Portugal tem pior resultado de sempre no Índice de Perceção da Corrupção

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

O país caiu nove lugares no Índice de Perceção da Corrupção 2024 e obteve o seu pior resultado de sempre, devido a casos como a Operação Influencer. Partilha o 43.º lugar com o Botswana e o Ruanda.

Portugal caiu nove lugares no Índice de Perceção da Corrupção 2024 e obteve o seu pior resultado de sempre, “particularmente impulsionado pela perceção de abuso de cargos públicos para benefícios privados”, em casos como a Operação Influencer.

O índice da Transparência Internacional, publicado desde 2012 e no qual Portugal está em “declínio contínuo desde 2015”, coloca Portugal na 43.ª posição entre os 180 países avaliados, nove lugares abaixo da 34.ª posição de 2023, com 57 pontos numa escala de 0 (Estados altamente corruptos) a 100 (elevada integridade dos Estados no combate à corrupção).

No índice, Portugal partilha o 43.º lugar com o Botswana e o Ruanda, mas fica mais bem colocado do que parceiros europeus como Espanha e Itália.

“A descida de Portugal foi impulsionada pela deterioração das avaliações de várias fontes utilizadas no cálculo deste Índice. O declínio foi particularmente impulsionado pela perceção de abuso de cargos públicos para benefícios privados e por fragilidades nos mecanismos de integridade pública para evitar esse abuso”, lê-se no comunicado do ramo português da Transparência Internacional sobre os resultados nacionais no Índice global.

“O desempenho de Portugal foi um dos piores da Europa Ocidental, com uma queda de quatro pontos na pontuação e a perda de nove posições no ranking global”, destaca a organização.

Entre os fatores que contribuíram para a degradação da posição de Portugal está, segundo a Transparência Internacional Portugal (TI Portugal), uma avaliação negativa da eficácia do país no combate à corrupção, funcionamento de instituições públicas e aplicação da lei.

Outros fatores são uma frágil aplicação da lei anticorrupção e supervisão do setor público, “incluindo lacunas na prevenção de conflitos de interesse e na declaração de bens por políticos”; e ainda situações de nepotismo, favoritismo político e falta de transparência no financiamento partidário.

A TI Portugal aponta ainda a classificação “abaixo da média europeia” no que diz respeito à perceção de corrupção no setor público e refere “escândalos recentes, como por exemplo, a Operação Influencer” como justificação para “o aumento da perceção de corrupção nas ligações entre política e negócios”.

A organização refere ainda “fragilidades persistentes na luta contra a corrupção” e alerta que, apesar de novos mecanismos legais, “a perceção internacional indica que a implementação e fiscalização continuam aquém do necessário”.

“Há falhas reconhecidas na implementação da estratégia anticorrupção do Governo, bem como falta de recursos para monitorizar o executivo. Portugal tem agora o desafio de demonstrar progressos concretos na implementação de reformas, para evitar que a sua posição continue a deteriorar-se nos próximos anos e para recuperar a confiança internacional na integridade do seu setor público”, lê-se no comunicado da TI Portugal.

Citada no comunicado, a presidente da representação portuguesa da TI, Margarida Mano, sublinha que os resultados “servem de alerta para o dano reputacional que Portugal está a sofrer por não ter uma ação eficaz na luta contra a corrupção”.

“O pior resultado de sempre deve-se em primeiro lugar a uma componente cumulativa. Portugal tem identificados problemas estruturais que não vêm a ser corrigidos, com impacto e desgaste ao longo do tempo, revelando falta de compromisso político e baixa eficácia nas ações desenvolvidas”, defende Margarida Mano no comunicado.

A responsável identifica ainda circunstâncias conjunturais, como a Operação Influencer, “com impacto na perceção da integridade no setor público, que contribuem para este resultado”. “O caminho para melhorar a reputação de Portugal no combate à corrupção é só um: assumir o compromisso efetivo e agir”.

Há falhas reconhecidas na implementação da estratégia anticorrupção do Governo, bem como falta de recursos para monitorizar o executivo. Portugal tem agora o desafio de demonstrar progressos concretos na implementação de reformas, para evitar que a sua posição continue a deteriorar-se nos próximos anos e para recuperar a confiança internacional na integridade do seu setor público.

Transparência Internacional Portugal

A TI Portugal defende que “falta clareza e compromisso político” na estratégia anticorrupção, que “carece de metas concretas, convicção e empenho político”, e falta celeridade na justiça, apelando à aceleração processual, à simplificação de megaprocessos e ao combate a expedientes dilatórios e à prescrição por atrasos processuais.

Diz ainda que falta fiscalização, pedindo ferramentas para maior transparência e escrutínio no setor público, assim como falta regulamentar o lobbying, uma medida que está prevista no âmbito da agenda anticorrupção do atual executivo.

A TI Portugal defende que organismos como a Entidade para a Transparência e o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) devem ter um reforço financeiro e autonomia orçamental que garanta uma atuação “eficaz e independente”.

“Por fim, o controlo de património e rendimentos dos políticos deve ser mais rigoroso. Para evitar conflitos de interesse e garantir uma administração pública íntegra, é essencial fortalecer o regime de impedimentos, aumentar a transparência nos critérios de seleção para cargos públicos e combater o fenómeno das “portas giratórias” entre setores políticos e privados”, lê-se no comunicado.

O Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla inglesa) foi criado em 1995 e revisto em 2012 para permitir comparações da evolução anual, sendo composto por fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes com o objetivo de avaliar níveis de corrupção no setor público.

