euros — atiram para valores mais elevados do que aquelas que não o fazem, cujo PVP médio se fica pelos 228 euros. E porque não produzem sapatos de luxo? Por não o considerarem um “segmento interessante” (29%), inadequação do produto (18%), insuficiente atividade comercial (16%) e por considerarem o preço oferecido “demasiado baixo” (16%), respondem os empresários.

Preço ajuda a “roubar” fatia italiana no luxo

Em quantidades, a produção mundial de calçado é dominada pelos países asiáticos, sendo a China responsável por praticamente 55% do total. Já em valor, a análise da EY Parthenon estima que 8% do mercado global de 398 mil milhões de dólares (366 mil milhões de euros) é gerado pelo segmento de luxo. Em que Itália é “líder incontestável”, com uma quota de 53%, apesar de representar apenas 1% do mercado global. No entanto, garante neste estudo que “os produtores portugueses com mentalidade e know-how conseguirão entrar no mercado de luxo, oferecendo preços mais competitivos” do que o maior concorrente.

O setor do calçado em Portugal, que em 2022 tinha 1.468 empresas, 38.513 trabalhadores e faturava 2,6 mil milhões de euros, “oferece elevada reputação social e ambiental, bem como qualidade de produção e preços inferiores aos países europeus. Quer Portugal, quer Itália conseguem oferecer qualidade e reputação elevada, mas Portugal apresenta menores custos de produção”, descreve. No plano das remunerações, combinando um vencimento base de 875 euros com subsídios, prémios e trabalho suplementar de 129 euros, o salário médio bruto no setor ronda os 1.004 euros, segundo números da APICCAPS. Comparam com um valor ligeiramente inferior na restauração (978 euros), mas bastante superior na generalidade da indústria transformadora portuguesa (1.303 euros).

Do curto ao médio e longo prazo, a consultora sugere um caminho com três fases para o setor se conseguir posicionar em segmentos superiores:

  1. Entrar no cluster italiano (estabelecer relações diretas com fornecedores de marcas de luxo ou por meio de agentes para produção de componentes e produtos semiacabados)
  2. Produzir diretamente para marcas de luxo (estabelecer acordos de produção diretamente com as marcas)
  3. Elevar os “prodígios” (desenvolver marcas nacionais de calçado de luxo, fomentando o seu reconhecimento internacional, e utilizando-as como locomotiva da marca Made in Portugal)

Evolução do número de empresas e do emprego no setor do calçado

empresas emprego calçadoEntalado entre a perda do segmento médio para a cada vez mais sofisticada concorrência asiática e a inaptidão para fornecer os grandes volumes que exigem as principais marcas internacionais de moda, o setor aposta todas as fichas nos investimentos em curso e previstos no plano estratégico até ao final da década, avaliados em 600 milhões de euros. Abrangem áreas como automação, digitalização, sustentabilidade, internacionalização e qualificação dos trabalhadores — e é com eles que tem de ganhar a capacidade tecnológica que lhe permita ombrear com a concorrência nos segmentos de luxo.

Por outro lado, adverte o Centro de Estudos da Universidade Católica do Porto, no âmbito do Plano Estratégico Cluster do Calçado 2030, “o esforço de promoção internacional, seja ao nível da indústria, seja ao nível individual, carece de foco geográfico” nos mercados em crescimento. Calculando que “o mercado potencial do calçado português é constituído pelos consumidores que têm um rendimento igual ou superior à média do PIB per capita dos países da OCDE em 2020, ou seja, cerca de 38.500 dólares”, identifica 145 cidades no mundo que albergam mais de 500 mil clientes potenciais para o calçado português.

Localização das cidades com maior número de potenciais clientes

Fonte: Plano Estratégico Cluster do Calçado 2030

Segundo a “nova abordagem” proposta pela Universidade Católica, cerca de dois terços dos investimentos do setor deverão centrar-se na Europa e nos EUA, embora também identifique oportunidades na Coreia do Sul e no Japão. Já a partir de julho e num calendário que se estende até ao final do primeiro trimestre do próximo ano, a APICCAPS tem missões empresariais agendadas precisamente para Seul (Coreia do Sul), Atlanta (EUA) e Tóquio (Japão).

A qualidade dos nossos produtos tem de atingir patamares superiores, irrepreensíveis, para que possamos chegar aos mais exigentes mercados.

Luís Onofre

Presidente da APICCAPS

Luís Onofre, que em janeiro deste ano foi reeleito para um novo mandato à frente da associação empresarial sediada no Porto, aponta ao “reforço muito substancial” da presença internacional e dramatiza que “a qualidade dos produtos [nacionais] tem de atingir patamares superiores, irrepreensíveis, para que possa chegar aos mais exigentes mercados”. “Acredito que é possível voltarmos a dar um salto qualitativo”, acrescenta o empresário de Oliveira de Azeméis.