“A Transparência Internacional Portugal (Transparência e Integridade, Associação Cívica) é a representante portuguesada Transparency International, coligação global anticorrupção presente em mais de 100 países, e dedica-se à investigação, advocacia e sensibilização sobre as causas e consequências da corrupção e da má governação”, de acordo com a apresentação da TI Portugal.

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Tarifas americanas às importações de aço e alumínio arrancam a 12 de março

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

As tarifas de 25% impostas às importações de alumínio e aço pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão entrar em vigor em 12 de março.

As tarifas de 25% impostas às importações de alumínio e aço pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão entrar em vigor em 12 de março.

“Estou a simplificar as nossas tarifas sobre o aço e o alumínio para que todos entendam o que isto significa. São 25%, sem exceções ou isenções. E isto é para todos os países”, disse o republicano aos jornalistas na Casa Branca.

Isto apesar do magnata ter dito, na mesma ocasião, que irá considerar uma isenção tarifária sobre as importações de aço e alumínio da Austrália, após um telefonema com o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

Citando riscos para a “segurança nacional”, Trump anunciou, posteriormente, em decretos a aplicação das novas regras “a partir de 12 de março”.

“São abrangidas todas as importações de artigos de aço e derivados de aço provenientes da Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, países da União Europeia, Japão, México, Coreia do Sul e Reino Unido”, indica um dos textos. A outra ordem tem como alvo “todas as importações de alumínio e artigos derivados de alumínio da Argentina, Austrália, Canadá, México, países da União Europeia e Reino Unido”.

Canadá prepara resposta “clara e calibrada”

O ministro da Indústria do Canadá, François-Philippe Champagne, garantiu que o país vai responder às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de alumínio e aço, que descreveu como “totalmente injustificadas”.

“Estamos a consultar os nossos parceiros internacionais enquanto trabalhamos nos detalhes. A nossa resposta será clara e calibrada”, acrescentou Champagne, numa breve declaração publicada nas redes sociais na noite de segunda-feira.

Cerca de 58% de todo o alumínio que os EUA compram no estrangeiro provém do Canadá, que é também responsável por 23% de todas as importações norte-americanas de aço. No sentido contrário, 40% das importações de aço canadianas são provenientes dos EUA.

A Associação de Produtores de Aço do Canadá alertou que as tarifas vão significar a perda de centenas de empregos.

Também na segunda-feira, Trump garantiu que nas próximas quatro semanas vai realizar reuniões para analisar novas tarifas e deu como exemplos os veículos, os semicondutores e os produtos farmacêuticos.

No domingo, Trump tinha prometido que iria anunciar, “provavelmente terça ou quarta-feira”, medidas alfandegárias recíprocas em relação a produtos que são taxados nos parceiros comerciais norte-americanos.

Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), o líder norte-americano impôs tarifas de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio, mas depois concedeu quotas isentas de impostos a vários parceiros comerciais, incluindo o Canadá, o México, a Austrália e o Brasil.

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Grupo liderado por Musk oferece 97 mil milhões de dólares para comprar OpenAI

  • Lusa
  • 11 Fevereiro 2025

CEO da criadora do ChatGPT recusou de imediato a oferta: "Não, obrigado, mas podemos comprar o Twitter por 9,74 mil milhões de dólares se quiserem." "Escroque", respondeu Elon Musk na rede social X.

Um grupo de investidores liderado por Elon Musk anunciou esta segunda-feira uma oferta de mais de 97 mil milhões de dólares para comprar a OpenAI, mas o CEO da empresa de inteligência artificial (IA), Sam Altman, recusou imediatamente a proposta.

Musk e a sua própria startup de IA, xAI, e um consórcio de empresas de investimento dizem que querem comprar o fabricante do ChatGPT e revertê-lo para a sua missão de caridade como um laboratório de investigação sem fins lucrativos, de acordo com o advogado de Musk, Marc Toberoff.

Segundo o The Wall Street Journal, o consórcio liderado por Elon Musk ofereceu 97,4 mil milhões de dólares (cerca de 94,4 mil milhões de euros) ao conselho de administração pela aquisição da entidade.

A oferta não solicitada surge no momento em que o CEO da OpenAI tenta angariar dinheiro e transformar a sua startup numa empresa com fins lucrativos.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, rejeitou rapidamente esta proposta, através da rede social X de Musk, apontando: “Não, obrigado, mas podemos comprar o Twitter por 9,74 mil milhões de dólares se quiserem”. “Escroque”, respondeu o homem mais rico do mundo.

Elon Musk, um dos cofundadores da OpenAI, ataca regularmente Sam Altman, a quem acusa de ter pervertido a missão inicial da startup, focada no desenvolvimento racional da IA.

Marc Toberoff disse ao WSJ que entregou a oferta de aquisição não solicitada ao conselho da OpenAI, divulgando também uma declaração em nome do seu cliente, dono da Tesla e da SpaceX e membro do Governo de Donald Trump.

A oferta, que não é dirigida à OpenAI, mas sim à organização sem fins lucrativos que a controla, surge após relatos de que a OpenAI planeia transformar-se parcialmente numa empresa comercial em 2025 para angariar mais capital para desenvolver os seus serviços de IA.

A OpenAI é uma das empresas envolvidas no projeto de desenvolvimento de infraestruturas de IA Stargate, de 500 mil milhões de dólares, anunciado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.

Musk, um dos primeiros investidores e membro do conselho da OpenAI, processou a empresa de IA no ano passado, primeiro num tribunal estadual da Califórnia e depois num tribunal federal, alegando que esta tinha traído os seus objetivos fundadores como laboratório de investigação sem fins lucrativos em benefício do bem público.