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Governo propõe aumento de 300 euros aos polícias, a serem pagos até 2026

  • Lusa
  • 4 Junho 2024

Os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026.

O Governo propôs esta terça-feira um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que será pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento dos atuais 100 para 400 euros.

Segundo a proposta, que está a ser apresentada pela ministra da Administração Interna aos sindicatos da PSP e associações da GNR, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros em julho e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano. Com esta proposta, a que Lusa teve acesso, a vertente fixa do atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança passa dos 100 para os 400 euros, mantendo a vertente variável de 20% do ordenado base dos militares da GNR e polícias da PSP.

Inicialmente, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, começou por se reunir com os sete sindicatos da PSP, mas ao fim da tarde as cinco associações da GNR juntaram-se à reunião, estando reunidos em conjunto. Entretanto, a Associação Sindical Autónoma de Polícia, que não faz parte da plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, abandonou as negociações por não concordar com a proposta.

Esta é a quarta proposta que a ministra da Administração Interna apresenta aos sindicatos da PSP e associações da GNR.

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Fundo de Resolução paga 128,7 milhões de euros por 4,14% do Novobanco

  • ECO
  • 4 Junho 2024

O Fundo de Resolução decidiu comprar ao Estado os direitos de conversão previstos no regime dos ativos por impostos diferidos.

O Fundo de Resolução (FdR) pagou 128,67 milhões de euros por 4,14% do capital do Novobanco, de acordo com um comunicado da entidade que funciona junto ao Banco de Portugal e é liderada pelo vice-governador, Luís Máximo dos Santos. Com esta decisão, o FdR “incrementará a sua participação para 13,54% do capital social” do banco, acrescenta uma outra nota enviada ao mercado.

A participação do FdR no Novobanco começou por ser de 25% quando a instituição foi vendida ao fundo norte-americano Lone Star em 2017. Desde então a posição tem sido diluída através do regime especial aplicável aos ativos por impostos diferidos (REAID), com os créditos tributários a darem direitos de conversão ao Estado, que assim já atingiu uma participação de 11,46% no Novobanco.

Este ano, e pela primeira vez, o FdR decidiu comprar esses direitos de conversão, atribuídos às contas do banco em 2020, e evitou ver diluída a sua participação no Novobanco ao ponto de se tornar o terceiro acionista depois do Estado (através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças) e do Lone Star (que mantém intacta a posição de 75%).

O aumento do capital, no valor dos diretos de conversão de 128,675 milhões de euros, dá ao FdR o “direito a 480.485.318 ações ordinárias representativas do capital social do Novo Banco, o que corresponderá, na sequência da conversão, a 4,14% do capital do banco”, indica o comunicado. O “exercício do direito potestativo nesta concreta situação apresenta sólida justificação económica e financeira”, refere o FdR sem mais detalhes.

No final de 2022, o último relatório e contas disponível da entidade, a dívida do FdR ao Estado era de 6.382,9 milhões de euros e de 1.129 milhões junto de sete instituições de crédito nacionais.

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Governo afasta vice-presidente do IEFP

  • ECO
  • 4 Junho 2024

Bernardo Santos e Sousa estava quase a completar o primeiro anos de mandato, mas agora sai sem direito a indemnização. O ECO questionou o Governo mas a tutela preferiu não fazer comentários.

O Governo afastou Bernardo Santos e Sousa do cargo de vice-presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), de acordo com a notícia avançada esta terça-feira pelo Jornal de Negócios. O ECO questionou o Ministério do Trabalho (MTSSS) sobre esta demissão, mas a tutela não quis comentar.

O responsável, que tinha sido nomeado pelo Executivo de António Costa, tinha uma comissão de serviço por cinco anos, sendo que o primeiro ano terminava em junho. Agora exonerado, Bernardo Santos e Sousa sai sem direito a uma indemnização uma vez que não terminou o primeiro ano de mandato, avança o jornal. Questionado pelo Negócios, fonte oficial do MTSSS não justificou a decisão nem explicou o que acontecerá aos restantes membros do Conselho Diretivo, tendo optado por não fazer comentários.