Musk e os advogados da OpenAI enfrentaram-se num tribunal federal da Califórnia na semana passada, enquanto um juiz avaliava o pedido de Musk para uma ordem judicial que impediria o fabricante do ChatGPT de se converter numa empresa com fins lucrativos.

A juíza distrital dos EUA, Yvonne Gonzalez Rogers, ainda não se pronunciou sobre o pedido de Musk, mas disse em tribunal que seria arrojado da parte de Musk alegar que será irreparavelmente prejudicado se a justiça não impedir a OpenAI de prosseguir com a sua transição planeada para se tornar uma corporação com fins lucrativos.

Mas a juíza também levantou preocupações sobre a OpenAI e a sua relação com a parceira de negócios Microsoft e disse que não impediria que o caso fosse a julgamento já no próximo ano para que um júri pudesse decidir.

“É plausível que o que Musk está a dizer seja verdade. Nós vamos descobrir. Ele vai sentar-se no banco das testemunhas”, frisou a juíza.

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Bayer lança campanha de sensibilização para a saúde ocular em Sevilha

  • Servimedia
  • 11 Fevereiro 2025

A capital será a primeira paragem de uma digressão que visitará várias cidades espanholas nas próximas semanas.

A Bayer inaugurou em Sevilha a campanha nacional de sensibilização “Visão sobre Rodas”, uma iniciativa destinada a sensibilizar para o impacto de doenças oftalmológicas como a Degenerescência Macular Neovascular Relacionada com a Idade (DMRI) e o Edema Macular Diabético (EMD), que afetam mais de meio milhão de pessoas em Espanha.

Através de um autocarro itinerante, “Vision on Wheels” levará a sensibilização para as ruas, oferecendo a possibilidade de exercícios visuais e informações e ferramentas para melhorar a gestão destas doenças. No autocarro, os visitantes poderão ver o documentário “Enfocados”, realizado em colaboração com a Associação Macula Retina e a Sociedade Espanhola de Retina e Vítreo (SERV), que procura, através de vários testemunhos, aumentar o conhecimento destas patologias, explorando em profundidade as experiências dos doentes e a importância do diagnóstico e tratamento precoces. Para além disso, os visitantes poderão conhecer o concurso de fotografia “Miradas que perduran”, que será organizado este ano para promover a sensibilização para a saúde ocular.

“As doenças oftalmológicas afetam milhões de espanhóis, mas são muitas vezes invisíveis. Precisamos de promover iniciativas de sensibilização e, por isso, movimentos como o ‘Vision on Wheels’ são vitais para dar a conhecer o desafio que estas doenças representam e as necessidades ainda não satisfeitas dos doentes”, afirmou Jacinto Zulueta, presidente da Associação Macula Retina.

“Na Bayer, há mais de 10 anos que nos comprometemos com os doentes de oftalmologia, com os profissionais de saúde e com todo o sistema, a fim de proporcionar inovações que melhorem a vida das pessoas e reduzam os encargos com os cuidados de saúde. Com esta iniciativa, estamos a dar mais um passo em frente e a levar este compromisso para as ruas de Espanha para sensibilizar para a importância da saúde ocular e apoiar os doentes”, afirmou Íngrid Pallàs, Diretora de Oftalmologia da Bayer.

“A DMRI e a MDE têm um grande impacto na vida dos doentes e dos seus cuidadores, mas graças à inovação, conseguimos melhorar muito a sua qualidade de vida. Atualmente, dispomos de terapêuticas que nos permitem prolongar significativamente os intervalos entre tratamentos, o que é uma excelente notícia não só para os doentes e as suas famílias, mas também para os profissionais de saúde e para o sistema, devido à redução dos encargos com os cuidados de saúde que podem implicar”, afirmou o Dr. Ernesto Pereira, oftalmologista especializado em retina do Hospital Universitário Virgen de Valme, em Sevilha.

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O talento de “The Core” brilha nos Prémios Goya 2025 com dois dos seus profissionais premiados

  • Servimedia
  • 11 Fevereiro 2025

Duas professoras de "The Core", Pilar Sancho e María Rodríguez-Mora, participaram em projetos premiados dos Prémios Goya, reafirmando a ligação da instituição com a indústria audiovisual.

A qualidade académica e profissional de “The Core”, a instituição educativa de estudos superiores audiovisuais pertencente à Planeta Formación y Universidades, foi reconhecida na XXXIX edição dos Prémios Goya, com dois dos seus membros ligados aos projetos premiados nesta última edição dos prémios mais importantes do cinema espanhol.

Pilar Sancho, professora do Mestrado em Direção de Arte, foi galardoada com o prémio de Melhor Curta-Metragem Documental por “Seeds of Kivu”, uma obra que se centra nas histórias de superação na República Democrática do Congo.

Por outro lado, a professora do ciclo de Som, María Rodríguez-Mora, fez parte da equipa de ‘Cafuné’, a curta-metragem de animação que ganhou o Prémio Goya para Melhor Curta-Metragem de Animação.

A entidade indicou que estes prémios reforçam o papel de “The Core” como “uma referência” na formação de profissionais da indústria audiovisual, com um modelo educativo baseado na ligação ao setor e na aprendizagem com especialistas ativos.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 11 de fevereiro

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2025

Ao longo desta terça-feira, 11 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“A Casa Ermelinda Freitas tem apostado imenso em receber bem o turismo”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 11 Fevereiro 2025

A CEO da Casa Ermelinda Freitas, Leonor Freitas, explica como o enoturismo é uma importante ferramenta para promover a marca e impulsionar o negócio.