Esta é mais uma do rol de demissões levadas a cabo pelo Governo desde que Luís Montenegro tomou posse. Esta segunda-feira, o Ministério da Economia dissolveu administração da AICEP, mas antes disso já tinham sido afastados outros dirigentes de instituições públicas, nomeadamente, Ana Jorge, provedora da Santa Casa da Misericórdia ou a presidente do Instituto da Segurança Social, Ana Vasques.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 70 milhões

  • ECO
  • 4 Junho 2024

O prémio desta terça-feira ronda os 70 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 70 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido totalistas no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 4 de junho:

Números: 6, 7, 9, 14 e 43

Estrelas: 3 e 4

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Sumol Compal apresenta nova imagem pela mão da Unlock Brands

  • + M
  • 4 Junho 2024

A Unlock Brands foi a responsável pelo processo criativo de restyling da Sumol Compal. O símbolo “+”, patente no antigo logótipo, deixa de existir com este rebranding.

Visando afirmar uma cultura corporativa mais integrada da empresa e projetá-la como uma identidade de escala global, a Sumol Compal adotou uma nova identidade visual.

A adoção da nova identidade visual da Sumol Compal é um passo evolutivo na afirmação da organização como uma empresa única. Hoje, decorrida mais de uma década, desde a fusão entre a Sumol e a Compal, a empresa transcende a soma das partes. O compromisso com uma cultura mais integrada é um eixo importante na consolidação e no crescimento da Sumol Compal em todos os mercados, locais e internacionais, em que está presente“, explica Rita Russo, gestora de sustentabilidade e comunicação da Sumol Compal.

A Unlock Brands foi a responsável pelo processo criativo de restyling da Sumol Compal, empresa que está presente em mais de 50 mercados internacionais.

O novo logótipo, que visa afirmar a Sumol Compal como uma “house of brands“, evoluiu “a partir da identidade da organização, atribuindo-lhe um cunho mais moderno e assertivo”, explica-se em nota de imprensa.

O símbolo “+”, patente no antigo logótipo para cumprir o propósito de reforçar a soma de duas companhias quando a Sumol adquiriu a Compal, deixa de existir com este rebranding. Já as novas cores, presentes no novo logo, “representam diversidade, dinamismo, criatividade e transformação“, acrescenta-se.

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OpenAI e Associação Mundial de Jornais colaboram em programa para integrar IA nas redações

  • + M
  • 4 Junho 2024

No total são 128 as redações da Europa, Ásia-Pacífico, sul da Ásia e América Latina que vão beneficiar deste programa onde a OpenAI vai proporcionar financiamento e assistência técnica.

Ladina Heimgartner (presidente WAN-IFRA), Tom Rubin (diretor de propriedade intelectual e conteúdo da OpenAI) e Vincent Peyrègne (CEO WAN-IFRA).Camilla Vodstrup/WAN-IFRA

A Associação Mundial de Jornais (WAN-IFRA) e a OpenAI, criadora do ChatGPT, encontram-se a colaborar num programa para “acelerar” a exploração e integração de inteligência artificial (IA) nas redações de mais de uma centena de jornais a nível global. O objetivo passa por ajudar as redações a adotar e implementar IA no seu trabalho, de forma a aumentar a eficiência e a criação de “conteúdo de qualidade”.

Este programa “intensivo” combina orientação especializada com experiência prática, equipando as redações com o “conhecimento e ferramentas necessárias para impulsionar iniciativas estratégias de IA”, refere-se em comunicado.

No total são 128 as redações da Europa, Ásia-Pacífico, sul da Ásia e América Latina que vão beneficiar deste programa onde a OpenAI vai proporcionar financiamento e assistência técnica.

As empresas de notícias a nível global têm vindo a ser submetidas à pressão do declínio das receitas da publicidade e das subscrições das versões impressas. A adversidade que enfrentam deixa as comunidades sem acesso a uma base de factos e valores partilhados, e colocam a própria democracia em risco. As tecnologias de inteligência artificial têm o potencial de influenciar positivamente a sustentabilidade das organizações de notícias“, diz Vincent Peyregne, CEO da WAN-IFRA, citado em comunicado.

Estou muito satisfeito com o apoio da OpenAI para ajudar as redações na adoção de tecnologias de inteligência artificial para proporcionar jornalismo de qualidade, que é a pedra angular do nosso negócio“, acrescenta.

“Estamos entusiasmados por colaborar com a WAN-IFRA e redações de todo o mundo para cultivar um ecossistema saudável e sustentável que promova o jornalismo de qualidade”, refere por sua vez Tom Rubin, diretor de propriedade intelectual e conteúdo da OpenAI.

O programa, com a duração de três meses por equipa, incluiu módulos de aprendizagem, workshops práticos, uma “mini maratona de programação” e um “show case”. A WAN-IFRA vai disponibilizar “brevemente” mais detalhes relacionados com o programa, datas, elegibilidade e processo de candidaturas ao programa.

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Prio lança passatempo para levar fãs a festivais de verão

  • + M
  • 4 Junho 2024

Os vencedores contam com transporte e passe completo para os festivais. As viagens são uma "experiência exclusiva", com a presença de um artista que vai atuar no evento.

“Prio Like a Bus” é o nome do passatempo lançado pela marca Prio que vai permitir a deslocação e entrada em três festivais a dezenas de fãs. Este ano, o “Prio Like a Bus” levará festivaleiros ao Sumol Summer Fest (que decorre nos dias 5 e 6 de julho), ao Super Bock Super Rock (18 a 20 de julho) e ao Festival Sudoeste (7 a 10 de agosto).

Os vencedores do passatempo vão assim contar com transporte de ida e volta para os festivais e passe completo para todos os dias do festival a que concorreram. Mas as próprias viagens são uma “experiência exclusiva”, uma vez que têm a presença de um artista que vai atuar no festival.

A viagem para o Sumol Summer Fest conta tem Nenny a bordo, enquanto os Capitão Fausto marcam presença na deslocação para o Super Bock Super Rock. Já Van Zee acompanha os vencedores do passatempo na viagem até ao Festival Sudoeste.

O formato do passatempo mantém as suas características, pelo que os vencedores (denominados “bosses”) formam uma “crew” com mais três amigos. No total, cada festival contará com sete crews sendo que este ano uma delas sairá de uma das universidades onde a energética levou o passatempo durante o mês de maio (Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Instituto Politécnico do Porto – Escola Superior de Saúde, Universidade Portucalense, Universidade da Maia, Instituto Politécnico do Porto – Instituto Superior de Engenharia do Porto e na Universidade do Minho).

Para participar no concurso, basta seguir as páginas da Prio e da Universal Music Portugal no Instagram, tirar uma foto de grupo original com os membros da sua crew e preencher um formulário, que vai sendo disponibilizado aqui. As fotos vencedoras serão selecionadas por um júri conjunto da Prio e da Universal Music Portugal.

O passatempo relativo ao Sumol Summer Fest 2024 já está a decorrer, aceitando participações até esta quarta-feira, 5 de junho. Ao longo das próximas semanas são lançados os passatempos relativos ao Super Bock Super Rock e ao Festival Sudoeste.

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Humanidade esgota a 1 de agosto recursos do planeta para 2024

  • Lusa
  • 4 Junho 2024

A humanidade vai usar em sete meses o que a Terra demora 12 meses a regenerar, segundo cálculos da organização internacional para a sustentabilidade Global Footprint Network.

A humanidade vai esgotar a 1 de agosto os recursos naturais que a Terra tem capacidade para renovar durante este ano, segundo cálculos da organização internacional para a sustentabilidade Global Footprint Network divulgados esta terça-feira.

De acordo com a organização, a humanidade vai usar em sete meses o que a Terra demora 12 meses a regenerar. Comparativamente com 2023, o esgotamento dos recursos – que marca o Dia da Sobrecarga da Terra – será antecipado em um dia em 2024.

Tal se deve, em parte, a uma ligeira redução nas emissões de carbono que é sobrecompensada por um nível menor de sequestro de carbono pelos oceanos, segundo uma nota da Global Footprint Network, divulgada na véspera do Dia Mundial do Ambiente.

Portugal esgotou em 28 de maio os seus recursos deste ano e começou a usar os de 2025, de acordo com a mesma organização.

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Tribunal declara insolventes três empresas de grupo de mármores no Alentejo

  • Lusa
  • 4 Junho 2024

As sentenças foram publicitadas nas instalações da Marmetal, Margrimar e ALA de Almeida. Os requerentes da insolvência das empresas são trabalhadores com salários em atraso.

Três empresas de um grupo de extração e transformação de mármore com sede em Borba, no distrito de Évora, foram declaradas insolventes pelo tribunal, segundo os editais afixados esta terça-feira nas respetivas instalações. As sentenças foram publicitadas em editais afixados nas instalações da Marmetal, assim como nas empresas deste grupo, a Margrimar, também com sede no concelho de Borba, e a ALA de Almeida, com instalações no concelho vizinho de Vila Viçosa.

Contactado pela Lusa, o advogado do grupo Marmetal, Ricardo Bacalhau, escusou-se, para já, a prestar declarações sobre a decisão do tribunal, alegando estar ainda a analisar as sentenças. Os requerentes da insolvência das empresas são trabalhadores com salários em atraso.