Leonor Freitas, CEO da Casa Ermelinda Freitas, tem focado o desenvolvimento da empresa no enoturismo, uma vertente que atrai turistas à adega para conhecer a produção e degustar os vinhos da casa. Ao visitar a adega, os turistas não só vivenciam a tradição e a qualidade dos vinhos, mas levam também para casa uma parte essencial da Casa Ermelinda. O enoturismo é, assim, uma importante ferramenta para promover a marca e impulsionar o negócio.

O que é o projeto Eu conto com o Turismo?

Um empresário do têxtil, uma varina da Nazaré, um vendedor de bolas de Berlim, a proprietária de uma loja de produtos dos Açores, um piloto de voos de recreio, uma empresária do setor vinícola… e tantos, tantos outros. Todos nós, na verdade. Todos somos beneficiários do turismo e contamos com o turismo para melhorar as nossas vidas.

O turismo tem vindo a assumir um papel crescente na economia portuguesa e é o principal responsável pela maioria dos indicadores positivos dos últimos anos. Cria emprego, anima o tecido empresarial, revitaliza as cidades.

O projeto Eu conto com o Turismo tem como objetivo dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

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Como é que o ‘cartel da banca’ chegou à prescrição?

Tribunais condenaram o ‘cartel da banca’, mas processo demorou tanto tempo a ser investigado e julgado que prescreveu há exatamente um ano. A cronologia do que se passou.

Foi há exatamente um ano, dia 11 de fevereiro de 2024, que o caso do ‘cartel da banca’ prescreveu, de acordo com a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa conhecida esta segunda-feira. Os bancos foram condenados em duas instâncias (Tribunal da Concorrência e Tribunal da Justiça da União Europeia) pela prática concertada no mercado de crédito, lesando famílias e empresas, mas livraram-se de coimas no valor de 225 milhões de euros, porque, ao fim de quase 12 anos, as infrações já atingiram o prazo de prescrição e o processo vai ser arquivado.

O que se passou?

20 de dezembro de 2012

A Autoridade da Concorrência abre um inquérito para investigar uma denúncia (que partiu do Barclays) sobre a troca de informação entre vários bancos no que toca a preçários e quotas no mercado de crédito às famílias e empresas.

1 de março de 2013

Data em que cessaram as infrações cometidas pelos maiores bancos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander e BPI, e iniciou o prazo para efeitos de contagem do tempo de prescrição. Para outros bancos o prazo iniciou-se mais cedo.

6 de março de 2013

Ainda em fase de inquérito, a Autoridade da Concorrência realiza diligências de busca em 25 instalações de 15 instituições bancárias, iniciativa que resultou na recolha e apreensão de documentos.

5 de junho de 2016

A Autoridade da Concorrência envia uma comunicação de acusações (nota de ilicitude) a 15 bancos por suspeita de prática concertada na forma de troca de informações comerciais sensíveis no que respeita à oferta de produtos de crédito, designadamente crédito à habitação, crédito ao consumo e crédito às empresas.

9 de setembro de 2019

Mais de quatro anos depois da acusação, e depois de ouvidos os bancos em relação à nota de ilicitude, a Autoridade da Concorrência decide condenar 14 bancos a coimas no valor de 225 milhões de euros por terem trocado informações sensíveis entre si sobre spreads e produção de crédito, num esquema anticoncorrencial que prejudicou famílias e empresas.

19 de março de 2020

A Organização Mundial de Saúde declara o Covid-19 como uma pandemia a 11 de março. Cerca de uma semana depois, foi decretada a suspensão da maior parte dos prazos processuais até ao fim da crise pandémica com efeitos a 9 de março.

28 de abril de 2022

O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão dá como provado que os bancos trocaram informação sensível sobre as condições comerciais de crédito, mas envia processo para o Tribunal da Justiça da União Europeia para esclarecer se o comportamento dos bancos restringiu a concorrência.

29 de julho de 2024

Dois anos depois, o Tribunal da Justiça da União Europeia decide a favor da Autoridade da Concorrência, considerando que para o funcionamento do mercado “em condições normais”, os bancos “têm de determinar de forma autónoma a política que tencionam seguir e têm de permanecer na incerteza quanto aos comportamentos futuros dos outros participantes”.

20 de setembro de 2024

O Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão confirma a decisão de condenação da Autoridade da Concorrência, considerando que se tratou de uma infração “muito grave” ao eliminar a incerteza concorrencial num mercado largamente disseminado em Portugal, e criticando a ausência de sentido crítico dos bancos em relação à conduta que tiveram.

10 de fevereiro de 2025

O Tribunal da Relação de Lisboa dá razão aos bancos e anula sentença do Tribunal da Concorrência, considerando que os factos do caso do ‘cartel da banca’ prescreveram a 11 de fevereiro de 2024 (se contarmos com a suspensão dos prazos com as leis Covid-19, contabilizando-se 160 dias). A Relação de Lisboa determinou que se aplica a lei da concorrência de 2012 (e não de 2022), que prevê o prazo máximo de prescrição do procedimento contraordenacional de dez anos e seis meses.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 11 Fevereiro 2025

Em dia de audições à ministra do Trabalho, a Carlos Costa e ao presidente do Fundo de Resolução, os impactos das decisões dos EUA vão a Parlamento Europeu. O INE divulga dados da construção e serviços

No dia em que o ex-governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e o presidente do Fundo de Resolução vão ser ouvidos em Parlamento sobre o fim do mecanismo de capital contingente do Novobanco também a ministra do Trabalho responderá aos deputados acerca das substituições em cargos diretivos do Instituto de Segurança Social e pelas suas declarações sobre a atualização das pensões. No Parlamento Europeu é dia de avaliar os impactos da política externa dos Estados Unidos na União e calcular respostas caso sejam aplicadas as taxas aduaneiras prometidas pelo presidente americano aos produtos da UE. O INE divulga dados sobre o setor dos serviços e da construção.

Novobanco leva Carlos Costa e o presidente do Fundo de Resolução ao Parlamento

O ex-Governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e o presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, vão ser ouvidos no Parlamento sobre o fim do acordo de capitalização contingente celebrado que abre caminho para a venda do Novobanco . A audição vai decorrer na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública no âmbito do requerimento apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS). Para os socialistas, o acordo entre Fundo de Resolução e o Novobanco, que permitiu antecipar o encerramento do Acordo de Capitalização Contingente (CCA), que estava previsto para o final de 2025 representa “o sucesso das opções adotadas aquando da venda do Novobanco, em 2017, e desmente as previsões catastrofistas sobre a utilização do CCA e sobre a sustentabilidade do Novobanco”.

Qual a evolução dos salários nos setores dos serviços e da construção?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar os índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos serviços referentes a dezembro do ano passado. Em novembro, o índice de volume de negócios nos serviços registou uma variação homóloga de 5,3% e um crescimento de 2,5% face ao mês anterior. Já os índices de emprego, remunerações e horas trabalhadas apresentaram variações homólogas de 3,2%, 9,7% e 0,5%, respetivamente. O órgão estatístico divulga ainda estatísticas da saúde referentes a 2024 nesta segunda-feira que se assinala o dia mundial do doente e também os índices de produção, emprego, remunerações na construção referentes a dezembro.

Ministra do Trabalho ouvida em Parlamento

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, será ouvida em Parlamento sobre as substituições em cargos diretivos do Instituto de Segurança Social a requerimento do Grupo Parlamentar do Chega e sobre as declarações proferidas relativamente à atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) e das pensões em 2025, a requerimento do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Europa prepara resposta à ameaça de imposição de tarifas pelos EUA

A promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas aduaneiras sobre as importações de produtos da União Europeia (UE) “muito em breve” estará sobre a mesa da sessão plenária do Parlamento Europeu nesta terça-feira. Os eurodeputados vão debater sobre as reações da UE caso a ameaça se materialize.

Eurodeputados refutam Europa a dois níveis

O Parlamento Europeu irá debater com a Comissão acerca da decisão dos EUA durante a administração do ex-presidente Joe Biden de restringir a exportação de circuitos integrados utilizados para modelos de inteligência artificial (IA) para determinados países da UE, entre eles Portugal. Numa pergunta à Comissão os eurodeputados afirmam que a decisão representa um “desafio significativo para o funcionamento do mercado único da UE”, visto que divide os Estados-membros em diferentes níveis e compromete a abordagem comum da UE em matéria de IA.

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Grupo de trabalho deixa alerta sobre alargamento do subsídio de desemprego dos trabalhadores domésticos

Grupo de trabalho criado pelo Governo anterior faz propostas para reforçar proteção social dos trabalhadores domésticos, como alargar o subsídio de desemprego. Mas avisa: impacto pode ser residual.

O grupo de trabalho criado pelo Governo anterior para analisar o regime de Segurança Social do trabalho doméstico desvaloriza um eventual alargamento do subsídio de desemprego a quem trabalha à hora nesse setor, avisando que, a ser aceite, essa medida pode ter “um impacto meramente residual“. Esta conclusão consta de um estudo que foi agora enviado pelo Ministério do Trabalho ao Parlamento, a pedido do Bloco de Esquerda.

Com vista a propor medidas de “reforço da proteção social dos trabalhadores domésticos” e simplificação dos procedimentos, o Governo de António Costa criou um grupo de trabalho, que devia ter apresentado um relatório no verão de 2023.

No requerimento feito ao Ministério do Trabalho, os bloquistas explicam que pediram esse estudo ao Executivo anterior, mas nunca o receberam. Já em janeiro, numa audição parlamentar, a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, adiantou que tinha recebido o estudo, pelo que o ministério que lidera remeteu agora esse documento ao Parlamento.

Nesse estudo, são feitas cerca de dezena e meia de recomendações, entra as quais o alargamento da proteção social no desemprego aos trabalhadores em regime de trabalho à hora. Mas os especialistas deixam avisos.

Antes de mais, convém explicar que, no cenário atual, a proteção no desemprego apenas está disponível para os trabalhadores domésticos que exercem a sua atividade em regime de contrato de trabalho mensal a tempo completo e que descontem sobre a remuneração efetivamente recebida. Ou seja, hoje deixa-se de fora quem trabalha a tempo parcial e à hora.

O grupo de trabalho recomenda, então, o alargamento a esses indivíduos, mas avisa, desde logo, que há risco de a medida ter “um impacto meramente residual”.

Tendo em conta as características desta atividade, a forma de organização dos tempos de trabalho, a fragilidade das entidades empregadoras e as práticas instituídas, afigura-se difícil a efetivação e controlo do direito ao subsídio de desemprego aos trabalhadores domésticos em regime de trabalho hora.

Estudo do regime de Segurança Social do trabalho doméstico

“Numa análise mais particular, tendo em conta as características desta atividade, a forma de organização dos tempos de trabalho, a fragilidade das entidades empregadoras e as práticas instituídas, afigura-se difícil a efetivação e controlo do direito ao subsídio de desemprego aos trabalhadores domésticos em regime de trabalho hora“, sublinha o estudo, destacando, a título de exemplo, as situações de acumulação de rendimentos do trabalho com subsídio de desemprego parcial.