De acordo com os editais, as sentenças de declaração de insolvência das três empresas foram proferidas, na madrugada de domingo, pelo Juízo de Competência Genérica de Vila Viçosa do Tribunal Judicial da Comarca de Évora. Para administrador de insolvência, pode ler-se nos documentos, foi designado Rui Jorge Soares da Silva de Castro Lima.

“Ficam advertidos os devedores do insolvente de que as prestações a que estejam obrigados deverão ser feitas ao administrador da insolvência e não ao próprio insolvente”. O tribunal também avisa “os credores do insolvente de que devem comunicar de imediato ao administrador de insolvência a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem”.

O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias. Em janeiro deste ano, pelo menos 30 dos cerca de 40 trabalhadores do grupo empresarial, dispersos pelas três empresas, suspenderam os contratos laborais por salários em atraso. Na altura, Nelson Curvo, funcionário de uma das empresas, indicou à Lusa que os trabalhadores tinham em atraso os vencimentos de outubro, novembro e dezembro de 2023 e o subsídio de Natal daquele ano.

Também nessa altura, o advogado Ricardo Bacalhau reconheceu que existiam salários em atraso e que este grupo estava a “atravessar alguns problemas financeiros”, devido à crise no setor e a entraves na obtenção de crédito junto da banca.

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Dívida pública global atinge recorde de 89 biliões de euros em 2023

  • Lusa
  • 4 Junho 2024

Em relação a 2022, o valor em dívida aumentou cerca de 5,6 biliões de euros.

A dívida pública global atingiu um recorde de 97 biliões de dólares (cerca de 89 biliões de euros) em 2023, indicaram esta terça-feira as Nações Unidas, detalhando que os países em desenvolvimento são responsáveis por um terço deste montante. Em relação a 2022, o valor em dívida aumentou cerca de 5,6 biliões de euros.

Num relatório, as Nações Unidas referiram que um em cada três países em desenvolvimento está a gastar mais dinheiro com o pagamento de juros do que em programas para “áreas críticas do desenvolvimento humano”, como cuidados de saúde, educação e ação climática.

Em 2023, a dívida pública destes países representou 29 biliões de dólares (quase 27 biliões de euros), o que corresponde a cerca de 30% do total.

“Os países em desenvolvimento não devem ser forçados a escolher entre servir a sua dívida e servir o seu povo”, sublinhou o relatório “Mundo da Dívida — A arquitetura financeira internacional deve mudar para garantir a prosperidade futura para as pessoas e para o planeta”.

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Negócio de automóveis da Auto Sueco vendido à Carclasse e à Gocial

A operação incluía seis concessionários da Volvo, que representa ainda Mazda, Honda, Jaguar e Land Rover. Carclasse ficou com quatro e a Gocial com os dois no Grande Porto.

O Grupo Nors já tem compradores para a operação da Auto Sueco Automóveis, a empresa do grupo que atua no mercado de retalho de automóveis ligeiros de passageiros em Portugal, composta por seis concessionários da Volvo. Segundo as notificações enviadas à Autoridade da Concorrência (AdC), a Carclasse comprou os pontos de venda de Braga, Lisboa e Setúbal e a Gocial adquiriu os dois concessionários localizados no Grande Porto (Porto e Gaia).

A Carclasse comprou o “Bloco Minho e Grande Lisboa da Auto Sueco – ativo no setor da comercialização de automóveis ligeiros, novos e usados, e de peças e acessórios para os mesmos, bem como na prestação de serviços de reparação e manutenção de automóveis nas suas oficinas localizadas em Braga, Almada, Queluz e Guimarães”, notificou a empresa à AdC.

Já os restantes concessionários colocados à venda em novembro do ano passado foram comprados pela Gocial, integrando os “dois concessionários ativos na comercialização de automóveis ligeiros, novos e usados, e de peças e acessórios para os mesmos, bem como na prestação de serviços de reparação e manutenção de automóveis nas suas oficinas na Região do Grande Porto (Porto e Gaia)”, refere a notificação à AdC.

Em declarações ao ECO, o grupo liderado por Tomás Jervell (na foto) confirmou que “decidiu focar a sua atividade nos setores da mobilidade pesada (camiões e autocarros), dos equipamentos de construção e dos equipamentos agrícolas, definidos como estratégicos para os próximos anos”.

Com cerca de 190 funcionários em Portugal, a operação da Auto Sueco Automóveis englobava seis concessionários localizados de norte a sul do país – em Braga, Guimarães, Porto, Vila Nova de Gaia, Queluz e Almada –, representando as marcas Volvo, Mazda, Honda, Jaguar e Land Rover.

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