Assim, apesar de se reconhecer, numa “primeira observação”, que o alargamento da proteção no desemprego seria sinónimo de um reforço dos níveis de proteção social destes trabalhadores e de um tratamento igualitário em relação aos demais trabalhadores por conta de outrem, conclui-se que o impacto efetivo não seria considerável.

Bónus em IRS

Outra das recomendações do grupo de trabalho é a criação de uma dedução fiscal em sede de IRS das contribuições pagas pelo empregado aos trabalhadores domésticos, “através da comunicação oficiosa da Segurança Social à Autoridade Tributária”. De notar que o Orçamento do Estado para 2024 já veio introduzir algo nesse sentido: uma dedução até 200 euros em sede de IRS, correspondente a parte das retribuições pagas aos trabalhadores domésticos.

Ora, a criação de benefícios fiscais, salientam os especialistas, serviria dois objetivos. Por um lado, incentivaria os empregadores a inscreverem os trabalhadores do serviço doméstico na Segurança Social — combatendo-se a informalidade que ainda marca (e muito) este setor –, e, em consequência, a pagarem as contribuições respetivas.

Preconiza-se a criação de benefícios fiscais a atribuir às entidades empregadoras, destinados a incentivar e a promover a inscrição dos trabalhadores do serviço doméstico na Segurança Social.

Estudo do regime de Segurança Social do trabalho doméstico

E, por outro, serviria para atenuar o impacto do aumento das contribuições em consequência da base de incidência contributiva, que este grupo de trabalho recomenda, de modo a reforçar a proteção social dos trabalhadores domésticos.

No regime atual, o trabalhador pode escolher descontar sobre a remuneração real ou sobre a remuneração convencional, que estabelece um valor por hora com base no Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Essa segunda opção origina “inevitavelmente remunerações de referência” na Segurança Social baixas, “com reflexos no valor das prestações”.

Por isso, o grupo de trabalho defende que a relação de segurança social deve ser “determinada com base na remuneração efetiva do trabalhador por cada relação de trabalho, em convergência com as regras aplicáveis no regime geral” ou, em alternativa, suportada em remunerações indexadas ao valor do salário mínimo (que é superior ao IAS: 870 euros contra 522,50 euros, este ano).

“Se passarmos para uma lógica de declaração de remunerações reais ou até mesmo por referência ao salário mínimo nacional, verificar-se-á um aumento do valor médio das prestações atribuídas, também pelo facto de passarem a ser declarados 14 meses de remuneração por base como base de incidência contributiva, no caso de se tratar de remuneração efetiva. Nas situações em que está legalmente prevista uma remuneração convencional, são declarados e considerados apenas 12 meses em cada ano”, detalha o estudo remetido ao Parlamento.

Essa medida aumentaria o valor das prestações garantidas aos trabalhadores, mas também as contribuições a pagar à Segurança Social, daí a necessidade de se criar o tal “bónus” em sede de IRS.

Reforçar a sensibilização

Outra das recomendações que constam do estudo enviada agora aos deputados é a criação de campanhas de sensibilização e informação junto da sociedade civil, “alertando para a importância de assegurar a formalização da prestação de atividade deste grupo profissional e, assim, garantir a sua proteção social em termos condignos”.

Além disso, ao nível dos procedimentos, propõe-se, nomeadamente, que seja obrigatória a comunicação e admissão do vínculo através da Segurança Social, à semelhança do que acontece com os trabalhadores por conta de outrem.

Outra das recomendações é a criação de uma conta corrente para os trabalhadores do serviço doméstico, “por forma a permitir o cálculo da obrigação contributiva por entidade empregadora“.

Importa notar que, no final de janeiro, o Ministério do Trabalho sinalizou, em declarações ao Público, que está a analisar a situação “com vista à eventual revisão” do regime de proteção social destes trabalhadores. Ou seja, com base neste estudo, poderão estar agora mudanças no horizonte.

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Jordi García Tabernero junta-se ao Conselho Diretivo do Círculo Ecuestre

  • Servimedia
  • 11 Fevereiro 2025

O Diretor Geral de Assuntos Públicos e Sustentabilidade da Naturgy junta-se à Direção do clube empresarial de Barcelona como membro, reforçando a sua estrutura.

O Círculo Ecuestre anunciou a incorporação de Jordi García Tabernero no seu Conselho Diretivo. A integração do diretor-geral de Assuntos Públicos e Sustentabilidade da Naturgy e vice-presidente da Fundação Naturgy nos órgãos do clube faz parte da estratégia de reforço e posicionamento da instituição empresarial.

A entrada de Tabernero ocorre meses depois da incorporação de Ramon Agenjo, Presidente do Barcelona Global; Jordi Morral, Diretor-Geral da Europastry e Presidente da APD Catalunya, e Isabel Perea, Audit Partner da Grant Thornton. O objetivo destes quatro novos membros é alargar o alcance do Círculo Equestre no mundo empresarial.

Jordi García Tabernero (Barcelona, 1964) é licenciado em Ciências da Informação pela Universidade de Barcelona, tem um PADE do IESE e um mestrado em Desenvolvimento da Gestão na Administração Pública pelo ESADE. Tabernero desempenhou diferentes responsabilidades no domínio da comunicação na administração pública regional e municipal, bem como em vários meios de comunicação.

Ingressou na Naturgy em 2004, ocupando diferentes cargos na área da Comunicação. Atualmente, é diretor-geral de Assuntos Públicos e Sustentabilidade da Naturgy e, desde abril de 2017, vice-presidente da Fundação Naturgy. Além disso, o executivo sénior de Barcelona é presidente do Comité de Comunicação da Associação Espanhola de Indústrias de Gás (Sedigas). Foi presidente da Associação de Gestores de Comunicação da Catalunha, desde a sua constituição em outubro de 2007 até março de 2016, e é presidente honorário da associação desde dezembro de 2017.

Nas palavras de Enrique Lacalle, Presidente do Círculo Ecuestre, “a incorporação de Jordi García Tabernero ao Conselho de Governadores do Clube, além da entrada de Ramon Agenjo e Jordi Morral em 2024, é muito positiva para a instituição. No Círculo Ecuestre, estamos convencidos de que a entrada de Jordi García Tabernero trará uma grande experiência e fomentará ligações de qualidade entre poderosos interessados e o Clube, para além de acrescentar experiência, liderança e prestígio ao conjunto dos membros”.

O executivo junta-se à Direção liderada pelo Presidente do Círculo Equestre, composta por quatro vice-presidentes: Juan Ignacio Marull (PwC), vice-presidente da área económica; Antonio Gámiz (Merlín Properties), vice-presidente da área social; Luis Conde (Seelinger y Conde), vice-presidente da área institucional e Mª Isabel Estany (Grupo Costa Este), vice-presidente da área cultural e 25 membros.

A lista inclui nomes proeminentes do setor económico e empresarial de Barcelona: Jordi García Tabernero (Naturgy), Isabel Perea (Grant Thornton), Ramón Agenjo (Barcelona Global), Jordi Morral (Europastry), Luis Badrinas (Barcelona Health Hub), José Maria Cardellach (Cardellach Asociados), Jordi Casas (Foment), Carlos Durán (Galería Senda), Ricardo Fernández-Deu (Advogado e jornalista), Guillermo Galofré (Talenta Gestión), Anna Gener (Savills), Tirso Gracia (Galibier Legal), Pere Guardiola (La Vanguardia), Alejandro Hernández-Puértolas (HIPartners), Sergi Loughney (Fundação La Caixa), Sergio Martínez (Hispano Suiza), Alberto Missé (Andbank), Juan Maria Nin (IESF), Silvia Parés (PwC), Daniel Puig (Puig), Aurora Sanz (Grant Thornton), Luis Sans (Santa Eulalia e Associació d’Amics del Passeig de Gràcia), Miguel Tarazón (Zeena), Helena Torras (Hans(wo)men Group) e Carlos Tusquets (Mediolanum).

O atual Conselho Diretivo do Círculo Ecuestre foi formado em outubro de 2023, após a eleição de Enrique Lacalle como presidente da entidade. O reconhecido empresário, com uma longa carreira profissional e uma marcada vocação de serviço à cidade de Barcelona, configurou um órgão inovador no qual incorporou vice-presidências nas principais áreas de interesse do clube e o dobro da representação feminina do que o governo anterior. Além disso, acrescentou à sua equipa um secretário: Ignacio Garmendia (Conservador do Registo Comercial), e um tesoureiro: Martín Navaz (Grupo PIB). E o diretor-geral David Galán.

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Barómetro ACEGE: Empresários querem melhor gestão da imigração

Todos os empresários inquiridos defendem que a gestão da imigração em Portugal tem de melhorar. E a larga maioria está contra a introdução de um travão nas reformas antecipadas.

Sem margem para dúvidas. Os empresários não estão satisfeitos com a forma como é feita a gestão da imigração em Portugal. De acordo com o último Barómetro ACEGE, 100% defendem que é necessária uma melhor gestão da imigração em Portugal.

Entre os 1.094 associados da ACEGE todos responderam a favor da “melhor gestão”. O Governo prometeu para as próximas semanas uma revisão “muito significativa” dos títulos de residência pedidos e emitidos pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). O último relatório da AIMA, divulgado em setembro, revelava que a população estrangeira residente em Portugal aumentou 33,6% em 2023, em comparação com o ano anterior, totalizando 1.044.606 cidadãos com autorização de residência.

O Governo apresentou em junho do ano passado 41 medidas para garantir uma “imigração regulada”, integrada numa “integração humanista” e numa reorganização institucional, que começaram por extinguir o procedimento de Manifestações de Interesse e criar uma estrutura de missão para tentar resolver os 400 mil processos pendentes.

Neste momento estão a decorrer negociações entre o Executivo e as confederações patronais para agilizar a contratação de cidadãos estrangeiros com contrato de trabalho. Em cima da mesa está a criação de um novo canal de operacionalização, que não cria novas portas legais de entradas de imigrantes, mas que assegura maior celeridade de procedimentos e mais responsabilidade e regulação dos fluxos migratório.

São múltiplos os setores que clamam por mais emigrantes: desde a construção, com o reconhecimento de que a falta de mão de obra pode pôr em causa as obras do Plano de Recuperação e Resiliência; passando pelo turismo e pelas entidades do sistema científico. O peso e importância da mão-de-obra estrangeira na economia encontra tradução nos números divulgados a semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística: o PIB cresceu 1,9% em 2024 – o dobro da média europeia – à boleia do turismo, imigração e menores custos energéticos.

“O crescimento está a ser impulsionado por alguns fatores comuns, tais como a natureza orientada para os serviços de ambas as economias, a expansão dos setores do turismo e os fortes fluxos migratórios líquidos”, que permitem crescimento populacional, sublinha a Oxford Economics, numa nota de análise, onde acrescenta estar mais otimista com as perspetivas de crescimento de longo de Portugal.

Os empresários estão, no entanto, menos confiantes em relação ao país face ao barómetro anterior, com 58% a afirmarem-se otimistas, contra 63% em dezembro.

A opinião dos empresários foi expressa na primeira semana de fevereiro já depois da tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos e anunciada a imposição de tarifas conta alguns países. Em detalhe, 57,84% estão moderadamente otimistas (eram 62,14% no anterior barómetro) e 4,9% francamente otimistas (vs 0,9%). Já 13,73% não está nem pessimista, nem otimista, uma descida face aos cerca de 15,53% da anterior consulta. Por outro lado, 17,88% indicam estar moderadamente pessimistas (vs 17,48%) e 5,88% estão francamente pessimistas, uma subida face aos 3,88% anteriores.

No entanto, o nível de confiança em relação ao futuro das respetivas empresas melhorou face ao mês anterior. Oito em cada dez empresários estão na globalidade otimistas — com 15,69% francamente otimistas e 66,67% moderadamente otimistas, uma subida face aos dados do barómetro anterior (9,71% e 57,28%, respetivamente). Já 8,82% estão moderadamente pessimistas, menos do que os 9,71% do barómetro anterior e 0% francamente pessimistas, uma descida face aos dados de dezembro (0,75%). O número de indecisos desceu substancialmente já que 8,82% não estão nem pessimistas, nem otimistas, uma descida vertiginosa face aos 22,33% da consulta anterior.

Empresários contra travão nas reformas antecipadas

A sustentabilidade da Segurança Social voltou a estar na ordem do dia. A ministra do Trabalho e da Segurança Social está a preparar um conjunto de medidas neste âmbito, que passam nomeadamente pela limitação do acesso à reforma antecipada. Medidas essas que já foram notificadas à Comissão Europeia. Os especialistas há muito que o vêm defendendo. Maria do Rosário Palma Ramalho já anunciou a criação de um novo grupo de trabalho sobre esse tema. Será estudada, além da questão das reformas antecipadas, a taxa contributiva da Segurança Social.

Os empresários defendem que as reformas antecipadas não devem ser travadas. Segundo o barómetro, 50% opõem-se à ideia. Já 44,12% concordam com a medida. Em Portugal é possível antecipar a reforma a partir 60 anos de idade e 40 de descontos. Mas há regime específicos que permitem a reforma aos 57 anos se for desempregado de longa duração — ou seja, estar desempregado desde os 52 anos – mas é necessário ter 22 anos de contribuições.

Os economistas ouvidos pela Lusa, não descartam a necessidade de fazer ajustes ao regime, mas consideram que devem ser evitadas alterações drásticas. De acordo com dados de 2023 citados pela Lusa, a Segurança Social atribuiu nesse ano 102.435 novas pensões de velhice, 21.769 das quais eram pensões antecipadas e destas, 40%, ou seja, cerca de 9039, foram atribuídas após desemprego de longa duração.

Empresários aplaudem mudanças na lei dos solos

Entre as polémicas que marcaram o arranque do ano estiveram também as alterações à lei dos solos. Em causa está a possibilidade de reclassificar terrenos rurais como urbanos para a construção de habitações. O Governo aprovou a lei no final de 2024, mas o Parlamento avocou a mesma e forçou a sua discussão em plenário, tentando travar a entrada em vigor da legislação. O PS avançou com um conjunto de propostas de alteração que o Governo aceitou acolher na especialidade e o diploma entrou mesmo em vigor.

A larga maioria dos empresários inquiridos concorda com a alteração da lei dos solos (59,8% contra 25,49% que se opõem à mesma). Mas há ainda uma percentagem significativa que não sabe ou não responde à questão.

As propostas de alteração do PS baixaram à comissão de Economia onde vão ser discutidas. Em cima da mesa estão várias alterações. Mas a mais significativa é que desapareça da lei a expressão “preços moderados” e seja substituída pelo conceito de preços controlados ou de arrendamento acessível. Todos os especialistas ouvidos pelo ECO são unânimes em reconhecer que a solução proposta pelo PS é a “mais eficiente na contenção dos preços da habitação”, porque tem em conta os custos dos promotores e os rendimentos dos cidadãos.

Além disso, o PS quer que seja introduzida uma camada adicional de fiscalização da decisão de alterar a utilização dos solos. A passagem de um solo rústico a urbano é decidia pelo autarca da região em causa, mas também pela assembleia municipal. Um passo que o Executivo considera ser garante de independência na decisão. Mas o PS tem por objetivo introduzir “mais um nível de avaliação e escrutínio, com parecer da CCDR nos projetos em solo que não seja exclusivamente público”. E eliminar a possibilidade de a mudança ser “fundamentada num parecer técnico de uma entidade contratada com competência técnica” e ser assegurada apenas com um parecer técnico dos serviços municipais.

Neste barómetro os empresários elegeram Luís Montenegro como a figura de 2024 e a melhoria do nível de vida face a redução das taxas juro e aumento das condições sociais como o acontecimento marcante de 2024.

Nota: O Barómetro é uma iniciativa mensal realizada em colaboração com o Jornal ECO, Rádio Renascença e Netsonda, e tem como objetivo saber a opinião dos Associados da ACEGE sobre temas da atualidade, não sendo por isso uma sondagem de opinião. Foi enviado por email a 1.094 associados da ACEGE, através de uma plataforma da Netsonda, e esteve aberto ao longo da primeira semana de fevereiro, tendo respondido 103 pessoas.

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